10.8.12

Sheep *



Pequeno Flashback aqui, retrocedendo 21 anos atrás. Era 91 e eu estava no último ano (quarto) do curso de Eletronica, no Santo Inácio em Porto Alegre, estudava de noite. Um mundo enorme estava se abrindo para mim e não tenho muito como explicar isto ou quantificar e apenas posso dizer que a vida batia na minha porta, abria as janelas, poros enfim. Era uma noite qualquer e muito provavelmente eu estava de férias do colégio e estávamos indo para um jogo de futsal, eu era goleiro e me lembro que estávamos dentro do carro do André e tinha mais alguém junto ou alguéms, muito provavelmente o Tuche e/ou o Marcelo.
Eu já tinha escutado falar alguma coisa, o Aquiles (sempre ele) que estudava no mesmo colégio um dia me falou “Bah, tem uma banda nova ai, chamada Nirvana que tá estourando em tudo quanto é lugar e é bem tri e é uma coisa bem diferente”. Aqui um pequeno parêntese, pois  é mais uma afirmação difícil de quantificar. Para nós recém saídos dos anos 80, gravações afundadas em reverb, eco na bateria, no baixo e em tudo quanto é lugar eu acho que os timbres das distorções, baixos alguma coisa ali naquele som era novo pra nós. Pra mim o som era e ainda é punk e era isto que o Kurt queria mas, enfim, terminado este parêntese, leia “diferente” e interprete do jeito que quiser.
Mais uma vez voltando ao carro, estávamos andando e de repente começa um som no rádio. Uma guitarra limpinha plugada num amplificador fazendo uma introdução que de cara já se via que não inventava a roda era simples até a medula. Mesmo que a construção daquelas 4 notas fosse algo meio raro, Fá, Sí bemol, Sol sustenido e Dó Sustenido e depois do riff, simplesmente entravam bateria, baixo e o cara da guitarra pisava numa turbina de avião que despejava lixo nuclear pegando fogo e saindo pelos alto falantes e logo me veio na cabeça um PUTAQUEPARIU de 5 minutos e de repente aquela guitarra sumia, ficava o baixo, com a bateria marcada e apenas outra coisa ainda mais simples na guitarra. Na hora pensei de cara no Pixies, Loud Quiet Loud e o cara começa a cantar com aquela voz rouca, lindo e tipo pensei na hora “será que isto não é o Nirvana?”. E veio o refrão ainda mais lindo, dava impressão que o orgasmo não ia acabar nunca, cada parte que viria era mais a fude que a anterior e não precisei esperar, depois de ouvir o solo, e ouvir as outras partes que, aquilo só poderia  ser o tal do Nirvana que tinha ouvido falar dias antes. Não era possível pra mim ouvir algo tão massa e ser realmente aqueles caras que estavam conquistando o mundo, uma banda punk, suja conquistando um mundo que meses atrás era do Michael Jackson, dos glams.
Muito provavelmente não foi a primeira nem a última banda que escutei, vinda de Seatle, era fato que todas as bandas tinham influências parecidas entre elas e um som distinto mas mesmo assim todas elas carregavam algumas características que acabavam as tornando irmãs. Nirvana era de Aberdeen e não Seatle e foi a que chegou mais longe e teve o fim mais rápido. Semana baixei toda a discografia para ouvi-los novamente e foi muito bom, grande banda.
*Sheep seria o nome do Nevermind, antes de se tornar Nevermind. Smells like teen spirit era um desodorante para crianças e esta frase foi pichada no apartamento de Kurt, por Tobi Vail, do Bikini Kill, sua namorada na época.

31.7.12

Bill Doss (1969-2012)







A última Segunda Feira dia 31 de Julho vai ser mais um dia chato para a estória da música. Bill Doss, o outra “cabeça” do Olivia Tremor Control foi encontrado morto em sua casa em Athens. Membro fundador do coletivo Elephant 6, engenheiro de áudio e músico de diversas bandas como Apples in Stereo, Sunshine Fix e uma lista interminável de colaborações com Elf Power, Of Montreal e todas as outras bandas do coletivo.
A lista de bons serviços prestados ao rock e a psicodelia é grande. O legado também e desde o momento que acidentalmente fiquei sabendo da triste notícia a minha vida e de muitas outras pessoas ficou mais chata, mais sem graça e consequentemente, este mundo que vivemos está cada vez mais sem murrinha.
Queria deixar aqui registrado com pesar, com lágrimas nos olhos o meu mais sincero e profundo agradecimento pelos incontáveis sorrisos, inspirações que você me trouxe ouvindo todas aquelas bandas do coletivo que você ajudou a criar e principalmente ao Sunshine Fix, Apples in Stereo e Olivia Tremor Control.
Descanse, ou canse em paz.

The Dandy Warhols – Come Down (1997)


Os Dandys me acompanham, ou seria eu que os acompanho já faz um bom tempo. Inacreditavelmente muita coisa de sua discografia eu ainda não tinha escutado. Cansei de tentar ouvir coisas antigas de bandas que faziam sucesso na época,  mas os discos anteriores eram fracos. Mas tudo isto, pra dizer que baixei toda discografia destes malucos e só tenho algo a dizer (mas claro que falarei outras coisas também) putaquepariu.
O primeiro disco já tinha invertido os polos do meu globo aqui mas, o Come Down começa chutando o balde completamente e vejam, estou na segunda faixa agora. Fico pensando, como vão superar a música anterior?
Na mixagem o conhecido Mario Caldato Jr e um trabalho invejável tanto dele quanto da banda. Guitarras com timbres excelentes e a mesma fórmula de sempre acordes simples, efeitos e timbres bonitos e de bom gosto e a mesma melodia repetindo por 5 ou 6 minutos, alguns versos de Courtney Taylor Taylor e claro, muita autoconfiança.
Este trabalho foge um pouco, do álbum anterior, o “Dandy´s Rule OK” mais sessentista e mais shoegaze (atentem-se pois uma coisa não tem nada a ver com a outra mas são as duas coisas que permeam o primeiro e, para mim melhor trabalho deles). Traz daquela fase apenas alguns timbres e instrumentos vintage e parte da psicodelia. Já dá as pistas pro que viria a ser o álbum mais conhecido deles o “Thirteen Tales of Urban Bohemia”. O disco também traz a excelentes “Now if you the last Junkie on Earth” (que erradamente foi atribuída aos seus amigos/rivais da Brian Jonestown Massacre) e “Every Day Should be a Holiday”, outro grande sucesso da banda.

24.7.12

Mp3 da semana






Ubella Preta – Vem da paraíba e são amigos do meu amigo Diego. Demorei pra entrar em contato com o som deles, coisa que poderia ter sido feita no Coquetel  Molotov de 2011 já que tocaram lá na UFPE, perdi uma grande banda e um excelente show pelo jeito. Baixei um disco deles semana passada e fiquei emocionado com os timbres e o groove dos caras.

The Rules of attraction (2002)




Este filme aqui foi uma busca que fiz para descobrir outros filmes baseados nas palavras do excelente Brett Easton Ellis, o pai do Psicopata Americano, diga-se de passagem um dos melhores filmes que já li. Além de Ellis, o filme traz Shannyn Sossamon que também é a baixista do Warpaint em seu bico de atriz.
O filme conta a estória de vários alunos de Camden, um traficante, uma garota apaixonada por um cara e um bissexual que interage com ambos e é sempre contado em primeira pessoa, mudando apenas o narrador, um dos três personagens acima. Além de ser a melhor adaptação de um livro, mais fiel ao sentimento do livro, o filme tem uma direção excelente e vários truquezinhos de imagens e fotografia que o deixam ser uma experiência bem legal.
O traficante se trata de Sean Bateman que nada mais é que o irmão de Patrick Bateman, o protagonista do excelente Psicopata Americano e em muito se parece com o irmão, no início ele conta que é um vampiro de emoções e assim como o irmão é chegado em drogas e sexo. Ele é apaixonado ou acredita que está, por Lauren e tem um envolvimento com Paul, o bissexual, que claro, não aparece em sua narrativa mas na de Paul, deixando nas entrelinhas se acontece ou não. Sean aparece também em outros 3 romances do escritor.
Lauren é uma garota que também acredita estar apaixonadíssima por Vitor, um bonitão que passa um bom tempo na Europa transando e usando drogas entre uma rave e outra. Sean é apaixonado por ela e ela também acaba tendo um envolvimento com Paul Denton, o bissexual. No início do filme ela conta como perdeu a virgindade mas não as razões para isto.
Paul, o bissexual é um jovem rico e atraente que só é bissexual porque supostamente teve um romance com Lauren após o trecho da vida de ambos abordado no livro. Durante o filme ele só tem relações homossexuais e é supostamente apaixonado por Sean, o traficante.
O filme se resume em gente pelada, cocaína, maconha, lesbianismo e todas as formas de homossexualismo e apesar de isto parecer bem apelativo, é um grande filme. A trilha sonora é mais que genial com direito a The Cure, Love and Rockets, Blondie, Yazoo e Erasure que, obviamente cantei a plenos pulmões.

Moon







Foi Summer que alertou que era o filme do filho do Bowie, o Duncan. Eu baixei ele por outros motivos e era um dia de solidão para mim e achei este que tem isolamento e casou muito bem com o que eu esperava. Para um estreante foi uma ótima estréia e apesar do tropeço dos últimos dois minutos finais é um filme muito bom e trata de questões para estimular o cérebro.  Sam é um operário que trabalha na Lua fazendo extração de um mineral que, salvou a crise de energia mundial. Ele e seu robô (e aqui leia-se HAL 9000 pois é claramente inspirado no 2001, ao menos este personagem) que o protege, cuida, alcança coisas, prepara comida e cuida de sua saúde vivem sozinhos em isolamento de ao que tudo indica 3 anos. Sam troca comunicações com sua família enviando e recebendo vídeos, a comunicação online não funciona vide um problema no satélite e não há sinais indicando que isto será resolvido. Resumindo, várias coisas que parece que são mas não são e no decorrer do filme você começa a perceber estas peculiaridades. Pois o Sr Sam, nosso protagonista começa a ter visões e acaba sofrendo um acidente, é “salvo” por seu amigo robô e a partir dae tudo muda e ele começa a descobrir vários fatos que podem transformá-lo numa mentira.
Este, eu aconselho muito inclusive pelas questões que ele aborda que, nem posso citar pois seria uma sacanagem extrema. Bela estréia Zowie.

