29.9.11

711 Sessions



Ontem foi uma grande noite. Revivemos, eu e o jax as nossas sessões semi-acústicas(no caso de ontem acústicos mesmo) que faziamos no Paidéia porém no Espaço 711. Foi muito bom e nas primeiras músicas já deu aquela felicidade gigante, de estar tocando com um irmão tanto músical quanto no sentido de amizade mesmo ou familiaridade, enfim. Desta vez bastante gente compareceu, menos de 20 pessoas claro mas muito mais que comparado a outras Quartas feiras ali no bar com outros músicos e outras noites. Ultimamente nem tinhamos ido mais ali e tal mas, sempre que fomos eramos nós a namorada do músico, o músico tocando e o dono do bar.

O Márcio quadrado apareceu e tirou umas fotos muito massa, gravou umas músicas e ele está postando elas no facebook. O magrão tem muito talento e bom gosto pras ARTÉ. O Fábio Ollie que fazia um bom tempo que não via e arrisco a me dizer que foi num longínquo Março de 2009 quando fizemos alguns ensaios da Salão Fígaro e ele foi assistir, muito antes de eu ir pra Recife. Além deles a Marga e uma amiga, o Ricardo, petista amigo da Tathi e seu Nargilé e outras pessoas desconhecidas que tropeçaram no bar. Não é muita gente para um bar daquele tamanho mas, muito se compararmos com as quartas passadas.

Começamos com Identifier e tocamos outras da seven2nine como Eclipse e I have time to dream(que toquei depois que alguém falou "toca MPB"). Leslie Ann Levine e Yankee Bayonet do Decemberists (toquei sozinho Down by the water ou um pedaço dela), do Elf Power tocamos Empty Pictures, where is my mind do Pixies, Mrs Robinson de Simon e Garfunkel, Always Love do Nada Surf, Slow emotion Replay do The The, do Teenage Fanclub tocamos Don´t Look Back e toquei uns Bowie, Neutral Milk Hotel escondido e o jax tocou algumas também da Cachórros e foi muito bom.

Tocamos bem mais do que tinhamos estimado e uma hora vi no relógio e já era onze e vinte e estávamos tocando ainda. Acabamos chegando mais tarde em casa e ainda fizemos uma comidinha antes de dormir. Foi uma grande noite e tomara que as próximas sejam ainda melhores.

* A foto do post é do Márcio Quadrado.

Comentários emburrados : Não leia

- Acho muito legal estrangeiros tocando músicas de compositores brasileiros, fazendo suas versões, dando aquele tempero de "português com sotaque" e etc. Temos ótimos exemplos disso mas, mas eu não aguento mais ver gente tocando Wave, Aguas de Março ou Garota de Ipanema, quando alguém vai proibir isto? Sério, ninguém aguenta mais.

- Quando vão proibir o Coldplay de tocar? Fiquei sabendo que aquele monstro tocou Everybody Hurts e estou fazendo o possível pra não escutar nem por acidente pra não estragar minhas lembranças da música.

- Porque as pessoas ficam paradas, na frente das portas de saída e entrada dos vagões do Trensurb?

- Porque tu vai num show, no bar Opinião e tem que pagar R$ 8 reais por uma cerveja e, desde o momento que tu pede a cerveja pro barman se passam mais de cinco minutos pro cara te dar a cerveja? Tipo o cara se sentia muito bem como barman do lugar, até ai tudo bem, se todos fossem assim em suas profissões o mundo seria melhor mas a impressão que dava é que o cara estava se sentindo melhor que o mundo inteiro ali, Primal Scream tocando e eu perdendo o show por causa da coreografia do barman. Sim, eu sou chato.

27.9.11

Tsunami e Apocalipse ou o show do Primal Scream em Porto Alegre



Semana passada o R.E.M. anunciou seu fim e, para os velhos como eu o nome da banda sempre será associado a frase "It´s the end of the world as we know it and i feel fine" . É o fim do mundo, nós sabemos e estamos bem e acho que esta música tem muito a ver com o que aconteceu ontem a noite em Porto Alegre mais precisamente na minha cabeça e com muita certeza na de outros que também estavam lá.

