22.6.12

Young Adults (2011) – Jason Reitman


Jason Reitman é um canadense legal. Ele também faz filmes e claro, por isto acho ele legal. Minha admiração começou com o “Thank you for smoking” um dos filmes mais irônicos e engraçados que já vi e tipo eu gosto bastante de ironia. Além disso ele fez o Juno que convenhamos é um grande filme também. Associe isto a idade do cara, 34 anos e as referências aos anos 90 e 80 que ele coloca em alguns filmes e pelo menos dois deles terem a Diablo Cody no roteiro, pronto, é um cara legal não?

Neste, conhecido aqui como Jovens adultos (que refere-se a série de livros que a pseudo ghost writer e personagem principal do filme escreve) conta, ironicamente claro sobre aquela crise de idade que 98% das pessoas passam e mesmo que não enfrentem problemas sérios com isto, todo mundo sente a nostalgia do passado, sempre acredita que algo, antes disso já foi melhor do que é agora. O filme tem a excelente atriz Charlize Theron no papel principal numa atuação mais do que incrível, coisa que muito provavelmente nem era necessário mas tem pessoas que, sempre jogam pra ganhar. O papel dela é muito legal também pois convenhamos ela aparece bêbada mais da metade do filme, em 25% ela está comendo e bebendo refrigerante e nos outros 25% está fazendo papel de idiota. Tudo pra dar certo.

Tudo começa quando ela recebe o anúncio do nascimento da filha de um ex namorado dos tempos de high school e decide ir lá pra reatar com o casado, ex namorado, sim foi isto mesmo. Ela volta a sua cidade natal, uma cidade que ela odeia e para pessoas que ela odeia. Mesmo sendo ela uma “escritora” de uma série que já foi um grande sucesso e morar em um belo apartamento, ter dinheiro e aparentemente sucesso na vida, a vida dela é um caos, ela não está feliz e sofre sérios problemas. Agora imaginem esta louca tentando reatar com seu ex que, está completamente feliz com o nascimento da filha e com seu casamento.

Se tudo isto ainda não bastou pra dar aquela vontade de assistir, o início do filme ela tira uma fita, sim uma fita e coloca no toca-fitas do carro e, começa único e simplesmente The Concept, do Teenage Fanclub, uma das melhores músicas compostas por nosso amigo Gerard Love. E tipo, ela canta junto ainda e volta a fita várias vezes e eu e Summer acabamos chorando algumas vezes só com este começo até que eu falei “não tem como não gostar deste filme depois disso” e, realmente não tem como. Fora todos os outros excelentes momentos, nos diálogos, nas ironias e, na trilha sonora, rola Low do Cracker, Replacements, Dinosaur Jr e mais uma porrada de coisas boas. Até eu estou enfrentando uma crise neste momento. Grande filme e grande cara o Jason.

Ride – Live at the Brixton Academy (2012/1992)



E eis que vinte anos depois o Ride relança o disco ao vivo gravado no Brixton Academy. A qualidade do repertório e do som são impecáveis e não ficaram de fora Nowhere nem Vapor Trails as minhas prediletas. As guitarras são incríveis (pra variar) e é um show infernal de bom e aconselho muito a busca deste, para os shoegazers de plantão.
Tracklist
01 – Leave Them All Behind
02 – Taste
03 – Not Fazed

04 – Unfamiliar
05 – Like A Daydream
06 – OX4
07 – Perfect Time
08 – Twisterella
09 – Drive Blind
10 – Making Judy Smile
11 – Nowhere
12 – Vapour Trail
13 – Chrome Waves
14 – Mouse Trap
15 – Dreams Burn Down
16 – Time Of Her Time
17 – Chelsea Girl

21.6.12

Missing You

Desde já deixo aqui uma promessa. Se o A Place to BuryStrangers tocar Missing You (óbvio que estarei desde a metade do show pedindo ela) eu vou tirar meus protetores auriculares e (insira aqui a sua gracinha “ficará surdo pra sempre”) vou escutar ela até o fim sem eles.



