20.10.11

Melancholia - Lars Von Trier (2011)



Ontem á noite nos despedindo do fim de semana assistimos ao último filmede Lars Von Trier. Um filme que possivelmente teria vencido o último festival de cinema de Cannes se o diretor não tivesse sido entrevistado. Estes dias li uma entrevista dele para a Veja e ele comentou exatamente isto, é um cara muito ativo e que adora falar, é sincero e se o entrevistador perguntar ele responderá seja qual for a resposta ou sua linha de pensamento.
Quando foi escalado para ser entrevistado, pela organização do festival ele tentou evitar mas não adiantou e ao lado de Kirsten Dunst a atriz principal do filme e premiada no festival como melhor atriz acabou fazendo piadinhas sobre seu próximo projeto (Ninfomaníaca) e nazismo. Hoje em dia tudo q se fala pode virar uma manchete bombástica afinal jornais e revistas vivem disso e mesmo ele tendo um pai (não biológico) judeu acabou sendo acusado de simpatizante das idéias de Hitler.Seria impossível afirmar se Dunst teria recebido o prêmio sem a polêmica que foi criada após a entrevista mas é fato que pode ter ajudado um pouco o filme, pelo menos nos cinemas. Ele começa de forma estranha e não sei se não é redundância quando se fala sobre Trier mas nas imagens iniciais você já vê o fim do filme ou o destino da terra. Imagens belíssimas e um trabalho de fotografia esmerado assim como na criação de alguns personagens e mesmo o mais figurante ali acaba tendo uma personalidade peculiar. A trilha sonora combina perfeitamente com as imagens arté do filme e o resultado todo da obra, principalmente o desespero dos personagens é muito massa e dá um brilho enorme a película. Desde o início já rola um desconforto incrível com a festa de casamento onde a noiva é a pessoa mais deslocada da festa e do "corpo em que deus lhe encarnou". No decorrer do filme a personagem de Charlotte Gainsbourg, Claire começa a surtar mostrando a idéia inicial e inspiração de Trier para o filme a de que, as pessoas depressivas lidam melhor com situações de extremo terror que as pessoas mais centradas e diríamos sóbrias. Enquanto Claire vai surtando, Justine que no início do filme não conseguia comer e se alimentar em virtude da depressão vai lidando muito melhor com o fim de tudo.

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