6.12.10

As Ilhas da Corrente - Ernest Hemmingway


Na noite de ontem terminei de ler este que é mais uma das grandes obras feitas pelo Hemmingway. Conheci o autor tardiamente, este ano mesmo e até agora todos foram acertos.

O autor descreve aqui a trajetória de seu personagem mais auto biográfico, Thomas Hudson, um homem que aprecia a bebida, o mar e o auto-exílio. Este auto exílio não se trata apenas de uma fuga geografica mas também das pessoas, dos sentimentos ruins pelas dores da vida. O livro é dividido em 3 partes, a primeira é sua vida de exilado numa pequena ilha do Bimini onde vive com um amigo e passa boa parte do dia pintando. Lá recebe a visita dos seus três filhos. Duas partes marcantes nesta parte que foi a pesca submarina onde seu filho mais velho tenta pescar um peixe enorme por mais de seis horas. Em outro momento do livro um balde d´água e quando li este trecho tive um choque, uma coisa que já tinha sentido antes lendo A travessia do Cormac McCarthy, para quem leu ambos livros vai saber do que estou falando. Para quem não leu este livro vou deixar no suspense pois estragaria muito da estória.

Na segunda parte, Thomas vive em Cuba e sua "função" lá deixa várias dúvidas e na verdade nem é o foco desta parte. Para mim, esta parte serve para tratar das agruras acontecidas no fim da primeira parte, outra desgraça na vida de Thomas e também o seu amor impossível pela mãe de seu primeiro filho. Esta parte trata muito com o desejo do personagem em não comentar estas coisas, não sofrer, esquecer e tentar viver mesmo que numa vida que não se vive mas, se deixa passar. Na terceira parte que acontece durante a segunda guerra Thomas tem um barco e caça submarinos alemães na costa Cubana.

Como falei mais um grande livro deste que era muito citado em todos os livros de Buk. Não a toa, vários diálogos brilhantes e personagens mais do que carismáticos.

2 comentários:

Jorge Cerqueira disse...

Também li um do Hem, O sol também se levanta. Em Misto Quente o Buk fala que leu um livro do Turgueniev. A L&pm pocket tem um livro do Turgueniev sobre o primeiro amor. Deve valer a pena. Segundo uma crítica ou um dos diretores do filme Insolação, este tem influência de literatura russa. Acho que esse texto do Turgueniev pode tá lá. O Buk chama dostoievsky de Dos :) E ele cita o Faulkner também. E Dos Passos. Que não li, assim como o Faulkner. Buk é muito massa :) o/ Engraçado que tem um conto que ele pergunta: você queria ser Bukowski? uhahuahua sim, pra baixar o filme:http://laranjapsicodelica.blogspot.com/2010/12/insolacao-2009.html

Arlen disse...

O Sol...foi o outro que li dele e tenho outros cinco esperando eu terminar com o Bunny. O Faulkner eu fiz um esforço mas não consegui ler, talvez tente novamente outra hora.