Rampart






Eu esperava muito mais do filme pois estive procurando por muito tempo, na verdade nem procurando mas, minha cabeça cansada sempre se esquecia do nome dele quando eu estava fora da China. Woody Harrelson está como o habitual, excelente, um dos grandes atores americanos e também um grande ativista pela falta de hipocrisia no mundo ou nos EUA.

O filme como poucos devem saber fala da polícia (altamente violenta) de Los Angeles. O personagem principal é um mixto de anti herói, herói e corruto. O personagem de Woody por exemplo foi casado com duas irmãs e numa cena memorável, uma janta de família e percorre ambas irmãs tentando dormir com uma delas. O que na janta era uma recusa, no decorrer do filme recebe aceitação e ele passei por ambas, além de outras mulheres, toda noite uma diferente diga-se de passagem. Entre um espancamento e outro, ele também toma algumas drogas, come uma das ex mulheres e suas pretendentes tem por ele um mixto de repulsa e admiração pelos seus métodos e por seus atos ahn...”a favor das mulheres”. É um belo filme mas eu esperava muito mais.

22.6.12

Young Adults (2011) – Jason Reitman


Jason Reitman é um canadense legal. Ele também faz filmes e claro, por isto acho ele legal. Minha admiração começou com o “Thank you for smoking” um dos filmes mais irônicos e engraçados que já vi e tipo eu gosto bastante de ironia. Além disso ele fez o Juno que convenhamos é um grande filme também. Associe isto a idade do cara, 34 anos e as referências aos anos 90 e 80 que ele coloca em alguns filmes e pelo menos dois deles terem a Diablo Cody no roteiro, pronto, é um cara legal não?

Neste, conhecido aqui como Jovens adultos (que refere-se a série de livros que a pseudo ghost writer e personagem principal do filme escreve) conta, ironicamente claro sobre aquela crise de idade que 98% das pessoas passam e mesmo que não enfrentem problemas sérios com isto, todo mundo sente a nostalgia do passado, sempre acredita que algo, antes disso já foi melhor do que é agora. O filme tem a excelente atriz Charlize Theron no papel principal numa atuação mais do que incrível, coisa que muito provavelmente nem era necessário mas tem pessoas que, sempre jogam pra ganhar. O papel dela é muito legal também pois convenhamos ela aparece bêbada mais da metade do filme, em 25% ela está comendo e bebendo refrigerante e nos outros 25% está fazendo papel de idiota. Tudo pra dar certo.

Tudo começa quando ela recebe o anúncio do nascimento da filha de um ex namorado dos tempos de high school e decide ir lá pra reatar com o casado, ex namorado, sim foi isto mesmo. Ela volta a sua cidade natal, uma cidade que ela odeia e para pessoas que ela odeia. Mesmo sendo ela uma “escritora” de uma série que já foi um grande sucesso e morar em um belo apartamento, ter dinheiro e aparentemente sucesso na vida, a vida dela é um caos, ela não está feliz e sofre sérios problemas. Agora imaginem esta louca tentando reatar com seu ex que, está completamente feliz com o nascimento da filha e com seu casamento.

Se tudo isto ainda não bastou pra dar aquela vontade de assistir, o início do filme ela tira uma fita, sim uma fita e coloca no toca-fitas do carro e, começa único e simplesmente The Concept, do Teenage Fanclub, uma das melhores músicas compostas por nosso amigo Gerard Love. E tipo, ela canta junto ainda e volta a fita várias vezes e eu e Summer acabamos chorando algumas vezes só com este começo até que eu falei “não tem como não gostar deste filme depois disso” e, realmente não tem como. Fora todos os outros excelentes momentos, nos diálogos, nas ironias e, na trilha sonora, rola Low do Cracker, Replacements, Dinosaur Jr e mais uma porrada de coisas boas. Até eu estou enfrentando uma crise neste momento. Grande filme e grande cara o Jason.

Ride – Live at the Brixton Academy (2012/1992)



E eis que vinte anos depois o Ride relança o disco ao vivo gravado no Brixton Academy. A qualidade do repertório e do som são impecáveis e não ficaram de fora Nowhere nem Vapor Trails as minhas prediletas. As guitarras são incríveis (pra variar) e é um show infernal de bom e aconselho muito a busca deste, para os shoegazers de plantão.
Tracklist
01 – Leave Them All Behind
02 – Taste
03 – Not Fazed

04 – Unfamiliar
05 – Like A Daydream
06 – OX4
07 – Perfect Time
08 – Twisterella
09 – Drive Blind
10 – Making Judy Smile
11 – Nowhere
12 – Vapour Trail
13 – Chrome Waves
14 – Mouse Trap
15 – Dreams Burn Down
16 – Time Of Her Time
17 – Chelsea Girl

21.6.12

Missing You

Desde já deixo aqui uma promessa. Se o A Place to BuryStrangers tocar Missing You (óbvio que estarei desde a metade do show pedindo ela) eu vou tirar meus protetores auriculares e (insira aqui a sua gracinha “ficará surdo pra sempre”) vou escutar ela até o fim sem eles.



Ringo Deathstarr

E ao que tudo indica o novo álbum da melhor banda de Austin, que recentemente abriu os shows do Smashing Pumpkins o Ringo Deathstarr está com o disco novo pronto. Será lançado dia 24 de Setembro e foi produzido por Elliot Frazier, o guitarrista, vocalista e cérebro da banda. O tracklist segue abaixo :
1. Rip
2. Burn
3. Drain
4. Slack
5. Brightest Star
6. Drag
7. Fifteen
8. Girls We Know
9. Nap Time
10. Waste
11. Do You Wanna?
12. Please Don’t Kill Yourself
13.
Wave

Aguardadíssimo por mim, como todos os outros releases este deve ser o grande disco da banda que tem crescido a cada música que surge. A banda estará no Brasil e tocará no Popfest juntamente com os amigos da Loomer e da excelente Magic Crayon nos próximos meses.  A lista do micro festival traz muitas coisas excelente como a The Concept, outra predileta da casa e a Inverness.

Teenage Fanclub

E parece que a boa recepção ao Shadows, disco de 2010 do Teenage Fanclub deixou os integrantes contentes pois ao que tudo indica estão se preparando para entrar novamente em estúdio para gravar o sucessor do excelente álbum anterior.

18.6.12

Show 7to9 e Loomer


As oito horas me mandei pro bar com meu equipamento e logo logo tava 75% da 7to9 e 50% da Loomer por lá. O equipamento pra voz já estava montado e ficamos por lá esperando o Stefano chegar. Eu não tinha muita vontade de passar o som,uso sempre o mesmo amplificador o que tira um pouco a finalidade, pelo menos para mim mas, teria passado se a banda precisasse, no fim nem passamos e em determinado momento falei pra eles que ia em casa trocar de roupas, pegar o merchandising da banda e pegar minha maior, melhor e mais bonita fã.

Em casa nos preparamos e 40 min depois já estávamos no bar, o tempo foi passando e o pessoal da Loomer decidiu passar o som e serem os primeiros da noite. Ficaram um tempo bom passando o som o que acabou proporcionando num som ótimo, claro aliado a qualidade dos equipamentos, show com equipamento bom é outra coisa. Um Giannini valvulado e um FEnder Princeton é outra coisa ainda mais com guitarras Jaguar. Ficamos meio preocupados com o público, parecia pouca gente e eram quase meia noite já.

Depois que terminaram a passagem de som, descansaram por uns 20 ou 30 minutos e a pressão do pessoal do bar para o início dos shows começou. Eu aguentei um certo tempo, não gosto de ficar pressionando as pessoas mas acabei falando pra eles, quando quisessem poderiam começar e, logo começou. O Tsunami foi incrível, dava gosto de ouvir aquilo tudo e me lembrei de todas as vezes que vi aqueles shows murrinhas de algumas banda ali naquele mesmo palco. O show foi incrível, sou suspeitíssimo de falar algo, adoro eles, a banda e tudo mais. Tocaram músicas novas que estão mais do que ótimas, as antigas, ótimas também e um dos melhores covers que podiam tocar, Lovelee Sweet Darlene do My Bloody Valentine, terminando com o cover de Second Come que entrou para o tributo a antiga banda dos anos 90.

Outro momento incrível foi a Liege falando que estava muito feliz com o retorno da 7to9 aos palcos, a felicidade que estava de dividir a noite com a gente e isto não tem preço, enchi os olhos de lágrimas, foi emocionante. Quando terminaram eu fiquei na rua conversando e o Aquiles e o jax foram mudar os amplificadores de lugar pq ele não queria tocar no meio de nós. Uma hora vi que tinha que ir pro palco, estavam todos lá. Montei tudo muito rápido, coloquei baterias no pedal e tal, cabos novos e foi rápido e logo estavamos iniciando o show.

Começamos com Speed Marie, Life is true e Between his heart, estas duas debutando, assim como Man Ape e Into the Cities que vieram depois. Tirando State of Grace, a última de nosso pequeno repertório até o momento, que saiu muito cagada, acho que todas as outras foram ótimas eu me diverti pra caramba e gostei muito. Mesmo com a execução pífia e comprometedora de State of Disgrace(como falou o Aquiles depois) eu não tinha como perder o humor. Foi o primeiro show com minha guitarra e foi ótimo pra mim. Agradeci todo mundo e dei umas cutucadas no público de Esteio que a meu ver teria que ter ido em maior proporção. O pessoal da Saturno de José estava lá em peso também e foi outra grande satisfação para mim, o Andrio ali embaixo e a Liege assistindo atentamente o nosso show, foi massa.

No fim de nosso repertório intimei todo mundo pra tocarmos Stop, do BRMC já que tinha prometido ao Ruben Boeira que estava lá e tocamos All my ghosts do Franck Black e mesmo sem o solo de duzentas mil notas ficou legal. Depois disso o guel e o Aquiles sairam do palco e eu e o jax tocamos Contender do Pains of being pure at heart e acabamos chamando o Stefano pro palco, pra tocar bateria. Dae simplesmente começamos a tocar várias coisas dos anos 90, Dinosaur Jr, Pixies, Placebo (que a Carine pediu) e outras coisas, foi lindo.

Espero do fundo do coração que isto se repita, foi muito bom.

