O retorno ou Esteio diaries

Já estou há quase duas semanas em solo Esteiense e ainda não tinha escrito nada sobre minha volta e depois de ameaças de morte vindas de Olinda, me deparo novamente com meus relatos. Explico, 3G ninguém merece. Ainda estou na casa dos meus pais e aqui não tem internet, só o 3G, antes tivesse uma linha discada pra usar a internet.

Tive q desembolsar uma boa grana pra trazer meus livros e meia dúzia de equipamentos pro Sul. A viagem foi semi tranquila. Existia um mito q dizia que nos aeroportos deveria ter internet, hoje em dia tem q pagar por esta internet. Fiquei incomunicável no aeroporto de Brasilia. A volta foi maravilhosa com todos menos o Heitor no aeroporto me esperando, não queria que ele fosse pra evitar ficar ansioso me esperando, voar no Brasil ainda é uma aventura e, sempre será. Como se tudo não fosse uma aventura em nosso belo país. Cheguei em casa e jantei como um Ogro, maldita saudade da comida do Sul, da comida da mãe.

Na sexta fiquei com o Heitor e matamos nossa saudade, ele tá muito querido e a toda hora me agarrava pelo pescoço pra dar um grande abraço. Brincamos bastante no sábado e quando fui levar ele em sua casa já estava de banho tomado e pronto para a "noite" já que peguei este costume pernambucano de sair cedo de casa, bem melhor. Ainda estou naquele clima de como se fosse o último dia de minha vida. Começamos na casa da minha irmã, violões, papos descontraídos não sem antes aquele grande abraço e o "que bom q estou de volta". Foi bonito de ver que o clima da Chapa Preta Zumbi ainda existe mesmo longe de Olinda. Nosso grande erro foi ter ido no bar e não ter ficado lá. Chegamos e lá estava o Léo tocando. Foi o primeiro desgosto em terras esteienses. A mesma bosta de sempre, músicas originalmente feitas com 20 notas e tocadas com apenas 2. Aqui censuro demais comentários depreciativos, já está bom.

Muitas coisas pra fazer, acertar endereços, mandar curriculos, procurar coisas e muito pouco destas coisas realmente resolvidas. O esquema do seguro desemprego só "resolvi" hoje porque perdi o direito, parabéns Brasil. Na quarta fiquei com o Heitor e na quinta já tinham problemas decorrentes disso, tem coisas que nunca mudam e a sorte que de muito estas coisas nem me afetam mais. Na quinta fomos para o buteco novamente, tava massa como sempre. Saudade do jax e da Tati, saudade de nossos papos, de nossas cevas e tive que apelar pro conhaque na falta de cachaça que aliás, fazem umas duas semanas que não tomo. O Fogaça tava tocando e até me emprestou o violão mas estou muito destreinado, sem letras não sou nada e só tenho uma letra em minha cabeça infelizemente. Na sexta eu e Summer procuramos "coisas" e mais uma vez surgiram desgostos, tem pessoas que estão em outro mundo. Picaretas de carro não tem este nome por acaso.

Na sexta eu e o Heitor ficamos juntos novamente e vimos filmes, brincamos e mais uma vez foi ótimo. No Sábado só eu e Summer saimos. Iamos no bar para algumas cervejas e nem veríamos a banda que lá tocaria, no fim o Aquiles chegou e ficamos conversando muito, fomos os ultimos a sair do bar e foi maravilhoso. Tentei incitar a inveja nele dizendo que fomos no Teenage Fanclub mas ele saiu ganhando de goleada, o maldito já tinha visto a Nação Zumbi 3 vezes só com o Chico Science e, viu um show do David Bowie no Brasil(e eu nem sabia que ele tinha vindo aqui já).

No Domingo descansamos muito, sequela de sábado e nem conseguimos ver o show da Saturno de José que rolaria na praça. Minha televisão estragou e vimos a duras penas o filme aquele de John Dilinger com Johnny Depp e Christian Bale. Amanhã farei minha primeira entrevista de emprego e na quinta iniciam os ensaios da seven2nine. Fui testar a Gemini hoje e me deu vontade de pegar um voo para Recife apenas para espancar o estúpido Luthier que "arrumou" ela, encontrei vários problemas que me farão levar ela no Dr novamente.

Apesar da comida, de estar perto de Summer, do Heitor, amigos e familia, estar novamente no quarto que tanto amo muitas coisas me revoltaram aqui. Tem q gostar muito pra amar esta terra. Já cansei do frio, as pessoas aqui estão dirigindo pessimamente, pior do que quando sai, os preços de todas as coisas está caro demais salários baixos, enfim, muito desgosto. Aguardo ansiosamente a hora de conseguir um trabalho para resolver várias coisas pendentes em minha vida.