22.12.10

Música do dia(de ontem) - Requiem for O.M.M. 2

Já faz alguns dias que o The Sunlandic Twins, disco de 2005 do Of Montreal não sai do repeating. A música abaixo é a primeira deste maravilhoso album que conta ainda com "Wraith Pinned to the Mist and Other Games" e uma de minhas prediletas que é "The Party's Crashing Us"

Requiem for O.M.M. 2

When I met you, I was just a kid
Hadn't built up my defenses
So I gave my heart completely
Vaseline over the lenses

Memories don't go away
I remember every day

I never, ever stop wondering
Wondering if you still think of us
I don't need a photograph
Because you've never left my mind
No, you've never left my mind

I remember feeling like a ship
Whose captain was too drunk to steer
And you watched as I was sinking
Waving sadly from the pier

Memories don't go away
I remember every day

I never, ever stop wondering
Wondering if you still think of us
I don't need a photograph
Because you've never left my mind
No, you've never left my mind

It's such a burden to carry around
The vestiges of dead dreams
And I don't want to make a wake out of my life
I just have to let you go

20.12.10

Lóki



Depois de um bom tempo assisti também, graças ao Youtube um documentário sobre um dos caras que mais admiro na música brasileira que é Arnaldo Baptista. Tentei inumeras vezes baixar o documentário sem sucesso e acabei tropeçando num link para o Youtube, não pensei duas vezes e assisti e me emocionei pra caramba.

Muitas imagens eu já tinha visto, algumas apresentações e algumas entrevistas mas, este sem dúvida foi o melhor documentário que vi sobre ele e muito possivelmente um dos melhores documentários musicais que já assisti. A parte onde falam sobre o consumo de LSD e da gravação do disco Lóki são as melhores.

A Rede Social


Assisti na semana passada este filme e me junto ao coro de, um dos grandes filmes do ano. Apesar de ser uma pessoa meio intragável(pra mim nem pareceu tanto) Mark Zuckerberg é um gênio da informática e em vários momentos do filme era impressionante a agilidade dos pensamentos do rapaz. E nem me refiro apenas em programação mas para muitas coisas que ele tirava de letra. Ele não deu depoimento algum para o livro que deu origem ao filme e isto é uma grande jogada. Mesmo assim acho que o filme deve ter sido fiel ao que realmente aconteceu.

Bem como falei, um filme de grande qualidade e muitos falaram da trilha sonora, feita pelo Trent Reznor mas eu nem percebi a trilha.

17.12.10

Recife Diaries

Os últimos dias aqui em Recife tem sido um caos. Tive problemas no trabalho com um psicopata que trabalha comigo e rendeu momentos muito chatos que me deixaram com muita vontade de ir embora daqui. Desde pequeno sou um cara meio dificil as vezes, um cara critico e que se irrita facilmente mas com o tempo fui tentando me medicar para resolver estes problemas e acho que melhorei muito com o tempo. Este cara que trabalha comigo precisa e muito ser medicado, aconselharia ele a transar também, ajudaria bastante. Nas últimas semanas estive vendo diferenças e outros problemas em um sistema que opero e foi um trabalho estressante e fica ainda mais dificil com um cara assim incomodando por perto. Uma vez ele tinha gritado comigo, foi estupido e, em respeito aos colegas eu fiquei quieto e apenas pedi que se afastasse mas, na outra vez que ele fez isto acabamos discutindo na sala e o ambiente ficou horrível.

13.12.10

A Morte de Bunny Munro - Nick Cave



Semana passada li este livro. Depois de muita gente cair de joelhos pelo livro eu acho que esperei demais por ele. Summer foi uma das que gostou muito e me falava muito bem dele. Disse que eu gostaria em virtude do cara ter um filho e tal e eu me identificaria muito. Realmente eu li ele muito rápido e ficava muito curioso com o que aconteceria e não posso desprezar o talento de Mr Cave, também na literatura. Inclusive o texto se parecia muito com letras de músicas, uma coisa bem mais poética que o habitual.

Geralmente os livros que leio tem sua nota definida ou nos impactos que eles tiveram em mim. Aquela coisa de ficar ofendido com o livro e pensando nas coisas ou então, na estória mais precisamente. Aqui, o livro teve sua nota pelo primeiro quesito. Fiquei extremamente transtornado com a forma que Bunny enfrentava a vida e educava seu filho no curto período que precisou fazer isto. Os relatos sexuais também me deixaram assustado,doença demais. O mais grave é que me idenfiquei com muitas coisas que ele escreveu e os momentos com o filho dele, a forma como ele cuidava da criança são o pesadelo de qualquer pai como eu que não tem a guarda do filho.

Achei um pouco complicado algumas coisas durante a estória e achei um tanto sem graça porém nas ultimas páginas o desfecho mudou muito minha percepção da estória em si. Muitas dúvidas ficaram mas, em se tratando de arte não são dúvidas mas diferentes interpretações mesmo.

6.12.10

As Ilhas da Corrente - Ernest Hemmingway


Na noite de ontem terminei de ler este que é mais uma das grandes obras feitas pelo Hemmingway. Conheci o autor tardiamente, este ano mesmo e até agora todos foram acertos.

O autor descreve aqui a trajetória de seu personagem mais auto biográfico, Thomas Hudson, um homem que aprecia a bebida, o mar e o auto-exílio. Este auto exílio não se trata apenas de uma fuga geografica mas também das pessoas, dos sentimentos ruins pelas dores da vida. O livro é dividido em 3 partes, a primeira é sua vida de exilado numa pequena ilha do Bimini onde vive com um amigo e passa boa parte do dia pintando. Lá recebe a visita dos seus três filhos. Duas partes marcantes nesta parte que foi a pesca submarina onde seu filho mais velho tenta pescar um peixe enorme por mais de seis horas. Em outro momento do livro um balde d´água e quando li este trecho tive um choque, uma coisa que já tinha sentido antes lendo A travessia do Cormac McCarthy, para quem leu ambos livros vai saber do que estou falando. Para quem não leu este livro vou deixar no suspense pois estragaria muito da estória.

Na segunda parte, Thomas vive em Cuba e sua "função" lá deixa várias dúvidas e na verdade nem é o foco desta parte. Para mim, esta parte serve para tratar das agruras acontecidas no fim da primeira parte, outra desgraça na vida de Thomas e também o seu amor impossível pela mãe de seu primeiro filho. Esta parte trata muito com o desejo do personagem em não comentar estas coisas, não sofrer, esquecer e tentar viver mesmo que numa vida que não se vive mas, se deixa passar. Na terceira parte que acontece durante a segunda guerra Thomas tem um barco e caça submarinos alemães na costa Cubana.

Como falei mais um grande livro deste que era muito citado em todos os livros de Buk. Não a toa, vários diálogos brilhantes e personagens mais do que carismáticos.

2.12.10

Mp3Player


Minha última "coluna" falou apenas de duas banda que escutei muito este fim de semana mas a verdade é que foram várias boas. A próxima banda que quero comentar se chama Ringo Deathstarr uma banda que deixa fãs de My Bloody Valentine, Jesus and Mary Chain com sorrisos nos olhos. A banda nasceu em 2005 em Austin, Texas e é formada por Elliott Frazier nas guitarras e vocais, Alex Gehring baixo e vocais, Daniel Coborn bateria e Renan McFarland na segunda guitarra. Lançaram em Setembro de 2009 um 9´´ com apenas duas músicas e em Outubro de 2007 o homônio ep com 5 faixas trazendo os melhores timbres das jaguar e o vento característicos de bandas shoegaze que conhecemos. Cabe ressaltar que quem me apresentou esta banda foi Summer, cabe ver também os vídeos deles no Youtube, guitarras lindíssimas. Cabe também dar uma boa olhada em Alex, a baixista e vocalista da banda, muita classe.



Outra banda que escutei bastante e que já é predileta da casa desde o início do ano passado é o Asobi Seksu que ao que parece está aos poucos aumentando sua popularidade. A banda foi formada em 2001 faz o conhecido Dream Pop que na minha idéia deve ser algo tipo um shoegaze que não toca olhando para os pés. É formada pela bela Yuki Chikudate nos teclados e vocais e James Hanna nas guitarras, programações e vocais. O disco em questão é o Citrus, de 2007, belo album. Talvez seja ainda mais divertido que o Hush lançado ano passado. O disco traz a excelente Butterfly que pra mim é a melhor deles. Esta banda ainda lançou um disco apenas com músicas acústicas(Rewolf) citando Gal Costa, Joyce e Hope Sandoval. O disco não me pareceu grande coisa mas pelo menos é bem influenciado.

30.11.10

Mp3Player do último finde


A primeira banda é Orca Team, banda de Portland(USA) e formada por Leif Anders(baixo e vocais) e as meninas Jessica B. na guitarra e Ami Taylor na bateria. As minas são desengoçadas por natureza e a voz do cara é esquisita pra caraleo. Mesmo assim sonzeira, muito bom mesmo e acaba sendo um charme tudo isto que citei antes. Soa como Cramps os vocais e o baixista canta fazendo todas as melodias no baixo tornando a guitarra e bateria meros coadjuvantes. Eles ainda não tem álbum lançado mas a Happy Happy Birthday to me promete para Dezembro o primeiro registro deles em estúdio. Achei uma apresentação deles ao vivo na rede e é tudo que tenho, além dos videos.






A segunda banda vem de São Francisco e se chama Lsd and the search of God, celeiro de bandas como BRMC, Brian Jonestown Massacre e... Metallica. Além do excelente nome fazem um som bem parecido com My Bloody Valentine e afins. Guitarras Fender Jaguar e aqueles ventos intermináveis com vocais etéreos. É formada por Andy (guitarra e vocal), Caleb (baixo), Chris (guitarra), Ricky (bateria) e Sophia (vocal). Lançaram apenas o EP homônimo em 2007.

23.11.10

Planeta Terra Diaries – 20/11/10 pt 4

Pouco depois que o Pavement tocou Silent Kid, CUT your Hair, Stop Breathin, Spit on a Stranger, Here e Range Life ou seja, uma sequencia indiscutível de belas músicas, músicas atemporais e belíssimas ficaria difícil pra qualquer um subir naquele palco depois. Isto já aconteceu diversas vezes na história da música onde a banda predecessora simplesmente colocava fogo no palco deixando o chão quente para quem viria a seguir. Foi esta a percepção que tive. Quando vi a escalação dos Pumpkins para fechar a noite fiquei me perguntando o porque de tudo isto. Me lembrei do Mellon Collie, do Siamese Dream, Gish, Pisces Scariot e outros discos que eles lançaram mas hoje em dia a coisa está preta para Corgan. Fica aqui o aviso para fãs de Smashing Pumpkins que deixem de ler as próximas linhas.