Saímos de casa relativamente cedo, pouco depois das oito da noite. Antes de sair de casa um amigo das antigas me ligou para me avisar do show e eu peguei ele de surpresa dizendo que estaria saindo em minutos, com os ingressos na mão. Combinamos de nos encontrar por lá e só nos encontramos mesmo quando o show acabou. Larguei o carro no estacionamento e fomos para um boteco, na frente do Bar Opinião. Preços agradabilíssimos depois do choque no último show da Loomer onde paguei 7 reais por uma cerveja dentro do Garagem e pior ainda, no Bambus 5,50 assim.

Paramos em um Xis, na frente do Opinião e tomamos duas cervejas de Litro e depois demos uma caminhada nas redondezas antes de entrar. Como ainda estava rolando a banda canina gigante, tomamos outro litrão e antes de acabar pegamos copos plásticos, fumei o último cigarro e paramos bem na frente. Daniel e Bruno Galera passaram pela gente mas nem deu tempo de dar um Alô, ao lado do Opinião vi a triste figura do Thedy Correia junto com os cães e ficamos em sinal de alerta, o show deles tinha acabado já. Acho meio fim da picada termos uma lei para colocar uma banda gaúcha abrindo shows internacionais mas pior ainda que raramente escolhem uma banda que realmente precisa de espaço ou que seria beneficiada com este espaço. Convenhamos a Cachorro grande pode ser uma banda boa para muitos e tal mas, eles já lançaram alguns discos, tiveram suas chances e mesmo tendo sido inspiradas pela mesma banda que inspirou fortemente o Primal Scream, o som de ambas não tem muito a ver não.

Entramos no bar e chegamos com dificuldade ao banheiro, o bar estava mais ou menos cheio, não venderam todos os ingressos e mais tarde, o meu amigo aquele me falou q pagou quarenta reais pelo ingresso, quase metade do que paguei. O pessoal ainda montava o palco e tomamos uma cerveja lá dento e antes de terminá-la começou o show. E o que veio em diante naquelas uma hora e quarenta e cinco de shows (não cronometrei) foi algo surreal e dificilmente seria bem ou mal expressado com palavras. Como falei antes, na cabeça de cada um que estava lá, conhecendo ou não a banda as reações foram as melhores possíveis. Show completamente lisérgico, muito mais que a Nação Zumbi que assistimos no Carnaval. As primeiras músicas saíram discretas neste quesito mas emulando fortemente aquela boa fase sessentista dos Rolling Stones, os primeiro flertes com a Soul Music e muita inspiração, show redondinho.

Come Together, Loaded e uma sequência de dar inveja a qualquer boa banda que já vi em cima do palco, muito provavelmente foi o melhor show que assisti em toda minha vida e foi a hora certa de vê-los. Nunca comprei um disco deles, conhecia o Screamadelica por algumas músicas e sua estória e o disco aquele que tem Jailbird e Rocks era exaustivamente tocado e visto por mim numa MTV perdida na memória e eu assistia com sorriso no rosto. Muitas coisas que eles fizeram depois disso nem aprovei mas Swastika Eyes ontem foi de foder, uma das melhores da noite por sinal e não a toa foi executada lado a lado com Jailbird e Rocks que pra mim foi o meu auge, a música que eu esperava mais do que tudo ouvir e cantar junto.

Manny me assustou no início, incrivelmente seco, anos e anos prestados ao bom roque, antigamente pelo Stone Roses uma das melhores bandas que já existiu. Bobby Gillespie por sua vez, no auge dos seus 47 esbanjando vivacidade e estava visivelmente emocionado com a recepção do público, imagino quando aterrisaram em Porto Alegre, sul de lugar algum e devem ter imaginado "que fim de mundo vim me meter" mas, tenho certeza que depois de ver a galera como louca berrando lá, cantando junto suas músicas, na terra mais fria do Brasil mas com um calor sobre humano. Bem a nossa frente tinha um guitarrista que deveria ter quase cinquenta anos mas com um visual emprestado do Keith Richars nos seus 20 anos tocou guitarra como ninguém, um determinado momento do show fui a loucura com ele se masturbando com a alavanca da guitarra e ecos e ecos, indo e voltando nas paredes daquela casa maldita que é o Opinião. Maldita porque mesmo tendo me dado tantos shows legais me cobra oito reais por uma cerveja e me proibe de fumar lá dentro, isto nem deve ser creditado na conta deles porque a culpa é do mundo mesmo. Muita gente fumou maconha ali por perto e, tenho q dar o braço a torcer que, se não vi o cara ser jogado pra fora por um segurança crente odioso pela maconha, já é lucro. Desculpem os caretas e não fumantes mas, show sem cerveja, cigarro e maconha, ao menos o cheiro perfumando o ambiente não é show. Em determinado momento do show Gillespie inclusive brincou, falando do cheiro. Repito, 47 anos e, quem em dera chegar nesta idade com tanta malemolência, jovialidade e celebração, vida longa a ele e a todos os que estavam tocando lá ontem, nunca mais esqueceremos vocês.

