26.1.08

A biblia e, a verdade

Let´s fuckin´ go to the beach

A viagem de ida foi um caos, por vários motivos, foram situações de tensão absurda desde o momento que cheguei do trabalho até o momento que deitei a cabeça no travesseiro naquele dia. Carro absurdamente carregado, andando á 40 Km/h na RS-118, discussões boa parte da viagem e, ainda aquele medo que, tudo fosse terminar no meio do fim de semana. Na Sexta o dia tava bem palha, chovendo, toda hora indo correr atrás do Heitor que se aventurava pelo céu aberto e, ficava tomando chuvas, no Sábado tempo massa pra caramba e, finalmente levamos o Heitor pra praia. Ele gostou bem pouco da areia, da "auga" e era dificil tentar convencer ele de ir embora, sair da água e etc mas é divertido de ver. Dei umas lidas na biografia do Tim Maia, assisti alguns programas no History Channel, o melhor canal do mundo, conversei bastante com os coroas e com o resto da família e, tava tudo tri. Na noite de Sábado saimos pra jantar fora e, novamente o Heitor queria toda hora passear e ficava reclamando e, sobrou pro papai dar umas bandas e, ficar praticamente sem comer. Dormi com o estômago roncando. Mesmo com estas coisas foi muito divertido e, finalmente momentos de interação com grama, formigas e etc, coisas que ficam bem longes dele no seu dia-a-dia normal. Saimos para passear umas trocentas vezes e, ele se divertiu muito, com toda certeza de todos nós que estávamos lá ele foi o que mais aproveitou e, quando ia pra cama estava absurdamente cansado. Podia ser tudo melhor se, eu e mamãe fossemos mais marido e mulher ao invés de quase-inimigos.
Som

Ontem acabei indo tocar com amigos de infância, beber, rir, conversar e etc. Tava muito tri. Infelizmente toquei com uma guitarra emprestada e, na real o problema nem era ela mas, o pedal de efeitos que era algo similar ao ZOOM 505 ou seja, timbres podres, duas horas configurando patterns e etc. Na verdade o som foi legal, fiquei indignado com minha falta de voz e preparo pra tocar guitarra. Tocamos Verve, Coldplay, Oasis, Eric Clapton e, mais algumas coisas. Me centrei bastante em coisas calmas e lembrei agora que tocamos até uma música do Rod Stewart e, lembrei que nunca tinha ido tão longe com meus gostos duvidosos.
Derek

Nesta semana estou lendo a autobiografia de um de meus ídolos de juventude o mundialmente conhecido Eric Clapton. Esta sendo uma experiência interessantíssima pra mim por vários motivos. Gostei bastante da infância do músico, me fez pensar muito na minha própria vida e, nos motivos que me levaram a aprender a tocar e, minha paixão por música. Pensei também no quanto é importante uma reflexão sobre o passado e, em quantas dúvidas tenho a respeito de pessoas que gosto. Me deu vontade de escrever uma autobiografia também para que um dia, se o Heitor quiser saber mais a meu respeito e, não tiver a quem perguntar. E também para eu mesmo pensar nas coisas que aconteceram comigo e, entender como estou onde estou hoje.

Eu nem tinha idéia do quão junkie era o Eric e, queria saber mais detalhes sobre o roubo que ele fez fez em seu amigo Harrison. Aliás, Harrison é um cara muito foda, me chama muito atenção e, é um dos músicos que mais admiro, tanto sua música quanto sua vida, seus pensamentos. Fiquei sabendo também que "Wonderfull World" um dos grandes sucessos de Clapton foi feito enquanto ele esperava a esposa se arrumar para uma festa e, lembrei que, na seven2nine temos uma música criada pelos mesmos motivos.
Caçador de Pipas

Aqui tem o trailer do filme. Na verdade, o trailer está em todos os lugares mas, na rede da empresa só consegui assistir com este link. O filme é baseado no livro de mesmo nome de Khaled Hosseini e, acho que nem preciso dizer o quanto me emocionei com este livro. Muito mais com meus merguulhos dentro da alma do que propriamente com o livro em si. Na verdade ele só acendeu uma luz para que eu pudesse ver certas coisas que o tempo enterrou dentro de mim.

