29.8.13

New band

Eis que esta semana eu e o Maurício meio que definimos o nome da banda. Escolher este tipo de coisa por mail é praticamente impossível se todos não se envolvem. Como a cozinha da banda não têm participado das decisões nos mails e em nossos ensaios de duas em duas semanas quase não conseguimos conversar.  No Domingo, no ensaio iremos conversar sobre o nome e sobre o show que foi marcado.

E nome de banda é uma coisa dificílima de se chegar a uma conclusão, é difícil um nome agradar a todos e por isto escolhemos um que, não me identifiquei nem nada mas prefiro sair deste lance de não termos nome e escolher um de uma vez do que continuarmos sem nome, sem shows e sem nada.

Tinhamos uma lista enorme de nomes e tal e poucos agradaram a gente mas, no fim ficamos com Blood’n’Butter e as outras duas opções seriam Butter’n’Blood ou Coma Social Club.  Eu gostava também de Dog A Fuera, o diálogo preferido da Consuela do Famili Guy mas, de novo, apenas eu curti.

Além do nome, em breve estaremos tirando fotos de divulgação e criando a página no facebook. Provavelmente antes do nosso primeiro show estaremos iniciando nossas gravações. O show provavelmente acontecerá no dia 25/10 em Porto Alegre.


Todas estas coisas tem uma probabilidade muito pequena de não aconterem, o nome e o show, diria que o show é mais certo que o nome e só Domingo teremos certeza.

23.8.13

Dark Skies (2013)

Os velhos, como eu e fãs de terror muitas vezes se sentem injustiçados. Nos anos 70 e 80 os roteiros e as estórias iniciais eram ótimas (claro que existem exceções) e muitas vezes o que incomodava eram os efeitos “especiais”. Cabia ao diretor escolher o que colocar ou não, na edição final para comprometer ou não o filme. Muitos conseguiram. Nesta época os computadores eram atrasadíssimos, a tecnologia envolvida nos efeitos muitas vezes estava anos luz atrás do que temos hoje por exemplo.

Os fãs de suspense idem pois, apesar de muitas vezes os efeitos especiais serem desnecessários para criar climas de suspense, existiam 2 milhões de filmes e eram raros os que realmente eram bons. Fãs de filmes sobre extra terrestres então eu diria que eram os mais injustiçados pois a maioria das estórias desprezavam o mundo real completamente e se perdiam completamente em explicações sobre as razões de invasões e abduções, funcionamento das naves e etc.

Pois eis que ontem, lendo algo na folha fiquei sabendo de um filme de terror que era muito bom e sei lá porque fiquei interessadíssimo em assisti-lo e principalmente acreditei na opinião do jornalista que escreveu o texto. Cheguei em casa baixei o filme e logo mais eu e Summer assistimos.

O filme chamado por aqui de “Os Escolhidos” e mesmo que o nome não tenha nada a ver com o título original, fez justiça. E para aqueles que acreditam em mim eu digo, foi uma das melhores coisas que assisti nos últimos anos, nos gêneros que pontuei ali em cima. O filme é excelente em muitos aspectos e lá no fundo eu sentia que, se ao menos 50% dos filmes tivessem uma qualidade aproximada a este eu seria um cara mais feliz. Adoro filmes de terror, adoro suspense e adoro ficção científica, aliens mistérios e me senti em casa.
O filme não conta com atores muito conhecidos ou consagrados, talvez o mais conhecido ali era o JK Simmons mas ninguém deixou a desejar inclusive as crianças. A estória é emocionante e se você curte um pouco as estórias sobre abduções, aliens, casas supostamente mal assombradas te abraça neste filme aqui q é prato cheio.


O filme ainda traz um pouco daquelas características que citei dos filmes anos 80. Muitas vezes os filmes antigos eram massa justamente por não mostrar muitos detalhes dos monstros, assassinos ou seja lá qual o “personagem principal do filme”, deixavam a cargo do expectador imaginar coisas e o Dark Skies faz isto durante todo o filme. Se contarmos os minutos que os seres aparecem na tela, não passariam de 2 minutos e talvez eu até tenha exagerado. O fator susto, os pulos nas cadeiras do cinema estão presentes aqui também e de forma magistral. Me arriscaria a dizer que o diretor tem a minha idade. Porque ele agrupou todas as idéias que expus ali nos primeiros parágrafos, no quesito frustração com os filmes atuais e fez algo excelente. A abordagem sobre aliens é extremamente consciente também e a atuação de JK Simmons é demais, mesmo aparecendo somente no fim do filme.

21.8.13

Eu ia dizer mas já falaram por mim

Sem vocêSem amorÉ tudo sofrimentoPois vocêÉ o amorQue eu sempre procurei em vãoVocê é o que resisteAo desesperoE à solidãoNada existeE o tempo é tristeSem vocêMeu amorMeu amorNunca te ausentes de mimPara que eu viva em pazPara que eu não sofra maisTanta mágoa assimNo mundo sem você
Chico Buarque - Sem você


9.8.13

Dog A Fuera

Estou ouvindo, com 5 dias de atraso o ensaio de Domingo. Fiquei muito impressionado com algumas coisas e mesmo a gente ensaiando de duas em duas semanas e termos mais ou menos uns 5 ou 6 ensaios, a coisa tá bem avançada na minha visão.

O Pamplona andou fazendo compras, um Tremolo e um Reverb e diria que ficou muito massa as duas guitarras com reverb, os climas estão acontecendo. Nada Restou, uma música que me persegue há muitos anos estamos tocando e está bem melhor do que o esperado e é outra música, como a maioria das coisas que temos tocado que permite muito improviso. Com pouquíssimas exceções, várias músicas estamos deixando completamente abertas pois temos idéia de fazê-las soar a cada execução uma versão diferente.  A gente pretende tocar Tramandaí também mas, temos tocado muito pouco ela mas provavelmente fará parte do setlist já que, é uma das poucas coisas da 7to9 que o jax não cantava e nem participou da criação inicial dela e por isto me sinto a vontade para tocá-la com a nova banda.