Na chegada em casa olhava para as paredes e me perguntava, o que aconteceu ou "where is my mind". São momentos como o de ontem a noite que a vida vale e merece ser vivida, são momentos como este que fazem eu acordar, mesmo atrasado mas vir trabalhar, pagar impostos ir a missa (há! te peguei, mentirinha) e etc.

23.9.11

Mp3 da semana

Cícero Lins - Canções de apartamento (2011) - Como diria ou disse Summer mais um filho do Camelo e no momento rechacei a hipótese mas a primeira faixa é extremamente Camelo mesmo, muito parecida com outras músicas do ex-hermano em carreira solo. Santa Tereza, Lapa e outras coisas do Rio sendo destiladas e lembradas a partir da audição. Um grande disco e pelas resenhas e entrevistas que li achei q seria um disco desta nova MPB no qual o Geneci faz parte mas, me enganei. O disco é bem bonito e nem prestei muito atenção as letras que dizem ser o ponto forte do disco mas a qualidade é impecável. Lembra bem pouco a bossa nova mas cheira a MPB, feito por gente nova que já escutou Radiohead e não tem medo de bons e sujos arranjos. A produção é ótima.

Dum Dum Girls - Only In Dreams (2011) - Segundo disco de uma banda de boas meninas ou meninas de uma boa banda. Desta vez um misto de frustração (muito provavelmente por esperar demais delas a partir do disco anterior) e desapego. Desta vez não bateu e a impressão que tive na primeira audição do disco era que quando estava na terceira música pensava "esta primeira musica nunca acaba" assim como na sexta pensei "esta segunda música não acaba" ou seja, faixas muito parecidas e todas aquelas Diliças que ouvi nas outras gravações, o bom gosto nos efeitos, a simplicidade e beleza e mais ainda, aquele cheiro de irmãos Reid de saia se dissipou completamente. Não chega a ser um disco ruim mas ficou muito longe do esperado e agora temi pelo próximo do Warpaint.

O velho e o mar - Ernest Hemmingway

Eis que semana passada terminei a dita "Masterpiece" do vencedor do prêmio Nobel de Literatura E. Hemmingway. Antes de o ler já não esperava muita coisa do livro, algo me dizia que eu não ficaria de pau duro com a leitura e mais ou menos isto se confirmou. Mesmo gostando bastante de contos ou estórias que envolvem pescarias utilizando linhas em alto mar que duram mais de seis horas e quase matam o pescador e é o caso aqui, não achei grande coisa. Chegou inclusive a ser chato, gosto é gosto.

Na verdade quando se ganha o premio na categoria Literatura, nunca se ganha por um livro mas por sua obra mas até onde li, foi este livro que realmente obrigou que alguém desse alguma coisa para o Hem. Ainda existe mais um livro em casa, dele mas vou dar um tempinho para minha cabeça. Me enfie no "Comendo animais" do meu querido Safran Foer. Medo, culpa e desapego em todos momentos que vou ler. Um atestado de vergonha da humanidade e sempre que leio descubro uma coisa nova que ainda me torna ainda mais culpado, não por comer carne mas por fazer parte da raça humana.

12.9.11

Olivia Tremor Control

Aqui tem as fotos, o setlist e uma pequena entrevista com Will Cullen Hart do Olivia Tremor Control.