9.6.12

Back to the roots






Semana que vem no Espaço 711 vai rolar o retorno da 7to9 aos palcos. Estaremos infinitamente honrados de tocar com a melhor banda do RS, a Loomer que vai usar e abusar dos Bigmuffs e Reverb Reverso para fazer todos os presentes se sentirem em Londres, no fim dos anos 80.

O ingresso custará R$ 7,00 e levaremos cd´s e camisetas para vender. O pessoal do Coletivo Tomada muito provavelmente aprontará alguma surpresa por lá também. Esperamos toda nação atenta para a boa música, os saudosistas do falecido shoegaze do início dos anos 90 ou mesmo para todos que quiserem diversão e no mínimo dois grandes shows, na pior das hipóteses ver duas bandas que fazem algo diferente, tanto para Esteio quanto para muitos lugares como a televisão, a rádio e a internet, nos lugares errados.

Acesse o facebook, compartilhe, ajude na divulgação pois é o público que paga os equipamentos do show pois apesar de amarmos nossa música, é necessário ajuda para que este tipo de evento role e role com mais frequência. Esteio precisa disso.

5.6.12

Um lugar para enterrar estranhos

E eis que Worship, próximo disco do A Place to Bury Strangers finalmente saiu e com ele a excelente notícia, semi confirmada (Em SP já está) do show deles em São Paulo e em Porto Alegre no Gig Rock. Cruzo os dedos para ser enterrado por eles em Julho, aqui em Porto. Vai ser a coisa mais absurda deste mundo e enquanto não sentir meus tímpanos sendo perfurados pela Death By Áudio eu não acredito em nada mas rezo.

Deixo de lembrança o último e melhor clipe do mundo, de uma música deste novo disco.

Extremely Loud and Incredibly Close

Na semana passada eu e Summer assistimos a este diria, excelente filme baseado na obra de Jonathan Safran Foer, de mesmo nome. Ainda não li este livro mas mesmo pelo filme dá pra ter noção da qualidade da estória "criada" por Safran mantendo a sua qualidade habitual apesar de muitos críticos terem caracterizado ele como "caça-niqueis" se aproveitando do fator emocional relativo aos ataques de 11 de Setembro. Pra mim isto é um tanto desnecessário, óbvio que tudo é por dinheiro, quem não sabe disso? O filme é muito bom e emocionante e tem momentos incríveis, tanto tristes quanto de redenção e mesmo alegria. O guri que interpreta Oskar é um baita ator e vai dar o que falar, o personagem é incrível e Tom Hanks nunca perde o fator melhor e mais simpático do mundo. Não há muito o que falar sobre o filme sem entregar todos os pontos mas a estória toda gira em torno do menino Oskar que perde seu pai, na qual era extremamente ligado nos ataques de 11 de Setembro. O menino é completamente perfeccionista, inteligente, superdotado e nas mesmas proporções é cheio de medos e grilos como medo de pontes, de transporte público e outras coisas. Tudo se trata em aceitar, ou não, tudo que aconteceu, encontrar uma razão para tudo. O filme é excelente, apesar de momentos extremamente tristes as vezes é bom assistir algo triste, uma situação grave para darmos valor ao que temos e nos agarrar a estas coisas para evitarmos de perdê-las, pelo menos aquilo que está ao nosso alcance.

29.5.12

Findi

Depois de uma semana triste finalmente veio o fim de semana e tudo ficou bom e bonito. Na verdade começou a ficar bom quase na entrada do Domingo. Summer e eu fomos no bar e encontramos o Guel e a Maria e nso divertimos muito, voltamos pra casa soluçando. No Domingo acordamos e fizemos o teste do brinquedo consertado e ele está funcionando não diria muito bem mas da forma como funcionava antes do conserto. Lá pelas tres e meia fui pra cozinha e fiz as melhores polentas fritas de minha carreira culinária. Terminamos e já era cinco e pouco e já estava semi atrasado pro ensaio dominical. Fiquei feliz só de pensar que em alguns minutos estaria com as mãos na minha alavanca e tocando aquelas músicas que há quase 10 anos me acompanham. Tava muito mas muito divertido. Muita ceva, cigarros, atmosfera caseira, com direito a pausa para piadas, para ceva e tudo mais. Depois do ensaio fomos pra XV pra comer um xis e depois fomos pra casa e testamos o brinquedo novamente. Já estou na fissura pela Terça feira. A Salão Fígaro mais uma vez entrou em recesso, eu sinceramente nunca sei quando a coisa é séria ou não. O Mopho mandou um comunicado ontem, vários projetos artisticos e de seu "disco solo" portanto, boa sorte ao amigo. Por um lado vai ser até mais fácil vou ter mais um dia pra namorar, pra ficar com o heitor e mesmo pra não fazer nada. Não vou precisar ficar levando o baixo pra lá e pra cá e a partir de ontem ele já ficou com o Aquiles.

12.5.12

eU

Sou impossível de conversar. Sou reclamão, crítico, sou vítima, catastrófico e hipócrita. Sou difícil de conviver. Não valho mais que as memórias que carrego ou as música que componho e gravo e mesmo toda validade de minha trajetória "artística" seja validada apenas por mim e por outras 4 pessoas. Carrego um "conhecimento" que tem uma validade impossível de ser medida porque ela depende das pessoas e não da informação em si, sei de coisas que não mudam a vida de ninguém. E eu insisto em dar valor a estas coisas, pelo menos aqui dentro. Poucas coisas validam a minha existência, o Heitor é uma delas mesmo assim vai depender dele e somente dele fazer valer o que fiz e o jeito que ele irá tratar as outras pessoas já que carrega consigo a maldita herança que tomou de mim. Tenho pena dele neste sentido mas torço muito e só eu sei o quanto que seja feliz, que não passe pelas mesmas coisas ruins que passei, que se apaixone e viva,que beba e vomite, que toque e conquiste, que aprenda e ganhe, que atinja a felicidade, algo muito maior do que cheguei. Não sei como será o meu futuro e talvez seja isto a coisa que me aproxime mais das outras pessoas mas, ele é negro, é inútil e mais uma vez sua validade é altamente ambígua, assim como o prazer ou desprazer de estar perto de mim. Carrego muito amor aqui dentro mas, talvez ele não me ajude muito, apesar de amar tanto e fazer algumas coisas certas, faço coisas erradas em dobro, sem querer, apenas por ser isto q eu sou. Queria ter melhores notícias, queria conseguir escrever coisas "melhores" quando estou bem mas é quando quero me auto xingar que escrevo e mostro tudo, ao menos tudo que vejo agora, nesta pequena espiada lá dentro. Queria ser melhor, pra ti, pra ele, para todos nós e eu te digo que eu trabalho muito com isto, muito menos que deveria ou muito menos eficiente do que poderia ser mas, queria apenas deixar claro que eu tento. Eu tento e FAIL mas TODOS ERRA e por isto, eu choro, TODOS CHORA e eu fico só e eu não consigo sair da cama. Minha carreira está seriamente comprometida, assim como o que me faz vivo e "pensante" ou não penso, apenas existo e respiro, respeito e tento amar e dividir este amor contigo e com ele. Um bom fim de semana a todos

11.5.12

Teenage Fanclub

Tem gente que toma anti depressivos, que vai ao Shopping comprar coisas, eu escuto Winter, do Teenage Fanclub, Norman Blake e do excelente "Songs from Northern Britain" que além desta ainda contém Start Again e I don´t Want control of you. Segue a letra : The summer was out of sight We couldn't sleep at night Shadows were closing in Back in the dark again Basement we didn't own Cut off the telephone Ceiling was falling down Winter was underground There are worlds We can find A hidden place Is in our mind Place where the water falls Nobody ever calls Sky is forever clear Road never made it here Forests are deep and green Like nothing we've ever seen Heavens revolving sin Seasons change everything There are worlds We can find A hidden place Is in our mind There are worlds We can find A hidden place Is in our mind There are worlds We can find A hidden place Is in our mind

Nazis at the center of the earth (2012)

E ontem foi o dia de assistir esta tosqueira mais do que incrível. O filme foi produzido pela The Asylum, uma pequena produtora de mockbusters com o valor ridículo de 200 mil dólares e 12 dias de filmagens. Muito provavelmente esta coisa ridícula (mas nem por isto não foi divertido) pegou carona no Iron Sky que será lançado este ano com o mote dos nazistas na lua, outro mito assim como o dos nazistas no centro da terra. O filme inicia nos anos 40, perto do fim da segunda guerra com os nazistas levando um artefato metálico para dentro de um avião e fugindo dos americanos. Uma destas pessoas é o conhecido Dr Yosef Mengele e ai começa uma série de WTF´s um atrás do outro. Finalizada a cena com o avião decolando com o equipamento rola um pulo para os dias de hoje com um grupo de doutores na Antártica fazendo pesquisas e perfurando o solo e acabam encontrando uma estrutura de metal, com a suástica pintada no casco. Logo surgem sujeitos com suásticas e roupas militares com máscaras de oxigênio no rosto e os dois pesquisadores são capturados. A quantidade de citações durante o filme são várias, aqui eu apontaria In The mountain of madness do Lovecraft. Logo um grupo sai atrás dos dois doutores desaparecidos e eles acabam encontrando um buraco no chão e depois de passar por este buraco descobrem um continente perdido, dentro do centro da terra, aqui cabe a citação ao Júlio Verne com viagem ao centro da terra. Resumindo um pouco, Dr Mengele está vivo e continua fazendo sua pesquisa genética com seres humanos. Um pouco mais avançado ele hoje transformou seus soldados em imortais trocando a pele deles, ossos e etc e aumentando a longevidade afinal ele deveria estar com uns 120 anos hoje em dia pelos meus cálculos errados. Muitas cenas com gente perdendo o rosto (assim como no Dagon e Les Yeux sans visage), perdendo a medula óssea e até um aborto, para capturar as células troncos sendo feitas com um aspirador. Pra fechar com chave de ouro minha descrição e aqui vai o spoiler porque muito poucos irão assistir isto mas, o artefato aquele do início ressurge. Primeiro o Dr captura a medula óssea de um dos doutores para injetar na máquina mas isto não funciona. Dae uma das doutoras está grávida e sofre o aborto não intencional que já comentei ali em cima e dae, com as células tronco finalmente o dispositivo funciona. Para completar o WTF com chave de ouro, o dispositivo este abrigava a cabeça de Hitler que está agora num corpo de um robo de mais de 3 metros de altura e, o homem volta a vida. Pouco depois uma enorme nave, dos nazistas sai do solo para atacar o planeta então tu já tem uma idéia do que estou me refindo, uma diliça sem tamanho. A tosquice dos efeitos especiais nivel Chaves tu ate aceita afinal 200 mil dólares é a maior ninharia do mundo para fazer um filme mas o roteiro, completamente WTF não se perdoa mas como falei antes, chega um momento que é tão tosco que se torna divertido.