Tem uma música que estamos fazendo que já tive umas 5 ideias completamente diferentes para a letra mas, no último ensaio cantei ela inventando na hora a letra e gostei bastante da idéia da coisa. O som dela está ficando incrível, começou uma coisa meio Hate The Taste(BRMC)/ Jesus and Mary Chain e agora estamos lapidando pra torna-la cada vez mais nossa.  A carta, que tinha sido criada em Recife, inclusive era completamente diferente do que se tornou depois que fiz a primeira demo dela com bateria está redondinha, questão agora é apenas definir bem o tipo de voz e os efeitos que vamos usar nela. A parte instrumental está prontinha.


Estou muito feliz com nossos resultados e só não estou ainda mais feliz pois estou louco para ligar minha guitarra num palco para mostrar para as outras pessoas o que temos feito.

Jagten ( A caça) – Thomas Vinterberg

Esta semana assistimos este belíssimo filme. Fazia muito tempo que algo não me incomodava/emocionava tanto. O filme começa calmo, crianças, jardim de infância e um clima que engana muito, muito mesmo.
Mads Mikkelsen é Lucas, um cara que trabalha num jardim de infância e é adorado pelas crianças. 

Principalmente pela filha de seu melhor amigo. Seguidamente ele a leva pra casa, leva para a escolinha e fica bem claro ali que, ela gosta muito dele. A sua família tem problemas e ao que tudo indica ela sofre um pouco com isto e sente falta de alguém que se preocupe com ela. Provavelmente ele é o pai que ela queria ter.
O filme tem coisas bem chocantes porque falei apenas do começo das coisas, mas o desenrolar da estória é bem punk e provavelmente eu gostei do filme por questões minhas e estas questões muitas vezes são coisas que encontramos no mundo real, as mesmas desculpas, opiniões e etc. Cabe ressaltar que a estória do filme ilustra uma situação bem específica que no caso o cara não tem culpa do que está acontecendo com ele, na vida real a situação é bem outra. São aquelas coisas que vemos no mundo real de tipo padres falando que as crianças é que se insinuaram para os padres, as mulheres que usam roupas curtas e incentivam o estupro que é uma coisa que rechaço totalmente. No filme a coisa é outra.


Eu achei excelente o filme porque eu costumo gostar de coisas que me incomodam, me emocionam, me dão taquicardia (que foi o caso deste aqui), que criam climas hiper tensos. Fica a dica então, provavelmente me lembrarei dele nas minhas listas de final de ano.

8.8.13

Saudade

Love me , leave me
Take my possessions and go
Wine me, dine me
Wreck all the things that I know

I'm enchanted
I've fallen under your spell
How can I resist when you cast them so well

Baby Lee I'm only trying to remind you
They had me in mind, oh yeah, when they designed you
And Baby Lee I'm always watching from a distance
Oh marry, marry me, oh baby, now I am insisting

Wake me, shake me
Put my emotions on show
Make me suffer
Tell everyone that you know

I'm enchanted
I've fallen under your spell
How can I resist when you cast them so well

Baby Lee I'm only trying to remind you
They had me in mind, oh yeah, when they designed you
And Baby Lee I'm always watching from a distance
Oh marry, marry me, oh baby, now I am insisting

24.7.13

Only God Forgives & Oblivion

Este fim de semana assisti provavelmente aos dois melhores filmes que vi/verei este ano. O primeiro, Only God Forgives apareceu muito rápido para download em ótima qualidade, já o Oblivion a espera foi longa e até achei que a hora que visse filme iria odiar já que estava esperando muito dele.

Oblivion lembra e muito os filmes baseados nos livros e contos de Philip Dick (Blade Runner, Paycheck, etc). Eu já tinha esta idéia quando vi o trailer, provavelmente deste Minority Report que Tom Cruise quer fazer algo assim e pelo jeito agora surgiu a oportunidade. O filme conta a estória de um planeta terra devastado por uma “visita” alienígena. Eles vieram, destruíram a Lua e com isto a natureza se rebelou, Tsunamis, terremotos e outros desastres naturais, seja lá qual o embasamento científico eles usaram pra isto, eu nunca li  nada a respeito da Lua ter esta influencia toda. NA guerra contra os Aliens os humanos utilizaram bombas nucleares e, ganharam a guerra mas destruíram e inutilizaram o planeta, como moradia. Fizeram então uma estação espacial enorme para transportar todos os humanos que sobreviveram para Titã, uma lua de Saturno. Esta estação ainda tenta captar os últimos recursos na terra para serem transferidos para Titã, isto tudo é feito por robôs e drones e o trabalho de Jack Harper(Tom Cruise) é justamente tratar da manutenção destes robôs.

O filme justamente inicia quando Harper começa a duvidar do mundo que vive e ter flashbacks de momentos que aparentemente não viveu, New York antes da guerra por exemplo. Uma coisa que seria impossível pois já se passaram mais de 60 anos do início da guerra.  Quando vieram para terra trabalhar, Jack e Vica, outra operária que trata do bem estar dos robôs, tiveram suas memórias apagadas, supostamente por motivos de segurança e toda estes detalhes e seus desenrolares fizeram deste um grande filme. Contar mais estragaria a surpresa para aqueles que ainda não assistiram este que pra mim foi um grande filme.

Only God Forgives traz novamente a dupla Nicolas Winding Refn e Ryan Gosling. Gosling pra variar perturbado com alguma relação com uma mulher, neste caso sua mãe e falando 5 frases no decorrer de todo filme. Refn com aquelas sequencias mudas, estáticas e sangue, muito sangue. O filme é excelente e de todos os Refn que assisti é com certeza o melhor, o filme ganha muito com os planos parados, a fotografia e edição. O filme traz ainda Kristin Scott Thomas como mãe de Gosling e numa bela atuação e na falta de falas de Gosling ela falou bastante e deu motivos para graça. O filme de certa forma lembra bastante coisas do Park Chan Wook pelas cores, planos parados, atenção aos detalhes e principalmente pela vingança. 

