29.8.11

Last Ones

Depois de quase 3 semanas de correrias, reformas, consertos, expurgo de coisas velhas, encaixotamento e etc na Sexta feira se deu a minha mudança. Cada dia da semana passada, após o trabalho eu tinha que fazer algo e foram momentos meio estressantes, cada hora que se entrava no apartamento se descobria outra coisa para fazer, mas felizmente deu tudo bem.
Na quarta à tarde ficamos sabendo da greve do trem que aconteceria na Quinta. O trem iniciou em 1984 se não me engano e as greves devem ter iniciado em 1986 e pelo que me lembro todos os anos acontece algo com os funcionários da Trensurb. O pessoal confunde serviço público com mamata, com salários altos, benefícios e tudo mais e não entende o significado ou não vê os pontos importantes de ser um funcionário público. O pessoal se esquece que enquanto todos os trabalhadores do setor privado se aposentam e recebem aposentadorias inferiores ao que receberam a vida toda e ao que pagaram ao INSS todo mês, durante no mínimo 35 anos de vida. No caso do funcionário público aposentadoria igual ao salário. O pessoal fez concurso para a Trensurb e nunca esteve satisfeito com os salários, benefícios e tudo mais e ao invés de irem embora, procurar outro emprego todos os anos fazem a maldita greve que FODE (desculpe o termo) com todas as pessoas que utilizam o serviço ou não. A grande Porto Alegre já é caótica porque muita gente não se dá ao trabalho de deixar o carro em casa imagine numa greve. Se fosse algo incomum a greve eu até entenderia, mas todo ano acontece. Sei que é difícil, mas se a situação do trabalho, salários é ruim procurem outra coisa pra fazer. No Brasil tá cheio de gente sem trabalho, muitas vezes formado, pós-graduado e etc, se vocês, funcionários públicos ou de qualquer setor acham que ganham pouco ou não o suficiente para suas capacidades, benvindo ao clube, o Brasil é assim, procurem seus direitos mas, não estraguem o dia-a-dia já difícil do resto da população. Cabe ressaltar também que a diretoria da Trensurb é uma porcaria, as reivindicações dos metroviários tinham sido entregues no dia primeiro de Maio e até agora nenhum comentário da direção. A diretoria fica pensando em melhorar isto e aquilo e o principal, que é o trem funcionando com um mínimo de qualidade não é prioridade. É preciso oferecer condições para o pessoal que vai de carro para trabalho e faculdade utilizar o trem e evitar o trânsito caótico na Br-116.
Na Quinta feira após o trampo terminei de encaixotar as últimas coisas e dormi para acordar cedo na Sexta Feira. Fui para o apartamento esperar a minha cama, o sofá-cama do Heitor e limpar algumas coisas. Almoçamos no restaurante novo de meus antigos bruxos de Ferrugem no Carnaval e fomos pra casa. Chegamos lá e o jax já estava esperando, o caminhão de mudanças chegou pouco depois. Carregamos tudo e descarregamos no Ap e foi cansativo apesar de ser pouca coisa. Sempre cansa. Eu e Summer ficamos lá arrumando as coisas, limpando e ela deu uma ajuda absurda. Neste meio tempo o pessoal da Oi em casa, duas pessoas montando meu antigo roupeiro e coisas chegando no correio, maior correria. Quando fui buscar o Heitor deixei Summer em casa. Passei na casa dos meus coroas para pegar algumas coisas e fomos pro ap pra tomar banho. Fomos jantar e quando voltei eu estava definitivamente na capa da gaita como se diz aqui, in Extreme South of Nowhere.
O Heitor ficou vendo um filme, pulando como um louco na cama nova, ele aprovou. Eu fiquei ajeitando isto, aquilo e não conseguia parar de arrumar coisas e quando vi eram 11:30 da noite e eu extremamente cansado. Fui pra cama e dormi assistindo aos Power Rangers. No Sábado acordei relativamente cedo, nove horas e tomei um café, abri as persianas e curti o amanhecer sob novo teto. Pouco mais tarde o porquinho acordou e fiz o café dele e fiquei estupidamente feliz que ele me pediu Nescau, coisa que ele tinha abolido de sua dieta meses atrás e muito me incomodava. Depois do café colocamos todas as roupas que ele tinha levado e fomos pra casa da minha irmã, fomos pro parque em frente e ficamos jogando bola mas o frio era demais, ficamos pouco tempo lá e nem o chimarrão ajudou muito. Almoçamos lá mesmo e comemos uma excelente feijoada que minha irmã fez, com uma discreta assistência minha cortando algumas coisas. Enquanto esperávamos a comida ouvíamos o Heitor jogando vídeo game e se divertindo com o João e o Marcelo. Depois do almoço ele quis ficar lá e fui dar um jeito numa mesa de jantar e uns sofás para a sala. Resolvido o problema passei na casa dos coroas para largar e pegar algumas coisas e nos encontramos lá. Peguei novamente o porquinho e fomos pra casa. Mais tarde o levei pra casa e tomei banho. Fui pra casa de minha irmã e fizemos um aquecimento pré buteco. Lá pelas dez e meia fomos para o bar, pois teria show da Jack Blues, uma banda bem legal de Esteio. Summer não foi e foi um saco a festa apesar de ter tido conversas inspiradas com o Ricardo, mestre. Acabamos saindo no meio do show da Fumegantes, banda dos filhos do Ricardo, genro e etc. Tomamos ainda algumas cervejas lá e fui pra casa dormir, tava muuuuito frio.
Acordei chateado no Domingo. Liguei para Summer e fomos almoçar quase duas da tarde. Depois fomos no supermercado e voltamos pro Ap. Saímos e fomos no chá de fraldas do sobrinho de Summer. Altos quitutes e voltei a ver a B ia que anos não via. Conheci a tia dela que mora no mesmo prédio que eu, logo, vizinha. Depois fomos pro ap, para as cobertas para assistir o Quarentena que Summer não tinha visto ainda, grande filme. Depois fui pra cozinha batizar o fogão. Saiu uma bela massa a bolognesa com direito a torradas e modéstia a parte estava bom. Antes de dormir assistimos alguns Family Guy e, mesmo que já os tenha visto acabei rindo muito.