Já toquei muito Smashing Pumpkins, já chorei muito escutando então, sou um fã dos caras, ou do que era a banda antigamente. Eu admiro muito as guitarras do Corgan e toda a banda que ele montou, não é pra qualquer um lançar um disco triplo e ele ser o mais vendido da década fora os um trilhão de prêmios que ganharam enfim, eu gosto do SP. O Siamese Dream ainda é para mim um disco perfeito do início ao fim e um dos 10 que levaria para uma ilha deserta mas durante os anos, Corgan foi destruindo o nome Smashing Pumkins e o dele mesmo em contra partida. Demitiu músicos, brigou com eles e mesmo agora com esta nova banda que ele insiste em chamar de SP, ele briga com os caras, olha de cara feia e eu acho isto muito chato.

Os painéis deram o sinal e a banda demorou um bocado pra entrar, muita gente, incluindo Summer ficaram com medo que Corgan não subisse ao palco em virtude do mimimi dele em função das brincadeiras de Malkmuss a dez anos atrás. Entraram e começaram a tocar uma música que acredito ser do ultimo disco lançado. Não bastasse o som ser fraquíssimo se comparado com músicas medianas dos bons tempos dos Pumpkins, consegui notar ele olhando muito sério para os técnicos ao lado do palco, reclamando mentalmente de algo, inseguro e notei isto nas primeiras músicas. O povo que estava lá pareceu emocionado mas muito mais pela presença de Corgan do que propriamente com as músicas.

Na terceira música veio finalmente Today e tenho quase certeza que isto foi proposital e foi massa. Tanto o baterista, quanto o guitarrista e até a baixista musicalmente cumpriram muito bem o papel deles no som, o guitarrista tocava muito melhor q o Lha também. Na verdade o problema era o Corgan mesmo ou até a escolha em tocar as coisas novas. Sei que é um saco para um músico ficar se repetindo, tocando músicas antigas mas, se tu quer agradar os fãs num show como este ou tu toca as antigas ou tu faz músicas novas com um nível melhor que as antigas, sei lá. Além disso, é difícil para os brasileiros verem um show deles, se fosse nos EUA até entenderia. Senti uma vergonha alheia incrível por ele e ficava a todo momento pensando que uma hora ele ia jogar a guitarra num alto falante e abandonar o palco. O show se salvou em alguns momentos, com as músicas antigas como Bullet With the Butterfly Wings, Today, Ava Adore, Drown, Cherub Rock e Tonight Tonight, algumas destas nem vi no dia do show e fui assistir ontem via Terra TV. Das novas, Heavy Metal Machine até que não é uma música ruim mas o resto, era sofrível pelo menos para meus ouvidos. Me parecia datado demais, de uma época que já morreu e foi enterrada, infelizmente, eram bons tempos mas eles acabaram. Tinha lido algumas entrevistas antes do show o que me ajudou ainda mais a ter um certo nojo do Corgan. Poderia ter saído como rei ali do Planeta terra e diria que seria possível eles fazerem um show melhor q o Pavement e Of Montreal, tocarem o Siamese Dream, o Gish e outros discos, as melhores músicas, conversar com o público porque afinal boa parte ali estava pra ver eles(não era meu caso) vi várias pessoas de fã-clubes desfilando de cara feia pelo Playcenter antes do show e, vi gente cantando as músicas novas mas, Corgan mesmo falou que não queria fazer cover se si mesmo então, paciência, eu achei isto do show deles.

Eu e Summer saímos uns quinze minutos antes do show acabar, ela estava cansada, eu também e eu estava um tanto apreensivo com a tarefa de sair de dentro do Planeta terra e disputar uma condução com outras vinte mil pessoas. Verdade é que se o show estivesse bom e não estivéssemos tão cansados talvez eu tivesse ficado, verdade que pra mim o show estava horrível. Parêntese aqui para algumas reportagens que li principalmente no Globo, falando sobre o show, tava na cara que aquele texto foi escrito antes do show.

Set list :
The Fellowship
Lonely is the Name
Today
Astral Planes
Ava Adore
A Song for a Son
Bullet With Butterfly Wings
Tarantula
(Love Gun Kiss' cover)

United States
(The Star-Spangled Banner / … moreDrum solo Moby Dick Led Zeppelin' cover)

Spangled
Drown
Shame
Cherub Rock
Zero
Stand Inside Your Love
Tonight, Tonight

Encore:
Heavy Metal Machine

Para assistir ao show na íntegra entre aqui.

Planeta Terra Diaries – 20/11/10 pt 3


Como já falei na parte anterior, achei muito massa o Yeasayer, ótimo show mesmo, não a toa tinha um ex músico do Of Montreal ali no meio. Depois que o show deles acabou foi a vez do Passion Pit uma banda que conheço há pouco tempo. Baixei o disco deles meses atrás e achei legalzinho mas achei q o show seria bem legal, me enganei. Demoraram muito pra entrar no palco e o show foi bem chato, nem fiquei prestando atenção na performance, apenas escutando a música e neste momento estava na fila do caixa, do banheiro ou do bar. Tínhamos combinado de nos encontrar com o Bolota, o Vignoli as onze horas e acabamos abandonando as cercanias do indie stage para nos encontrarmos com os amigos e nos mobilizarmos para outro dos grandes shows da noite.
Quando chegamos ao Sonora estava tocando o Phoenix, outra banda que não acho graça alguma e isto só se confirmou no show, ficamos sentados por ali pra descansar e quando o show acabou fomos nos movimentando para perto do palco pra ver o Pavement. Quando os telões indicaram q o palco estava pronto para a próxima banda já ficamos emocionados.
O Pavement entra no palco e já solta Gold Soundz, antes é claro se apresentaram como uma banda da America e logo Malkmuss corrigiu, North América. Não sei se preciso falar mas o show já começou emocionante, olho pro lado e Summer chorando e ficamos hipnotizados assistindo tudo. O som estava mais que impecável, parecia um ensaio dos caras com a presença do público. Foi um dos poucos shows que assisti que eles tocaram todas as músicas que eu queria ouvir. A coisa ficou ainda mais foda quando tocaram Spit on a stranger que para mim seria a Ana Júlia do Pavement, Silent Kid, Stop Breathin enfim emocionante. Queria muito que o Jacques estivesse lá pra ver tudo isto, ele teria chorado junto com Summer. Eu não chorei, não dancei mas lá dentro tudo isto acontecia, eu apenas estava preocupado em ver e me emocionar com aquilo tudo, grande show. Tocaram Range Life e claro, deram uma cutucada no Corgan que deve ter odiado eles tocando esta música que fala uma verdade que hoje em dia ainda é mais verdade “Não sei pra que eles servem”. Finalizaram o show de forma apoteótica e pra mim foi outra surpresa Here, nunca pensei que tocariam esta, foi o auge e o momento mais emocionante do show. Era delicioso ver a empolgação de Bob Nastanovitch no palco, um cara que toca tudo e é fato que é o mais emocionado de todos, Ibold também parecia bem alegre assim como Spiral Stairs, o único que parecia um tanto incomodado mas que no fim do show foi rendido foi Malkmuss.

Set list :

Gold Soundz
Grounded
Perfume-V
Stereo
Date With IKEA
Unfair
Shady Lane
Starlings Of The Slipstream
Kennel District
Conduit For Sale!
Rattled By The Rush
In The Mouth A Desert
Summer Babe
Cut Your Hair
Stop Breathin’
Spit On A Stranger
Silent Kid
Heckler Spray*
Range Life
Two States
Here

* Bolota que me disse que não tocaram Frontwards e sim Heckler Spray e também Box Elder, valeu brother
Para assistir ao show na íntegra entre aqui.

Planeta Terra Diaries – 20/11/10 pt 2



Saímos do palco índie(Gillete hands-up) com direção ao Sonora Main Stage onde aconteceria o show mais esperado por mim em todo o festival, o Of Montreal. Aqui dedico um pequeno parêntese pra explicar porque em um festival com Pavement, Smashing Pumpkins e bandas relativamante novas hypadas como Yeasayer, Phoenix e Passion Pit eu estava esperando pelo Of Montreal. Desde o fim dos anos 90 que conheci e comecei a escutar algumas bandas do coletivo Elephant 6 e com o Of Montreal. Naquela época o meu foco era muito mais Apples In Stereo, Elf Power, Beulah, Neutral Milk Hotel, Olivia Tremor Control do que propriamente a banda de Kevin Barnes. Na época comparar as outras citadas com o Montreal era covardia pois apesar do foco de todos os discos e gravações do selo serem lo-fi, o Of Montreal não me dizia muita coisa.

Lançaram alguns discos e em 2004 a sonoridade da banda começou a mudar com o disco Satanic Panic in the attic. Em 2007 foi lançado o Hissing Fauna, Are you the Destroyer? Que trouxe todo um conceito novo que acompanha os lançamentos e os shows da banda até o momento. A partir deste disco foi criado o personagem Georgie Fruit e todas as músicas que vieram depois deste disco fazem alusão ao personagem. Em 2008 lançam Skeletal Lamping e desde que ouvi a primeira vez este disco foi amor a primeira vista e o Of Montreal se tornou um companheiro constante. O False Priest lançado este ano atestou ainda mais a importância da banda para mim e cada vez mais admiro Kevin Barnes, o cérebro da banda e sua trupe.


Ali por perto do palco estava relativamente fácil de chegar bem perto. Algumas pessoas sentadas por ali e eu e Summer fomos buscando o caminho mais perto do palco antes que a festa começasse. Eu já estava sentindo de leve os efeitos e tinha certeza que no momento que o show começasse seria algo incrível em todos os sentidos. A espera foi pequena e logo os telões deram sinal de que o palco estava pronto para a banda entrar. A banda começou a marcar um ritmo com Black Lion Massacre e um cara com uma fantasia muito foda entrou e começou a discursar algo que eu gostaria muito de ler para entender o que ele dizia. Kevin entra no palco e Coquet Coquette a primeira faixa de trabalho do disco novo começa a ser executada. Pouco depois entram dois anões e o teatro estava feito. Foi um dos momentos mais emocionantes de minha vida no que se refere a shows. A banda toda lá e se eu até aquele momento ainda não acreditava que um dia veria eles, perto de mim, tocando para mim e naquela hora caiu a ficha. Passei o show inteiro dançando, olhando para Summer e sorrindo, me divertindo muito. Durante todo o show pessoas fantasiadas invadiam o palco e todas as canções carregavam uma aura teatral e bonita com danças e pequenas estórias.