18.7.13

OliviaPowerElfMonstrealInStereo

A internet já me proporcionou excelentes momentos no que diz respeito a encurtamento de distâncias (WormHole virtual) mas ontem a coisa foi extremamente explosiva. Chego ao trabalho e encontro um convite, no facebook de John Kiran Fernandes, do Olivia Tremor Control, Circulatory System e outras duzentas bandas de Athens. Aceitei o convite e logo começamos a conversar sobre o Olivia, sobre Circulatory, sobre Bill Doss, música e projetos e não pude deixar de enviar pra ele a página com os sons da 7to9. Não é que o cara escutou mesmo,  duas músicas, Across The Ocean e Nada Restou e curtiu?

Outra coisa que conversamos foi sobre o álbum duplo, que o Olivia Tremor Control iria lançar entre este ano e ano passado e foi interrompido quando Doss morreu. Eu tinha ficado sabendo que o Circulatory System iria lançar um disco novo este ano e não sei porque cargas d'agua achei que boa parte das músicas do disco do Olivia, estaria neste disco. Talvez seja pelo fato de ambas compartilharem boa parte dos músicos. Estava enganado. Ele me disse que tudo ficou intocável após a morte de Doss e que não sabia quando iriam retomar os últimos ajustes para finalizar o disco. Disse que quando coloca o seu ipod no shuffle e alguma música do disco começa a tocar ele pensa "the world needs to hear this!". Ele disse também que tem certeza que no momento certo retomarão o disco e o lançarão, espero que sim. Quando a minha teoria sobre o intercambio das músicas ele disse, o que pra mim foi novidade que, nenhuma das músicas do próximo disco do Circulatory System foram utilizadas pelo Olivia Tremor Control e vice-versa. Me disse ele que ambas são coisas diferentes e tal, eu não acho diferentes não. Fica a dica que o cara é dono da Cloud Recordings e lá tem um vasto catálogo das duas bandas e outras coisas bem interessantes.

Ganhei o dia, não é todo dia que tu conversa com alguém que faz a trilha sonora da tua vida há mais de 14 anos. Não pude deixar de me atrever a acionar o Andrew Rigger, vocalista e líder do Elf Power. Mandei uma mensagem pra ele contando o quanto o Elf Power é e foi importante para mim, o quanto me inspirou. Falei também que muitas vezes eu e o Jax tocamos as músicas do Elf Power em Esteio e o público, mesmo sem conhecer a banda, as bandas da Elephant 6, psicodelia e afins curtia pra caramba Empty Pictures por exemplo que já era meio que marca registrada em nosso repertório no 711 e no Paidéia, bares que costumávamos tocar um set de guitarra/teclados/violão e duas vozes, quase uma dupla caipira eu diria, ainda mais quando tocávamos Elf Power e Decemberists. Ele se interessou por quais músicas tocávamos, falou do disco novo que inclusive teve música disponibilizada ainda esta semana e foi muito legal pra mim.


Poucos entendem o que é falar com seus ídolos, pessoas que a gente admira e é mais absurdo ainda que, todas as pessoas que conversei, de Athens e da Elephant sempre foram atenciosos, amigos e era como se eu estivesse falando com algum amigo. Tipo 100% das pessoas (e não foram poucas) foram muito legais comigo.

Findi

E a sexta começou (ou teve seu fim de tarde) com engarrafamento no túnel da Conceição, lugar bem sensível do meu trajeto diário para o trabalho. Passo na mãe e pego o Heitor e vamos pra casa para comer, tomar banho e nos esquentarmos. Como já é tradicional, na Sexta Feira comemos e o Heitor me conta diversas coisas que acontecem com ele e as percepções dele sobre estas coisas.

No Sábado almoçamos no Kuroda e durante a tarde assistimos ao filme do Dragonballz e ele jogou bastante com o vídeo game consertado. Passeamos um pouco e na noite ele teve seu momento. O jax e a Tati foram lá e fizemos uma comida das mais pegadas e o Heitor ficou ali por volta o tempo todo, imitando zumbis inclusive fizemos até uma sessão de fotos. É incrível como ele está se desenvolvendo mentalmente, escolhe as coisas sozinho, mexe nos equipamentos e até na internet ele já sabe como fazer muitas coisas. Orgulho.

Bebemos vinho e conversamos sobre o futuro, de algumas coisas que ainda estão meio quicando na minha cabeça e ainda não tenho idéia do que vou fazer. As coisas mudaram, inevitavelmente mudaram e vai demorar um tempo ainda para voltarem pro lugar, se voltarem, claro.

No Domingo almoçamos nos avós dele e depois fui ao supermercado para comprar as coisas para a semana e as coisas que ele levaria de merenda na Segunda. 

12.7.13

Bolsa Família

Constantemente tenho encontrado pessoas, muitas vezes amigos meus (e olha que eu procuro selecionar) contra o bolsa família e com aquele discurso preconceituoso, aquele discurso de quem na maioria das vezes nasceu senão em berço esplendido, num berço onde teve ajuda, teve apoio dos pais ou da família para atingir (ou não) seus objetivos.

Destaco aqui uma das partes excelentes do texto :

O questionamento do Bolsa Família mais furado de todos é o moral: é justo uma pessoa receber dinheiro, sem ter trabalhado por isso? Nem merece resposta. A questão não é de justiça, é de isonomia. Os mais ricos já recebem bastante dinheiro sem trabalhar. Embolsam rendimentos de suas aplicações financeiras, aluguel de imóveis e tal. Acionistas de empresas recebem dinheiro sem trabalhar: os lucros. E herdeiros recebem dinheiro sem trabalhar, às vezes sem nunca ter trabalhado de verdade. Muitas crianças brasileiras felizardas já têm seus futuros assegurados, graças ao que construíram seus pais ou avós. Nunca precisarão pegar no batente (e mesmo assim, como sabemos, muita gente abonada continua trabalhando, porque assim se sente realizada, produtiva, estimulada, ganha mais dinheiro ainda etc. Dinheiro é 100%, mas não é tudo…).

O texto cita governos estrangeiros e seus benefícios, relaciona a taxa de natalidade e a mortalidade infantil após a criação e demais upgrades do benefício, é altamente informativo e eu recomendo muito. Eu fico até com vergonha quando algum conhecido  meu ataca este benefício.

O texto está aqui.