The Grey (2011)

Depois de assistir ao videocast do Bolota fui atrás de alguns filmes e um deles era o dito ai de cima. Dirigido por Joe Carnahan e trazendo Liam Neeson no papel principal é um filme excelente para uma noite fria com você embaixo das cobertas, claro. Não há muito o que falar sobre a estória do filme, um grupo de trabalhadores do Alasca, aquelas pessoas menos favorecidas como ex-presidiários e outras pessoas que não conseguem emprego em lugar algum sofrem um acidente de avião onde poucos sobrevivem a queda e o que virá adiante é ainda mais terrível. Liam Neeson é um caçador de lobos que trabalha por lá evitando que os animais ataquem as pessoas da região. Em seu último dia de trabalho, pouco antes de pegar o avião escreve uma carta de despedida e planeja um suicídio que não acontece, ele é supreendido pelo uivo de um lobo. Mas voltando avião, um frio terrível de dez graus abaixo de zero, os sobreviventes tentando se aquecer e procurar alternativas para se salvarem acabam descobrindo que caíram numa área cheia de lobos e começam aos poucos a serem devorados. Como já foi falado no videocast, a hora em que eles estão todos sentados, perto da fogueira e aos poucos percebem a presença de vários lobos, identificados apenas com olhos brilhando na escuridão é de cair o queixo, assim como a outra cena que um deles aparece bem perto do grupo já valem o filme. Como disse antes, um filme ótimo pra ficar embaixo das cobertas assistindo, daqueles que vai morrendo um a um até chegar no último, com pequenos deslizes é uma das grandes coisas que se encontram em locadoras hoje em dia.

28.4.12

O desapego e o apego ao desgosto

Existem coisas que se passam aqui dentro que me chateiam muito. Sou um cara feliz mas tem certos momentos que sou muito triste, fico muito envergonhado ou desgostoso por ter feito algo errado. Eu adoro errar em certos momentos mas tem determinadas pessoas que a gente não pode errar, não quer errar e não pode imaginar errar. Por mais que eu tenha poucas coisas pra reclamar as vezes eu me sinto como se não fosse nada mais que um grão de areia no chão. Toda esta dor, esta imcompreensão nos meus passos e este desgosto que me sufoca neste momento poderia acabar, agora mas, não vai. Gostaria de conseguir transpor tudo isto pro papel e gostaria que eu pudesse musicá-las. Seria um forma de fazer a dor, a vergonha e o desgosto tornarem-se algo melhor. Partindo do princípio que uma música triste é melhor que um sentimento triste ou partindo do princípio que se eu tiver que cantar isto, ouvir isto possa ser um lembrete de como a vida é cara e como se deve dar valor supervalorizado para tudo que se tem. Isto passa, uma hora passa. Sei que tudo tem um fim. Infelizmente para algumas coisas terminar é ruim mas neste caso é ótimo. Vai passar e vai se tornar apenas uma lembrança ruim ou um lembrete para que não aconteça novamente.

26.4.12

Mp3 da Semana

Fazia tempos que não escrevia nada para este diríamos "tópico", assunto por aqui. Não foi por falta de coisas novas, inspiração talvez. The Dandy Warhols, This Machine - O "retorno" da excelente banda californiana The Dandy Warhols que já criou coisas excelentes e nos últimos tempos tinha desleixado um pouco na produção. O disco não tem absolutamente nada a ver com trabalhos anteriores, algumas características, violões, ruídos psicodélicos e só. O auge dele e diríamos uma que se parece um pouco com as antigas, aquela leva que os tornou conhecido temos a excelente "Seti vs. The Wow Signal" que além de lembrar bastante trabalhos anteriores é o melhor momento do disco. Lembrando sempre que da discografia dos caras, o momento imperdível deles sem dúvida é o Thirteen Tales from urban Bohemia e além de terem clipes belíssimos são a cereja do bolo do excelente documentário Dig. Tudo imperdível até o momento. LightShips, Eclectric Cables - Estréia inspirada de Gerard Love o talvez melhor compositor do Teenage Fanclub, a melhor banda da escócia e do mundo, de acordo com Kurt Cobain. Já fazia um bom tempo que o pessoal da gravadora pressionava Love para um lançamento só seu, ele foi lá pegou Dave Mc Gowan e Brendam O´Hare do Teenage, Tom Crossley do Pastels e Bob Kildea do Belle And Sebastian e gravou 10 faixas que lembram bastante o trabalho do Teenage Fanclub, diria aquela época do Howdy que por si só não é a melhor. O disco tem altos e baixos, músicas calmas e inspiradores cheia de ruidinhos, camadas e atmosferas mas sempre trazendo em seu esqueleto a marca que fez sua outra banda deixar muita gente chorando pelos cantos.

23.4.12

Thurston Moore e Kurt Ville

Seria difícil de ameaçar o cargo de melhor show do mundo que assistimos no Opinião quando vimos o Primal Scream mas não pensei que seria tão decepcionante assistir um dos meus heróis. Kurt Ville chegou a ser ridículo, apesar de munido de Jaguares, Jazzmaster, bons amplificadores e jogo praticamente ganho já que é queridinho de muita gente achei o show imbecil, fraquissimo. Odiei as músicas do cara, achei pífio mesmo e fiquei pensando quantas bandas de Porto Alegre não teriam feito melhor com todo aquele equipamento. Quanto ao Thurston é óbvio que tiveram momentos bons mas ainda não entendi que porra de show era aquele. Antes de ir até comentei com Summer que seria ridículo o cara vir e tocar as músicas do Sonic Youth, com outros caras já que a banda meio que acabou ou está de férias sendo que ele lançou um disco solo, totalmente acústico. O correto seria ele tocar este álbum acústico até porque trouxe um cello, violões e tudo mais. Depois que assisti o show fiquei meio sem entender porque ele não tocou a música mais conhecida de seu álbum (pífio) mais recente, tocou com violão (tentando fazer barulho com ele por sinal), não tocou Sonic mas tocou um cover de Rolling Stones e isto foi absurdo também. Não vi o setlist mas pelo que vi ele tocou duas vezes Lost Souls de seu disco solo anterior. Sério, ficou faltando. Muita gente adorou aquela barulheira todo e tipo, bocejei, quer fazer barulhos chama o Steve, o Lee, a Kim e etc, aquilo ali ficou palhaçada pelo menos pra mim, um velho.

Gvt x Oi

Depois de 5 meses perdendo tempo de vida, ao telefone falando com a Oi, troquei pra Gvt e finalmente tenho uma internet banda larga, realmente larga em casa. Pelo que pude perceber a Oi faz questão de te tratar como imbecil e é óbvio que eles tem clientes satisfeitos mas acredito que muito mais insatisfeitos. O caso era simples, eu tinha 1 Mega de conexão e queria aumentar para 2, para 5, para 10, enfim. O meio físico permitiu apenas 5, que seja. Mas mesmo depois de várias ligações, minutos e minutos perdidos, confusões e mesmo com a visita do técnico, minha internet não aumentou pra 5 nem nada. Semana passada me irritei e liguei pra gvt, inacreditavelmente (claro, depois de tudo que passei na Oi) Sábado o técnico foi lá em casa e tudo se resolveu. Mesmo assim eu fui um tanto estúpido e pedi portabilidade e hoje vão fazer algo neste sentido. Tipo, esta é outra pegadinha do nosso país, a venda casada, eu não uso telefone fixo e nem tem sentido usar mas, tive que ter um número, pelo menos a Gvt permite que eu não tenha plano algum vinculado a ele e pago apenas o que usar, menos pior. A outra pegadinha é a regulamentação da Anatel que se torna avalista da sacanagem que as operadoras fazem contigo que é ter obrigação de te dar apenas 10% da conexão que tu pediu. Pra resumir bem, eles podem chamar teu plano de 10 Mega e são obrigados a te dar apenas 1 Mega, sentiu o drama? Se isto não é propaganda enganosa não sei o que é. Pior ainda é saber que eles vão alterar a regulamentação e desta vez, os 10% vão aumentar e precisarão te dar até 30% da velocidade anunciada. Poderiam criar uma regulamentação para os usuários também né? Tipo, eu pagar apenas 10% do valor da conta ou pagar pela velocidade real e não pelo nome do pacote mas...claro que isto nunca será assim.

4.4.12

Ensaio 7to9



A estória deste ensaio começa no início da tarde de segunda onde peguei um serviço mais que desgraçado para fazer, que faço todo mês e, todas as vezes me estendo pela madrugada para terminar. Fiquei em casa trabalhando até a uma e meia da manhã. Óbvio que na Terça não tive condições morais de ir trabalhar, muito desgosto, nojo e etc.

Mesmo que não tenha comparecido na empresa trabalhei em casa, bem acompanhado. Enquanto eu mexia no maldito Windows com a VPN caindo a todo momento e numa base de dados mais que precária, Summer com suas simulações no Linux, altos cálculos e por ae vai. As cinco da tarde fomos na padaria comprar coisas para comer antes de começar a beber para o ensaio. Comemos e, dei START nos preparativos. Liguei o amplificador pra testar o novíssimo brinquedo que chegou, o Digitech Digiverb, uma diliça que mais tarde me transtornou muito no ensaio.

Perto das nove o jax liga e vai lá pra casa e logo fomos para o Midle Finger. Fizemos a mixagem na técnica antes e logo invadimos o aquário e começamos a montar a parafernália. Para a surpresa geral tocamos as cinco músicas dos últimnos ensaios uma atrás da outra em versões pauduríssimas e parece que o meu mail deu um resultado incrível. Saíram todas muito boas e ficamos todos felizes com o resultado. Acabou dando tempo de passar algumas outras coisas como The Prize, Tramandaí e tocamos muitos covers, vários Jesus, My Bloody Valentine, Jane´s Addiction, Black Rebel Motorcycle Club e Sonic Youth e tava muito massa. Consegui tocar bem e aos poucos estou me acostuamando com a velha guitarra nova e agora com o pedal. Dá pra fazer muitas coisas com ele e quando o ensaio terminou obviamente deixei a guitarra colada no alto falante e fui brincar nos controles do pedal, muito barulho.