Ninguém sabe dos gatos persas((Kasi Az Gorbehaye Irani Khabar Nadareth)) (2009) - Bahman Ghobadi



Já faz mais de um ou dois meses que eu e Summer assistimos este filme e este findi fiz um comentário que levou-a a comentar que "ainda não escreveste nada a respeito" e decidi curar esta injustiça. Talvez tenha sido o primeiro filme iraniano que assisti, mas pra não dizer que sou completamente avesso ao país eu li anos atrás um livro chamado "O vôo da Aguia", de Ken Follet com uma história que se passa por lá.

Este filme foi uma grande surpresa para mim por vários motivos. A estória gira em torno de um casal de músicos, um produtor multi-instrumentista e uma vocalista que ao saírem de uma prisão fazem uma jornada para procurar músicos, conseguirem vistos ou ao menos permissão para tocar e lançarem discos em seu país para irem para a Europa participarem de festivais e finalmente seguirem as carreiras que escolheram. É uma aula sobre os costumes do país, a repressão artistica, a dificuldade em montar uma banda no Irã e a manutenção de uma carreira já que para fazer shows ou lançar discos uma banda, artista precisa de uma autorização do governo. Qualquer ensaio em uma casa, estúdio já é motivo para uma batida policial e uma prisão. Além de todas as questões culturais que o filme aborda, as diferenças de um país dominado pela religião muçulmana e as suas peculiaridades o filme traz também um excelente registro sobre as bandas, o indie rock, o metal, o bluz, jazz e outros estilos que são produzidos por lá. A questão musical é impressionante e foi uma grande surpresa a qualidade das bandas e o filme atua quase como um documentário sobre a cena indie iraniana. Para mim, como músico e produtor amador fui imediatamente fisgado pelo casal que faz os papéis principais no filme. Além do casal ainda tem um ativista cultural, um cara que pode conseguir quase tudo para o casal em busca dos músicos para sua banda e é interpretado pelo comediante iraniano Hamed Behdad que também tem grande atuação.

Este filme foi feito por baixo de muita perseguição e muito da estória fictícia que se passa no filme tem muito a ver com a forma que ele foi filmado. O filme foi produzido pouco tempo depois que Ghobadi um outro filme seu, ainda em pré produção ter sido proibido. Este também foi proibido e filmado com câmeras toscas em virtude de não ter licensa. As tomadas externas são quase todas feitas dentro de um veículo para burlar a polícia. O filme foi proibido em seu país levando o diretor a colocar a película no torrent para que o mundo tivesse acesso a esta beleza do cinema.

Para quem achou a frase estranha, boa parte dos filmes iranianos possuem nomes enormes, frases. E ninguém sabe dos gatos é porque lá é proibido andar com cães e gatos nas ruas, entre outras coisas. Tem várias cenas que você vê gatos, nos porões das casas e é uma boa ligação com os músicos daquele país vivendo nos subterrâneos e como o próprio ator (também músico) do filme disse "Ninguém sabe dos gatos e dos músicos persas".


Se você tiver curiosidade de assistir esta pérola vai aqui.

18.8.11

Zeca Camargo tropeça bunito

De vez em quando leio o Zeca Camargo, as vezes ele fala coisas interessantes e obviamente não leio o comentário dos leitores. Eu gosto de algumas coisas que ele escreve mas desta vez ele pisou muito na bola em sua crítica ao Super 8, a impressão que tenho é que ele foi infantil demais pra não entender um filme que ele mesmo citou como impróprio para maiores de 12 anos, talvez devesse ter prestado mais atenção pra não ter dúvidas ruins ou mesmo culpar Spielberg e Abrams que se diz fã. No meu caso entendam um pouco de minha afetação e o fator “eu te afogo” da minha defesa do filme mas, não resisti e nem queria comentar o texto.

O texto dele foi este. Vamos aos pontos questionáveis nesta minha crítica da crítica (Criticos devem morrer) :

1)O primeiro critério para dizer que o filme decepcionou foi a bilheteria e deu uma complementada depois com sua crítica pessoal, aumentando a dose de decepção. Se um filme é decepcionável comparado com o valor arrecadado estamos perdidos e nem vou entrar em detalhes do que isto significa porque os meus leitores (os 3) são inteligentes.

2)A estória era “tão artificialmente amarradinha” sim, afinal tu nunca viste um filme envolvendo o nome de Spielberg que não fosse assim? Nem em Inteligência artificial, projeto iniciado com o Stanley Kubrick, um dos mestres em deixar as coisas para a imaginação do expectador o Spielberg não foi lá e explicou tudo tin-tin por tin-tin?