Por quem os sinos dobram - Ernest Hemmingway (1940)

Ontem terminei de ler este calhamaço que foi publicado em 1940 pelo vencedor do prêmio Nobel de literatura Ernest Hemmingway. Desnecessário que ele é um dos maiores talentos da literatura americana e com certeza um dos mais conhecidos e que veio a inspirar gente como Bukowski (considerando que as menções ao nome dele não eram ironia e, veja bem, inspirar não quer neste caso sugerir alguma relação entre os trabalhos) e outros grandes escritores.

O livro faz parte daquela minha analogia da bibliografia dele que são os de guerra e os de não guerra e geralmente não curto muito os que estão na primeira divisória de minha classificação mas, no caso deste gostei bastante. O livro conta um episódio fictício acontecido na guerra civil Espanhola (1936 - 1939). O personagem principal, um americano chamado Robert Jordan, professor de espanhol se junta a causa comunista e, da República como um brigadista internacional com know-how para explodir pontes, trens e outras coisas. O livro critica muito as condições humanas da guerra e o fato das pessoas brigarem por uma causa e da dúvida sobre o certo o errado da religião, do assassínio mesmo em época de guerra e as semelhanças entre ambos os lados apesar das causas distintas. A tarefa de Robert Jordan é se misturar a guerrilheiros locais e explodir uma ponte, perto de Segóvia, peça chave para uma invasão futura que aconteceria ali por perto. O personagem (óbvio) acaba se apaixonando por uma espanhola (uma mulher) e esta história acabou inspirando músicas de Raul Seixas e sic Metallica e Detonautas, muita vergonha. Além disso virou filme hollywoodiano em 1943 tendo em seus papéis principais Gary Cooper e Ingrid Bergman. Gary Cooper foi indicado ao Oscar mas, quem levou mesmo foi a atriz coadjuvante Katina Paxinou pelo papel de Pillar, uma cigana que tem papel marcante em toda trama.

Não foi o melhor livro que li do mestre Hemmingway mas é um grande livro e bem superior aos outros romances de guerra que li, deste autor.

Stephen Malkmus x Mutantes

Esta segunda faixa "No one is(As i are be)" do último disco do Malkmus por acaso é um mashup com Technicolor, dos Mutantes? Ainda não vi o encarte do cd pra ver se os irmãos Dias e a Rita Lee foram mecionados como co-autores, inspiração ou algo assim mas, deveriam. A introdução da música do Malkmus é igualzinha a melhor música dos Mutantes que está presente no álbum de mesmo nome, gravado em Paris em 1973.

As últimas

Mais um fim de semana dos incríveis, muita diversão, alegrias, amores, carinhos e tudo mais para satisfazer um mero mortal como eu. Na Sexta Feira eu e o porquinho fomos na casa dos meus pais para jantar e matei a saudade da comida dos pais e o Toi matou a saudade dos avós, é muito engraçado ele e meu pai interagindo. Quando voltamos pra casa assistimos um pouco de Power Rangers e pra variar o DVD da locadora deu pau, no meio, ficou trancando e foram os dois, hoje(Segunda) quando os entragar farei uma reclamação. Estou pensando em não locar mais e sim baixar os filmes porque não adianta, tu vai e loca o filme na intenção de ter algo bom, funcionando nas mãos pra não frustrar as expectativas do guri mas acaba trancando e é um saco. Ele até aceita bem estas coisas mas eu fico muito puto da cara. Acabei dormindo as dez da noite.