Obviamente ficamos no estúdio até tarde bebendo, conversando sobre as próximas músicas e eu e o aquiles lembrando os velhos tempos, bons discos que ouviamos quando pequenos. Chegamos em casa e eu ainda fiz algo para comermos, resumindo, dormi pouco mais que duas horas e Summer se incomodou pra me acordar também, escrevo isto totalmente Walking Dead, louco de saudade da minha cama.


Tem outras fotos do ensaio aqui.

30.3.12

The last one Friday of R lives

Semana tumultuada que passou rapidíssima por sinal e isto é bom. Segunda foi o dia de matar a saudade. Terça foi 7to9, nosso segundo ensaio que teve presença ilustre da Summer. No quesito musical não diferiu muito de semana passada e a luz vermelha começou a piscar e me motivou a tomar ações nos dias seguintes. Tocamos praticamente as mesmas coisas de semana passada e os pequenos vícios do primeiro dia acompanharam o segundo e é sinal que algo esta errado e precisa ser resolvido agora, ainda no começo para não virar um montro. Ainda é cedo pra se assustar mas como o tempo é importantíssimo tratei de tomar minhas precauções.

Na Quarta rolou Salão Fígaro. Eu estava muito podre de cansado, sono, sem muita vontade de beber e quando toquei senti muito cansaço, velhice é foda. Fizemos uma música nova, fizemos naquelas, o Mopho e o Maurício trouxeram um riff semi pronto e acertamos algumas partes e tocamos. Tocamos uns Queens também, Foo fighters e as nossas. Subestimador foi estreada com esta nova formação assim como a Quebradinha. Ainda me sinto perdido pra cantar algumas coisas em virtude de não termos letras. Esta vai ficar pronta rapidinho pelo jeito e muito provavelmente em no máximo dois meses estaremos tocando ao vivo e para pessoas.

Assistimos ontem J, do Clint Eastwood, filme sobre o pai do FBI e diria, um dos responsáveis por alguns caminhos errados/certos dos Estados Unidos da América. Muita coisa era ficção no filme, e na vida de J Edgar Hoover mas, ele era competente, criou muitas coisas importantíssimas no que se refere as investigações, espionagem e etc.

Ontem consegui fazer uma letra, para as músicas do próximo disco. Música que fiz, dois segundos depois de assistir ao “The devil and Daniel Johnston” e a letra é completamente inspirada na vida e obra deste grande cara. Testei em casa depois e ficou bem encaixada, agora diria que faltam poucas letras, uma coisa que não gosto muito de fazer, mas percebi que quando me desvencilho da minha vida, dos meus problemas nos temas a coisa flui bem mais fácil.

27.3.12

Esteio Diaries



No Sábado de tarde eu, a Sheila e as crianças (considerando que nós dois em alguns sentidos não somos criança) fomos para o parque tomar chimarrão. Tava bom, engraçado. Mas no somatório geral do findi diria que ele foi fraco, realmente. Domingo passei a tarde toda fazendo uma letra e sinceramente apenas terminei mas, se ficou boa ou se conseguirei cantá-la já é outra estória.
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Ontem acabou meu castigo. Fiz uma massa boa pra caraleo, to me puxando na culinária e na modéstia. Tentamos assistir o Bronson ontem, bela direção, atuação, trilha sonora e mais um monte de coisas mas, acho q não era a hora certa de assistir, uma hora cansou e acabamos dormindo.

Dois dias sem chegar atrasado. Hoje a noite tem ensaio e estou temeroso com a manhã de amanhã mas, com muita ansiedade para hoje a noite. No Sábado comprei um pedalzinho pra melhorar meus efeitos, se trata de um Digitech Digiverb e boa parte do intuito de comprar é utilizar o Reverb reverso, que estou apaixonado. Estou ansioso pela chegada dele.

No Domingo de noite assisti On the Edge, filmezinho até divertido com o Cilian Murphy, cara que gosto muito de assistir, grande ator. O filme é meio sessão da tarde, tem momentos divertidos mas sem muita profundidade apesar do cara se jogar de um enorme penhasco na Irlanda na tentativa de se matar. A trilha sonora era ótima e rolou até um Doves o que me deu uma saudade tremenda e acabei ontem a noite colocando um vídeo e é claro que se trata de Catch the sun. Aliás, Doves era pra ser o novo U2, novo qualquer coisa e isto quer dizer que os jornalistas estavam todos se mijando, na época que eles apareceram mas, não deu em nada, seria uma boa banda para aquela coluna do Vignoli de bandas que tinham tudo pra estourar mas falharam.

The Rum Diaries - Hunter Thompson


Semana passada terminei de ler este livro antigo mas recentemente(1998) publicado do pai do jornalismo gonzo. O livro retrata uma experiencia de um jornalista americano que se vai trabalhar em um jornal em Porto Rico. Apesar do livro não ser autobiográfico, Paul Kemp tem muito do que viria a se tornar Hunter Thompson ou, o que viria a se tornar sua marca e o que o fez ser conhecido. O próprio Thompson teve experiência muito parecida. Já existia naquele distante relato traços da escrita fabulosa, das confusões e apesar de ainda não pegar pesado nos alucinógenos e outras drogas, foi regado a rum e aposto que se torce-lo, gotas cairão.

Recentemente o filme esteve nos cinemas e para quem já viu Medo e Delírio, parecem coisas muito diferentes apesar de ser baseado e escrito pelo mesmo cara, interpretado pelo mesmo ator que era amigo íntimo inclusive e etc. Mas as confusões estão lá, a preguiça, brigas e um jornalista que apesar de novo (aos 30 anos) já carregava muito pessimismo e um sentimento de muita coisa já executada e nenhum objetivo realmente atingido. As imagens são lindas e não pude deixar de me lembrar de meu início em Recife.

É um excelente livro e deu pena de acabar tão rápido, me peguei dando gargalhadas dentro do trem. Me peguei com saudade de alguém que nem conheci e sentindo uma pontada de inveja de vários que o conheceram. Queria ser muito amigo dele.

23.3.12

Salão Figaro

Na quarta feira o ensaio era da Salão Fígaro e em virtude de nosso querido Gustavo ser um cidadão do mundo, atualmente ou nos últimos 3 ou 4 anos tivemos que chamar nosso querido Gordo, mais conhecido como Renato Bolson para segurar as pontas na bateria e é o novo baterista da Salão Fígaro. No curriculum dele tinha Lagarto a Vapor e referência melhor que esta não existe.

O ensaio foi no Navarro em Canoas e tocamos bastante coisa. Ele já tocava em outra banda com o Mopho e o Mauricio e, levou de letra as músicas. Tocamos várias nossas,as foofighterianas Sutil, Bel Prazer e Eu não entendi assim como as mais novas Estou sujo, quebradinha e a outra que nem sei o nome assim como uma que fizemos em 2008 num outro "retorno" que fizemos onde não houveram shows, frutos. Tocamos uns Queens of Stone Age também e no futuro tocaremos Foo Fighters.

Tava muito legal, cansei bastante de estar enferrujado nas quatro cordas e terminei o ensaio cansado. O gordo foi muito bem. Mesmo assim senti uma saudade imensa do Gustavo, pela sua presença por ali, ele é tão engraçado e tão amigo meu que, não consegui deixar de pensar nele e estou com medo de tocar a "Black Sabath" pq era a música dele mesmo.

Ensaio 7to9

A última terça agora foi um dia emocionante ou pelo menos, ficou emocionante a partir das seis da tarde. Quando desci na estação Esteio tudo começou a ficar melhor e cada momento tinha sua profundidade e importância porque depois de muito tempo teríamos um ensaio. Esqueça o que fizemos no fim do ano passado com o outro baterista. O lance agora era bem diferente, um baterista que realmente quer tocar e ficou por mais de seis meses nos pressionando para tocar e um baixista que conheço a mais de 32 anos, que me apresentou Pixies, que é uma excelente figura e que de quebra já viu show de David Bowie, Jesus and Mary Chain e a Nação Zumbi, por três vezes ainda na época do Chico Science.

Cheguei em casa e comecei a arrumar a mochila com os cabos e outras coisas que precisava levar e a tomar minha ceva. Perto das nove o jax passou ali em casa e carregamos o carro com os equipamentos e fomos para o estúdio. Ficamos lá conversando e aos poucos chegaram o Guel e o Aquiles. Conversamos com os indios dentro da técnica até que a nossa hora chegou.

Entramos na sala e começamos a montar os instrumentos, cabos, fios e etc e começamos e bem, tocamos Start again e nem tinha percebido o quão profético e indicado é o nome desta música para aquele ensaio. Ficou massa, legal mesmo. Eu e o guel já tinhamos tocado ela e mal passei as notas pro Aquiles e já saimos tocando, foi lindo e com certeza será um dos covers que tocaremos ao vivo porque todos ali gostamos muito destes escoceses.

Tocamos poucas músicas, repetimos muitas vezes para fixarmos bem as partes, arranjos e mesmo a recriação delas nesta nova formação, coisa que eu e o Jax já passamos inúmeras vezes. Speed Marie a preferida do Aquiles rolou depois, Life´s True, Identifier também e tentamos tocar Tramandai mas o ensaio chegou ao fim com excelentes momentos que rolaram naquelas duas horas dentro do aquário.
O único problema do ensaio foi que ele terminou meia noite e ficamos um bom tempo por lá relembrando, conversando e bebendo. Cheguei em casa depois das três e meia da manhã e obviamente não fui trabalhar no outr dia, acordei com ressaca como raramente acontece mas valeu a pena e deu uma boa premonição do que virá.

12.3.12

Japandroids – Porto Alegre

A noite propriamente dita iniciou pouco depois das oito da noite. Já tinha ido buscar Summer em casa e tivemos uma visita de luxo pouco depois disso que ficou com a gente por ali para tomarmos uma cerveja. Quando ela se foi continuamos hanging around, tomei banho e liguei pro meu irmão Vignoli. Chegamos em Poa onze e meia e fomos pro Bambus tomar uma ceva pois ainda tínhamos algum tempo pois sabíamos que o show não iniciaria antes da uma da manhã.