3)A premissa é exatamente o contrário ao que te referiste na parte “próprio Spielberg... deve ter dado uns palpites -, a certa altura, desistiu. Virou-se para Abrams e disse: “Bom, faz o que você quiser”…”. Se tu realmente fosses um fã do Abrams e prestasse bem atenção tu veria que o ET vai aparecendo cada vez mais detalhadamente do início para o fim ou seja, era justamente o contrário. O Spielberg queria mostrar o ET a todo momento e Abrams desfocava, acelerava a câmera e até que simplesmente desistiu.

4)“(sem querer entregar muita coisa, alguém pode me dizer como a nave do alienígena foi parar em cima da caixa d’água da cidade? ou o que exatamente ele construía no subterrâneo do cemitério?).” Caro Zeca Camargo, a nave do alienígena poderia parar em qualquer lugar que o Et quisesse. Talvez tu não tenha te ligado nos detalhes, mas ela era formada por cubos que se transmutavam, se moviam. Teve uma cena que mostra bem isto no filme que é a hora que o cubo (que o protagonista tinha levado pra casa, depois do acidente) sai voando pela janela. Além disso, o cubo aparece diversas vezes em formatos diferentes ou seja, ele se movia, não era simplesmente um material burro ou imóvel como um tijolo. Outra, subterrâneo porque o ET era um animal subterrâneo, isto também é afirmado no filme e se não me engano foram as próprias crianças que perceberam isto. Antes de criticar assista novamente e realmente veja se não foi uma falta de atenção tua. No mínimo tu tava arrumando o cabelo, lixando as unhas na hora e perdeu estas coisas.

5)É óbvio que as crianças seriam as espertas e os adultos os imbecis no filme. Você não assitiu Conta Comigo, Goonies? Mesmo que não tenha assistido fica bem claro no início do filme que o delegado, o pai do guri era pra ser maldoso, e as crianças inteligentes e tal? Seria uma boa hora pra ler o “O pequeno príncipe” também pois nas 3 primeiras páginas o Exupery explica algumas coisas sobre crianças e adultos que seriam válidas pra entender o mote. Os militares, óbvio são os maldosos também e o filme é pra ser uma visão infantil mesmo e é bem óbvio eles serem caricatos. Além disso, quando um militar não é caricato em um? Vou mais adiante, nos últimos minutos do filme o pai do guri não se toca de quão imbecil é se une ao inimigo e vai ajudar o filho? Entendeu agora porque? Tsc tsc tsc

6)O Et pendurou as pessoas de cabeça pra baixo um tempão para depois comê-las porque ele gosta assim, simplesmente isto. Quando tu vai no açougue tu te pergunta também porque os pedaços de carne estão pendurados? Além disso, qual a explicação para a menina estar viva quando os piás foram resgatá-la mesmo tendo sido capturada depois de muito tempo ou mesmo o Xerife estar vivo e dar aquele conselho completamente errado tipo “vamos por aqui” e foder com todo mundo. Tava tudo amarrado sim, tu que não viu e não espere ver um filme com o nome do Spielberg sem estar amarradinho e explicadinho. Nem numa parceria com o Abrams ele mudou.

7)“um ser tão incontrolável pode deixar-se dobrar com as palavras de uma criança, mesmo num universo “spielbergiano” é difícil de engolir” O ser não é incontrolável, ele apenas queria ir embora e...comer afinal todos nós comemos. E natural que o bicho estivesse com raiva de humanos, pense em ficar mais de 15 anos preso e sendo pesquisado por humanos? Outra coisa, se o alien fosse mau, trucidasse a criança ali não seria um filme do Spielberg não? Além disso, este momento explica mais uma coisa pra ti que não entendeu a morte da mãe do guri. O guri foi o único que aceitou a morte da mãe como uma coisa que podemos e devemos passar assim como as torturas que o Alien passou na mão dos militares. Se tu perceber vai ver que o pai dele não aceitou, o pai da menina e mesmo a menina não aceitaram muito também. A mãe do guri morreu (no roteiro do filme) exatamente pro guri aprender tudo isto e poder falar com o Et e convencê-lo. Se ainda não ficou claro pra ti tem outra explicação plausível (Spielberg as vezes dá duas explicações), a morte da mãe serviu para unir os dois irmãos que estavam separados, ou tu não percebeu que eles eram irmãos. Você acha que todo ódio que o delegado sentia sobre o pai da menina era simplesmente porque ele não foi trabalhar e foi culpado indiretamente pela morte da esposa? Isto as crianças não percebem Zeca, os menores de 12 anos, isto era coisa pra adultos.

8)Por último, apesar de um ser diretor e o outro produtor não precisa pensar muito pra ver que o projeto tem 4 mãos (Abrams/Spielberg). Você não pode ver o Super 8 como simplesmente um filme de Abrams ou comparar ele com o Cloverfield, é um filme com as características de cada um. Aquele esquema do ET aparecer desfocado no começo, câmeras rápidas, táticas para não mostrar tudo e tirar a graça do filme, isto era o Abrams. Um drama familiar, crianças sendo heroicas, tramas bem explicadinhas (mostrando com detalhes o ET no fim do filme) isto era Spielberg.