10.7.13

Dog A Fuera

Domingo tivemos outro ensaio. E tava jóia e este jóia significa uma série de coisas. Surgiram dois sons novos, no ensaio e tinham outros dois novos também que pela primeira vez com a letra nova e as partes que o Maurício fez. 

Bom que o Music Box oferece a chance de gravarmos e estas duas coisas novas não se perderão.

2.7.13

Smell like teen spirit

Eu sinto cheiro de desanimo. Eu vejo, eu sinto e isto me ataca, me incomoda bastante. Não é nem pelo passado ingrato ou pelas inúmeras vezes que passei por isto, eu apenas não entendo. Claro que mantenho um ritmo acelerado, estou sempre pensando no objetivo ad infinitum, falo sobre isto o dia inteiro e isto ajuda a ficar ainda mais desanimado quando vejo a preguiça e o desencanto. Na verdade eu não entendo. Este que é o problema. O que me incomoda realmente é a falta de sinceridade as vezes e não entender porque as pessoas não falam, se é o medo da reação, ou a vergonha de se declarar um bostinha ou admitir isto.

Verdade é que cansa um pouco, me irrita e uma hora eu fico como o otário da coisa.

Não é a primeira nem a última vez que serei o ruim da situação, o cara que toca os pés pelas mãos (será mesmo?), o cara que vai e fala, o cara que fica como otário, na verdade não me envergonho nem um pouco de ser o otário, nesta situação. A vida é curta e mesmo que não fosse, qual o sentido de se perder tempo? Um tempo que um ônibus pode passar por cima e te levar junto, com o tempo que tu não aproveitou bem.

Eu continuo andando, mesmo que tenham obstáculos muitas vezes os obstáculos darão ainda mais valor ao produto quando ele for mostrado, quando for escutado. Ao menos pra mim.


Eu sinto falta de alguns momentos e hoje, talvez dê mais valor (não que antes não desse) para aquelas momentos que partiram. A facilidade, a necessidade de não se explicar, a falta de vaidade, isto ajudava muito apesar de alguns outros problemas. São constantes vai-e-vem e muitas vezes me vejo mordendo o próprio rabo, mas se antes estava na sombra, me dirijo cada vez mais para o sol. Eu sei dar um valor imenso para algumas coisas que fiz e faço e isto é o que me mantém, nem tão firme e forte mas, caminhando, seguindo rumo ao objetivo.

18.6.13

Brasil em chamas

Fiquei extremamente revoltado ontem, hoje e todos os dias desde que começaram as manifestações do pessoal que está descontente com o governo, com o Brasil. Sim porque este pessoal que critica os manifestantes provavelmente nunca reclama do Brasil, das leis, das multas, dos impostos e tudo mais.

Vi duas amigas ontem, no facebook reclamando, dizendo eu o pessoal era baderneiro e etc. Uma delas era hippie quando conheci, a outra punk e skatista e pergunto, onde foi aquele sentimento de revolta, de não aceitação e luta por coisas melhores? Foi uma surpresa pra mim. Hoje de manhã vi um ex colega que considero uma suprema inteligência lendo o Reinaldo Azevedo, na veja e fazendo apologia a dois textos do cara, lamentável.

Vi gente falando também “Quem vocês acham que vai pagar a conta dos estragos?”. O povo? Sim e se as coisas continuarem péssimas como estão, quem vai pagar a conta? Mudou algo? Pra mim não. Eu acho que tem muita coisa incorreta acontecendo nas quebradeiras mas, é fato que protesto silencioso, sem nada quebrado ou queimado não leva a lugar algum e se você ainda insiste que estes protestos não vão levar a nada é melhor ler. Ler na mídia independente claro, não espere a verdade ou uma cobertura imparcial lendo a ZH, assistindo a Globo e por ai vai.


O meu único medo e receio nisso tudo é este movimento morrer, virar uma moda passageira, perder o seu foco ou ainda pior virar algo partidário. Já vi alguns políticos dizendo que tá bonito e tal, mentira, nenhum político gosta de público usando a democracia, eles querem povo que reclama na fila do pão mas que não coloca fogo na padaria. Não se engane, político é seu inimigo, ainda é, talvez isto mude, talvez eles tenham medo e melhor ainda que queimar tudo, quebrar tudo e ir para as ruas seria votar nulo, anular eleições até termos políticos decentes pra votar mas, como a eleição ainda vai demorar continuem quebrando. Várias capitais pelo Brasil já anunciaram que vão reduzir o valor das passagens e isto é uma prova de que a coisa está funcionando.

17.6.13

World we live ou DAORA viver hoje

Seguidamente ataco o mundo, o governo, o sistema e as pessoas. O mundo as vezes não parece ser o que eu imaginava quando era menor ou mesmo dois anos atrás. Algumas vezes é o politicamente correto extremista ou outras coisas extremistas que me incomodam mas, sobretudo a carga de impostos, o descaso do governo e seus políticos com o povo que votou nele e sobretudo a falta de respeito com os mais velhos, com as mulheres, com gays, travestis e todas as pessoas especiais, diferentes, enfim, falta de respeito não precisa ser explicada.

Mas é fato que as vezes acontecem coisas que me deixam feliz e é o que está acontecendo neste momento comigo. Queria agradecer do fundo do meu coração ao pessoal de Porto Alegre que protestou contra o preço das passagens e acabou motivando que o aumento não perdurasse. Mais ainda as pessoas que motivadas com este ato foram as ruas de SP para protestar e mais ainda, o fato dos protestos que antes eram dirigidos ao preço das passagens de ônibus e transporte público em geral ter motivado outras manifestação e estas são coisas que costumo criticar. Eu me achava órfão, reclamava de tudo e de todos e inclusive do fato de sermos passivos demais com o desrespeito do sistema e seus governantes com o povo.
Estou achando nossa época (desde o mês passado) uma beleza e finalmente ou muito provavelmente o mundo mudará depois disso ou, já mudou. A partir de agora, depois de toda preocupação que os partidos, os políticos e a polícia estão dando ao fato, é claro pra mim que a partir de agora nunca mais seremos passivos.