O que dizer do Bambus? Aumentou a ceva, já era caro cinco e meio, agora tá seis. O público já não é mais aquele pessoal das bandas independentes, agitadores e etc como era no início do século. Resumindo uma piazada meio perdida. Subimos a independência e chegamos a passar pelo local, caminhando sem encontrar. Encontramos Vignoli e Bolota e cia na fila e ficamos lá conversando.

Já tinha falado pra Summer que o Vignoli e eu temos uma ligação inexplicável de gostos e etc, uma hora aconteceu de eu falar pra ele “bah, uma hora preciso te perguntar uma coisa, na camufla?” e eis que ele me responde “não sei o que tu vai perguntar mas é sim para as duas perguntas” e fato, era exatamente isto que íamos perguntar. Sendo que o isto não foi nem será explicado, tu pode apenas ter noção de que ele sabia o que eu iria perguntar e nos próximos minutos o nosso papo, meu dele e de Summer foi a respeito da pergunta e da mudança que alguns ou algum conhecido nosso tomou. Uma pessoa que se perde nos argumentos (coisa que inclusive me criticava no passado) e que acaba ofendendo a pessoa e não atacando o ponto da discussão, mais um cara legal que se perdeu e desta vez foi para as drogas pesadas.
O que dizer do BECO, meu sexto sentido raramente se engana para estas coisas e o que eu achava, o é. Patricinhas com bolsas falsas da Channel (conforme apontou Summer), viados que ao menor cruza de olhar já vão em cima de ti (cabe o adendo que nem tenho nada contra viados mas, odeio quando me atacam e foi o caso), Mauricinhos pagando de “ricos” pra ver se pegam alguma prostituta de luxo, na verdade o público muito se resumia a prostitutas de luxo e chinelos sem ter onde caírem morto tentando pagar de rei do gado e por ai vai. Muita gente mas, muita gente mesmo que estava lá dentro foi consenso que não tinham a menor chance de saber o que era Japandroids. Até arriscamos a pensar que nos primeiros 4 segundos que a guitarra estivesse ligada o pessoal todo iria fugir dali mas não aconteceu ou, as desistências foram bem pequenas.

O show começou pouco depois da uma e meia já começou chutando o balde e o que se seguiu por mais de uma hora e meia de show foi uma sequencia de momentos catárticos onde a guitarra poderia estar bem mais alta assim como a bateria, que poderia ter mais retorno para Brian King (guitarra e vocal) já que ele fez vários sinais e não entendi a dificuldade do técnico de auxiliar nisso. Mas as execuções foram impecáveis e foi um show ótimo, partida ganha como se estivesse jogando em casa e a todo momento Brian comentava alguma coisa sobre como estava se sentindo, sobre a turnê no Brasil e etc. Em determinado momento o Vignoli berrou “Safado, toca uma boa” e a partir dae “Safado” virou “The boys are leaving town” até que em um determinado momento aquilo chamou atenção de David Prowse (bateria e vocais) e ele perguntou “Sapato”. Cabe ressaltar que se esforçaram no português. A todo momento David ficava meio perdido com o SAFADO e isto se estendeu até muito depois do show terminar quando encontramos ele na saída e conversei um pouco, tentando explicar o sentido de SAFADO para um canadense, de uma terra onde se falam dois idiomas e tipo, francês sou absurdamente analfabeto. Falei em inglês e me dei muito bem e foi uma das poucas vezes que consegui me expressar rapidamente, sem erros e com desenvoltura mesmo bêbado. Chegamos a um “Dirty Boy” com ressalvas e foi muito divertido, ele ficou muito feliz por entender e muito feliz por termos gostado do show, pessoal é simples e humilde até os ossos e, acho que saíram de alma lavada de lá pois o sorriso estampava seus rostos.

Tentamos ainda inutilmente encontrar o Vignoli que já estava em estado avançado de sangue no álcool. Fomos pro bambus e ligamos pra ele pra ver como ele estava e, porque não convidar para mais algumas. Não conseguimos contato e tomamos uma ceva, sentados no chão, em frente a um café que eu e Summer vamos regularmente quando almoçamos pelas redondezas. Felizmente não avistamos blitze alguma e chegamos em casa, ligamos o computador e ainda ficamos conversando. Foi uma tremenda noite, muito feliz, por ver o Vignoli que há séculos não via, acho que nem eramos bípedes ainda. O bolota também e principalmente pela minha companheira que é algo que teria que ser monge por 3 encarnações para merecê-la, sem dúvida a melhor mulher do mundo pra mim. Casaria anteontem se ela em quisesse.

This must be the place – 2010




Assistimos ontem a esta obra de arte. Paolo Sorentino fez um trabalho impecável como diretor, direção de fotografia incrível também e o que dizer do Sean Penn, só um PUTAQUEPARIU, o personagem dele é inteligente as ganhas e apesar de estar completamente sequelado das drogas no seu passado de rockstar, toda hora que ele tem alguma coisa importantíssima e bem pensada que fala e por isto é respeitado, na segunda vista por muita gente que o vê com outros olhos pelo visual Robert Smith decadente. Frances McDormand é outra que está excelente apesar de trabalhar poucos minutos.

Sean Penn é Cheyenne, um rockstar ou como ele falou “um popstar” que está há 30 anos aposentado dos palcos em virtude de suas músicas “depressivas” terem auxiliado no suicídio de dois jovens. Além de não falar com sua guitarra, não fala com seu pai desde os 15 anos pelo pai supostamente não amar ele em virtude dele pintar os olhos.

O filme inicia com a morte do pai de Cheyenne e o protagonista numa crise de tédio, depressão e um desencontro consigo mesmo. Seu visual é inspirado em Robert Smith que é fã confesso da banda e quando viu eles em 2008 se admirou que RS continua com o mesmo visual de antigamente mesmo estando velho e terem se passado tantos anos. O nome da banda de Cheyenne é inspirado em Siouxsie And the Banshees. Abrindo um parêntese aqui, muitos diretores de hoje tem a minha idade, pouco mais e tiveram adolecencia marcada pelos anos 80 e hoje estes caras estão fazendo filmes e isto chega a ser delicioso, a quantidade de referencias que podemos entender e nos sentir em casa.

A trilha sonora é impecável e a cargo de Will Oldham e David Byrne que inclusive faz uma ponta, interpretando a si próprio. Pra quem não sabe, o título do filme é uma música do Talking Heads que recentemente o Arcade Fire coverizou e em um determinado momento do filme Cheyenne toca ela com uma criança, uma das grandes cenas do filme que, é repleto delas.

A quinta coluna - Ernest Hemmingway

Semana passada terminei de ler este “roteiro” de teatro do Hemmingway. Era um dos últimos livros do lote que comprei em 2010, em SP, no planeta terra. Não gosto muito deste tipo de leitura mas, era o Hem então tá valendo e não deixa de ser um tanto divertido mas claro, bem aquém de todas as coisas ótimas que li dele como “O som também se levanta”, “Por quem os sinos dobram” e as “Ilhas da corrente”.

Ainda tem um de contos e dae finalmente termino de ler toda a minha bibliografia do vencedor do prêmio Nobel de literatura. Andei sabendo que está saindo filme sobre a temporada do Hem em Cuba e o véio que inspirou “O velho e o mar”, pra mim uma obra pequena dele mas, ao que tudo indica foi o que deu o melhor prêmio que ele recebeu em sua vida.

5.3.12

7to9

E começou a produção do nosso próximo disco, meu e do Jax, da 7to9. Os ensaios ainda não começaram mas vamos começar a gravar as coisas “novas” as coisas que fizemos antes de eu ir pra Recife e até uma ainda mais velha, do jax, de 2007. Contamos 9 músicas até o momento e vai ter muita coisa minha que fiz lá no nordeste se é claro concordarmos que está condizente com a 7to9. Minhas músicas geralmente não entram muito bem na banda.

Não fui trabalhar Sexta e fiz muito das baterias, pelo menos as guias iniciais destas músicas neste fim de semana. No Sábado o jax foi lá em casa e ouviu as trilhas, conversamos bastante sobre o disco e, é claro, rimos e bebemos também.

Além deste disco, a idéia é liberar também todas as outras sobras que gravamos em 2007, terminar as capas e fazer o lançamento digital destas coisas para finalmente finalizarmos esta etapa. Coisas como Man Ape, Identifier e outras que foram mixadas e lançadas no myspace mas nunca fizeram parte de uma coleção. Aliás, criei também uma página pra banda no Soundcloud para a banda. Deixei lá o “Home Recordings – Sapucaia never grow up” e o “Home Recordings vol 2” que foram gravados e tocados apenas por mim e pelo jax e também o “7to9” que foi gravado com o Gustavo e com o Fabricio. Ao que tudo indica lá será nossa casa por uns tempos afinal o myspace tá horrível e o trama faz muito tempo que não entro pra ver como está.

Hoje trouxe o violão para o trabalho para mandar no Bill para regulagens. Quarta Feira eu e, talvez o jax toquemos no 711. Voltar aos velhos tempos mas, apenas por quarta por enquanto. Espero todos por lá.

Warrior


Semana passada eu e Summer vimos um filme incrível, acima da média eu diria. Não chega a se igualar a algo do Sam Mendes, do Aronofski mas, o filme tem uma direção incrível, uma estória palpável e muito bonita, cheia de coisas inesperadas e etc. O filme tem uma coisa tão inesperada que dei como certo estar seguindo as pistas do diretor e me ferrei, muito bom mesmo.
Toque do bolota, demoramos pra assistir mas foi muito massa. Valeu muito a pena dormir tarde por ele. Muitos de nós choraram ao final. Não chorei porque homem não chora, só por amor.

28.2.12

MediaLunas

Domingo tivemos um “Domingo diferente”. Primeiro que não fizemos o tão cultuado almoço das sete da noite, pós ressaca e para levitar defuntos mas sim uma comida leve pois teríamos que ir pra praça assistir alguns shows. Oportunidade rara de não ver apenas Skabout, Bleff, Caronna e as outras bandas pífias, de nossa humilde city. Era para ver o MediaLunas, claro uma grande banda, que era promessa até os 10 segundos da primeira faixa que liberaram ano passado, no segundo 11 já eram uma grande banda com duas pessoas queridíssimas da cena e deste que vos fala.

