20.12.11

Contagion (2011)




Este foi o ano dos filmes redondinhos. Depois do "Rise of planet of the apes", Contagion engorda a lista dos filmes bem escritos, encaixados onde nada passa desapercebido, trama perfeita, todos os pontos ligados e nada com aquele pensamento "ah tudo bem, é cinema não?".

O filme traz um exército de atores e atrizes conhecidos e medalhões como Matt Damon, Gweneth Paltrow, Marion Cotillard, Lawrence Fishburne, Jude Law e etc. Além do belo cast, o som do filme é algo próximo ao perfeito assim como foi "There will be blood".
Outra coisa que chama a atenção é que o filme não tem um protagonista, são vários angulos diferentes do mesmo problema, uma visão mundial e de várias faces sociais e economicas diferentes. O realismo é impressionante, desde o bloqueiro, cheio das teorias da conspiração e que acaba prejudicando o trabalho da equipe que supostamente tenta conter o avanço do virus.

Ninguém é completamente ético e no desespero da situação fazem o possível para salvarem os seus e a si mesmo. Existe aquela frase (ou ela nem existe) que diz que "deixe o ser humano com fome ou deseperado que ele voltará a ser primatas". Pessoas brigando por comida, pela suposta cura pela forsytia (que o blogueiro inventou para ganhar dinheiro e atenção ao seu blog), pela vacina tempos depois e o caos instalado, no mundo inteiro.

Outro ponto e acho que nunca tinha visto isto tão bem retratado no cinema antes se trata da velocidade da informação, meros detalhes que se tornam públicos através da web 2.0, da interação de pessoas em redes sociais e smartphones. O blogueiro está muito bem munido de informações quando faz acusações ao Dr Ellis Cheever que anteriormente tinha desrespeitado uma ordem e avisado sua futura esposa para fugir de Chicago para não ficar em quarentena.

Pouco mais tarde ainda o Dr Cheever cometeria outro erro, não tomando a vacina e usando a pulseira indicando que já tinha tomado, quebrando completamente a segurança e arriscando uma mutação do virus. Vários erros foram cometidos e graças a minha cientista em casa fiquei sabendo de outras coisas ainda mais relevantes. Adogo.

Resumindo, um dos filmes do ano, longa vida a Soderbergh.

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