O repertório do show se baseou nos últimos 4 discos, principalmente o Hissing Fauna, abaixo reproduzo o setlist :

• Black Lion Massacre
• Coquet Coquette (False Priest)
• Suffer for Fashion (Hissing Fauna)
• The Party's Crashing Us (The Sunlandic Twins)
• Our Riotous Defects (False Priest)
• Like a Tourist (False Priest)
• Wraith Pinned to the Mist and Other Games (The Sunlandic Twins)
• Sex Karma (False Priest)
• Bunny Ain't No Kind of Rider (Hissing Fauna)
• Gronlandic Edit (Hissing Fauna)
• She's a Rejector (Hissing Fauna)
• For Our Elegant Caste (Skeletal Lamping)
• Heimdalsgate Like a Promethean Curse (Hissing Fauna)
• A Sentence of Sorts In Kongsvinger (Hissing Fauna)


Repertório incrível eu diria. Tocaram Heimdalsgate que é uma de minhas prediletas. Faltou An Elurdian Instance e outras coisas dançantes do Skeletal Lamping mas com certeza o set foi muito bem escolhido, festa a todo momento. A performance da banda é impecável, poucos erros aconteceram. Percebi em alguns momentos bases pré-gravadas entrando no meio do show por engano mas não foi nada muito grave. Muita gente da turnê do Skeletal Lamping saiu. O antigo baixista inclusive estava tocando pouco depois com Yeasayer. O baterista James Husband está em carreira solo mas ambos foram muito bem substituídos. Da velha guarda Dottie e Brian Poole estavam ali. Tinha um oriental muito maluco tocando violinos, teclados e até arriscando uns vocais com muita propriedade. Alem disso tinha outra menina tocando teclados, dois baixistas que tocavam guitarras, teclados e percussão também, é uma confusão só, todo mundo toca tudo. Me deu o maior desgosto quando Barnes começou a agradecer ao público e falar que iam tocar a última música. Quando o show terminou eu e Summer saímos de lá rindo(isto que ela nem gosta deles) felizes e nos encaminhando novamente para o palco indie para aproveitar o show do Yeasayer.


Lá no palco índie o Yeasayer estava fazendo um show bem massa e muito condizente com a lisergia que eu estava naquele momento. Uma hora olho pro lado e confirmo algo que já tinha pensado antes. Pouco antes de ir pro show do Of Montreal encontrei um cara que parecia muito com BP Helium e fiquei alguns minutos observando ele e conversando com Summer pra ver se era ele mesmo. No fim demorei tanto pra abordar o cara que ele saiu e foi em direção ao palco sonora. Quando estava vendo o show do Yeasayer ainda me recuperando do choque anterior encontro o cara de novo e como já tinha comprovado, era ele mesmo e desta vez não podia perder a oportunidade. Cheguei perto de ele e nem confirmei se era ele, já fui agradecendo pelo show e disse que admirava muito o Of Montreal e as outras duzentas bandas que ele tocou. Ele tocou no Elf Power, no Olivia Tremor Control e etc. Ele foi muito atensioso, perguntou meu nome, apresentou sua namorada Catherine, eu apresentei Summer e ficamos conversando. A minha adrenalina estava a milhão naquele momento, eu tremia, aquele cara tinha tocado em vários discos maravilhosos e conhecia muita gente que eu admiro muito. Confidenciei pra ele que não conhecia seu trabalho solo infelizmente mas acompanhava muito as bandas que ele tocou. Disse pra ele que tinha todos os discos do Elf Power em casa mas, não tinha pago por nenhum e mostrei minha camiseta recém comprada na Polivinyl dizendo que estava tentando reparar o erro agora. Disse também que eu e o Jacques tocávamos várias músicas do Elf Power lá no sul. Ele ficou muito assustado com estas coisas, nem acreditava que alguém conhecia aquelas coisas da Elephant 6. Falei pra ele que tinha nascido no Sul e que divulgava muito as bandas da E6 por lá e que agora que morava no nordeste eu costumava tocar o Airplanes over the sea e que praticamente estava criando uma religião por aqui, ele riu muito. Perguntei pra ele sobre o Jeff Mangum, disse que admirava o cara muito e perguntei se eles se falavam ainda, ele me disse que se falavam ainda e que moraram juntos por muito tempo e no fim ainda falou “He´s a very shy Guy”. Confidenciei pra ele de minha viagem lisérgica aquela noite e ele me perguntou a quanto tempo tinha tomado e depois que falei duas horas ele riu bastante. Foi um cara muito legal e fiquei emocionadíssimo em ter conhecido ele, uma hora eu achei que era melhor a gente dar uma volta e deixar ele em paz com sua namorada mesmo que não parecesse incomodado com a gente por ali, grande cara.

Para assistir ao show na íntegra entre aqui.

22.11.10

Planeta Terra Diaries – 20/11/10 pt 1

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Acordamos no Sábado e descemos para o térreo para tomar o nosso café, eu tinha esperança que o café da manhã do hotel fosse próximo ao que vi aqui em Recife mas foi um grande engano. Nem frios tinha no buffezinho. Subimos para o quarto, nos arrumamos e fomos para a galeria do rock, local mitológico e que tenho curiosidade de conhecer há muito tempo.

Fato que o lugar é incrível. Uma infinidade de modelos legais e praticamente exclusivos de tênis. Muitas camisetas, piercings, lojas de CDs e DVDs, resumindo um paraíso. Dali fomos almoçar e no meio do caminho encontramos infelizmente uma banquinha de revistas com vários livros pra vender. Mordi a isca, encontrei 4 Hemmingway´s diferentes que ainda não tinha e fui obrigado a levá-los pra casa. Antes de voltarmos pro hotel tomamos um espresso pra melhorar o nosso fator “acordado”. Quando chegamos encontramos o Bolota, grande parceiro de grandes shows(CPF 2004). Combinamos o horário de nossa saída e subimos pro quarto para os preparativos. Quarenta minutos depois estávamos lá embaixo novamente pra pegar o táxi com destino ao Playcenter.

Quando chegamos nas redondezas do Playcenter a Mombojó(poderia dizer conterrâneos?) estavam tocando e o som tava bem legal, gostaria de ter assistido o show. Ficamos na fila e eles tocando as músicas do último disco recém lançado mas quando entramos dentro do Playcenter o show acabou. Cabe ressaltar que estava tudo muito organizado. Não houve empurra empurra, tudo tranqüilo mesmo. Entramos e ficamos abobados com a beleza do lugar a decoração e emocionados por tudo que aconteceria nas próximas horas. Nos movimentamos para o palco indie onde começaria em breve o show do Hurtmold.

No palco indie o pessoal estava terminando de fazer os últimos ajustes para a apresentação do Hurtmold. Compramos fichas para as cervejas e pegamos cervejas e ficamos lá esperando o show começar. O palco era lindo, saxofone, trumpete, xilofones e tudo que é tipo de instrumentos de percussão. Um dos guitarristas usava uma jaguar e o outro usava uma semi acústica vintage coisa mais linda deste mundo, som maravilhoso mas não consegui ver a marca dela. A única coisa que me incomodou naquele instrumental todo foi terem usado amplificadores Marshall q, eu não curto muito. Quanto ao show, impecável. Eu gosto mais das coisas antigas deles por lembrar muito o Fugazi e ser algo mais roque, com vocais mas, os caras deixam as pessoas desconsertadas assistindo. Efeitos mil, muita liberdade no palco, foi um grande show. E tipo, nada de arrogância, encontrei eles depois do show e falei que tinha gostado muito do show mas que gostava também das coisas antigas e eles ficaram um tempo conversando comigo, interessados nas minhas impressões, grandes caras.

Episódio altamente desagradável e de graça aconteceu ali durante o show. Tinha um cara tentando acender um beck, aliás, tinham pessoas fumando maconha por ali mas tipo tranqüilo, nada de incomodar. O magrão acendendo o beck e daqui um pouco chega um cara de camiseta verde, fiquei só cuidando, pediu o beck do magrão e jogou no chão e depois pisou em cima. Disse pro cara que se pegasse ele de novo fazendo aquilo jogaria ele pra fora. Tipo, na entrada estavam dando micro garrafinhas pro pessoal colocar as baganas de cigarro, eu usei a minha a noite toda, não joguei um toco no chão. No caso do segurança fez aquele papel ridículo jogando o troço no chão sendo que não estava incomodando ninguém a maconha do cara, ademais, show de roque sem cheiro de maconha não é show de roque.

Pouco antes de terminar o show do Hurtmold tomei o troço pra ficar pronto pro show do Of Montreal que aconteceria em menos de 1 hora. Enquanto isto o pessoal ajeitava o palco para a Holger, uma das grandes bandas que tocaria no festival. Uma banda que já tocou no exterior e diria que é o novo CSS uma banda que dará muito o que falar fora do Brasil.

O Holger entrou no palco com a maior simpatia deste mundo, falando que já tinham ido a alguns planeta terra mas aquele seria o primeiro que estariam em cima do palco e que estavam muito felizes. A comoção era geral, muita gente na frente do palco. Começaram muito bem e foi uma pena não ter assistido todo show em virtude do cruzamento de horários com o OM. Assistimos umas três músicas. A partir da segunda música já estava um clima de festa incrível, aquela coisa tipo um axé, um Paralamas e uma diversão sem igual, muito bom mesmo. Espero ter a oportunidade de assisti-los novamente, grande banda.

Fim de semana Planeta Terra – 19/11/10

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Sai do trabalho as duas da tarde em uma van que larga o pessoal no aeroporto. Só lá pelas três iria almoçar. Meu vôo sairia de Recife as 16:45 e estava morrendo de ansiedade. Summer já estava em São Paulo desde o meio dia e naquele momento já estava no hotel, me esperando.


Finalmente chegou a hora de entrar no avião. Não dormi muita coisa e ainda tive que fazer uma conexão em Belo Horizonte. Em virtude da diferença de horários entre o Nordeste e a região sul, mal cheguei no aeroporto e já teria que entrar em outro avião. Pedi pro cara da Gol pra queimar um cigarro antes de entrar novamente no avião. Não consegui dormir muita coisa em nenhum dos dois vôos. Quando desci no Congonhas me apavorei com a galera pra pegar táxi, entrei numa fila homérica e fiz um táxi pré pago, bela ideia que talvez nem seja tão velha mas pra mim era novidade. Acabei indo de táxi até o hotel, era muito arriscado pegar trem e andar a pé com malas até o hotel depois das onze da noite.