Conversamos bastante antes de começar o show, assim como quando ele terminou e foi um alívio quando se dirigiram pro palco para começar a barulheira. O jax e a tati foram e depois que o teatro acabou a banda começou o que viria a ser o show apoteótico que assistimos.

Nas guitarras e vocais o Andrio Maquenzie(ex-Superguidis) e a Liege Milk na bateria e vocais de apoio(Loomer, HangOvers) e a meu ver a banda iniciou suas atividades, pelo menos para o mundo em 2011. O som é uma mistura de várias coisas mas o que predominou na minha memória afetiva e sonora foram coisas grunge, stoner com leves pitadas de shoegaze graças a falta de alavanca e do peso da barriga da mão do Andrio que muitas vezes dava aquela pressionada e rolava aquele lance característico que deixou Kevin Shields famoso (famoso não, o que faliu a Kreation). As músicas são excelentes e mesmo com o fato de ter apenas uma guitarra o som ficou muito preenchido com o som distribuído nos amplificadores de baixo e guitarras ao mesmo tempo e o excelente pedal q Andrio usava que já tinha apostado, era coisa do Lucas, confirmada depois.

Obviamente que as duas que mais conhecia, as músicas que já tinha escutado foram as que melhores soaram aos meus ouvidos mas, o show foi de uma excelência inacreditável, uma banda que aparentemente tem menos de dois anos mas que sabe muito o que quer e o que fazer em cima do palco e já são “velhos” naquilo que se propõem. Deixo aqui dois adendos, falei antes que são amigos, conhecidos e gente que vale ouro nesta cena mas, não posso deixar de falar a competência da Liege nas baquetas, tudo seguro, tudo direitinho e o Andrio foi um espetáculo a parte e vi o guri muito mais feliz ali do que na época da Superguidis, parecia que tinha nascido para aquele som mesmo sabendo que nem diferia tanto.

No próximo findi tem show na Embaixada do Rock, assim como da nova banda do Cidade o que já garante um show a parte mesmo tendo show da Bleff na mesma noite.

24.2.12

1984 – George Orwell


Ontem a tarde terminei meu pesadelo lendo este livro, antes tarde do que nunca eu diria. Quando estava em Recife comprei um, capa linda porém em francês e só fui ver isto quando estava aqui no sul já. Desta vez o Alejandro me emprestou e foi mais um dos grandes livros que ele me emprestou.

Falei pesadelo antes porque pra mim foi como um filme de terror, dos bons. Me assustei deveras com muitas coisas que li e com as comparações com o mundo do futuro, o mundo do presente e porque não dizer o passado. Nos encaminhamos para aquela distopia? Não sei e espero estar morto quando chegarmos lá, a única coisa que sei é que o manual para isto já existe e há muito tempo.

Grande livro e grande cara o Orwell, sou meio avesso a distopias na literatura mas, o livro é tão simples e bem escrito que não tive problema algum em continuar e diria mais, adorei cada página.

Houston



Já faz alguns dias que ela se foi e fui assimilando aos poucos tudo isto. Nunca fui fã, de escutar sua música, na verdade não precisava ser fã para escutar sua música do início dos anos 80 ao início dos anos 2000, ela era onipresente. Mas sua morte me chocou muito.

Sábado passado comecei a assistir alguns vídeos dela e fiquei deveras emocionado e homenageei-a com lágrimas já que minha admiração ela já tinha, e muito. Ela foi a mulher que mais vendeu discos, que mais fez sucesso em toda a história.

Mesmo com toda pieguice, toda as milhões de execuções diárias de “I will always love you” se você escutar esta música, em qualquer versão cantada por Whitney você aprenderá muito ou ao menos verá o valor que sua voz tinha, sua emoção, sua técnica e todas as outras coisas que todas as cantoras que vieram depois tentaram imitar, sua técnica algumas talvez conseguiram chegar perto, seu carisma também mas sua interpretação emocional e todas estas características juntos era impossível. Alie isto ao fato que ela era de um tempo que não era necessário fazer um clipe posando de vagabunda (Rihanna, Britney, Lady Gaga, etc) para chamar atenção, não era necessário mostrar a bunda ou ser onipresente em todos os canais forçadamente utilizando de jabás e outras coisas. Semana passada me irritei muito com a Adele que nunca escutei, aos poucos é tão fácil chegar nos limites, nos coeficientes do sucesso mas, não sei, elas hoje em dia me parecem tão inferiores a Whitney que chega a dar um desanimo.

Ah, usava drogas? Casou/separou com/de um trombadinha e não cantava mais como antes? Who cares, aliás, muita gente se preocupa, eu não e pra mim ela será sempre um exemplo de grande mulher, musicalmente falando. Ela está bem acompanhada, se drogando ou cantando, no inferno ou no céu(para quem acredita em ambos) e se estes lugares existirem ficam cada vez mais divertidos e atrativos conforme os anos se passam.

Eu era tão fã dela que descobri hoje que “I will...” não era dela e sim da Dolly Parton e, preciso escutar a original hoje quando chegar em casa mas, sei que será decepcionante, se por acaso eu lembrar que Whitney realmente existiu. Não a toa um dos melhores livros que li foi escrito por um grande fã dela.

6.2.12

Encerrando o 711

Não sei se cheguei a comentar aqui mas a "temporada" no 711 foi finalizada na última Quarta Feira. Fechamos com chave de ouro, modéstia a parte. A proposta inicial quando conversamos com o pessoal do bar no longínquo Agosto do ano passado era trazer um público novo e diferente para o bar e isto foi cumprido. Na noite de Quarta haviam mais de 40 pessoas lá dentro. Logo no início sugeri que não fosse cobrado couvert e que o preço da cerveja baixasse um pouco pois custavam R$ 5,50 um valor um tanto pesado para uma quarta e deu resultado.Não posso desprezar o nosso repertório nem o fato de ter feito uma divulgação pesada no facebook e convidando amigos.

Um dos motivos para ter parado foi que a seven2nine pode voltar a ensaiar em breve, as férias do Jax, meus atrasos na empresa na Quinta (ehehe) e também um espisódio muito chato que aconteceu estes dias com uma suposta amiga nossa. Esta pessoa nos conhece e já viu a gente tocar mil vezes. Mesmo conhecendo, já tendo visto estes dias ela chegou lá e incomodou muito para tocarmos isto e aquilo, "música nacionalll" etc. A gente sempre aceita sugestões e muitas vezes toca algo, para outra pessoa mesmo não conhecendo ou gostando muito do que foi solicitado mas, neste dia nem tinhamos começado a tocar quando isto aconteceu. Cabe ressaltar que esta pessoa incomoda todo mundo que toca lá no bar. Resumindo um pouco a estória esta pessoa ficou 45 minutos incomodando, até música gauchesca ela nos pediu. Teve um determinado momento que o jax foi no banheiro e esta pessoa teve a petulancia de sentar no lugar do jax e....continuar incomodando. Uma hora eu falei, delicadamente que ela fosse se sentar no lugar dela e que em breve a gente tocaria o que ela tava pedindo, ela me perguntou se estava incomodando e fui sincero "óbvio que sim". Porra, 45 minutos pedindo coisas é muito pra minha cabeça. Ela acabou saindo chateada e se criou toda uma situação disso que eu tinha maltratado ela e sido grosso enfim. No mesmo dia abracei ela e pedi aquela desculpa sem sentir culpa alguma mas, pra tudo ficar bem. Mas não acabou, acabei ficando como ruim e até a Summer ficou culpada na coisa toda.

Mesmo depois de todo o acontecimento esta pessoa foi nas ultimas 4 de 5 vezes lá no bar nos assistir e tinha se mantido quieta em todos os dias mas, Quarta Feira, justo em nossa despedida ela acabou se esquecendo de todo episódio e foi lá nos incomodar. Pediu pra emprestarmos o violão para outra pessoa tocar. Porra nossa despedida. O magrão em questão tocaria no dia posterior e já estávamos saindo de lá nas Quartas pra pessoas como ela (que nunca iam no bar quando tocava musica nacional antes e o bar era vazio) ir e se divertirem. Resumindo de novo, o magrão foi lá e tocou, para as 40 pessoas que estavam lá pra ver eu e o jax. Acabou arrebentando duas cordas e dando fim ao show porque depois que aquilo novamente aconteceu eu perdi qualquer vontade de tocar. Chegou ao ponto do cara me pedir a guitarra depois pra tocar e eu disse que nela, só eu tocava. Aja saco. Uma hora darei uma passada por lá na quarta só pra ver como estão as coisas.

Mesmo assim foi legal, conheci duas amigas de Summer e elas todas se encontraram depois de muito tempo e acho que foi bem tri pra ela tudo isto. Muito legal também ver tanta gente por lá e tinha uma época onde tinhamos medo do bar fechar, por falta de arrecadação e acho que fiz minha parte para mudar isto, se é que mudou. Conheci gente nova, gente que realmente curte o que tocamos, gente legal mesmo que surgiu ali e foi muito tri. Pena é que tem gente que não se contenta em beber, ouvir música ou conversar com os amigos, ela precisa ir lá e fazer terrorismo quando as pessoas estão tocando. Pior, além de serem inconvenientes elas não assumem esta inconveniência e tu fica de mau na estória porque as pessoas ainda tem crises depois de te incomodarem ao extremo, esperam que tu vai ficar na tua. O jax é calmo e como ele se envolve apenas tocando ele não se preocupa muito se alguém vai estragar os instrumentos ou mesmo a noite que tu criou carinhosamente e com muito trabalho mas, no meu caso eu não sou assim. Resumindo esta pessoa fodeu algo legal e principalmente minha paciencia e boa parte do trabalho que tive este tempo todo, os atrasos no trabalho, a propaganda no facebook, o público que trouxe pro bar e etc.

Descendentes

Na noite de ontem assistimos a este filme de Alexander Payne que traz George Clooney, otima atuação neste drama/comédia familiar que vem arrancando elogios por onde passa. Clooney recebeu indicações ao Oscar como o filme, direção, montagem e roteiro adaptado, cinco, não é pouca coisa.

Se comparar com outro filme, do mesmo diretor que já assisti e neste caso trata-se do excelente Sideways claro que é uma covardia mas Descendentes é muito bom também. Em ambos os casos "tragédias" sentimentais dão espaço para risadas e momentos ora dramáticos são vistos com ironia, sorriso no rosto e momentos engraçados.