No Sábado ele me acordou as dez horas afinal ele também gosta de dormir até tarde quando pode. Tomamos café e saímos pra dar uma volta, passei na ferragem pra trocar as lâmpadas com problema e a lâmpada acabou funcionando lá porém quando fui retirá-la para levar de volta pra casa ela caiu e quebrou, tentei argumentar que ela não estava funcionando, agora mas não colou ;). Passamos num brique e acabei achando uma bela estante, bem baratinha para minha casa. Meus livros agradeceram. Levei ela pra casa, fiz um chimarrão e enquanto o porquinho ficou brincando me aventurei a montá-la e, ficou bom. Pra fechar os 100% preciso ajeitar os pés dela porque parece que está meio bamba. Mesmo assim foi lindo tirar todos os livros das caixas, mochilas e colocá-los na estante com uma organizaçãozinha prévia. Na primeira e mais alta estante tem os que ainda não li e, tem bastante coisa como o 1984 do Orwell, outros emprestados do jax, as memórias de Churchill, o Eating Animals do Foer e etc. Na segunda estante tem os Cavalos de Tróia, biografias, os do Krakauer, do McCarthy e outros livros que estão em excelente estado. Na terceira estante guardei os livros de arqueologia e os de Terror como Lovecraft, Paul wilson, vonnegut, Bukowski e outros livros diria "Amazing Terror". Na quarta estante tenho os lidos e em estado de mofo, sem capas ou descolando. Na quinta tenho os pocket books e os em mau estado. Na sexta e última tenho outros em estado terrível e alguns infantis como o Pequeno príncipe que estou lendo para o Heitor e, alguns que ganhei quando era muito criança, uma pequena coleção composta de 3 livros com estórias como a branca de neve, pequeno polegar que ganhei quando tinha seis anos e estava saindo da primeira série e tem valor sentimental para mim.

Summer apareceu por lá e fomos almoçar no clube. Tomamos o já tradicional café pós almoço e deixei Summer em casa para dar vazão ao trabalho dela. Arrumei algumas coisas em casa e sai para comprar picolé para o Toi, outra coisa que já ficou tradicional e rotineiro, na Sexta ele já está confirmando comigo se vai rolar. Depois que tomamos o picolé na sacada, no sol nos ajeitamos e fomos jogar bola na pracinha. Tava cheio de gente e foi divertio. Depois compramos pão e voltamos pra casa, dei banho nele, tomamos café e mais tarde o levei pra casa. Quando cheguei em casa fui fazer a barba e tomar banho, teria show do Mavka as oito da noite. Mal chegamos lá encontramos o jax e a tati e nos sentamos, pedimos cerveja e fui conversar com o gringo, o Victor que toca bateria na banda, dei um cd da seven2nine pra ele e batemos um papo rápido, muito gente fina além de um excelente baterista. A banda começou e entramos e ficamos no balcão bebendo e se deliciando com a barulheira toda. Foi um ótimo show, tirei algumas fotos mas acho que ficaram horríveis. Quando o show terminou e infelizmente foi bem curtinho já que a banda teria outro show em Cachoeirinha logo mais.

Ficamos sentados na rua, embaixo da árvore bebendo e conversando muito. Pouco antes da meia noite eu e Summer fugimos do bar e fomos pra casa e passamos o resto da madrugada conversando sobre o império egípcio, o mercado de filmes corporativos de ficção cientifica e outras coisas, foi uma grande noite, pra variar. No Domingo acordei depois do meio dia e tomei um café, no sol. Summer acordou depois e nosso almoço não foi grande coisa, inexperiencia com o micro ondas meio que desgraçou um pouco a minha carne, na hora de congelar. Depois nos deitamos um pouco, eu terminei de ler o "Por quem os sinos dobram" do Hemmingway que faltava apenas 3 páginas. Assistimos um documentário sobre Atlântida, bem legal por sinal e para minha surpresa falava algumas coisas que eu e o jax não sabíamos ainda visto a carga de material que já lemos e vimos a respeito do assunto. Não a toa temos uma música na seven2nine chamada The End of Atlantis, uma homenagem ao livro de Otto Muck, o melhor e mais coerente livro já publicado sobre o assunto. Me levantei e instalei o outro modem e depois ajeitei algumas coisas na casa. Fomos na padaria e depois fizemos a janta e desta vez fizemos um mini banquete com direito a salada. Depois fomos pra cama e assistimos o Skeleton Crew, um filme que tinha conseguido ainda em Recife e depois de terminar de assisti-lo lembrei porque não tinha visto ele antes. Uma pequena porcaria eu diria.

Já era hora

The Sleepers has awaken.

Ainda está tímido mas, vai crescer, pode crer.

My Bloody Valentine e Sonic Youth ou seriam Loomer e Mavka?