Ringo Deathstarr

E ao que tudo indica o novo álbum da melhor banda de Austin, que recentemente abriu os shows do Smashing Pumpkins o Ringo Deathstarr está com o disco novo pronto. Será lançado dia 24 de Setembro e foi produzido por Elliot Frazier, o guitarrista, vocalista e cérebro da banda. O tracklist segue abaixo :
1. Rip
2. Burn
3. Drain
4. Slack
5. Brightest Star
6. Drag
7. Fifteen
8. Girls We Know
9. Nap Time
10. Waste
11. Do You Wanna?
12. Please Don’t Kill Yourself
13.
Wave

Aguardadíssimo por mim, como todos os outros releases este deve ser o grande disco da banda que tem crescido a cada música que surge. A banda estará no Brasil e tocará no Popfest juntamente com os amigos da Loomer e da excelente Magic Crayon nos próximos meses.  A lista do micro festival traz muitas coisas excelente como a The Concept, outra predileta da casa e a Inverness.

Teenage Fanclub

E parece que a boa recepção ao Shadows, disco de 2010 do Teenage Fanclub deixou os integrantes contentes pois ao que tudo indica estão se preparando para entrar novamente em estúdio para gravar o sucessor do excelente álbum anterior.

18.6.12

Show 7to9 e Loomer


As oito horas me mandei pro bar com meu equipamento e logo logo tava 75% da 7to9 e 50% da Loomer por lá. O equipamento pra voz já estava montado e ficamos por lá esperando o Stefano chegar. Eu não tinha muita vontade de passar o som,uso sempre o mesmo amplificador o que tira um pouco a finalidade, pelo menos para mim mas, teria passado se a banda precisasse, no fim nem passamos e em determinado momento falei pra eles que ia em casa trocar de roupas, pegar o merchandising da banda e pegar minha maior, melhor e mais bonita fã.

Em casa nos preparamos e 40 min depois já estávamos no bar, o tempo foi passando e o pessoal da Loomer decidiu passar o som e serem os primeiros da noite. Ficaram um tempo bom passando o som o que acabou proporcionando num som ótimo, claro aliado a qualidade dos equipamentos, show com equipamento bom é outra coisa. Um Giannini valvulado e um FEnder Princeton é outra coisa ainda mais com guitarras Jaguar. Ficamos meio preocupados com o público, parecia pouca gente e eram quase meia noite já.

Depois que terminaram a passagem de som, descansaram por uns 20 ou 30 minutos e a pressão do pessoal do bar para o início dos shows começou. Eu aguentei um certo tempo, não gosto de ficar pressionando as pessoas mas acabei falando pra eles, quando quisessem poderiam começar e, logo começou. O Tsunami foi incrível, dava gosto de ouvir aquilo tudo e me lembrei de todas as vezes que vi aqueles shows murrinhas de algumas banda ali naquele mesmo palco. O show foi incrível, sou suspeitíssimo de falar algo, adoro eles, a banda e tudo mais. Tocaram músicas novas que estão mais do que ótimas, as antigas, ótimas também e um dos melhores covers que podiam tocar, Lovelee Sweet Darlene do My Bloody Valentine, terminando com o cover de Second Come que entrou para o tributo a antiga banda dos anos 90.

Outro momento incrível foi a Liege falando que estava muito feliz com o retorno da 7to9 aos palcos, a felicidade que estava de dividir a noite com a gente e isto não tem preço, enchi os olhos de lágrimas, foi emocionante. Quando terminaram eu fiquei na rua conversando e o Aquiles e o jax foram mudar os amplificadores de lugar pq ele não queria tocar no meio de nós. Uma hora vi que tinha que ir pro palco, estavam todos lá. Montei tudo muito rápido, coloquei baterias no pedal e tal, cabos novos e foi rápido e logo estavamos iniciando o show.

Começamos com Speed Marie, Life is true e Between his heart, estas duas debutando, assim como Man Ape e Into the Cities que vieram depois. Tirando State of Grace, a última de nosso pequeno repertório até o momento, que saiu muito cagada, acho que todas as outras foram ótimas eu me diverti pra caramba e gostei muito. Mesmo com a execução pífia e comprometedora de State of Disgrace(como falou o Aquiles depois) eu não tinha como perder o humor. Foi o primeiro show com minha guitarra e foi ótimo pra mim. Agradeci todo mundo e dei umas cutucadas no público de Esteio que a meu ver teria que ter ido em maior proporção. O pessoal da Saturno de José estava lá em peso também e foi outra grande satisfação para mim, o Andrio ali embaixo e a Liege assistindo atentamente o nosso show, foi massa.