Mesmo assim ainda me irritam algumas coisas. A capa da ZH dominical por exemplo não falava nos protestos, contrariando o mundo inteiro. O fato dos jornalistas, eles que tem a pena nas mãos poderiam criticar mais o sistema, podiam denunciar mais, podiam fazer as pessoas serem ouvidas ainda não entenderam o movimento. O globais fazendo ensaios fashion com uma inspiração no movimento, extremamente equivocada. Mas ainda pior são alguns conhecidos e colegas que tenho chamando o pessoal ativo em vagabundos ou “20 centavos não é nada” ou tipo, “Eu não ando de ônibus” (esta mesma pessoa que reclama depois de ficar parado com o carro num engarrafamento como se a culpa do engarrafamento não fosse ele, como se ele não fosse o culpado mais direto), enfim, milhares de injustiças estão sendo cometidas aprovando ou não o movimento.

Não existe processo silencioso ou pacífico que tenha conseguido alguma coisa. É claro que é lamentável ver patrimônio público sendo destruído, quebra quebras mas, pior ainda é ver pessoas morrendo em filas de hospital, nenês morrendo no colo de suas mães vítimas de balas perdidas, impunidade, assaltos, imposto de renda, polícia atirando no povo e tem um milhão de coisas piores que vidros quebrados, atente-se para o que é impostante neste momento porque agora é a hora de mudar algo, de se fazer ser ouvido.

Aqui  mais um excelente texto (ela sempre é) para tentar entender um pouco mais. Além disso, ver vídeos do pessoal que estava no movimento é uma grande oportunidade para ver que muitos veículos de comunicação estão tentando mascarar a verdade toda.

10.6.13

Findi

Sexta Feira eu e Summer nos encontramos com o filho e ficamos bebendo em casa, antes de irmos para o Havana. Quando era passadas meia noite pegamos o carro e fomos para o de dia restaurante Havana casa de meu amigo de longa data Alexandre Palma. Logo na entrada encontramos vários conhecidos, aquele povo que ia no Paidéia, depois no 711.

Antes disso ainda encontrei o Valdir,  pedindo esmola na frente e só no Domingo seguinte que fui entender do que se tratava a esmola. Lamentável o cara falar para alguém como eu que o dinheiro não era para as drogas mas sim devido ao fato dele ter batido na mulher dele, ter caído na Maria da Penha e achar que isto serviria de uma boa desculpa para ajudar ele. Usou a pior justificativa do mundo porque eu desprezo bastante quem bate em mulher, é um pouco maior do que o desprezo q sinto por uma pessoa batendo na outra.

Mas voltando a Sexta, o show da banda que tocaria covers de Legião Urbana era legal e fiquei comovido com o fato de finalmente termos outro lugar pra ir em Esteio, guardadas as proporções. O lugar tá bem legal e tal, público diferente e tinha bastante gente e isto é bom já que tudo fecha em Esteio.
Em determinado momentos algumas pessoas me encontraram, comentaram do clipe e comentaram mais ainda sobre o fato da 7to9 não existir mais. Falei que a banda tinha acabado mas que tínhamos 3 discos, todos disponíveis na internet se o fato de nos últimos 10 anos termos feito uns 10 shows, enfim, acabou amigos e não tem mais volta. E o mundo continuará e as pessoas continuarão, como falei, tem 3 discos para aqueles que sentem saudade.
Chegando em casa, abrimos o facebook e o diretor do nosso clipe tinha colocado um pequeno texto, pequeno em tamanho mas, carregado de emoções e com toda esta carga de coisas acabei ficando sentimental, foi uma dedicatória bonita e se não bastasse a emoção de ter um clipe feito pelo Daniel, fiquei ainda mais emocionado pelas palavras e por saber que ele gostava muito do nosso som e é um dos poucos que escuta o nosso Cd por estes dias. Eu mesmo fiquei mais de 6 meses sem escutar.

Dormimos boa parte de Sábado e minhas gravações foram pro espaço. Mas, deu tempo de assistir Stoker o novo filme do Park Chan Wook que é inferior aos anteriores, muito provavelmente pro ter atores americanos ao invés dos coreanos e por ter um dedo de outras pessoas nele. Mesmo assim um excelente filme, vejam bem, um cara como este faz um filme meia boca mas é um filme ótimo, foda ter uma boa filmografia para comparar.

No Domingo sim deu tempo de tomar café, jogar uma fazendinha e depois de comermos o resto da pizza do dia anterior comecei a gravar. Seria um processo de pré produção para os ensaios vindouros, decidi gravar de forma lo-fi as músicas que estamos tocando que ainda não tem letras e arranjos e colocando elas numa gravação fica mais fácil de fazer os arranjos e a letra. Gravei o final infinito e a Maurício Dark Horses. A primeira era o final da Sebadoh que acabou se tornando uma canção a parte com apenas uma parte que vai alterando apenas a dinâmica. A segunda eu e o Maurício tínhamos feito em nosso primeiro e único ensaio de cordas que fizemos na minha casa. É impressionante a qualidade daquela interface e graças a sei lá quem que comprei esta maravilha, assim como o microfone quando estava em Recife, uma das coisas mais certeiras que fiz com o dinheiro até hoje. Qualidade impressionante mesmo tendo gravado a guitarra baixinha, timbres ótimos sem nem ao menos timbrar. Ficou com cara de demo de luxo com execução fodida.


Na noite assistimos Spum, um filme bem  absurdo lembrando um vídeo clipe da MTV, não terminamos, não era tão bom assim.   

29.5.13

O grande Gatsby

Antes de mais nada quero deixar claro que não assisti ainda o novo filme. Vou mais além estou fazendo a crítica da crítica e provar que o fato de eu não ter assistido o filme novo me dá muita propriedade (pela primeira vez na história) para criticar ele e principalmente seus críticos. Eu até acredito em resenhas (em 10% delas) mas as coisas que tenho lido sobre o filme são cada vez mais ofensivas a mim, um grande fã tanto do livro quando de seu escritor Scott Fitzgerald.