Eu e Summer nos encontramos no trem, na Terça Feira, passamos numa padaria e compramos pão e outras coisas para comermos antes de voltarmos para Porto Alegre e desta vez com um motivo muito melhor do que tinha sido pela manhã. Tomamos banho, comemos e, no meu caso tomei doses discretas de cerveja em casa antes de sair. Iria dirigir, até Porto e enquanto não estacionei o carro não fiquei tranquilo com medo de ser pego em uma blitze. Aliás, o medo era tanto que não precisava nem ter evitado de beber pra evitar a ansiedade.

Saimos de casa perto das dez da noite e pegamos a 116. Foi delicioso pegar o viaduto da Rodoviária de Porto Alegre e ver os prédios, o porto e tudo mais, fazia tempos que não fazia este caminho. Estacionei na frente do bufffet de cachorro quente ao lado do Garagem. Pelas redondezas um tanto vazio. Escutamos sons de dentro do garagem e achei ser a passagem de som e tentamos perguntar algo ali na frente mas não havia ninguém. Nos bandeamos para o Bambus e arranjamos uma mesa. Inacreditavelmente o preço da cerveja ali, naquele bar chinelo era R$ 5,50, caríssimo na nossa opinião. Ficamos um tempo ali, eu tentando encontrar alguém conhecido pois muito possivelmente teria reecontros com pessoas que há muito não vejo e isto se confirmou depois da melhor forma possível. Uma hora sai pra fumar e encontrei o Tito ali na frente, conversamos um tempo e dei uma olhada em como estava a entrada do Garagem e ainda estava vazio. Um pessoal subia a Barros Cassal e pude verificar que era o pessoal do Mavka, colei neles e perguntei que horas começariam os shows, não queria perder um segundo de qualquer um dos shows.

Voltei pra dentro do Bambus e tomamos mais algumas cervejas, a mordida que eu tinha dado na orelha do Avatar estava começando a se mostrar eficiente. Decidimos ir pra frente do Garagem pra falar com os índios e na porta do Bambus tive uma grande surpresa, Mauricio Renner e sua esposa, o Diego, o Morsa e o Marcos Ludwig estavam por lá. Muitos deles como o Maurício fazia séculos que não via assim como o Diego que, apesar de termos morado perto, ele em João Pessoa e eu em Recife e termos ido no Coquetel Molotov, não nos encontramos. Foi muito legal ficamos ali conversando e apresentei o Diego para coisas da nossa ex terra e nos mudamos para a frente do Garagem todos e ficamos um pouco ali na frente falando com os índios. Quando finalmente entramos no Garagem e Loomer estava no palco e o vento rolando.

O show foi impecável em vários sentidos. A escolha do repertório afinal, o Loveless não é o único disco então deu pra ouvir várias músicas que antecederam o Isn´t Anything, coisas dos primeiros discos e logo no início quando o Kevin Shields virou o vocalista da banda, coisas do Ecstasy and Wine e principalmente Feed me with your kiss executada a perfeição. Um vento sem fim de guitarras e alavancas sendo molestadas a todo momento. Only a Shallow que é complicadíssima de executar ao vivo também foi tocada e saiu muito massa. Foi delicioso poder ver este tipo de coisa, isto fazia muita falta em Recife. Fiquei com muita pena do jax que ficou em casa, teria chorado, se deitado no chão se tivesse ido no garagem aquele dia. Fomos nas escadarias fumar um cigarro e lembro que logo no início, quando entramos no bar ficamos preocupados com o preço da ceva que era de R$ 7,00, quase um bar Opinião. Summer inclusive comentou "bah, preço de bar Opinião" e eu retruquei "mas com som bem diferente" e mesmo que tenha retrucado desta forma, também não achei nenhum pouco legal os preços, tanto do Bambus quanto o Garagem.