Jason Lytle

Já faz algum tempo, mais precisamente em 2000 quando ouvi o Sophtware Slump pela primeira vez que fiquei fã deste cara e o acompanho até hoje ouvindo tudo que ele lança tanto com o Grandaddy quanto seus outros projetos. Aqui tem uma excelente entrevista, possivelmente a melhor que ele já deu e me deixou 5 vezes ainda mais fã deste cara.

Idlewild e o Make Another World

O Idlewild é uma banda escocesa que iniciou seus trabalhos em Edimburgo em 1995. É formada por Roddy Woomble (vocais), Rod Jones (guitarras, backings), Colin Newton (bateria), Allan Stewart (guitarras) e Gareth Russell (baixo). Meu primeiro contato com os “Smiths da Escócia” (esta denominação não é minha) foi no falecido Lado B da MTV (bons tempos da emissora) pela música “I´m a Message” do “Hope is importante”. Ela é extremamente boa mas o disco não me agradou muito, punk e simplório (se é que isto não é redundância) demais para mim.

Com o disco seguinte “100 broken Windows” o som da banda se aproximou um pouco mais do pop e para minha sorte foi se distanciando mais do punk. Na verdade não tenho nada contra o Punk, o lance era que eles mesmos não agradavam muito com este som. Neste disco que foram apelidados por alguns sabidões da crítica músical de “Smith escoceses” e nem em outra dimensão eu poderia achar esta afirmação verdadeira, mas é fato que o som ficou bem melhor. E desta vez não havia apenas uma ou duas músicas ótimas e uma penca de coisas medianas, muitas coisas boas e considero um dos grandes discos dos caras. Além disso, é um disco de transição do início da banda e odeio falar isto, mas amadurecimento do som e das metas dos caras. O “Remote Part” de 2002 segue uma linha bem parecida que o anterior, mas para mim bem inferior e um disco não tão importante para a discografia da banda.

Em “Warning Promisses” de 2005 a coisa começou a pegar preço. A velocidade das músicas diminuiu bastante, pois mesmo a banda tendo deixado um pouco de lado o punk nos discos anteriores, a velocidade sempre foi uma constante, os caras tinham pressa mesmo. Este disco como o próprio vocalista afirmou é uma coisa completamente diferente do que a banda estava acostumada a fazer. O trabalho de guitarras e a produção é impecável e foi neste disco que o guitarrista Allan Stewart que acompanhava a banda em turnês foi convidado a entrar realmente na banda e muito possivelmente isto fez uma grande diferença porque realmente são guitarras ótimas. Apesar de ser um disco bem diferente “I understand it” a quarta música entraria facilmente no “100 broken Windows”. Este disco foi gravado duas vezes. Na realidade é uma estória bem estranha. Logo após a turnê do disco anterior eles alugaram uma casa para compor as músicas nos interiores da Escócia. Para a gravação foram a Los Angeles e o resultado não agradou muito a eles e menos ainda a gravadora deles na época. Refizeram todo o trabalho na Suécia, e apenas “I understand it” das sessões em L.A. foi aproveitada.

Em 2007 veio o melhor álbum dos caras. Para mim seria algo como o “Hope is” a adolescência, o “100 Broken...” a pós adolescência, os 20 anos, o “Remote Part” seria os 30 anos e o prelúdio de toda a maturidade que viria com o “Make Another World” que na minha cabeça identifica algo como 35 anos o que pra mim é a maturidade, na maioria das pessoas. Ele inicia rápido como nos primeiros discos “In competition for the worst time” traz algo bem parecido com o “Hope is”. Os vocais de Roody estão perfeitos e as guitarras são um primor a parte. A produção também é impecável e o disco para mim é bem pop, seria algo que o U2 ou o Kings of Lion deveriam estar fazendo de forma correta, mas no caso dos dois últimos só é pop, o bom gosto ficou de fora.

Outro ponto importante é agradar a todos os fãs da banda. Cada faixa lembra um pouco o passado da banda, a época mais punk, a época mais doce quando era comparado com Smiths e a nova fase da banda iniciada no disco anterior. Mesmo lembrando os outros álbuns as melodias extravasam em todos os sentidos os discos anteriores. O disco foi gravado no estúdio particular da banda com o produtor Dave Eringa que também tinha produzido “100 Broken” e “Remote Part”. Ainda não tive a oportunidade de escutar atentamente o “Post Electric Blues” que foi lançado em 2009 mas para mim o melhor disco é sem dúvida o “Make Another World”, o disco que além de relembrar os discos anterior fazendo citações ao estilo e particularidade de cada um deles traz ainda as melhores melodias criadas pelos escoceses.

16.8.11

James Franco

Mas este cara é legal hein?

Fiquei sabendo ontem que ele assumiu o Blood Meridian, filme baseado no livro de Cormac McCarthy. O filme andava parado há muito tempo, desde 2006 que escuto burburinhos a respeito de um filme mas muita gente passava por ali e ninguém dava continuidade a idéia, felizmente o cara assumiu e eu espero que desta vez a coisa realmente ande.

Pra quem não sabe é uma estória que se passa no sul dos Estados Unidos no século XVII com pitadas generosas de violência e religião na mesma proporção e com o selo de qualidade do McCarthy. Deu até vontade de ler novamente.
Além desse projeto ele está envolvido em um filme que cita outro mestre, que muitos associam ao McCarthy que é o Faulkner. O filme é baseado em I Lay Dying.