Poderia começar dando tapas mas vamos direto ao murro que vai dar o nocaute. Jay-Z, Beyoncé na trilha sonora? Sério mesmo? Ahh e Beyoncé cantando Amy Winehouse com aquela base toda moderninha? Puxa vida não consigo pensar em coisa mais inapropriada. Com tantas gravações cabíveis, coisas antigas, do jazz, New Orleans olha, tinha muita coisa pra ser utilizada. Não consigo simpatizar nem com o fato da nossa querida Florence estar por lá, muito inapropriado tudo, nota zero.

Aqui  a jornalista LM fala sobre excesso de glamour e tipo não seja preguiçoso, leia o texto dela. Minha filha, você esperava o que afinal? Scott em boa parte de sua vida literária, pra não dizer em toda ela criticou o glamour de hollywood, isto não é segredo pra nenhum leitor dele e a Obra Grande Gatsby provavelmente é a que mais critica. Veja bem o personagem Jay era pobre mas pobre, realmente pobre e teve um caso com a nossa amiga Daisy que o largou justamente porque o cara era um pé rapado. O período seguinte a separação foi apenas de mágoa para Jay que procurou de todas as formas ficar rico, não importando os meios. Enquanto ele tentava ENRICAR a nossa amiga Daisy casou com outro cara e para chamar atenção dela, Jay fazia festas enormes, muitas delas ele nem participava, nem aparecia, era um anfitrião fantasma praticamente mas, tudo isto tinha um fim que era um dia ter a presença de Daisy e se aproximar dela novamente. Portanto, se não tivesse glamour, não seria nem Gatsby e muito menos Fitzgerald.
Neste mesmo texto a jornalista fala também que Carey Mulligan deixa a desejar na atuação da “socialite Daisy Buchanan, peça-chave da história”. Ela devia citar Mia Farrow que, nas palavras dela também deixaria a desejar mas, na verdade quem deixa a desejar é a personagem, tipo, ela foi escrita desta forma justamente pra você ter pena de Gatsby e principalmente para criticar o glamour hollywoodiano do início do século e mostrar que como diria OS Eles “é só imagem”  ou seja, pessoas ocas, vazias mas muito bonitas e brilhantes por fora.  

Uma das coisas que achei acertadíssima foi a escolha do Tobey Maguire como Nick Carraway . Ele tem a cara e o jeito certo para o papel e quem leu o livro talvez concorde comigo. Ali no texto se refere a ele como “inexpressivo” porém, ele é o narrador de toda estória, é a única pessoa que entende Gatsby, que o conhece, que sente pena dele e que acaba ajudando no encontro entre o casal principal da estória. Fica aqui a dica também que, Carraway provavelmente é o Fitzgerald disfarçado, aliás, sugiro a todos ler as duas primeiras páginas deste livro pra entender bem o que estou falando.

Este texto que citei ai é um deles, já li outros e fico tremendamente desapontado com a falta de preparo e principalmente leitura de muitos jornalistas que tenho encontrado nos jornais e revistas. Falta de interpretação, falta de conhecimento e vejam bem, estamos falando em um dos maiores clássicos da literatura mundial e não de um livro lançado há dois anos atrás que é cult porém desconhecido, é o Gatsby lançado há quase 100 anos atrás.
Shame on u

28.5.13

Arrow Season 1


Lá pelo fim dos anos 80 num veraneio perdido na nefasta Tramandaí eu comecei a ler histórias em quadrinhos. Um vizinho meu estava cheio de revistas e me iniciou naquele mundo e comecei a ler Capitão América, Hulk, X-men (que na época nem tinha uma revista própria) e outras coisas e uma delas era a revista conhecida como Superamigos. Esta revista trazia alguns heróis do universo DC como Mulher Maravilha, Super Homem, Liga da Justiça e Arqueiro Verde. 

 O Arqueiro Verde era um cara lutava contra o crime e se vestia todo de verde, usava um capuz e era bem ágil com suas flechas e a estória em questão tratava de um problema de drogas que um sobrinho seu passava. A estória é emocionante tanto é que ganhou vários prêmios. O personagem drogado em questão era o Speedy, no Brasil batizado de Ricardito que era sobrinho do Arqueiro verde, tipo, seria o Robin do Arqueiro. O personagem vivido pelo arqueiro era um vigilante, na linha do Batman eu diria sem muito perdão, pena ou respeito muito grande pelas leis, o que valia era o objetivo. 

 Ano passado a CBN começou com a série Arrow e 25 anos após meu primeiro contato tornei-me um assíduo desta série que começou muito bem e terminou ainda melhor. O mesmo fetiche que eu tinha pelo arqueiro verde, nos anos 80, aquele lance de fazer coisas justas mesmo que elas não estejam dentro da justiça está dentro da série também mesmo que hoje em dia em menor escala. No início da série o Arrow matava todo mundo e não se preocupava muito em estar dentro da lei. No meu caso, isto me deixa fascinado porque sinceramente, nos últimos tempos tenho sentido um desgosto muito grande com as leis e com a justiça do meu país. Não só na questão da violência e direcionamento da polícia mas principalmente o que ela faz com pessoas éticas e justas. Sempre que vai atacar alguém ele diz “you fail with this city” e isto fica martelando minha cabeça sempre que vejo algo errado no campo da ética, justiça e etc. Deixando de lado minha murrinha e voltando pra série, ela é claramente inspirada no arqueiro verde, ambos se chamam Oliver Queen, ambos aprenderam tudo que sabem em matéria de combate e filosofia em uma ilha além de claro outros personagens mesmo que muitas vezes um pouco diferentes do original. O próprio Speedy aparece aqui mas desta vez é o apelido da irmã de Oliver, o Ricardito é o namorado dela e acredito que na temporada 2 ele será um parceiro/pupilo do Arrow ou, The Hood como é chamado pelos seus conterrâneos. Laurel Lance, a Canário Negro nas revistas aparece aqui como namorada de Oliver porém combate o crime e a injustiça nos tribunais. O exterminador, inimigo dos novos Titãs aqui é supostamente um cara do bem e que ajudou Oliver durante seu exílio na ilha chinesa. A Caçadora também deu as caras em alguns episódios, em alguns inclusive como uma pupila e parceira do Hood. Aqui cabe um parêntese também que no início da série pouco se sabia do que aconteceu com Oliver na ilha. Antes do naufrágio que o deixou exilado por lá ele era um riquinho babaca que não se preocupava com ninguém e depois de cinco anos, quando é resgatado na ilha volta completamente diferente. Aos poucos flashes dos momentos mais importantes que passou na ilha aparecem durante um episódio e muitas vezes são situações bem parecidas com o que está ocorrendo no atual presente, de Oliver. Outro destaque da série é Felicity Smoak, provavelmente o melhor personagem da trama, atua como hacker particular da agora equipe Arrow. Depois de alguns serviços para Oliver ela acabou sendo convidada a se juntar ao time. Além de Felicity temos Dig, que era segurança de Oliver e serve como uma consciência para o vigilante e também uma outra visão para uma mesma situação. Aos poucos Dig foi tornando o Arrow mais humano, menos vigilante e mais herói. Além disso, teve um episódio que tocou uma música do disco novo do Black Rebel Motorcycle Club. A primeira temporada terminou, agora tem aquela espera chata pela segunda temporada, que promete.