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Cheguei no hotel e Summer estava me esperando praticamente no saguão, nem merecia tanto, ela tava linda e chegava a brilhar. Subimos para o quarto, matamos a saudade e fomos dar uma volta na rua. Paramos num boteco muito massa, conhecido por nós como Bar da Brahma. Ele fica exatamente na esquina imortalizada nos versos de João Gilberto, esquina Ipiranga com avenida São João. O lugar era muito massa mas os preços infernais além daquele velho lance de não poder fumar. Na verdade ficamos na rua acreditando que não dava pra fumar mas, quando fomos embora vimos que tinha uma área que dava pra fumar. Mesmo assim os preços nos correram de lá. Voltamos pro hotel para dormirmos e nos prepararmos para o dia cheio, de Sábado.

Aqui, tem algumas fotos.

17.11.10

Aquecimento Planeta Terra

Finalmente a espera de muitos meses vai acabar. No próximo fim de semana eu e Summer estamos rumando pra matar a saudade um do outro e do Pavement, do Of Montreal, Yesayer, Phoenix, Smashing Pumpkins e outras bandas que tocarão no Planeta Terra.

Mas como nada passa sem uma incomodação verifiquei na maldita companhia aérea Gol do inferno que, os mesmos horários bons que tinha procurado quando comprei a passagem e estavam lotados, agora tem lugares. Fui tentar trocar a passagem já que chego em SP apenas na Sexta as dez da noite e Summer ao meio dia. Mil taxas, pagar diferenças e nenhuma intenção dos atendentes da companhia aérea para facilitar minha situação. Nunca tentei fazer manobras como esta em outras empresas mas até então a Gol é a pior nisso em outras coisas. Quem dera nunca mais precisasse voar com eles. A empresa é tão podre e desorganizada que aconteceu um fato inusitadíssimo quando comprei esta passagem que, olha, deixa pra lá, mais tarde eu conto, depois que voar. Talvez nem devesse estar reclamando tanto.

Os shows iniciam as 16h, num palco a Mombojó que me fez quase dormir no CPF de 2004 mas agora está um pouco melhorzinha e no outro uma tal de Republica que, ainda não escutei. Summer poderia dar a palavra final mas, acho que prefiro falar com os índios ouvindo Mombojó e esperar até as cinco quando inicia o show do Hurtmold que acompanho de muito tempo e nunca os vi ao vivo. As seis e trinta teremos o prazer de ver a Holger que lançou recentemente o Sunga, baita disquinho e promete ser um dos melhores shows do festival todo. Possivelmente meia hora antes do Holger a primeira figura vai rolar. As sete vem a banda mais esperada por mim, a que mais escutei de todas do festival, a que acompanhei desde a época que ela era apenas Kevin Barnes cantando sozinho ao violao/guitarra com uma voz esquisita e dobrada. As vinte horas ou a hora que o Of Montreal acabar será o momento de fritar ouvindo e vendo o Yeasayer. Não estou muito empolgado pra assistir Mika, talvez uma espiadela de longe, sentado na grama pra pegar energias novas. As 21:30 começa o Passion Pit que também acho que será um dos shows massa da noite, no estúdio não é tão divertido mas aquelas camadas todas de sintetizadores pode ser massa ao vivo. As dez horas começa o Phoenix e muito possivelmente mudamos novamente de palco pra ver eles até o momento do início do show da segunda banda mais esperada por mim, o Pavement. A partir dali é Sonora Main Stage porque não tenho a minima vontade de ver Empire of the sun ou Girl Talk. A primeira talvez possa até curtir, se eu escutar o som deles mas no caso do Girl Talk parece que é um DJ e tal e, se tem uma coisa que acho muito pau mole é ver um show com um DJ simplesmente não tocando nada, fazendo playback apenas. Isto eu posso ouvir em casa.

Eu particularmente me sinto muito mal em cidades grandes, transito, engarrafamento, poluição e etc e faz um bom tempo que não vou a São Paulo, mais precisamente 22 anos mas será por um bom motivo, ver Summer e o Barnes. Volto chorando pra Recife no Domingo.

Olinda Diaries 13/10

Desci na parada do correio, praça do Carmo e fiquei emocionado com a decoração da cidade. Era o início da Fliporto que estaria rolando este fim de semana em Olinda. A igreja do Carmo cheia de luzes a praça toda decorada, painéis e todos os bares, lancherias e restaurantes que geralmente ficam fechados por ali, estavam abertos. Subi a rua do Bonfin com direção aos quatro cantos com geralmente faço e percebi um movimento impar na cidade, até então nunca tinha visto Olinda tão cheia. Me senti um morador da cidade reclamando dos turistas eheh.

Parada obrigatória no bar Gentileza e na tia da coxinha. Neste findi infelizmente não rolou nenhuma roda de violão. No Sábado até tinha duas rodas, ambas tocando Legi]ão Urbana e, eu e o Helder e o resto da trupe resolvemos ficar distantes. Na Sexta quase assisti ao show da Orquestra Comtemporânea de Olinda mas tava um tumulto por lá e eu já estava meio pra lá de Bagdá e não me senti bem. Depois de fritar muito na Sexta fomos pra casa do Mago para que eu dormisse. Acordei no Sábado com todo aquele clima gostoso de Olinda, as ruas, as casas e as pessoas. Não tem como acordar mau humorado por ali. Voltei pra Recife e conversei com Summer e tive um ressaca absurda, me senti mal, um monstro e muito disso tem se refletido no estado que estou hoje.

No Domingo Helder, Adriana e Felipe pintaram por lá e no início os quatro cantos estavam lotados. A bodega do véio estava cedo fechada e isto aumentou muito o povo pelas redondezas do Gentileza. O papo estava animado mas logo fomos na tia da coxinha pra tocar um pouco mas estava tudo vazio e acabamos descendo pra praça do Carmo novamente, para o Xinxin da baiana que estava muuuito lotado, muita gente por lá mesmo. Quando o pessoal foi embora novamente pro Janga dei mais um tempo, tomei mais uma cerveja e acabei indo de taxi pra casa, teria que esperar muito por um onibus e não estava com a mínima paciência pra fazer isto.

10.11.10

The Weekend of revelations - Olinda Diaries

Este fim de semana foi o mais revelador desde que aterrisei aqui em Pernambuco. Aconteceram coisas além de minhas expectativas. Algumas coisas eu nunca esperava este tipo de reação, para as outras eu esperava de uma forma e aconteceram de outra forma mas mesmo assim foi um fim de semana ótimo com exceção do Domingo que tive emoções ruins que refletiram em muito nos dias seguintes.

Sai de casa no horário de sempre e peguei o ônibus vazio dava gosto de ver. Coloquei o doce e fui segurando ele a viagem toda. Cheguei em Olinda, na praça do Carmo no horário habitual mas o meu bar, aquele que chamo de casa ou embaixada esteiense em Olinda estava fechado e iniciando o processo de abertura. Acabei subindo a ladeira e indo para a bodega do véio, um lugar um pouco mais acima nos quatro cantos onde são vendidas diversidades diferentes de bebidas além daquela ceva mais gelada de todo pernambuco. Tomei uma lá ouvindo pessoas conversando em inglês e holandes. Quando o líquido acabou eu desci novamente a ladeira rumo ao Gentileza. Logo que cheguei encontrei meu amigo Marcelo Cavalcante, grande violeiro que tira tanto Chico quanto Radiohead na viola, falamos com os índios e conversamos sobre Beatles e outras coisas. A opinião deles sobre Beatles e outras coisas era algo impossível de concordar mas calei-me, era aquela velha estória de comparar caixa de fósforo com martelo. Quando terminamos convidei ele pra tocarmos ali no gentileza, já que ele estava com o violão mas, ele me disse que ia embora. Entrei no bar e já pedi as costumeiras cerveja e caipira e fiquei lá me deliciando. Na frente da mesa que estava sentado ficava olhando para um bar, com luz verde e logo ao lado uma escadaria com luz vermelha. Liguei pra Summer para trocar comentários, pelo jeito a estória seria diferente naquele dia, finalmente daria resultados e, deu.

Pouco depois decidi dar uma volta na tia da coxinha, na 13 de Maio pois o meu ermão de olinda ainda não tinha chego e poderia estar lá fazendo a maior sonzeira. Quando chego na frente da tia, meu amigo Marcelo estava lá com mais um pessoal detonando no violão. Xinguei ele por ele ter fugido pra ali e estar fazendo som sem me avisar. Ele tocou uma do Chico e umas minas que estavam por ali estavam cantando, foi muito massa. Depois ele me largou o violão pois logo iria embora. A primeira coisa que me veio a cabeça pra tocar na frente daquele monstro foi Dead Meat do Sean Lennon, uma música que tenho tocado atualmente e lembra muito música brasileira apesar de ter letra em inglês. Decidi colocar tudo de mim ali, aproveitando todas as ondas visuais, sentidos aguçados que já experimentava e cantei alto, olhos fechados como se fosse minha última opurtunidade. Funcionou, quando terminei um cara que tava do lado começou a me elogiar, dizer que eu tocava muito e tal e falando que nunca tinha visto algo assim e eu retribui dizendo que ele tinha que prestar mais atenção no pessoal que antigo que tocava por ali porque eles que realmente tocavam. O Marcelo foi embora, levou o violão mas em menos de cinco minutos alguém jogou um violão de cordas de nylon no meu colo para que eu continuasse. Dae comecei a tocar outras coisas, Oasis, Beatles, Neutral Milk Hotel, Los Hermanos e o pessoal que estava ali em volta, sobretudo os antigos, os anciões de Olinda que fazem serenata ali a noite começaram a prestar atenção. Mesmo cantando em inglês, coisa praticamente inadmissível ali eu acho que chamei atenção e me fez muito bem isto. Sempre ficava triste por gostar de tocar e por não poder fazer isto ali em virtude de minhas raizes inglesas, americanas e etc. Chegou ao ponto de um cara atravessar a rua e vir tocar comigo ali, muito bom mesmo.

O ermão foi chegar quase no fim de tudo com seu pandeiro, nem conseguimos tocar juntos quase. O pessoal dono da casa foi indo para casa e descemos a ladeira, de carro para ir para o xinxin da baiana onde tudo acabou.

