12.3.12

This must be the place – 2010




Assistimos ontem a esta obra de arte. Paolo Sorentino fez um trabalho impecável como diretor, direção de fotografia incrível também e o que dizer do Sean Penn, só um PUTAQUEPARIU, o personagem dele é inteligente as ganhas e apesar de estar completamente sequelado das drogas no seu passado de rockstar, toda hora que ele tem alguma coisa importantíssima e bem pensada que fala e por isto é respeitado, na segunda vista por muita gente que o vê com outros olhos pelo visual Robert Smith decadente. Frances McDormand é outra que está excelente apesar de trabalhar poucos minutos.

Sean Penn é Cheyenne, um rockstar ou como ele falou “um popstar” que está há 30 anos aposentado dos palcos em virtude de suas músicas “depressivas” terem auxiliado no suicídio de dois jovens. Além de não falar com sua guitarra, não fala com seu pai desde os 15 anos pelo pai supostamente não amar ele em virtude dele pintar os olhos.

O filme inicia com a morte do pai de Cheyenne e o protagonista numa crise de tédio, depressão e um desencontro consigo mesmo. Seu visual é inspirado em Robert Smith que é fã confesso da banda e quando viu eles em 2008 se admirou que RS continua com o mesmo visual de antigamente mesmo estando velho e terem se passado tantos anos. O nome da banda de Cheyenne é inspirado em Siouxsie And the Banshees. Abrindo um parêntese aqui, muitos diretores de hoje tem a minha idade, pouco mais e tiveram adolecencia marcada pelos anos 80 e hoje estes caras estão fazendo filmes e isto chega a ser delicioso, a quantidade de referencias que podemos entender e nos sentir em casa.

A trilha sonora é impecável e a cargo de Will Oldham e David Byrne que inclusive faz uma ponta, interpretando a si próprio. Pra quem não sabe, o título do filme é uma música do Talking Heads que recentemente o Arcade Fire coverizou e em um determinado momento do filme Cheyenne toca ela com uma criança, uma das grandes cenas do filme que, é repleto delas.

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