15.4.13

Ensaio


Ontem (14/04/2013) estivemos no Music Box estúdio. Casa com bons equipamentos e instalações para o primeiro ensaio de uma futura banda que está surgindo. A banda ainda sem nome contando comigo e com o Maurício Pamplona nas guitarras e vocais, Aquiles no baixo e o Gordo, na bateria. Seria uma combinação de barulheira infernal com tempos EMO que só o Gordo consegue fazer.  Algo tipo 7to9 encontra Salão Fígaro e Lagarto a Vapor.

Foi massa, excelente eu diria. O tempo passou incrivelmente rápido e tocamos umas 4 músicas nossas que estavam quicando na minha casa, na casa do Maurício. Surgiram arranjos novos, surgiu uma ruideira infernal quando eu e o Maurício estamos fazendo nossas coisas e o Gordo e o Aquiles foram impecáveis. Tocamos também uma do Queens of Stone Age, um Cure (A forest) e até um Kings of Leon, pra desopilar. Eu muito burro esqueci as letras mas nos próximos encontros, que não serão tão frequentes teremos boa parte das coisas prontas.

De minha parte foi emocionante poder voltar a tocar, ter uma banda se criando depois de todo o lixo que aconteceu nos últimos meses com a falecida banda e toda a murrinhagem que já estava acontecendo muito antes dela terminar. Ainda estou muito novo pra parar de tocar, ainda tenho muitas coisas a fazer acho eu, se são relevantes ou não provavelmente não são mas pra mim, tocar é viver.

25.2.13

Weekend


Nas últimas semanas eu estava muito triste, chateado, sem perspectivas  e mais um monte de outras coisas ruins que insistem a criar apego a tua vida. Foram varias coisas, o fim da banda, o fim de algumas amizades, o fim de um processo e o início de outro, a encheção de saco infinita que tenho que passar em virtude de ser o pai do Heitor e outras coisas. Na Sexta Feira cheguei no auge e era hora de dar um jeito nisso.

Como mais uma vez me foi tirado o meu direito de ficar com meu filho na Sexta, conforme acordado eu e Summer saímos de casa e fomos para POA para ver Siléste, Hangovers e Dévil Evil. Apesar de eu não achar graça nenhuma na Devil, seria uma boa oportunidade de ver o pessoal todo e tivemos muita sorte porque tava muito legal e encontrei muita gente que há séculos não encontrava outros que há poucas semanas tínha visto. O melhor show da noite foi a Hangovers, sem dúvida, mesmo com tudo que poderia se dizer contra, eu gosto de várias bandas grunges dos anos 90 mas, som instrumental nunca foi realmente a minha praia mas, o show deles foi ótimo e é formado por gente do mais fino calibre, conhecemos o Theo que é uma figuraça. Encontramos o Richard e ficamos conversando ali na rua. Um carro passou tocando Skunk que há anos não escutava e foi massa. O show da Siléste foi legal mas achei que poderia ser bem melhor, pra mim foi inferior ao disco mas o cidade é sempre um teatro no palco então valeu, sobre a Dévil apenas o silêncio, simplesmente não gostei. Apresentei a Marina pra Summer, ambas tem muito em comum e a Mariana é gente finíssima, nos conhecemos em virtude da Desiree e dos shows da SOL.

Inacreditavelmente quem estava lá era o Maurício e ficamos um bom tempo falando sobre o CPF que fomos todos juntos. Depois que os shows terminaram procuramos um boteco, eu Summer, o Guilherme e o Saul e ficamos até o amanhecer bebendo e muitas coisas bizarras ocorreram mas, é só pra quem estava lá. 
No Sábado fiz uma carne ao molho madeira com polenta frita e tava uma diliça. Passamos o dia inteiro meio devagar em virtude da ressaca da Summer. Na noite assistimos o excelente U-571 que eu tinha visto anos atrás mas era uma pedida mostrar pra Summer pois tinham as maquininhas Enigma. No Domingo acordei um pouco mais cedo e comecei a faxina da casa. A pia ainda estava com papelão, o banheiro muito sujo mas principalmente o quarto do Heitor, cheio de brinquedos espalhados e teria que buscar meus equipamentos na casa da mãe e por isto precisava dar uma geral pra comportar os equipamentos novamente. Saimos pra almoçar e compramos algumas coisas no Big, passamos na mãe pra pegar o teclado, microfone e o som que estava lá e voltamos pra casa para assistir a partida sofrível que o grenal foi. Durante o intervalo buscamos o note da Summer e decidimos ir na casa da minha mãe pra cortar a grama já que eu tinha prometido. Nos munimos de cervejas e fomos pra lá e tava legal. No fim do dia parecia que tínhamos feito muita coisa pelo mundo.

Voltamos pra casa e comecei a disponibilizar várias músicas da 7to9 que ainda não tinham sido disponibilizadas e comecei a mexer os pauzinhos para minha próxima banda. 