No Sábado acordei tarde. Meio com ressaca e tal e sai para comer, perto das quatro da tarde. Depois passei no supermercado e comprei apenas porcarias. Falei com Summer no msn e as sete comecei a me preparar pra jornada do Sábado. Sai no mesmo horário e cheguei lá no mesmo horário. Desta vez a coisa foi mais absurda, pouco tempo que estava lá e o Mago chegou. Eu já tinha adocicado a vida em casa, ele fez ali na mesa do Gentileza e ficamos conversando. Fomos pra rua e uma galera foi chegando até que o Helder, Felipe e Yves chegaram com caras de cachorros, rabos abanando como se fossem adolecentes chegando em uma reunião dançante, logo vi que seria um noite notável. Todos tomaram. No meu caso não aproveitei tanto mas os meus amigos ficaram no auge. Helder q o diga. Paramos na tia da coxinha e começamos a tocar, rolou um clima incrivel, todo mundo se sentindo muito bem e desta vez o Helder estava com o pandeiro e conseguimos tocar os Neutral Milk que desta vez toquei cantando ainda mais alto como se estivesse rezando a última missa antes do mundo acabar. Foi muito massa. Nos mudamos para o Ernesto novamente e apareceu uma gordinha que pegou o violão e começou a tocar uns Hermanos e outras coisas. O bar estava fechando as portas e só ficaram a nossa roda de "samba" ali. Tava muito divertido mesmo. Depois, como de praxe, descemos a ladeira e fomos pro xinxin que teria um pocket show com o quarteto Olinda, mais cultura na veia. Bar lotado, todo mundo rindo e se divertindo. Quase no fim da festa Felipe me mostra a língua e me apavorei, tarde demais pra ele, duraria ainda longas horas até se desligar de tudo. Acabei dormindo em Olinda na casa do Mago e como dormi, praticamente entrei em estado de coma e fui acordar perto do meio dia. Dei tchau para meus anfitriões e desci a ladeira pra pegar o ônibus para voltar pra Boa Viagem. Mesmo com a canseira que estava, me deliciei com aquelas ruas e o clima da melhor cidade do Brasil.

1.11.10

Recife Diaries 30.10 e 31.10

Sai de casa no horário habitual, oito horas para pegar o ônibus sem muito atraso e funcionou. Desta vez com minha mochila pude escutar um sonzinho no caminho e a viagem passou muito mais rápido. Cheguei no Gentileza perto das nove e aproveitei pra tirar fotos do boteco e da rua do Amparo, as cercanias dos quatro cantos. Tomei a já conhecida caipira e a ceva. Depois de um bom tempo começou a chegar um pessoal e meus amigos estavam lá. Pegamos o carro e nos dirigimos pra casa de Yves, no janga que era o local da festa daquela noite. Chegamos lá fizemos os preparativos e logos estávamos todos servidos. Pegamos os instrumentos e começamos a tocar as coisas habituais. Fizemos uma versão de "In the airplanes over the sea" comigo nos vocais e violão e meu grande amigo Helder nos pandeiros e foi impressionante, o cara é o mestre da percussão. Foi emocionante. Tocamos Crua de Otto também.

Tivemos que sair algumas vezes pra buscar mais cevas, tinhamos apenas oito cascos. Quando o dia estava amanhecendo foi batendo o cansaço e acabei me amontoando num canto e dormindo alguns minutos. Tempos depois o Mago me acorda e me levantei, nos mudamos do Janga para o centro histórico de Olinda onde teria a festa na casa de Mago. Lá, dormi mais uma meia hora e não consegui dormi mais. Acordei e o dia estava lindo. Enaldo, irmão de Mago estava arrumando a casa para a festa que aconteceria logo mais. Logo chegaram algumas pessoas, uma delas, um homosexual e merece um capítulo a parte. Nada contra homosexuais mas tem algo me incomodando. Sempre converso, sou atencioso, simpático e procuro sempre não dar uma de grosso, homofóbico até porque não tenho problema algum com isto mas, atualmente com toda esta liberação que estamos vivendo, o pessoal tá meio que desrespeitando demais. O cara deu muito em cima, falou oitocentas vezes que tinha adorado me conhecer e, deu em cima de todos os homens que estavam por lá. Toda hora que alguem tinha a infelicidade de sentar perto dele ele começava a ladainha. Aquilo foi me incomodando e no final tive que ser um tanto estúpido porque simplesmente me encheu o saco. É engraçado que você tem que respeitar as opções sexuais de um homosexual mas ele não te respeita e eu tenho um grande azar pra isto porque sempre eles encarnam em mim. Já tomei pra mim uma lição, a partir de agora sempre que for passar por situação parecida, quando começar que o cara vai me desrespeitar já vou ameaçá-lo antes de mais nada porque minha paciência se esgotou.

Comecei a ficar cansado e já estava há 30h sem comer nada decidi ir embora pra Boa Viagem.

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Sloan A-Sides é uma coletânea com os grandes sucessos da banda mais roque de todo Canadá. Descobri esta banda através de um lado B, do Fabio Massari uns anos atrás e foi identificação instantânea. Tinha uma banda na época e gostávamos muito de tocar "The Good In Everyone" a minha predileta que se faz presente aqui na coletânea. Além desta outros grandes sucessos como Coax Me, Losing California e Money City Maniacs. Rock and Roll da melhor qualidade combinando com influencias de música alternativa com guitarras inspiradíssimas e ruidos diversos. Pra quem não conhece eles é uma excelente opurtunidade.


Redd Blood Cells é uma brincadeira, um disco que une Redd Kross, através de Stevie Mc Donald e o White Stripes. O melhor disco do White Stripes, White Blood Cells com o baixo de McDonald que gravou suas partes em cima da mixagem final do disco original. Red Kross é predileta da casa e McDonalds também porém achei que o baixo ficou com o volume um tanto baixo mas mesmo assim ficou bem melhor que o original, porque baixos de qualidade sempre serão bem vindos.

28.10.10

Last Week

Na última Sexta-Feira aconteceram coisas estranhas. Não é a primeira vez que acontece mas não posso dizer que estou acostumado com isto. É sempre um saco quando acontece. Resumindo é aquela amnesia que me toma por algumas horas quando algo traumático acontece depois de chateações. Eu tinha bebido mas, nada fora do normal e diria até abaixo do normal.

Já faz algum tempo que sinto saudade, sinto solidão em alguns momentos por estar tão longe dos meus. Sem falar na mudança cultural comida, amigos, costumes, horários de ônibus e outras coisas que tenho enfrentado aqui com minha mudança. Tudo isto é complicado pra caramba mas estou conseguindo sobreviver. Mas as vezes além destes sentimentos eu me preocupo demais com as pessoas, me estresso sem participar das situações e muito do mal que me atacou na Sexta tem a ver com estas coisas.

Foi uma semana complicada semana passada no trabalho. Meu trabalho não é tecnicamente atrativo e nem costumeiramente hiper chato. Como começo muito cedo e termino cedo também muitas vezes nem dava tempo de me incomodar. Fato que a semana passada foi estressante de chata e isto me incomodou muito. Eu esperava muito pela hora de ir embora ou pra que o fim de semana chegasse e eu pudesse esfriar a cabeça com outras coisas.

Foi um conjunto de coisas pra ser mais preciso. Sai de Recife perto das oito e tive muita sorte de logo entrar no Rio Doce/Piedade que me levaria pra Olinda. As nove horas estava dentro do Gentileza tomando cerveja e caipiras. Antes disso troquei mensagens com Summer. Tipo meia hora depois que entrei no bar aconteceu a amnésia e depois disso tudo foi um filme que me contaram a partir da Segunda Feira.

Telefonei pro jax e para outras pessoas. Em algumas ligações fui estúpido, grosso me achando muito certo mas possivelmente estava errado e, por ser estúpido já perdi. Fiz muitas coisas e voltei com o sol nascendo pra casa como costumo fazer mas no outro dia tive uma ressaca monstro e que raramente me ataca. Sábado e Domingo estava tudo bem mas na Segunda fiquei sabendo de coisas que fiz que nem lembrava, me senti um monstro.

O Heitor também ficou doente semana passada e só agora, na Quinta Feira que parece que está dando sinais de melhora. Está com sinusite, que nem o pai quando era novo. Fico muito revoltado de não estar perto dele e nestas horas que ele está doente fico ainda mais triste. Sempre vejo um dedo apontado para mim me culpando por não estar lá mesmo que esteja fazendo isto por ele.

Muitas coisas já se ajeitaram outras infelizmente nunca se ajeitarão, fato. Tentei reduzir ao máximo a carga de problemas em cima de mim para tentar me salvar antes que uma desgraça aconteça comigo e meu organismo peça água. O fim de semana que vem será de meditação pura e simples utilizando técnicas que foram criadas em 1938 em algum lugar dos Estados Unidos por uma pessoa que admiro muito e conheço muito pouco. Vou tentar esquecer um pouco o que sou, pra que vim e porque não vou ou algo assim pra tentar dar uma folga para minha cabeça. Alguns iriam para uma ilha deserta sem celular e consciencia. Eu talvez consiga fazer isto em terra firme e conversando comigo a todo instante porque já resolvi muitas coisas assim e tem funcionado.

24.10.10

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A primeira banda se chama The Sunday Reeds e é formada por Romana Ashton (vocais, baixo), Drew Jones (guitarra), Andy Dawson (bateria). São da Austrália e o som deles é explicitamente influenciado por The Jesus And Mary Chain. O casal Romana e Drew compuseram e gravaram este excelente álbum e só então Andy entrou para a banda. Guitarras com muito eco, microfonias e reverberações de ruídos em todas as músicas e o baixo é simples, chega a ser tosco demais. Os vocais são ótimos e foi uma grande surpresa para mim esta banda.






A próxima banda vem da Virgínia e seu nome é Ceremony .É formada por Paul Baker (vocal, guitarra, baixo e bateria eletrônica) e John Fedowitz (vocal, guitarra, baixo e bateria eletrônica). Há muito tempo procuro por este disco. Escutei Silhouette em uma coletânea e procurei mas até então não tinha conseguido achar um disco realmente ótimo vindo destes caras. Rocket Fire é maravilhoso do início ao fim e é mais um disco produzido por quem já ouviu JMC, My Bloody Valentine e outras coisas do shoegaze do fim dos anos 80.

20.10.10

Findi

Na sexta-feira fiz a besteira de pegar uma carona com um colega da refinaria. Na verdade o problema não foi a carona mas, ter concordado em tomar uma ceva antes de ir pra casa. Paramos em Candeias e descemos num botecao que tinha um tanque enorme cheio de caranguejos. Começamos a tomar cervejas e a conversar. Infelizmente o papo descampou pro trabalho, começaram a falar de um de outro, de salário e aquilo ficou muito chato. Meu colega que tinha me dado carona ficava se amarrando pra ir embora e tentei pegar um taxi pra voltar pra casa, onibus mas sem sucesso. Acabei chegando em casa perto das oito da noite, meio atrasado eu diria e muito tarde para o horário que queria sair.