Inacreditavelmente o diretor do filme é Marc Foster que fez, ano retrasado o belíssimo "Mais estranho que a ficção" com certeza um dos melhores e inteligentes filmes que já assisti e, com certeza o resultado não deverá ficar muito atrás do livro. A estréia no Brasil será dia 18 e, existem boas chances de eu dar um jeito de assistí-lo e ficar chorando acompanhado de todo mundo dentro do cinema. Só de olhar o trailer, com as imagens, sem som já fiquei com os olhos cheios dágua, imagino no cinema como será.
Scotch Mist

Ontem o jax baixou e, levou lá em casa o Webcast da melhor banda do mundo que rolou na noite de ano novo, último. Assistimos tudo tomando uma ceva, claro. Foi mais que emocionante, principalmente pelas imagens deles no estúdio com todos os equipamentos a mostra, os detalhes e etc. Outro momento muito foda mas, muito foda mesmo mas, sério mesmo, extremamente foda foi na hora que Thom Yorke e Johnny Grenwood fizeram um dueto com voz e violão em cima de uma montanha quando o sol estava se pondo.

Parece que na Quinta Feira rolou outro webcast através do radiohead.tv mas, ainda não tenho idéia do que tocaram ou como foi.

13.1.08

O sobrado


Hoje(leia-se uns 4 dias ou, 1 semana atrás) estarei indo para a praia. Preciso ver meus pais, trocar de ares, dormir em outra cama, brincar com o Heitor em lugares diferentes. Na verdade não sei, muitas coisas que tenho feito, estão acontecendo por outrém, eu faço mas, alguém me dá o caminho ou me empurra ele goela abaixo. Tenho lido "O vôo da águia" de Ken Follet e, sinceramente não sei o que dizer a respeito do autor afinal o livro não é uma ficção e, tenho gostado bastante até então. Comprei por preços módicos juntamente com outros. O Heitor está cada vez mais massa, falando pelos cotovelos e, uma energia infinita para brincar, rir e, correr. Em casa tenho me desviado dos pratos e, talheres que voam, as vezes sorrio e, tento mudar as coisas mas, elas estão fora do controle. Muitas vezes eu penso que o cruzamento deste caminho já começou e, chegar ao destino é só uma questão de tempo e, falta de paciência. Tento inutilmente as vezes comparar situações ou alternativas exteriores e, logo logo percebo que, o meu universo e, dos meus é particular demais para aplicar certas metodologias, caminhos e, psicologias. Muito me entristece saber que o final está próximo, muito me entristece saber que, tive tudo nas mãos e, tive que deixar a pomba voar. Triste por saber que, todo meu esforço ou, o que venho fazendo nos últimos 2 anos foi praticamente inútil para toda nossa família. Foram e são meses de desgaste, os cabelos brancos pululam no meu CORO cabeludo e, tenho notado que as vezes estou apenas lendo um texto nos prazos previamente agendados e, tem momentos que, não tenho nem vontade de abrir a geladeira e, pegar uma cerveja para beber. As vezes sinto a tua falta, imensamente e, você está deitada ao meu lado. As vezes penso o quanto te amei e, quanto amo mas, sei que de nada serve todo este sentimento quando não conseguimos ao menos conversar para planejarmos a festa de aniversário de nosso filho que, tanto amamos. Me lembrei de outra tristeza, a de ser um pouco mais experiente que você para saber que, você vai quebrar as pernas, pelo menos nesta visão que tens do mundo, talvez as coisas sejam fáceis mas, o teu EU vai te cobrar as contas no futuro a menos que tenha muita sorte. A vida não possui manual nem roteiro, agente procura aprender com erros e acertos mas para possuí-los é necessário arriscar as coisas, colocar a mão no fogo, tomar um banho de chuva. Intecionalmente não usei parágrafos, nem me rendi a minha censura habitual porque não espero e, nem temo problemas a respeito disso que escrevo, me faria muito mais feliz se soubesse que você está lendo isto e, está pensando a respeito, não pensando numa forma de ME FODER mas, uma forma de melhorarmos a nossa vida, o nosso relacionamento e, a casa onde o porquinho mora mas, sei que nada disso irá acontecer. Já prevejo as semanas seguintes, muita dor, saudade, trabalho, contas e etc e, prevejo que, o teu reiniciar será ainda pior pois terás que te confrontar com toda a verdade, que fostes muito filha da puta comigo em diversos momentos. Em vários momentos tivestes preguiça de me dar um pingo de carinho, em outros tiveste sono quando deveria estar conversando comigo e, outra dezena de arrependimentos que virão. Você vai inclusive, no fim das contas se arrepender de ter me largado, de não ter dado o pingo de atenção que eu te pedia. Você vai ver que, todos precisamos disso ou daquilo, todos precisamos conversar e, todos precisamos de cuidados. Odeio pensar assim mas, é verdade, somos delicados e, precisamos de pessoas e, do carinho das pessoas que gostamos ou, que nos amparam. Viver do que as pessoas pensam da gente não traz felicidade alguma, não nos aumenta nem um pouco. A beleza se esvai com a idade e, com a saúde, o que fica é a mente(e talvez o espírito), precisamos crescer por dentro, sermos bons para termos alguém, para nos divertirmos, para termos pessoas legais cuidando da gente ou pensando na gente. A carne bonita e, simplesmente bonita serve apenas para consumo e, não para troca de experiências. Já existiram inúmeras injustiças que não me defendi e, em várias situações, em muitas delas a um dado momento todos perceberam de qual a parcela de culpa eu tinha e, qual parcela de culpa estava sendo vinculada injustamente para mim. Não vai fazer muita diferença quando estivermos distantes e, desconectados um do outro mas, talvez um dia tu veja que, em muitas coisas que me acusa, está acusando a si mesma, está sendo mais uma vez filha da puta e, mais uma vez estará perdendo tempo com coisas que não existem e, deixando outras, importantíssimas sem atenção. Eu te amo mas, não adianta.
O mais perto q Bush chegou do Iraque


