12.1.12

Acid House (1998)




Ontem, Terça Feira assistimos este filme que é baseado no livro de contos, de mesmo nome do mestre Irvine Welch (Trainspotting, Porn, etc). O filme é dividido em três estórias e todas elas muito bem contadas, pois a segunda nem era tão legal assim inclusive gerava até uma repulsa. Sotaques (escocês) impossíveis de entender e edição, filmagem bem parecidas com o Trainspotting.

O primeiro deles aborda um dia ruim na vida de Boab, um pós adolecente (sim, eu inventei pós adolecente) que perde a vaga na casa dos pais, a namorada adolecente que ele ensinou a transar, o time de futebol, o pseudo emprego que tinha e a última alternativa dele é terminar o dia num bar mas, mas quem se sente ao lado dele pra conversar? Sim, ele mesmo, Deus (viva, ele existe). Durante o papo depois de ser convencido que o cara era realmente O CARA, ele pergunta porque Deus não salvou as crianças africanas e outras coisas e Deus entrega "sou preguiçoso, gosto de demorar pra resolver as coisas, podia tratar as pessoas melhor mas, sou assim igual a você" e a partir desta premissa Deus decide punir seu "filho" transformando-o numa mosca (sim, igual a Kafka mas uma mosca) para se auto punir (Q é a grande ironia da coisa). Beob então tenta se vingar das pessoas e acaba pegando seus pais praticando sado-mazoquismo em casa, seu amigo fodendo a namorada entre outras coisas mas, é em casa mesmo que ele vai ter seus últimos momentos como mosca.

O segundo conto é de um marido "pau mandado" que se casa com uma vagabunda e passa todos os tipo de humilhações e como falei antes, é bem palha este segundo. Não existe ironia, genialidade nem porra alguma, só aquela situação incômoda.
No terceiro então, intitulado Acid House muito possivelmente pelo personagem principal tomar um ácido no início do curta. O personagem principal não é ninguém menos que o belo, engraçado, desajeitado e mais um monte de coisas que o deixam a fude também conhecido como Spud, aquele mesmo do Trainspotting. É sem dúvida o melhor de todos, muitas pirações de ácido e os discursos do personagem principal são de chorar de rir. Durante esta trip de lsd o personagem principal e, um bebê recem nascido são atingidos por um raio e acabam trocando de corpos e a partir dae é de chorar de rir, o bebê mamando e o jovem com mente de bebê. Muito bom mesmo.

Mais do que a graciosidade do sotaque dos personagens do filme e toda mítica envolvendo Welch, o grande trunfo do filme mesmo é a trilha sonora, de chorar de tão boa e me arrisco a dizer que bate até a trilha sonora do Velvet Goldmine, estou procurando desesperadamente algum lugar para baixá-la. Melhor ainda foi uma música do filme que inspirou mentalmente a mim e a Summer uma música do Bowie, por serem bem parecidas mas nem tanto, andamento e tal, tipo, é uma coisa daquelas que acontece com a pessoa certa, ambos nos lembramos da "parecença" da coisa e foi emocionante. A música do Bowie era aquela do Duende.

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