No fim de nosso repertório intimei todo mundo pra tocarmos Stop, do BRMC já que tinha prometido ao Ruben Boeira que estava lá e tocamos All my ghosts do Franck Black e mesmo sem o solo de duzentas mil notas ficou legal. Depois disso o guel e o Aquiles sairam do palco e eu e o jax tocamos Contender do Pains of being pure at heart e acabamos chamando o Stefano pro palco, pra tocar bateria. Dae simplesmente começamos a tocar várias coisas dos anos 90, Dinosaur Jr, Pixies, Placebo (que a Carine pediu) e outras coisas, foi lindo.

Espero do fundo do coração que isto se repita, foi muito bom.

9.6.12

Back to the roots






Semana que vem no Espaço 711 vai rolar o retorno da 7to9 aos palcos. Estaremos infinitamente honrados de tocar com a melhor banda do RS, a Loomer que vai usar e abusar dos Bigmuffs e Reverb Reverso para fazer todos os presentes se sentirem em Londres, no fim dos anos 80.

O ingresso custará R$ 7,00 e levaremos cd´s e camisetas para vender. O pessoal do Coletivo Tomada muito provavelmente aprontará alguma surpresa por lá também. Esperamos toda nação atenta para a boa música, os saudosistas do falecido shoegaze do início dos anos 90 ou mesmo para todos que quiserem diversão e no mínimo dois grandes shows, na pior das hipóteses ver duas bandas que fazem algo diferente, tanto para Esteio quanto para muitos lugares como a televisão, a rádio e a internet, nos lugares errados.

Acesse o facebook, compartilhe, ajude na divulgação pois é o público que paga os equipamentos do show pois apesar de amarmos nossa música, é necessário ajuda para que este tipo de evento role e role com mais frequência. Esteio precisa disso.

5.6.12

Um lugar para enterrar estranhos

E eis que Worship, próximo disco do A Place to Bury Strangers finalmente saiu e com ele a excelente notícia, semi confirmada (Em SP já está) do show deles em São Paulo e em Porto Alegre no Gig Rock. Cruzo os dedos para ser enterrado por eles em Julho, aqui em Porto. Vai ser a coisa mais absurda deste mundo e enquanto não sentir meus tímpanos sendo perfurados pela Death By Áudio eu não acredito em nada mas rezo.

Deixo de lembrança o último e melhor clipe do mundo, de uma música deste novo disco.

Extremely Loud and Incredibly Close

Na semana passada eu e Summer assistimos a este diria, excelente filme baseado na obra de Jonathan Safran Foer, de mesmo nome. Ainda não li este livro mas mesmo pelo filme dá pra ter noção da qualidade da estória "criada" por Safran mantendo a sua qualidade habitual apesar de muitos críticos terem caracterizado ele como "caça-niqueis" se aproveitando do fator emocional relativo aos ataques de 11 de Setembro. Pra mim isto é um tanto desnecessário, óbvio que tudo é por dinheiro, quem não sabe disso? O filme é muito bom e emocionante e tem momentos incríveis, tanto tristes quanto de redenção e mesmo alegria. O guri que interpreta Oskar é um baita ator e vai dar o que falar, o personagem é incrível e Tom Hanks nunca perde o fator melhor e mais simpático do mundo. Não há muito o que falar sobre o filme sem entregar todos os pontos mas a estória toda gira em torno do menino Oskar que perde seu pai, na qual era extremamente ligado nos ataques de 11 de Setembro. O menino é completamente perfeccionista, inteligente, superdotado e nas mesmas proporções é cheio de medos e grilos como medo de pontes, de transporte público e outras coisas. Tudo se trata em aceitar, ou não, tudo que aconteceu, encontrar uma razão para tudo. O filme é excelente, apesar de momentos extremamente tristes as vezes é bom assistir algo triste, uma situação grave para darmos valor ao que temos e nos agarrar a estas coisas para evitarmos de perdê-las, pelo menos aquilo que está ao nosso alcance.