As oito e meia peguei o Rio doce/Piedade com destino a Olinda. Encontrei o pessoal na frente do Xin Xin da Baiana e pegamos um longo engarrafamento para toda aquela histeria que seria o show de Los Hermanos no centro de convenções. A fila para entrar era enorme e os fãs lá presentes eram bem próximos aos fãs do Restart hoje em dia. Boa parte do povo usava fralda quando lançaram o Bloco. Eu me considerei o mais velho da noite e muito possivelmente eu fazia parte do time. Quando entramos dentro do centro ficamos apavorados com a quantidade de gente, ainda bem que era um show teen pois ninguem brigou, muito pouco cheiro de maconha e etc. Vi gente sendo tirada carregada desmaiada e vi também muita gente cantando, quase um Beatles em português.

Ficamos meio longe do palco em virtude da galera que lá estava e acho que isto deixou o show meio morno para mim. Foi bonito ver aqueles caras tocando depois de tudo que já aconteceu com eles, rombimento com gravadora e o brasil inteiro quando pararam de tocar Ana Júlia. A verdade é que, uma coisa é ver o Pixies tocando com o Frank Black fazendo cara feia, outra é Los Hermanos tocando por dinheiro. Muitas músicas eram daquele último e sofrível disco. Fato que quando tocavam algo do Ventura ou do Bloco a recepção do público era ainda mais efusiva. Mesmo assim, o povo cantava todas as músicas em extremo volume e o show ficou meio sem graça também por causa disso. Foi legal tudo e fui um dos que pagou barato para assistí-los mas o show poderia ter sido muito melhor em um local pequeno.

No Sábado curti a ressaca, almocei, passei no supermercado e fiquei sem internet de novo e isto impediu que eu e Summer nos víssemos. Acabei me arrumando cedo pra viajar pro Norte de Recife. Desci do ônibus na praça do Carmo e subi uma rua que não é a habitual e me deliciei com a arquitetura os prédios mas, não tentarei ser menos babão desta vez. Cheguei no Gentileza e liguei pra Summer, liguei pra mãe e fiquei tomando minha cerveja com caipira enquanto os amigos não chegavam. Me virei com uma garçonete do bar que me vendeu cerveja e logo o pessoal tava lá. Ainda muito cedo nos mudamos pro Xin Xin e sentamos lá dentro. Logo as namoradas dos amigos estavam bocejando e foi quase todo mundo embora, ficaram apenas eu e o Felipe. Sentamos na rua e ficamos lá bebendo até que chegou o magro e voltamos a festear novamente. Era dia claro já quando vi o ônibus vindo e atravessei a Avenida correndo. Cheguei na Boa Viagem com o sol na cara.
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Assisti esta semana o Barfly, filme aquele inspirado no Bukowsky. Já fazia um bom tempo que tentava baixá-lo na internet, comprar o VHS, qualquer coisa e tudo sem sucesso e só fui conseguir agora. O fato de ser um filme oitentista não foi o que deixou o filme meia boca, houveram vários problemas a meu ver. O primeiro deles foi o Mickey Rourke, ele é lutador e não bêbado e além disso é um cara bonito e nunca que ia combinar com o papel. Mesmo imitando os trejeitos do velho safado, aquelas coisas de ficar brigando toda hora me deixaram meio desconsertado e achei que foi uma forçação de barra do próprio ator.

A companheira de Chinaski interpretou muito bem o seu papel e foi bem convincente com o que ele falava. A primeira cena que ela aparece também é a cena que o próprio Buk está lá sentado no balcão do bar tomando uma cerveja e foi uma cena emocionante pela presença dele. Destaque para a frase "Não odeio seres humanos mas prefiro quando não estão por perto", já senti isto várias vezes.

Se comparar Rourke com Matt Dylon, que interpretou o velho safado no Factotum será uma covardia enorme. Dylon mesmo não parecendo nem um pouco com o personagem fez tão bem o papel que ficou a cara do Buk, atuação perfeita e digo que deixou Rourke no chinelo. E se compararmos os dois filmes também será covardia porque Factotum ganha com várias cabeças na frente.

19.10.10

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O primeiro muito possivelmente pode ser um dos filmes mais bizarros que assisti até hoje pois não assisti Freaks. Trata-se de The Human Centipede, uma produção holandesa que junta elementos do gore e suspense e também um modo diferente de fazer filmes de terror.

É aquela estória de um cientista maluco(sim, isto é um modo velho de fazer filmes mas) e aqui, trata-se de um cirurgião maluco. O cirurgião em questão é um especialista em cirurgias que separam irmãos siameses. Mundialmente conhecido mas agora aposentado arrumou outra forma de se divertir. Construir centopéias com seres vivos. Me assopraram aqui que isto acontecia na época da segunda guerra mundial mas nunca li a respeito. Depois de fazer uma centopéia com 3 cachorros, ele parte agora para seu experimento em seres humanos. Para isto sai a procura de pessoas e atira um dardo tranquilizante para imobilizar a vítima e prendê-la em seu laboratório.

Lógico que não podia faltar aqueles momentos que vc torce pelas vítimas que infelizmente não se ajudam. Duas americanas caem dentro da casa do médico após furarem o pneu do carro. Dentro da casa uma hora uma delas derruba um copo d´água com o velho "boa noite cinderela" e o médico chama ela de vaca e diz que odeia seres humanos e se isto não era um sinal para ambas fugirem dali não sei o que era. Resumindo um pouco entra um turista japones na estória e acaba virando a primeira parte da centopeia. O médico descreve e mostra em detalhes a operação e o resultado é uma das coisas mais bizarras que já vi. É um filme para gente sem estomago e aqui caio no time pois não me perturbou tudo isto. Tem um momento que o cara da frente começa a defecar na boca da segunda parte da centopéia e não dá pra entender se aquilo era pra ser engraçado ou propriamente assustador. Mesmo com todas estas bizarrices não consegui deixar de apreciar o filme. Parece que em 2011 sai o segundo.



Outro da lista foi Survival of the Dead que se trata de mais um filme de zumbis dirigido pelo grande ou ex-grande George Romero. Eu ainda gosto muito de zumbis, eles são legais não é? O problema é que talvez a fonte de Romero tenha se esgotado pois os últimos que assisti perderam toda a graça. Acho que antigamente rolava todo aquele clima de suspense, aquelas coisas toscas, os zumbis andando em camera lenta mas conseguindo saciar sua fome em virtude de sua quantidade e poderiamos dizer "trabalho em equipe". É um filme bem sofrível e mesmo assim e deu gosto de assistir porque, como falei antes eu adoro zumbis.

14.10.10

Filmes



Nos últimos dias assisti três filmes na minúscula tela do notebook, tarefa um tanto ingrata mas tem coisas muito piores. O primeiro deles era até então o último filme do Quentin Tarantino que pra mim acertou na direção poucas vezes como em Bastardos Inglorious, Pulp Fiction e Cães de aluguel. O filme se chama Death Proof ou A prova de morte para os brasileiros. Sempre curto as músicas de seus filmes e acho que nisso ele sempre acerta mas no caso deste filme consegui gostar apenas dos últimos minutos. Aqueles diálogos de meninas, longos diálogos por sinal e cenas chatas a todo instante deixaram-me muito de cara. Nos minutos finais o filme até ficou divertido com a vingança das mulheres(clichê+spoiler) e o então Kurt Russel sendo trucidado vivo mas realmente foi apenas isto que prestou. Nem as mulheres bonitas salvaram o filme, nem roteiro e nem nada.



O segundo filme que assisti foi o The Runaways que conta a estória da primeira banda de Joan Jett,Cherry Curry e a maravilhosa Lita Ford. A trilha sonora é muito boa, mais ainda quando inicia a carreira solo de Joan. Dakota Fanning apesar de ter 0 de sensualidade em um papel que, deveria ter isto atuou bem mas, não convenceu nada no quesito sexual do papel. Quanto a Joan Jett interpretada pela Kirsten Stewart outra errata do inferno. A guria simplesmente fede como atriz, grandes bostas se sabia fazer a base das músicas na guitarra, atuação dela é pífia e foi um erro total escalá-la para interpretar alguém que representa tanto para as mulheres roqueiras. As cenas homo do filme entre as duas era outra coisa brochante com exceção da cena dentro do banheiro do avião que até ficou bonito. Se tu vai chamar mulheres ou homens para um papel homosexual, escolha atrizes e atores homosexuais ou, bons atores e atrizes senão o resultado é este que eu vi no Runaways.



Ontem, assisti o tal do Machete, de Roberto Rodrigues que é um diretor que gosto muito e não tinha visto ele tropeçar ainda mas, desta vez ele tropeçou. Até entendo que o filme não é pra ser muito sério, a própria idéia do Machete iniciou com uma piada mas, não precisava relaxar tanto nas coisas. Juntar Michelle Rodriguez, Lindsay Lohan, Jessica Alba e até Robert de Niro não conseguiu de forma alguma melhorar minha opinião sobre o filme. Lindsay Lohan que é extremamente sem graça num nú ridículo com cabelos na frente dos mamilos e com mais uma atuação podre e de deixar Kirsten Stewart com inveja. Alba num papel ridículo e o próprio Niro fazendo um Bush de mau gosto(se é que é possível liga-lo a bom gosto). Michelle Rodriguez sempre faz papeis carismáticos e está no auge de sua forma fisica mas dae toma um tiro no olho e aparece momentos depois com um tapa-olho e acaba se tornando mais uma piada sem graça do filme. Mexicanos contra Texanos em uma batalha sem graça e a única idéia que fica é algumas verdades que foram ditas. Os americanos tem muito a ganhar com a invasão mexicana.

A minha sorte é que nenhum dos três filmes ultrapassa as duas horas. Grande acerto, chato mas rápido. Não recomendo nenhum dos filmes.
Recife Diaries - Olinda

Tudo começou dia 01 de Outubro quando Summer ainda estava aqui. Há muito tempo devia uma visita ao meu amigo de Olinda e naquela Sexta Feira eu e Summer comemorávamos uma data muito importante, o nosso primeiro beijo, o dia que nossa união iniciou. A partir deste dia a gente passou a sair juntos sempre, passamos a nos ver todos os dias praticamente, falar, etc e mesmo que a distância tenha nos separado, nosso amor ainda é muito forte.