15.1.13

Desconstruíndo ou chorando e rindo ao mesmo tempo



Semana passada tardiamente terminei de ler o “Extremamente alto incrivelmente perto”`de Jonathan Safran Foer.  Demorei 3 dias pra ler em virtude de estar trabalhando  e ter uma jornada dupla de 1:10 todos os dias até o trabalho, ida e volta. Na verdade este texto não é uma resenha do livro e acho que nem me atreveria a escrever sobre ele agora pois os seus efeitos ainda perdurarão por algum tempo aqui dentro.

Na verdade eu li um texto da Eliane Brum, uma pessoa que gosto muito de ler porque eu me identifico muito com ela e como adoro ganhar ou simular que ganhei uma discussão eu gosto de ler textos que me identifico com o autor e suas opiniões. O texto dela fala do Holly Motors, filme de Leos Carax e que teve em mim uma reação bem parecida com o livro do Foer, apesar de não ter rido e chorado ao mesmo tempo eu fiquei chocado (com ambos).

No livro do Foer me encontrei várias vezes chorando e fungando dentro do trem ou mesmo rindo e muitas vezes foi quase ao mesmo tempo. Não vou entrar em detalhes sobre o livro mas é uma experiência bem forte emocionalmente falando assim como o Holly Motors.  E este é justamente o ponto deste texto pois é o tipo de reação que espero na maioria das vezes que vou assistir um filme ou ler um livro. Eu quero justamente é que um dos dois me chame de filhadaputa, que me faça chorar, rir, que me ofenda e talvez eu esteja enganado mas, é este o sentido da arte ou deveria ser.

Lógico que quando assisti Batman eu não estava esperando isto, eu sabia o que iria encontrar e muito provavelmente não esperava chorar ou fazer a cabeça pensar com este tipo de filme. Ali no texto da Eliane ela fala de uma pessoa que estava na sala de cinema e começou a gritar, xingando o critico de cinema que a encorajou, muito provavelmente através de um texto a assistir o filme. Ora bolas, que culpa tem o crítico se vocë não gostou, não entendeu (o mais provável)  ou seja lá porque não apreciou o filme? O fato de eu ter adorado o filme e o livro não quer dizer que outras pessoas então se eu escrever sobre ele aqui e tu assistir, ler, é risco teu. 

Eu quero que o Safran continue escrevendo (não aquela bosta vegetariana que ele escreveu e nem consegui continuar lendo), quero que o Cronnenberg, o Trier e todos os outros gênios do cinema façam mais filmes e quero que eles continuem me chamando de filhadaputa, quero que me ofendam, que me façam chorar e pensar horas depois, que mudem meus pensamentos e ideias e pra mim é esta a finalidade da arte, além de dar beleza ao mundo.

14.1.13

Django Unchained (2012)

Ontem eu e Summer assistimos este filme e antes de tudo cabe aqui dizer que acho ele bem mediano. Pra mim ele alterna algo meia boca com algo ruim, mas é claro que o “Bastardos Inglórios” é mais do que excelente. E é claro que muita gente trabalhou bem no Bastardos inclusive o Tarantino mas, o Chris Waltz rouba a cena e no caso de Django roubou de novo e teve ajuda de Jamie Foxx e eu diria que o Tarantino vai chamar o Waltz em todos seus filmes agora. O filme até não é ruim, tem momentos excelentes e momentos de bocejo e tipo nada contra filmes de longa duração, claro se tu aproveita bem os momentos do filme o que não é o caso aqui. Tem uma música excelente no filme, colocada perfeitamente e tal mas ao mesmo tempo ele coloca um maldito rap e não entendi porra nenhuma, ficou horrível aquilo.

10.1.13

Oi Tudo bem?



Fazia um bom tempo que não utilizava este papo. As razões foram muitas para este apagão e senti uma falta de escrever, contar coisas, para meus amigos e deixar registrado aqui os caminhos por onde passei.
Neste tempo muita coisa mudou. Em Agosto fui demitido e foi uma das melhores coisas que aconteceram no ano passado. Eu me sentia mal no emprego anterior e estava chegando atrasado quase todos os dias e estava infeliz pra caramba e quando você é infeliz no trabalho, o lugar que você passa a maior parte do dia isto começa a influenciar tua vida e tudo fica uma porcaria. 

A 7to9 fez dois shows e poderia ter feito no mínimo mais uns 3 mas o desinteresse acabou desmarcando estes shows.  Em Dezembro fizemos a captação de imagens para nosso primeiro clipe e eu diria que foi outra das grandes coisas que aconteceram. Fiquei meses e meses em casa e assisti muitos filmes, dormi tarde, bebi e fiz tudo que gosto de fazer. O meu relacionamento já era bom mas,  atingiu um patamar incrível e posso dizer que muito do que sou hoje eu devo a ela e tipo, me considero um cara de muita sorte e o que mais faz eu pensar assim foi ter conhecido esta pessoa incrível. O porquinho tá cada vez mais esperto mais querido e é outro motivo de extrema alegria pena que uma criança precisa ter uma mãe e eu escolhi a pior pessoa do mundo para isto. Tive problemas seríssimos no fim do ano pois esta pessoa horrível gastou o dinheiro da pensão com roupas e outras coisas e não pagou a escola dele e por pouco o Heitor ele não ficou sem escola. Mesmo desempregado tive que pagar a pensão em duplicidade para evitar que ele ficasse sem escola e hoje, me pleno Janeiro isto ainda está ameaçado.   

A minha vida é perfeita, lógico que tenho problemas mas tudo poderia ser extremamente perfeito se não fosse ter que ter contato com pessoas de estirpe tão ruim, pessoas burras, sem ética, sem vergonhas  e adicione aqui mais um bilhão de coisas.

Em Dezembro recebi uma ligação que mudou e mudará minha vida nos próximos anos, estou trabalhando numa empresa excelente e todo dia tenho uma alegria a mais e um orgulho de ter entrado neste time. Uma empresa que estende seus benefícios para parceiros gays, sem a lei obrigar é um motivo de alegria imensa para mim e para outras pessoas que buscam direitos iguais para todos.

A 7to9 iniciou as gravações de um novo disco e em breve darei mais detalhes mas estou profundamente feliz com o que temos feito. Uma música que compus em Recife, falando de saudade, de amor, promessas e etc está sendo gravada e ela está incrível e estou muito orgulhoso de mim e de minha banda.