Não sei se seria uma exceção mas o filme tem aqueles toques de redenção do personagem principal. Clooney é um advogado meio relapso com a família, esposa e duas filhas e é parcialmente desprezado e odiado por eles mas um acidente coloca sua esposa em coma profundo e precisa fazer o papel dela além de fazer parte da venda de um lote enorme de terras da família onde é pressionado por todos os habitantes do arquipélago havaiano, uns(familiares) para que venda e o resto contra a venda do paraíso natural. Este é outro destaque do filme, imagens lindas do arquipelago. A fragilidade do ser humano e geralmente se apoia no masculino, em todos os filmes que vi de Payne as mulheres são incrivelmente superiores e seguras e não precisam da aprovação ou consentimento das outras pessoas em suas decisões. No caso dos homens, sempre caricatos.

Todos os atores foram indicados para prêmios por suas atuações, as duas meninas que fizeram os papéis das filhas tiveram atuação impecável assim como Beau Bridges, quase irreconhecível de cabelos compridos e Robert Foster (sogro) outro destaque no filme apesar de ambos terem participação muito curta.

12.1.12

Heroína e Rock And Roll - Nikki Sixx (2007)




Sim, Nikki Sixx é o baixista e "cabeçA" da maior banda de hard rock que já existiu(pelo menos na minha casa e na casa do bozo) . O livro fala de um ano na vida dele, na época da gravação do terceiro disco Girls Girls Girls, um período atribulado na vida dele onde o abuso de drogas chegou ao extremo. No ano anterior já tinha tido uma overdose que o deixou morto por alguns minutos e neste ano abordado no livro ele teve outra "morte", na presença de Slash e Steven Addler do Guns pessoas conhecidas mais por seus abusos do que por seu talento, principalmente o Adler.

O livro foi feito com trechos de um diário, notas sujas e etc, além de claro fotos excelentes. O papel e o design do livro são de chorar, lindo mesmo. Conta com alguns relatos do Motley, Vanity a ex namorada do prince e, alguma coisa de Sixx, empresários, roadies, mãe, irmã, produtores e outras pessoas que viveram este período e se sentiram a vontade de darem seus relatos. O livro é emocionante ainda mais para alguém como eu que idolatra o Motley e mais ainda Sixx e T Bone( Tommy Lee Jones, baterista).

Aconselho para todo fã de Hard Rock ou de drogas em geral que inclusive foi o segundo estímulo para Sixx ter publicado seus relatos, hoje limpo, pensou em ajudar outros viciados como ele foi ou será. Claro que o primeiro motivo é sempre o dinheiro.

Acid House (1998)




Ontem, Terça Feira assistimos este filme que é baseado no livro de contos, de mesmo nome do mestre Irvine Welch (Trainspotting, Porn, etc). O filme é dividido em três estórias e todas elas muito bem contadas, pois a segunda nem era tão legal assim inclusive gerava até uma repulsa. Sotaques (escocês) impossíveis de entender e edição, filmagem bem parecidas com o Trainspotting.

O primeiro deles aborda um dia ruim na vida de Boab, um pós adolecente (sim, eu inventei pós adolecente) que perde a vaga na casa dos pais, a namorada adolecente que ele ensinou a transar, o time de futebol, o pseudo emprego que tinha e a última alternativa dele é terminar o dia num bar mas, mas quem se sente ao lado dele pra conversar? Sim, ele mesmo, Deus (viva, ele existe). Durante o papo depois de ser convencido que o cara era realmente O CARA, ele pergunta porque Deus não salvou as crianças africanas e outras coisas e Deus entrega "sou preguiçoso, gosto de demorar pra resolver as coisas, podia tratar as pessoas melhor mas, sou assim igual a você" e a partir desta premissa Deus decide punir seu "filho" transformando-o numa mosca (sim, igual a Kafka mas uma mosca) para se auto punir (Q é a grande ironia da coisa). Beob então tenta se vingar das pessoas e acaba pegando seus pais praticando sado-mazoquismo em casa, seu amigo fodendo a namorada entre outras coisas mas, é em casa mesmo que ele vai ter seus últimos momentos como mosca.

O segundo conto é de um marido "pau mandado" que se casa com uma vagabunda e passa todos os tipo de humilhações e como falei antes, é bem palha este segundo. Não existe ironia, genialidade nem porra alguma, só aquela situação incômoda.
No terceiro então, intitulado Acid House muito possivelmente pelo personagem principal tomar um ácido no início do curta. O personagem principal não é ninguém menos que o belo, engraçado, desajeitado e mais um monte de coisas que o deixam a fude também conhecido como Spud, aquele mesmo do Trainspotting. É sem dúvida o melhor de todos, muitas pirações de ácido e os discursos do personagem principal são de chorar de rir. Durante esta trip de lsd o personagem principal e, um bebê recem nascido são atingidos por um raio e acabam trocando de corpos e a partir dae é de chorar de rir, o bebê mamando e o jovem com mente de bebê. Muito bom mesmo.

Mais do que a graciosidade do sotaque dos personagens do filme e toda mítica envolvendo Welch, o grande trunfo do filme mesmo é a trilha sonora, de chorar de tão boa e me arrisco a dizer que bate até a trilha sonora do Velvet Goldmine, estou procurando desesperadamente algum lugar para baixá-la. Melhor ainda foi uma música do filme que inspirou mentalmente a mim e a Summer uma música do Bowie, por serem bem parecidas mas nem tanto, andamento e tal, tipo, é uma coisa daquelas que acontece com a pessoa certa, ambos nos lembramos da "parecença" da coisa e foi emocionante. A música do Bowie era aquela do Duende.

Paralytic Stalks - Of Montreal (2012) first impressions

E vazou o disco, pra mim foi no Domingo e Summer me avisou, baixamos e já escutamos. Posso dizer com autoridade e muita certeza que é o disco mais "complicado" da banda por vários fatores. O Skeletal Lamping já era um tanto complicado no quesito partes, a mesma música passeava por diversas notas e andamentos diferentes. No Stalks acontece o mesmo, multiplicado por 7. O disco tem muito mais canais do que qualquer outro disco, mais instrumentos, camadas e camadas de efeitinhos, timbres, flautas, bongôs e todos os instrumentos existentes no mundo.

Não consigo parar de pensar em Syd Barret e até Pink Floyd e Olivia Tremor Control. Tanto pelo fator LSD do disco, fico me perguntando como seria ouví-lo adocicado. Além disso, tem muita psicodelia, vozes dobradas, bases de violão e efeitos ao fundo. Tem uma música inclusive que caberia muito bem num disco do Olivia Tremor Control. Quando a primeira música foi liberada os fãs adoraram e se emocionaram quando o preview saiu foi a mesma coisa mas, não sei se a reação(agora q vazou inclusive para quem tinha feito o pagamento antecipado) será a mesma. Muitos fãs torceram o nariz para o Skeletal e algo no Stalks me lembra muito o Skeletal.

O disco é resultado de um período ruim com o antecessor (full length) False Priest. Uma das poucas vezes que Barnes achou que faria sucesso, não foi feliz. False é um dos poucos discos com nomes de música relevantes para a letra, resumindo bem mais pop e mesmo assim não virou hipster, pelo menos não como Kevin queria. Além disso, para o False Priest Kevin foi para Califórnia produzir o disco a quatro mãos com Jon Brion e lá aprendeu muitas coisas e isto está refletido neste aqui. Além disso, contou também com o violinista Kishi Bashi que ajudou muito na gravações (violinos, flautas) gravando instrumentos de cordas e também traduzindo toda megalomania de Barnes em som. E o resultado é este. Eu gostei muito e é um disco que você precisa escutar muito até se familiarizar com tudo, não gostar, familiarizar. Eu escutei ele umas vinte vezes e tenho lembrança de poucas músicas na cabeça, como falei, é um disco difícil mas difícil não é ruim, é diferente e é empolgante.

Ides of March (2011)




De acordo com o wikipedia, Ides of March é o décimo quinto dia de Março (provavelmente se referindo a entrada da lua cheia). Também é conhecido como o dia que César foi assassinado, grande cara ele por sinal.

É também o nome do mais novo e cotadíssimo filme de George Clooney a chegar as telas. E desta vez tenho q me aliar as massas para celebrar este que é um grande filme e por pouco o Clooney me enganou. Me enganou porque pensei q ele não faria um papel canastrão, seria um cara de respeito e tal mas depois vi que era uma pequena pegadinha mas já dei um spoiler tremendo aqui e paro.

O filme não tinha como dar errado. Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti, Marisa Tomey e o novo queridinho Ryan Gosling (completamente diferente de sua atuação em Drive). Unir os dois primeiros, mais a simpatia de Marisa Tomei, o cara mais cotado pra ser o grande ator e galã do momendo (Gosling) e uma atuação impecável(porque os outros nem preciso mencionar isto, sempre são impecáveis) de Clooney, só podia dar uma coisa boa. Vamos esquecer o fato da Evan Rachel Wood interpretando uma menina de 20 anos porque isto não caiu bem.

O roteiro até é bom mas, é igual a todos os filmes com políticos que já fizeram e a meu ver o grande mote do filme são as atuações. Olha, me desculpe mas, Phillip S.H. e P. Giamatti na mesa sala, mesma cena, fica complicado pra qualquer um ficar por perto. Atuações incriveis, o Giamatti um pouco mais discreto mas o Hoffman, putaquepariu, que grande cara. Melhorou ainda porque aparece ele fumando várias vezes no filme e isto, no meu julgamento horrível, é ganho, é plus. Ryan Gosling também está ótimo e menos superficial e "boneco" que o Drive, faz um papel de um relações públicas que trabalha na campanha do candidato democrata que concorrerá as prévias, interpretado por Clooney. Uma das grandes cenas do filme inclusive é quando ele é questionado, porque trabalhava para o personagem de Clooney e ele diz que é um dos poucos caras que ele acreditou, o primeiro cara certo. É interessante também que, por mais que não dê pontos sem nó, nunca falar mais que o necessário, ele leva dois nós bonitos da estagiária e comete um erro que vai colocá-lo no topo, mesmo sendo um erro. Algo que vai mudar tudo e a partir deste erro toda sua crença se esvai.

Um dos grandes filmes do ano passado e entraria na minha lista mas, talvez fique pra de 2012 já que o assisti somente agora. Contei muito mais que deveria mas tá valendo. Cabe ressaltar também que os brasileiros podem ter deja vu com várias coisas que acontecem ali.