Quando cheguei em casa eu e Summer fomos pra padaria comer algo pra não termos problema mais tarde. Depois fomos pra casa, falei com o Heitor, tomamos banho e iniciamos o aquecimento para a saída. Tivemos sorte porque mal chegamos na parada da igrejinha da Boa Viagem e o Piedade/Rio Doce, nosso ônibus chegou. Dentro do ônibus fomos conversando e tomando uma bebidinha de Tampico com Vodka e a viagem até que foi rápida. Logo que desci do ônibus tive que ir atrás de uma igreja do século XVII para aliviar a bexiga e quando em desescondi já vi umas luzes muito toscas apontadas pra gente e era a trupe de Olinda me esperando. Conhecemos a namorada e a irmã do nosso amigo, entramos no carro e nos dirigimos para os 4 Cantos.

Chegamos a Rua do Amparo e o clima tava ótimo. Ruazinha estreita lotado de mesas e pessoas nas calçadas. Demos uma caminhada por ali para conhecer alguns bares. Summer ficou com vontade de aliviar a bexiga também e entramos num buteco, mal ela me largou a mão pra entrar no banheiro, três meninas e um magrão me questionaram quem era ela. Ficaram apaixonadas por Summer, dae entendi que se tratavam de homosexuais. O magrão, me falou que Summer era linda e logo se explicou dizendo que era "frango"(veado em pernambucano) que eu não precisava me preocupar, falei pra ele que não estava preocupado. Quando Summer voltou apresentei para suas fãs e saimos dali. Fiquei emocionado com o ocorrido e me sentindo muito bem, nem sei explicar porque ou, não preciso explicar.

Dali fomos pro bar gentileza onde ocorreria um show de jazz. Chegando lá a banda estava tocando, uma inglesa de Leeds cantava e um caras estavam acompanhando, tinha sopros, bateria e piano. O repertório era muito legal e Summer comecou a pedir Billy Holiday e a loira cantou, pouco tempo depois estava uma fazendo coraçãozinho para a outra e eu lá sem entender nada. Tomamos uma bebida chamada Axé que era forte como um raio e era carregada no cravo. A meu ver uma coisa realmente pra chapar porque o gosto nao era grandes coisas. Tive que explicar para alguns pernambucanos que, a cidade onde temos os "frangos" lá no sul é Pelotas e não Passo Fundo, erro que vejo em 50% das gozações que sofro aqui por ser gaucho e por morar numa terra onde homem tem q dizer que é macho senão desacredita a si mesmo. Depois que o show terminou fomos para a rua 13 de Maio, num pequeno estabelecimento onde vendem coxinhas de frango e etc e cerveja, claro. Um pessoal da velha guarda tocava violões e ficamos por ali. Acabei conhecendo o sobrinho de Lúcio Maia ali pelas ruas, falamos com os índios. Em determinado momento Summer começou a passar mal, talvez pela emoção de nosso aniversário e de uma comemoração em uma das cidades mais lindas e divertidas do Brasil.

No Sábado fomos pro Recife Antigo e ficamos perambulando por lá e deu até uma tristeza de ver como é antigo é pequeno, perto de Olinda.

Summer foi embora mas no findi passado passei quase todas as noites em Olinda. Quando se desce do onibus já sente-se algo diferente no ar. O clima é muito bom as pessoas são gente fina pra caramba. Alternamos entre os 4 cantos e a praça do Carmo onde tem o Xim Xim da baiana, outro boteco diferenciado para as finaleiras onde rola som brasileiro em vinil. No Sábado, saimos do Gentileza com o violão, pandeiro e outros instrumentos e chegamos na tia da Coxinha vazia. Começamos a tocar e em alguns minutos tinha um mini carnaval rolando ali na nossa frente. Aos poucos iam trocando os violonistas e outros chegavam com pandeiros e cantando. As mulheres dançando e um carnaval instantâneo mesmo, coisa linda. Conheci outros amigos do meu amigo Helder e todos eles gente finíssima, apego imediato como se nos conhecessemos há anos.

Na segunda fizemos uma mini festa na casa do Ives, em Paulista e tava bem legal, mais roda de violão com direito a muito Ave Sangria, Zé Ramalho e outras coisas boas de pernambuco. Em todas as noites cheguei em casa com o dia claro já e muito bem consigo mesmo. A saudade do Heitor, de Summer, da família, amigos, os vinhos, um pouco do clima sulista e as ruas de Esteio são fortes em mim mas, cada vez que vou a Olinda me sinto bem, atenua um pouco a tristeza de se viver longe de tudo.

12.10.10

Aviplayer



Tenho assistido aqui em casa incessantemente ao documentário Novos Baianos F.C. de Solano Ribeiro. No documentário tem várias apresentações dos Novos Baianos, uma das mais importantes bandas brasileiras dos anos 70(surgiram em 69).

Os Novos Baianos eram formados por Moraes Moreira, Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor, Dadi, Luis Galvão e outros músicos. Misturando samba, afoxé e outros ritmos brasileiros colocaram cavaquinho e violão lado a lado com guitarras elétricas e uma cozinha altamente progressiva.

Os vídeos que colei aqui fazem parte do documentário e dão uma boa idéia do que era o som deles. É impressionante as guitarras de Pepeu Gomes, as melodias e o violão de Moraes Moreira e o entrosamento da banda que dividia samba e rock com muito talento e autenticidade

9.10.10

Mp3Player

Tenho atualizado muito pouco meu "diarinho" nos últimos dias. Tenho escutado muitas coisas novas e outras que hoje até são velhas então vou tentar ir falando sobre elas nos próximos dias.




Esta semana andei escutando e me maravilhando com o este disco lançado em 1979. Trata-se da primeira aparição de um brasileiro nos palcos de Montreux, anos antes do antológico show de Elis Regina e Hermeto Pascoal. Ivson Wanderley em sua viola de 12 cordas em pouco mais que 36 minutos de improvisos inspirados. Ele era músico da Ave Sangria, banda psicodélica pernambucana dos anos 70 e também do conhecido Paebiru, álbum duplo de Lula Côrtes em dupla com Zé Ramalho.

7.10.10

De Montreal

Overdose com três vídeos da melhor banda do mundo tocando ao vivo na Pitchfork.tv

Heimdalsgate like a Promethean Curse :



Sex Kharma, com Solange Knowles :



e por último, Conquet Coquette :
Receife Diaries fim de Setembro, início de Outubro


Na Terça Feira era véspera de feriado aqui em Pernambuco e para comemorar o dia de folga ao lado de Summer, fizemos uma grande festa no AP. A festa seguiu pela madrugada e vimos o sol nascer das janelas do Studio Residence. No feriado acordamos com ressaca, fugi do motorista da empresa que veio me buscar pra trabalhar mas, tudo valeu a pena.

Na Sexta eu cheguei do trabalho e fomos direto pra padaria comer algo e nos proteger de passarmos por problemas na noite. Comemos e fomos pra casa iniciar o aquecimento. Conversei rapidamente com o Heitor e fiquei triste pelo pouco tempo que falamos. Tomamos caipiras, cevas e pegamos o ônibus Riacho doce com destino a melhor cidade do Brasil, Olinda. Dentro do ônibus fomos tomando nosso velho preparado de Tampico que durou até metade da viagem. A viagem foi rápida em virtude de irmos conversando o tempo todo porque dura um certo tempo.

Na chegada, ambos com muita vontade de descarregar a tensão. Fizemos as honras da casa em uma igreja velha do séc 17 para iniciar o que seria uma grande noite, possivelmente a melhor de todas desde que eu cheguei e, nas visitas de Summer. Logo que saimos de trás da igreja vimos alguém sinalizando e era meu parceiro Hélder, sua namorada e sua irmã. Nos cumprimentamos, entramos no carro e subimos as ladeiras até chegar nos quatro cantos, que já foi retratado e descrito em várias músicas de Alceu Valença, Eddie e outros músicos locais. O Hélder comprou Axé, uma bebida feita aqui carregada no cravo e no teor alcólico. Ele mesmo disse que é uma garrafinha pequena mas, para ser tomada a noite toda, forte pra caramba, gosto mais ou menos e isto tudo em virtude do forte aroma de cravo.

Subimos as escadas de um boteco para Summer ir ao banheiro e assim que me despedi, fui abordado pro três meninas e um rapaz que queriam saber quem era Summer. Que mulher linda era aquela, que roupa bonita, até o magrão gostou e depois de falar que ela era bonita demais, se desculpou dizendo que era FRANGO(foram as palavras dele mesmo). Quando ela voltou apresentei ela para suas fãs mas logo saimos dali e fomos para o bar Gentileza onde rolaria o show de jazz. O bar era bem pequeno, maior que o Paidéia mas mesmo assim pequeno, muita gente por ali e a banda era bem legal. Tinha uma inglesa de Leeds nos vocais com pronúncia e interpretação perfeita de várias coisas massa como Billy Hollyday, mais um presente para Summer que cantou todas e fez coraçãozinho para a loira com as mãos que, retribuiu. Converamos um pouco com ela depois. O show foi emocionante e o fato de estar naquela cidade velha, cheia de casebres antigos e maravilhosos deixou tudo ainda mais emocionante.

Depois que o show acabou ficamos nas calçadas conversando, conversando com índios e depois de um tempo Summer passou mal e ficamos acudindo ela. Foi uma grande noite, tivemos que voltar de taxi mas, voltamos com a alma lavada. Comemoramos o nosso aniversário, de primeiro beijo, início de tudo em grande estilo. Capítulo a parte para nossos anfitrioes em Olinda, Helder, sua irmã e namorada, gentes finíssimas e já da família. Capitulo a parte também o fato de lembrarmos do jax, ele teria amado muito tudo aquilo.

6.10.10

Recife Diaries - 25.09.10 - Sábado

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No Sábado acordamos um tanto cansados da noite anterior mas logo estávamos recuperados, comemos um bom almoço no meio da tarde que nos serviu de janta. Começamos o aquecimento da noite que seria a maior de todas e que teria fim com o grande J.Mascis e porque não dizer Low Barlow tocando os clássicos do Dinosaur Jr. Saímos um pouco mais cedo de casa pois eu queria assistir ao show da Do Amor que me agrada um pouco. Assistimos parte do show e como falei, o fato dos shows serem em locais anti-fumo, anti-bebida meio que brocharam um pouco a mim. Ficamos um tempo maior nas banquinhas, Summer comprou uma camiseta linda do Dinosaur Jr e eu estreei as minhas do Of montreal que chegaram justamente na Sexta-Feira.