No intervalo cumprimentamos também a Liege e dei uma chorada no ombro do Andrio comentando que tinha gostado muito da nova banda e que sentia saudade dos versos da Superguis. Lembro de estar na escada fumando e ver ele no andar de baixo e ficar me lembrando a todo momento de "Santa Monica é uma droga de bar mas bares são frequentemente usados". Conversamos também com o Guilherme, Stefano e a Giana que nos convidou para o show de Sexta e logo a Mavka estava no palco para tocar Sonic Youth. Começaram muito bem. Tocaram 100% e outras conhecidas mas diria que pra mim tinha muita coisa boa que ficou de fora e não é a toa pois eles tem mais de 10 discos e não deve ser fácil fazer um apanhado das músicas e não deixar nada de fora. O baterista tocava num estilo bem não convencional e era a grande estrela da banda junto com o guitarrista. Não consegui ouvir muito bem o teclado e mesmo o baixo e achei que elas não faziam grande diferença e quem carregava o piano realmente era o baterista e o outro guitarrista e isto não tem nada a ver com sexismo. Sem falar que tocar Sonic Youth com duas guitarras já é difícil (no disco tem muito mais de 3 e ultimamente os shows mesmo tem tido 3 guitarras) tanto pela técnica quanto pelos pedais e guitarras envolvidos e a banda ali além de ter apenas um guitarrista, o teclado ficaria completamente perdido no conjunto total, por isto ele me pareceu baixo pra caramba e isto foi um acerto. Mesmo com tudo isto foi um grande show e conversamos com eles depois da apresentação e pedimos que no show de Esteio eles tocassem músicas próprias também e talvez possamos conversar com eles melhor, no Sábado.

Foi uma grande noite. Antes de irmos embora batemos um papo rápido com o Guilherme que estava na frente do bar e com uma menina que me pareceu ser a Maria Elvira e logo o Richard chegou e tive a confirmação. Fomos embora não sei antes dar um susto em Summer no caminho de volta. Fui rápido pra chegar em casa mas, não o suficiente. Grande noite.

5.9.11

Last Ones

O findi tinha o prenúncio de algo desagradável, pois pela segunda vez o horário, a data das visitas do Heitor é alterado sem o meu consentimento ou ao menos um informe. Depois de fazer todos os planos para nossa Sexta e o dia de Sábado sou avisado que não ficaria com ele na Sexta a noite. E o pior que poderia ter ficado mas houve má vontade para a combinação da hora que pegaria ele e no fim fui pegar apenas no Sábado. Mesmo assim foi ótimo, de manhã fomos no supermercado, arrumamos um pouco a casa e almoçamos no Aliança afinal ainda estou sem a mesa de jantar e as cadeiras. A mesa até chegou mas foi montada somente de tarde. Depois do almoço descansamos um pouco e fomos pra pracinha brincar. Jogamos futebol e brincamos nos brinquedos e me deu uma certa tristeza com as condições da praça. O tempo estava maravilhoso e fazia tempos que não colocava uma camiseta de mangas curtas. Voltamos pra casa passando antes na padaria pra comprar pão. Dei banho nele e brincamos mais um pouco antes de eu levar ele pra casa dele.
Depois que larguei ele peguei Summer e relembramos o tempo que eu estava em Recife e Summer por lá e ficamos fazendo o aquecimento juntos. Ouvimos som, ela jantou, tomamos ceva e antes de sair de casa ficamos sabendo de duas presenças ilustres no bar à noite. Saímos de casa as dez e meia e o pessoal já estava lá. A banda que estava tocando era muito boa, tocava muito bem e já iniciaram o show com Kool and the Gang, trilha sonora de alguma novela perdida nos insólitos anos 80. Apesar de termos tido um dia quente, na noite ficou um pouco mais frio e todo mundo se sentiu meio desconfortável no bar, na parte da rua. Fomos embora pouco depois da uma hora e partimos pra casa para fazermos a nossa festa privada ou, o aquecimento para o sono. Tomamos algumas cervejas e ficamos conversando e fomos dormir bem tarde, ou no Domingo cedo.
No Domingo levantamos tarde, depois da uma da tarde. Tomei um café e dei uma geral na casa com a ajuda de Summer. Fiz um almoço que modéstia a parte estava excelente, massa com molho de calabresa e polenta frita. Estreiamos a mesa de jantar nova e almofadinhas para pratos e outras coisas. Depois do almoço assistimos alguns Family Guy, sexta-temporada e pra variar nos matamos de rir. Na tardinha fui na casa da mãe para entregar as chaves de casa e Summer passou em casa para pegar roupas e voltamos pra casa, passando antes no xis da 15 para uma boquinha. Voltamos pra casa e assistimos Barton Fink, dos irmãos Cohen e o filme se mostrou um dos mais fracos deles, com raros momentos geniais.