Skyline (2010)



Ontem assistimos a este filme que conta outra invasão alienígena e no decorrer deste ano muitos filmes com esta premissa serão assistidos por mim e Summer. O filme foi produzido e dirigido pelos irmãos Strause e pelo que vi haverá outros, no mínimo uma continuação. Estes dois irmãos Colin e Greg são responsáveis pelos efeitos especiais de 2012 e Avatar e apesar do filme não ser grande coisa em questão de roteiro e “clima”, os efeitos são ótimos com destaque para a nave caindo em Nova York depois de ser atingida por um míssil nuclear.

O filme demonstra bem o que Stephen Hawking já disse sobre contato com extra terrestres. Através de uma mensagem que a NASA envia ao espaço alienígenas vem para a terra e e não é para ir ao Wallmart e sim para a destruição completa da raça humana. O roteiro do filme é terrível e este esquema da NASA fui ler em outro site porque não ficou muito claro no filme e tem muitas coisas sem sentido ou explicação. Os atores são horríveis, atuações péssimas e não tem ninguém que realmente seja carismático ou domine a situação por ali, num contexto assim Tom Cruise seria um ótimo ator. Mas no víes efeitos especiais e cenas bem feitas o filme tem nota nove, muito bom mesmo.

Last Ones

Na Quinta e na Sexta feira assistimos filmes antes de dormir o que quer dizer que no dia seguinte pra levantar da cama foi bem desagradável ou, mais desagradável que o normal. Na Sexta no trabalho o tempo passou bem rápido e como já falei as coisas estão calmíssimas com este lance de utilizar uma tecnologia nova/desconhecida para mim. Estou naquele aprendizado de ficar lendo PDF´s e conceitos novos e acabei fazendo minha primeira “tela”, algo bem simples. Resumindo, ARS tem novos conceitos, é diferente e pelo que vi tem pouca coisa a ser programada a mão, é tudo com o mouse e tirando a dificuldade de aprender os conceitos novos e se familiarizar com as coisas acho que em breve estarei produzindo normalmente, como meus colegas aqui.

Na saída aquela sensação de dever cumprido e corri pra casa pois teria um evento da escolinha do Heitor. Cheguei em casa e ele já estava de banho tomado, a mãe disse que ele estava tão sujo que achou melhor dar banho nele. Tomei um banho e fomos para a casa do gaúcho, onde teria o evento, uma janta com apresentação de todos os pimpolhos da creche. Sentamos eu e ele com um coleguinha dele e seu pai. Eles dois não paravam de viajar e o pai da outra criança era meio lerdo, meio controlado pelo filho e tal e na hora de comer foi um tanto complicado pois o guri mal comeu e já estava incomodando o Heitor pra ele se levantar e ir brincar e tive que dar uma segurada em ambos. O Jorge e a Sandra e os pimpolhos também foram lá e conversamos bastante, estava legal. Saímos de lá com o salão quase vazio e eu e o Heitor estávamos morrendo de cansado, ele parecia bêbado quando chegamos em casa, correu muito, brincou muito e as calças dele estavam num bagaço.

No Sábado acordei cedíssimo e deixei ele na cama pois tinha algumas coisas pra fazer no ap e a ideia seria pegar ele mais tarde quando acordasse, mas pouco antes de eu sair de casa ele colocou a roupa sozinho, lavou o rosto e desceu as escadas. Ele ficou tomando café enquanto eu e o pai fomos buscar uma porta para levar ao apartamento, comida nova para os cupins. Depois de largarmos a porta fui pra casa e peguei o gordinho e outras coisas e fomos pro Ap. Saímos e passei numa ferragem para comprar algumas brocas. Passei no correio e peguei a encomenda do ano que já me deixou morrendo de curiosidade e excitação pelo conteúdo, que só fui ver mesmo de madrugada, coisa linda. Comprei um presentinho pra ele que ele tinha pedido na semana anterior, formas de gelo e alguns utensílios. Depois fui ver um sofá cama pra ele, estava quase decidido já mas fui buscar Summer para o almoço e também para dar aquela opinião feminina toda especial. Almoçamos e tomamos um café no solzinho. Não consegui fechar o negócio do sofá porque o lugar estava lotado e só finalizaria perto das seis. Fomos no ap e o cara que arrumaria os marcos estava por lá, Summer começou a faxina no banheiro e a Sheila, Júlia e uma amiga passaram por lá pra pegar uns filmes comigo. Consegui colocar os ganchos e suportes no banheiro. Joguei fora boa parte das caixas de papelão que estavam na garagem e por muito pouco não dá pra colocar o carro lá dentro. Ainda ficaram algumas coisas grandes e pesadas pra jogar fora e esta semana terei que dar um jeito. Largamos Summer em casa e fomos pra casa pra comer algo e pegar as coisas do Heitor.

Depois que larguei ele fui pra casa e fiz o de sempre, o “prequel” da noite de sábado tomando uma ceva, iniciando a chapa preta, lendo mails, tomando banho, fazendo a barba e ouvindo meus cds que tanto me deixavam com saudade quando estava em Recife. Liguei pro jax e combinamos de nos encontrar no bar, peguei Summer depois das dez e foi uma das raras vezes que não fomos os primeiros a chegar no bar, mesmo assim a melhor vaga era a minha.
Tava bem legal a noite mas a Tati estava bem cansada, o jax estava de mudança e eles passaram os últimos três dias fazendo mudança e limpando a nova sala do escritório. As duas e meia fomos embora pois o Domingo seria cheio para ambos e teríamos que acordar um pouco mais cedo. No Domingo levei Summer pra casa e busquei o Heitor que entrou no carro chorando, meio confuso, mas depois ele estava todo animado e brincou bastante com minha irmã e com as crianças que lá estavam. Levei-o pra casa e fiquei bem cansado, arrumei algumas coisas e depois fui buscar Summer e levar coisas no ap. Tinha que ir ao supermercado, mas estava num bagaço e deixei pra ir outra hora.