Este link(http://www.reuters.com/news/pictures/slideshow?collectionId=1272#a=1) mostra fotos um pouco mais graves do que outras já disponibilizadas com mulheres e crianças recebendo bandeiras americanas ou mesmo caixões cobertos pelas mesmas. Grave em dois sentidos, primeiro, ex-soldados mutilados, deformados e tocados pela guerra de uma forma que jamais esquecerão e, segundo, o filha da mãe que, colocou eles nesta roubada indo lá visitá-los. Digo que é culpa do Bush pois, a guerra contra o Iraque foi decretada por ele, o terror simulado foi inventado por ele e, milhares de mortes.
All the pretty horses





Semana passada fiquei sabendo do filme e, claro fui atrás. Para minha sorte, numa locadora há 25 metros de casa tinha e, acabei locando. Claro que, o filme não consegue entrar em detalhes tão precisos quanto o livro e, claro, te cria o universo e, suas imagens. Não deixa nada para a imaginação de quem está assistindo ficando assim anos luz atrás do livro mas, mesmo assim é um bom filme. Faltou um pouco de carisma para o Matt Daemon, Henry Thomas e Lucas Black que interpretaram John Grady, Lacey Hawlings e, Jimmy Blevins mas o trabalho de Billy Bob Thornton como diretor foi muito bem, trouxe boa parte do clima e, da ambiência do universo particular dos cowboys criados por McCarthy(autor do livro em que é baseado o filme).

1.1.08

Top Livros

Antes de iniciar este top gostaria de dizer que muita coisa mudou este ano por culpa de minhas leituras. Um escritor em especial e, uma trilogia simplesmente fizeram tudo mudar completamente e, já vi outras pessoas que falaram a mesma coisa a respeito. Cormac McCarthy foi o nome do ano no mundo da literatura pelo menos para mim e para o pessoal do Pulitzer. Depois de ler a trilogia da Fronteira(Todos os belos cavalos, A travessia, Cidade da planície) e, sobretudo em "A travessia" muita coisa mudou, era como se estivesse sendo espancada a cada trecho do livro. Choques, emoções, surpresas e, muitas coisas que talvez só serão descobertas com o tempo foram causadas por este cara que, é o próprio diabo dos livros. Li também The Road com efeitos surpreendentes ainda mais para mim que, sou pai fresco.

Outro fato que aconteceu este ano e, que merece minha menção aqui foi a morte de dois grandes escritores Kurt Vonnegut e, Ira Levin, dois prediletos da casa que bateram as botas e, deixaram o mundo da literatura para a tristeza de seus fãs.