Mestre, Mestre(s)

I finally understood you “And I saw my devil and I saw my deep blue sea” (Gram Parsons, Return of a Grievous Angel)
Gram Parsons, Ryan Adams, Jeff Mangum, quase irmãos meus

Frases de sabedoria

Charles Bukowski

"É tão fácil ser poeta, e tão difícil ser homem."
"Não, eu não odeio as pessoas. Só me sinto melhor quando elas não estão por perto."
"Os grandes homens são sempre os mais solitários."
"É possível amar o ser humano caso você não o conheça tão bem."

John Lennon


"Eu tenho o maior medo desse negócio de ser normal."
"O amor significa pedir desculpa de quinze em quinze minutos."

Phillip Dick
"As vezes a resposta apropriada para a realidade é se tornar insano"

Albert Einstein
"O problema do homem não está na bomba atômica, mas no seu coração."
"A vida de um indivíduo só faz sentido se ajuda a tornar a vida das demais criaturas mais nobres e mais bela."
"No esforço para compreender a realidade, somos como um homem tentando entender o mecanismo de um relógio fechado. Ele vê o mostrador e os ponteiros, ouve o seu tique-taque mas não tem meios para abrir a caixa. Se esse homem for habilidoso, poderá imaginar um mecanismo responsável pelos fatos que observa, mas nunca poderá ficar completamente seguro de que sua hipótese seja a única possível."

Orson Welles
"Muitas pessoas são bastante educadas para não falar com a boca cheia, porém não se preocupam em fazê-lo com a cabeça oca"

Courtney Love
"Se você tratar uma garota como um cachorro, ela vai mijar em você"
"Eu tenho um medo mortal da mediocridade e isso me pega pelos calcanhares e me mete em muita confusão"

1.9.11

Suede

Esta semana retomei uma paixão antiga que é esta banda ai que está novamente na ativa e fazendo grandes e calorosos shows. Adquiri interneticamente as edições remasterizadas e repletas de bonus dos caras e meus dias têm sido bem mais legais. Geralmente estas reedições tem muitas armadilhas e raramente valem o preço que se paga (mesmo que não se tenha pago nada). No caso do Suede a diferença não deveria ser gritante pois na época tudo já era mixado e masterizado com alvo nos Compact Discs. Lógico que o som ficou um pouco melhor, são masterizados por Butler e lembro que eu não gostava muito da masterização anterior. O Plus mesmo são os extras, demos de algumas músicas, músicas inéditas deixando os discos com aproximadamente 37 tracks cada, Cd duplo, claro.

Pra quem não conhece o Suede foi uma banda que iniciou em 1989 com Bret Anderson e Justine Frischmann (Elastica). Depois de preencher as outras lacunas na banda, uma delas com Bernard Butler começaram a fazer shows. Em 1991 começaram a lançar singles de grande sucesso e foram considerados na época a melhor banda "nova" do Reino Unido. O baterista dos Smiths, Mike Joyce participou da banda e chegou a gravar um single com eles mas logo saiu dizendo que a banda ainda carecia de identidade própria. Bernard Butler, um grande guitarrista na minha opinião deixou o Suede pouco tempo depois da gravação do segundo álbum (Dog Man Star). Fazia parte com Anderson da dupla de compositores da banda muitas vezes comparados a Morrissey e Marr, Lennon e McCartney porém o relacionamento de ambos acabou e ficaram quase 10 anos sem se falar. Eles ganharam o Mercury Prize em 1993 e eram considerados os criadores da Brit Pop. A partir de 2001 a banda começou a desapontar comercialmente e em 2003 encerrou suas atividades para voltar novamente em 2010, sem a presença ilustre de Butler. Apesar de Butler não participar da reunião do Suede, muito provavelmente por ter desistido da carreira como músico e trabalhando apenas como produtor e compositor, eles criaram uma banda, em 2003 intitulada The Tears que lançou um grande disco chamado Here Comes The Tears, e Refugee a principal música do disco lembra muito os bons tempos de Suede mas a banda logo acabou e Anderson iniciou sua carreira solo.

No site oficial da banda você pode dar uma "olhadinha" e escutar também as edições remasterizadas e as caixas, os extras em formato 3D. Para isto, acesse aqui.