10.8.11

Super 8

E depois de muita espera e quando digo muita espera estou sendo bem fiel ao sentimento. Passaram meses que vi o primeiro teaser, na época o piloto de um filme que anunciava a união de dois monstros das telas, JJ Abrams o pai de Cloverfield/Lost/Fringe e o pai de ET, Contatos imediatos, Lista de Schindler, Resgate do soldado Ryan(e paro por aqui pois a lista é algo perto do infinito).
Adams apesar de ser novo nas telinhas e telonas emplacou Lost uma das séries mais faladas da última década, série que nem vi e também Fringe, outra que não acompanho e nem vi muita graça mas muita gente que admiro curte pra caramba. Spielberg é um caso a parte. Ao contrário de muitos diretores começou fazendo blockbusters , filmes com megabilheterias, e aos poucos começar a fazer filmes menos fáceis e mais “alternativos” e nos últimos tempos pelo menos no meu caso cada série, filme ou projeto com seu nome já me deixa empolgado e excitado pra conferir.
Mas voltando ao primeiro teaser a sequencia de poucos segundos já anunciava algo genial e emocionante com o acidente do trem (que não tem nem 10% dos detalhes e efeitos do que acontece no filme) e um vagão de trem sendo esmurrado internamente por algo e quando digo algo é justamente isto pois até então ninguém tinha certeza do bicho enfurecido que se encontrava dentro de um vagão. Assistindo ao trailer as únicas certezas eram os protagonistas, crianças com cameras super oito na mão tentando fazer um filme amador, um enorme acidente de trem que carregava em seus vagões um monstro, um alien, uma vaca louca, etc. Apesar do choque inicial pouca coisa surgiu na internet além de especulação ao redor do filme e muito tempo rolou para só no fim do ano passado, início deste ano surgirem outros teasers, trailers e material promocional a respeito do filme.
Ontem minha tortuosa espera terminou. Alguns colegas aqui estavam com um drive externo e alguém falou “super oito” e já levantei da cadeira e fui conferir, era realmente uma cópia em bom estado de um dos filmes mais esperados por mim até hoje. Se atentem, não estou dizendo que foi o melhor filme que já vi, mas o mais esperado com toda certeza e talvez só outro filme foi tão esperado por mim e não por acaso foi “O retorno de Jedi”, outro filho de Spielberg.
O filme é muito mais Spielberg q Adams. No início aquela sequencia fácil e mastigada e explicadinha que só Spielberg pode fazer. O acidente que mata a mãe do protagonista mais importante dos personagens da trama. Esta morte e até a forma como o protagonista lida com esta perda será utilizada num momento importantíssimo para o filme e para o desfecho da estória. Já faz um bom tempo que assisti Conta comigo, filme bem antigo de Spielberg baseado num livro do Stephen King e acho que o Super 8 tem muito deste filme e a outra referência seria Cloverfield, de Abrams. Amizade entre crianças e seus pactos, sua fidelidade. Aquela amizade que só acontece na juventude e poucas vezes são superadas no decorrer da vida das pessoas. Cloverfield, pois as primeiras participações do “bicho” não revelam detalhe algum, cameras rápidas, escuridão, flashes e nem depois de assistir as cenas algumas vezes você conseguirá imaginar o bicho com seus detalhes. Só nas partes finais que ele realmente vai mostrar sua cara e mesmo assim não é algo facilmente assimilável.
Se você pretende ver o filme e não quiser saber alguns detalhes melhor parar por aqui, apenas peço que preste muita atenção quando as crianças começarem a filmar, na estação do trem.
A cena do descarrilamento do trem é um primor e não me lembro de ter visto isto muitas vezes no cinema, mas mesmo assim me arrisco a dizer que foi a cena mais perfeita que já vi, com trens envolvidos. Por alguns minutos fiquei com os olhos vidrados olhando tudo e tentando encontrar detalhes significantes pra trama. A partir desta cena tudo lembra bastante o caso Roswell. Coisas estranhas começam a acontecer na pequena cidade Lilian como cachorros desaparecendo, motores de carros sendo roubados, cabos de energia elétrica sumindo e a cidade se torna um caos sobre humano, adicione a presença da força aérea americana no cenário e você terá um rabisco do inferno feito em Paint. Toda cena do descarrilamento acabou sendo registrada em super oito pelas crianças acidentalmente e cabe ressaltar aqui que o filme se passa em 1979, portanto se prepare para ouvir The Cars, fones de walkman, um personagem falando “Posso gostar de disco music novamente” e por ai vai.
Passei um bom tempo odiando os filmes de Spielberg por explicarem tudo tintin por tintin e não deixarem nada para o expectador adivinhar ou escolher sua própria interpretação mas tenho que me render que nos últimos anos só saiu coisa boa com o nome dele e mesmo super oito em determinados momentos ter caído neste mesma armadilha das explicações aqui isto ocorre numa frequência bem menor e nas horas que ocorre não tira o clima do filme. Outra coisa a se ressaltar são os personagens e o carisma envolvido, a trama apaixonante e coisas que costumava encontrar nos livros de Stephen King e não tem como não pensar nele assistindo este e outros filmes de Spielberg, aquela coisa americana pré anos oitenta ao extremo. Têm alguns momentos piegas no filme, aquele antigo personagem odiado virando um bom moço, pais e filhos, amigos juvenis, amor juvenil e aquela coisa, mas, nada disso ofusca a beleza do filme.
Quanto a Adams, eu um cara que nunca acompanhei ou assisti Lost me declaro fã incondicional das táticas deste monstro marqueteiro e de sua capacidade para filmes de monstros onde o monstro praticamente não aparece deixando tudo pra imaginação do expectador. Deve ter sido difícil pra ele convencer o Spielberg a não mostrar o bicho, mas aparentemente ele conseguiu fazer isto boa parte do filme. Os detalhes da nave também são impressionantes e este filme só serviu de avalista para eu assistir e acompanhar estes dois por mais um bom tempo.
Pra mim foi um grande filme. Tinha tudo pra odiar ele de tanto tempo que esperei e tudo que eu esperava que seria e talvez nem ter sido tanto quanto esperava mas mesmo assim foi incrível e todo ano eu deveria assistir algo assim. As cenas do descarrilamento, os primeiros “ataques” do alienígena, a montagem da nave foram as melhores partes, as mais emocionantes. Mesmo o clima meio Conta comigo/Goonies do filme, isto em nada tirou a beleza final da coisa toda. Poderia afirmar sem me arriscar que o filme fala muito mais de amizade, fidelidade e aceitação de coisas que não podemos mudar e um pedido de desculpas ao planeta e ao mal que fizemos aos outros do que propriamente um filme sobre extraterrestres.