Cormac Mc Carthy - A estrada, A travessia, Todos os belos cavalos e, Cidade da planície


Este ano li 4 livros dele, os 3 da Trilogia da Fronteira e, The Road e, com certeza outros serão lidos em 2008. Todos eles trazendo uma experiência totalmente diferente do habitual em se tratando de leituras. É inevitável dizer que minha forma de pensar, de ver o mundo e, principalmente na forma como leio mudou depois disso e, é será lembrada como um marco para mim o ano de 2007 como o ano que conheci o Cormac.

A divina comédia dos Mutantes - Carlos Calado

Este livro foi lançado há um bom tempo e, ele está aqui na minha lista mais pelo objeto de estudo do livro do que propriamente a escrita. Uma das bandas mais geniais do mundo e, seus detalhes, suas características e, sobretudo seus integrantes. Deu pra entender muito melhor porque eles são vistos hoje da forma que são e, realmente o alcance que tiveram em sua época e, tempos depois. Entendi também porque tudo acabou, porque hoje não existem e, porque hoje a Rita Lee faz aquele trabalho pífio dela.

Operação cavalo de Tróia 8 - José Juan Benitez

Mesmo sendo um dos livros mais fracos de todos os 8 volumes é impossível não estar na minha lista. Mesmo eu sendo bem ateu, o assunto do livro chama muito atenção e, traz uma série de sentimentos novos a respeito de Deus, de Jesus e, religião em geral.


Sepulcro - Paul F Wilson

Este livro introduz o personagem Jack FazTudo e, dá uma continuidade ao ciclo iniciado com o belíssimo "O Fortim". Infelizmente não é muito fácil encontrar as obras deste médico que escreve belíssimas obras de ficção e terror. Os livros do "Adversary Cicle" que envolve o já citado Fortim, Renascido e, Represália já foram todos lidos e, a partir de agora, para saber o fim de toda a estória só lendo em Inglês o NightWorld que, dá fim a série.

A história secreta da Raça Humana - Michael Cremo e Richard Thompson

Meus primeiros passos na paleontologia e Indiana Jones em geral. Este livro aborda muitas questões interessantes do mundo da arqueologia e, até dos costumes da comunidade científica em geral.


Cidade do Sol e o Caçador de pipas - Khaled Hosseini

Este ano graças a minha irmã e, graças a lista de best-sellers eu fiquei sabendo deste escritor e, acho que muita gente que lê os livros do Dan Brown deve ter lido estes dois livros também. Na verdade o fato deles aparecerem em minha lista são mais pela carga emocional da leitura do primeiro e das coisas que aprendi lendo o segundo do que propriamente caracterizá-lo como um grande escritor. É um cara que com certeza está rico, atingiu o "dinheiro" escrevendo mas, é aquela leitura um tanto descartável, um bom tema para o cinema(o Caçador já deve estar passando nos cinemas americanos) mas, nada além disso. Se Dan Brown descobriu a fórmula de cortar os capítulos do Código Da Vinci pela metade para que as pessoas não conseguissem largar o livro, Khaled por sua vez apela para as lágrimas, os problemas do islamismo e, do Afeganistão em si e, para o sentido da amizade e outras coisas que pessoas sensíveis se sintam presas ao livro.

O primeiro deles mostra uma estória comovente entre duas crianças e, sobretudo os desvios de caráter de uma delas para com o melhor amigo, a vergonha, o racismo e outras coisas para trazer uma estória triste, envolvente e humana acima de tudo. Este livro teve uma importância muito grande para mim pois pensei muito durante a leitura dele e, depois e, meus problemas, os amigos que deixei na mão, as besteiras que eu fazia antigamente por ser ainda não maduro o suficiente para lidar com certas coisas. O segundo, Cidade do Sol traz um tema que está em voga no mundo inteiro, a condição das mulheres islâmicas e, mesmo eu, um avesso as modas acho que, está na hora do mundo abrir os olhos para o que acontece com outras culturas, outros povos em relação as condições primárias do ser humano. É aquela velha história das pessoas acharem que, determinados povos podem fazer o que quiser pois trata-se de uma questão cultural. Acordar as 5 da manhã para se debruçar no chão para rezar para um deus que não existe é uma coisa, outra é mutilar mulheres, matar filhos e outras coisas terríveis que acontecem com os muçulmanos, índios e, outros povos/religiões.