Encontrei o China, da falecida Sheik Tosado e acabei conversando com ele por alguns minutos, contei que tinha escutado o disco recentemente e fez a alegria lá em casa. Entramos no teatro durante o primeiro show que era a Banda de Joseph Tourton que lançou um album muito bom este ano, sua estréia e tem um dos melhores guitarristas de Pernambuco da atualidade. O showzinho estava meio morno e geralmente os shows instrumentais são meio palhas. Tirei algumas fotos e fui repreendido por um segurança que me disse que a área que eu estava era para jornalistas, dae perguntei pra ele porque uma pessoa que não pagava ingresso tinha mais direito que eu de tirar fotografias e o segurança me deixou em paz. Assistimos parte do Taken by Trees, outra coisa insossa e quanto a Mad Professor praticamente fugimos do teatro, ficamos na rua e por acidente ou sorte nos sentamos ao lado dos suecos, nos degraus do teatro. Entramos cedo demais e assistimos aquela coisa ridícula do Emicida. Veja bem, o cara foi elogiadíssimo e tudo mais, o problema sou eu.Não consigo ver diferença entre shows de Rappers e karaokes. Um cara controlando as pick-ups e outro com microfone cantando rimas e pra mim isto é extremamente chato. No APR eu já tinha ficado assim no show do Afrika Bambaata. Quando o Emicida terminou, nos movimentamos pro centro do palco para esperar Deus entrar. Não demorou muito e eles invadiram o palco.

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O Mascis estava com uma parede de amplificadores formada por duas colunas Marshall, uma HiWatt e na sua frente um Fender. Low Barlow com duas colunas Marshall e achei um tanto exagerado mas, as pessoas precisam ter estas regalias. O som tava incrível, cada palhetada do Mascis era um relampago dentro do teatro. A segunda música que ele tocou já era uma de minhas preferidas do Beyond e o que aconteceu depois disso foi uma chuva de clássicos dos anos 80, 90. Summer parecia num show do Justin Bieber despejando lágrimas enquanto eles tocavam The Wagon. Eu estava com uma sacola nas mãos e ficava girando ela no ar, o que me rendeu de ver os videos no Youtube e me encontrar lá no meio da massa. Apesar de ter sido um baita show, eles terminaram a primeira parte e voltaram depois tocando o cover do Cure e mais outras três e saindo sem dar muita trela. Aquele maldito mau humor de boa parte dos estrangeiros que tocam no Brasil. Saimos com a alma lavada.

No Domingo acordamos cedo e fomos pro centro de Recife para nos encontrarmos com meus pais que estavam aqui. Fizemos um passei de catamarã pelas pontes de Recife e foi muito legal, deu pra conhecer ainda mais os interiores desta cidade linda. Voltamos pra casa ao anoitecer e praticamente ficamos em estado de coma, na cama, esperando a segunda iniciar.

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Recife Diaries - 24.09.10 - Sexta-Feira

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Aquela Sexta Feira já começou com as rodinhas das malas de Summer arrastando nos corredores do Studio Residence. Trocamos alguns afagos rápidos antes que eu saisse pra trabalhar. Ela ficou em casa e dormiu praticamente o dia inteiro. Quando finalmente o dia de trabalho chegou ao fim, a alegria começou. Eu e Summer comemos algo e começamos a nos preparar para a primeira noite de Coquetel Molotov No Ar 2010.

Tomamos algumas cervejas e preparei uma bebidinha com Tampico e Vodca que acabou agradando-nos por todo fim de semana. O cabo Zé acabou indo com a gente e finalmente conheceu Summer. Quando chegamos na cidade universitária e nos deparamos com a organização ficamos emocionados. Tudo muito bonito, várias bancas de camisetas, cd´s, comida e outras coisas, tudo muito bonito. Boa parte do que existia a venda nestas bancas era de extremo bom gosto. Perdemos um bom tempo visitando as banquinhas.

Boa parte das bandas selecionadas tanto para a sala cine quanto ao palco principal eram bandas instrumentais ou oriundas da invasão Sueca, aqui leia-se muita coisa completamente desconhecida(com exceção do Miike Snow) e a meu ver de muito pouco valor. Claro que não assisti a muitos destes shows então não posso falar com muita propriedade. Acho que a principal razão de eu ter assistido a poucos shows propriamente ditos, muito deve-se ao fato dos shows serem em palcos onde é proibido beber e fumar. Além disso, o espaço que existia na frente do centro de convenções era tão bonito, arrumado que perdemos um bom tempo por ali. Entramos na hora que a francesa Soko estava tocando, incrivelmente sem graça, praticamente uma criança tocando e muita gente compara ela a Mallu Magalhães. Pouco antes de entrarmos tinhamos visto um tiozinho, muito velho e a curiosidade me fez perguntar a ele, o que ele fazia lá. Era um Sr do consulado frances(com um português impecável) que estava prestigiando justamente a menina Soko. Depois dela veio o Miike Snow que Summer gostou mas eu achei bem palha. Não consigo curtir muito bandas que fazem shows com muita coisa pré-gravada, playback e etc e o show deles me cheirou a playback.

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Saimos pra rua por um tempo para tomar cervejas, fumar e etc. Voltamos pouco antes do início do show do Otto, que já entrou com o jogo ganho. Para mim era o segundo nome do festival (talvez pra todos fosse assim) e eu pensei que muito possivelmente o show dele seria melhor que o do Dinosaur Jr. Entrou tocando boa parte das músicas de seu último disco e o público que lotou o teatro cantou todas junto, foi um show emocionante e pela primeira vez Otto tocou em Recife como um grande nome, se soltando das garras do movimento Mangue Beat. Cantou também as clássicas de outros discos como Ciranda de Maluco e etc. A todo momento tirava a camiseta e rebolava mostrando sua pança, em determinado momento uma menina subiu ao palco e dançou com ele, indo embora não sem antes dar um beijo. Além de dançar e jorrar água na cabeça a todo momento, Otto também fumou um baseado em pleno palco, coisa que tirou do sério as bixinhas anti-fumo que estavam por lá. Foi um show emocionante e que esperei com ansiedade durante muito tempo. Lembro que ele esteve em Porto Alegre, num show gratuito poucos dias antes de minha primeira visita ao Sul.

19.9.10

Pictures

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Este álbum é de nosso churrasco de ontem.

E estas são algumas da minha visita ao Sul, semana passada.
Erections, Ejaculations, Exhibitions and General Tales of Ordinary Madness


Ou, Fabulário geral do delírio cotidiano, terminei esta belezura ai semana passada no avião. Um dos livros que reúnem o auge do velho safado, grande livro. Talvez já tenha lido ele, uns anos atrás mas para mim foi como se fosse a primeira vez;

E neste momento estou lendo "A sombra do vulcão" de Malcom Lowry. Um dos maiores romances de língua inglesa, conforme diz nada capa. Já falei do filme sobre ele por aqui meses atrás.

16.9.10

Turista Acidental

O título do post não tem nada a ver com o grande filme, de mesmo nome, predileto meu e do Gustavo. Vim aqui pra falar de minha última visita a minha terra que ocorreu na última Sexta e se estendeu até a Terça Feira. Sai de Recife no fim da noite de Quinta e início da madrugada de Sexta sempre ouvindo no meu i-pod invisível aquela música da Elba Ramalho que dizia "trazendo na mala bastante saudade..." e é incrível o que acontece porque quando sai pra jantar na quinta tinha um rapaz tocando violão no restaurante e sem eu pedir, ele a tocou e durante o fim de semana ouvi alguém comentar sobre ela, estava realmente na atmosfera que me circundava.

O vôo foi mais ou menos, em virtude de ser uma passagem comprada em promoção tive alguns percalços como por exemplo sair daqui perto das onze e chegar as dez horas do outro dia, quase uma viagem pra Europa. Parei em Garulhos e fiquei por lá pegando um friozinho umas 3 horas e com o violão embaixo do braço. Tomei dois cafés e fumei alguns cigarros até entrar novamente no avião para finalmente chegar no destino desejado. Dormi muito pouco na viagem, quase 1 hora e, após o almoço fui obrigado a tirar uma soneca de uma hora pra tentar me restabelecer um pouco. Como sempre, o primeiro contato com o Heitor foi algo mágico, aquele sorriso, o primeiro abraço, foi muito emocionante. Infelizmente o tempo estava ruim e ficamos meio trancados dentro de casa. No sábado perto das cinco larguei ele na casa de sua mãe e partimos eu e Summer pra casa do jax para tirarmos a saudade de nossos violões juntos. Ensaiamos algumas coisas pra tocarmos a noite, rimos, bebemos e foi outro momento forte da visita. Perto das oito larguei Summer em casa para renovar seu estoque de roupas, tomar um banho para nos reencontrarmos mais tarde. Quando o jax me buscou finalmente encontrei a Tati, buscamos Summer e fomos pro Paidéia.

Capitulo a parte o bar que agora tem outros donos, e 30% deles petistas, comunistas, socialistas que já penduraram um retrato do assassino argentino Che na parede, me deu um desgosto muito grande. Não consigo conceber aqueles poemas nas paredes, as estantes com livros e um retrato dele na decoração. Certo que, este pessoal não conhece a história da revolução Russa, o Camboja, Laos e outras histórias que envolvem o socialismo e que geralmente não são tão populares, assim como os feitos sanguinários do Ernesto. Uma hora ia fazer uma declaração e tal sobre isto mas demorei pra fazer e depois, quando lembrei o bar estava lotado de vermelhos e achei melhor evitar uma discussão política em pleno sábado a noite. O bar mesmo vazio estava muito divertido, o Vagner chegou bem na hora que fui falar com os índios. O véio apareceu por lá e pegou meu violão pernambucano e começou a tocar Black Bird dos Beatles que acabei cantando ao microfone, com o que lembrava da letra e fiquei deveras emocionado de tocar com um dos meus idolos locais. Tocamos as mesmas coisas de sempre, o jax cantou mais que eu tambem eheh pra variar e foi ótimo, muito divertido. Em determinado momento entrou uma galera no bar, coisas estranhas mesmo, fomos fotografados, o Vagner entrevistado e ficou muito estranho a situação, ficou todo mundo se perguntando "que porra é esta" no melhor paulistês. Capítulo a parte para Summer que estava no ponto máximo de conjunção de sua estrutura molecular e as partículas de etanol em seu sangue, lindo, tive uma das melhores noites com ela até hoje neste Sábado, com a trilha sonora hihihi.

No Domingo acordamos com o telefone e logo o Heitor chegou e consegui consumir o churrasco em paz porque na outra visita eu estava me contorcendo de dores do rota virus. Assistimos o "Tá chovendo hamburguer" e acho que eu e Summer aproveitamos mais do que o Heitor, muito engraçado. A última noite no meu quarto e as últimas horas antes de voltar foram tristes. Desta vez senti muito mais vontade de ficar que a outra vez, fiquei repensando, fiquei triste mas tive que assumir o meu compromisso.