Brown Bunny

Depois de muito tempo assisti a este filme de Vincent Gallo. Já não é um filme recente e durante suas primeiras exibições em festivais causou muito furor muito mais por causa de uma cena particular do que propriamente como sendo um grande filme, muito pelo contrário. A cena em questão trata-se de um sexo oral incrivelmente explícito de Chloe Sevigny no ator principal e também diretor e produtor e em muitas cenas câmera e diretor de fotografia Vincent Gallo. Não tenho nada contra isto e acho que nem as pessoas que criticaram tudo isto, mas a verdade é que a cena em questão é muito mais um fetiche dele, uma tara do que algo realmente importante para o andamento do filme. Na verdade a coisa chega a ser até um tanto perturbadora pela inutilidade do momento e dá uma certa pena da atriz se é que ela também não fez isto propriamente pelo fetiche mas neste caso seria mais digno eles terem feito isto com as câmeras desligadas.
Eu gosto muito do Gallo tanto como ator quanto diretor, mas neste filme fica um tanto difícil curtir e na verdade fica mais aquele sentimento que permeia alguns filmes (127 hours, Irreversível etc.) em que você assiste toda a exibição esperando um momento em particular e muitas vezes a parte em questão é mais importante que o conteúdo todo.
O filme é chato ao extremo e pouca coisa se aproveitou e nem a parte tão falada sobre o tal boquete conseguiu salvar alguma coisa. Cabe ressaltar que a trilha sonora do filme era legal e até onde me lembro eram músicas do próprio Vincent Gallo.

Last Ones

Na segunda-feira da semana passada as coisas mudaram bastante e tenho corrido muito, desde então para resolver uma série de questões pendentes. O gatilho disso tudo foi que finalmente fui contratado por uma empresa e diria que das que estava “concorrendo” foi a que mais me agradou. Desde que recebi esta ligação tratei de correr para juntar toda a documentação admissional e também para resolver as cosias referentes ao meu novo endereço.
Na quarta-feira estavam todos os documentos e exames prontos, mas as coisas com a nova morada ainda estão correndo. Tive que comprar algumas coisas para o AP e fazer algumas reformas. A inquilina anterior era uma verdadeira porca que além de ficar devendo muita coisa não só para mim, mas para a imobiliária e outras pessoas e serviços que contratou. O tanque da lavanderia, por exemplo, tinha a maior gambiarra da face da terra e estava em situação horrível. Na sala havia um ventilador de teto completamente inútil que tive que mandar tirar. Interruptores e tomadas que fui obrigado a trocar antes de pensar em mudança.
A parte elétrica está toda resolvida e joguei fora o ventilador de teto. O piso foi resolvido e o piso foi outra dor de cabeça, pois tinham lajotas quebradas e a imobiliária que estava alugando o apartamento deveria ter cobrado isto da inquilina quando fez a vistoria. A imobiliária não cobrou e nem assumiu o prejuízo por ter feito aquela vistoria precária. Nem ao menos avisou do problema quando o apartamento foi entregue e já que eles “achavam” que a inquilina não tinha responsabilidade sobre aquilo, deveria ter ao menos avisado do problema. Geralmente falo mal de coisas, pessoas e organizações e evito ser muito especifico dando nome aos bois, mas neste caso acho importante citar a Imobiliária Luz. Se você tiver algo para alugar para alguém e os utilizar, fique de olhos bem abertos, se estiver distante como eu estava ( em outro estado) talvez seja melhor escolher outra imobiliária. Eu fiquei tremendamente decepcionado com a postura deles de não arrumarem o piso que pra mim era mais do que óbvio que eles têm a responsabilidade sobre isto já que não cobraram da inquilina. Sem contar outras coisas lá dentro que deveriam ser resolvidas e não foram.
A conta da energia elétrica já foi transferida para o meu nome e já foi corretamente ligada. A cozinha está praticamente pronta e agora preciso comprar um lugarzinho quentinho pro meu porquinho dormir.
Ainda na segunda-feira teve aniversário do meu sogro e a minha querida sogra fez 3 lasanhas maravilhosas que me esbaldei um tanto envergonhado de tanto que comi. Levei duas garrafas de Santa Colina e eu, Summer e a Simi ficamos um tanto risonhos e molengos e foi massa.
Na quinta feira da semana passada eu e Summer nem fomos ao bar. Na semana anterior tínhamos ido e além do preço não razoável para uma cerveja, nos cobraram couvert mesmo sendo os únicos clientes lá dentro. Ao invés de reclamar achei melhor não ir e muito possivelmente não iremos là na próxima quinta feira. Estava ótimo ficar em casa, fomos dormir tarde e bebemos um bom vinho Uruguaio de preço razoável. Na Sexta foi meio desconcertante acordar cedo e no fim se mostrou inútil. Fiz esta aventura de acordar cedo pra receber umas coisas que chegariam no ap que, não chegaram e apenas me fizeram perder tempo. Fiz muita correria para o Ap na Sexta de tarde e fui na ferragem todos os dias com exceção do domingo que a mesma estava fechada. O Heitor dormiu comigo na Sexta e eu estava no maior bagaço. Acordei cedo novamente no Sábado para receber as coisas que não tinham sido entregues no dia anterior e felizmente correu tudo bem. O porquinho ficou na casa dos meus pais e depois o busquei e ficamos lá no Ap limpando coisas, arrumando e etc. Depois que o TINGA montou os armários da cozinha e colocou a pia, verificamos que ele cobrou caro e não terminou o serviço pois não tinha uma faca para cortar a mangueira da pia e quando eu fiz isto detectei probleminhas de vazamentos. Quando ele terminou fomos almoçar, quase duas da tarde, todos morrendo de fome e o porquinho ficou muito feliz de ver Summer por lá também.
Depois do almoço compramos algumas coisas no supermercado e abastecemos a geladeira e fizemos o teste da cerveja, aprovada e com mérito, acho que eu e a geladeira nos daremos muito bem. Passamos numa loja de utensílios domésticos, tentamos fazer a chave do cadeado da garagem e até agora quando escrevo este relato ainda não consegui abrir a garagem. Perto das sete fechamos o ap, larguei Summer em casa e fui levar o porquinho em casa.
De noite fomos ao bar um tanto receosos com o que ouviríamos. Eram duas bandas, uma de Esteio (de um cara que tem outra banda horrível) e a Rock Legs, uma banda só de meninas. Nada contra banda de meninas afinal estão ae o Dum dum girls e o Warpaint que são prediletas da casa. O problema foi termos visto algumas informações sobre elas dizendo que gostavam de roque gaúcho e que aparentemente tocam de pernas de fora , e a guitarrista nunca tinha tocado nada antes de formar a banda, enfim coisas que aparentemente tiram qualquer chance da banda nos agradar, muito medo. O bar estava praticamente vazio quando chegamos como realmente acontece e aos poucos foi chegando o pessoal. A Tati apareceu também e a Rock Legs abriu a noite. Ficamos sentados conversando e bebendo e nem vimos a performance e tal mas, o som nem era tão ruim. Aquele repertório misturando coisas hippies com hard rock, aquela farofa toda, mas como falei era legal até e não incomodou como acontece com algumas bandas que tocam geralmente por lá.
Os papos estavam muito divertidos e Summer confirmou uma coisa que eu já tinha cantado a pedra antes e tal, aliás, confirmamos várias coisas. Depois veio a tal da Caronna, a outra banda da noite que confirmou todo o receio e medo que sentia antes de vê-los tocar. Aquela coisa de cover de TNT, Cascavelletes, Garotos da Rua e nada contra as citadas, mas contra as bandas que insistem em fazer cover disso sem muita personalidade. Apesar de eu conhecer uns dois ali da banda me desculpem, mas o som de vocês é horrível, para mim e para Summer e fiquei com saudade de 2003 em que via bandas tocando suas próprias músicas e os covers sempre ficando em segundo plano. Hoje em dia ou ao menos ali no bar predominam bandas cover e para isto me agradar o repertório delas precisa ser decente ou a banda tem que tocar decentemente e não foi o que vimos.
No Domingo voltamos ao apartamento e rolou mais servicinhos e limpezas a parte e claro, degustação de cervejas. Achei por bem testarmos novamente a geladeira ;)
Hoje comecei a trabalhar e consegui acordar atrasado no primeiro dia, sorte a instrutora ter se atrasado também. No início é um saco e preciso ter paciência e lembrar que isto é inevitável (ter que trabalhar). Espero que até o fim da semana consiga resolver tudo para me mudar para o ap o mais urgente possível pois tá dando gosto de ficar por lá e a liberdade envolvida em tudo isto. Cabe ressaltar que vai dar uma certa tristeza de ir embora da minha casa e meu quarto que guardam tantas recordações e facilidades mas, já estava na hora de sair.