6.10.10

Recife Diaries - 25.09.10 - Sábado

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No Sábado acordamos um tanto cansados da noite anterior mas logo estávamos recuperados, comemos um bom almoço no meio da tarde que nos serviu de janta. Começamos o aquecimento da noite que seria a maior de todas e que teria fim com o grande J.Mascis e porque não dizer Low Barlow tocando os clássicos do Dinosaur Jr. Saímos um pouco mais cedo de casa pois eu queria assistir ao show da Do Amor que me agrada um pouco. Assistimos parte do show e como falei, o fato dos shows serem em locais anti-fumo, anti-bebida meio que brocharam um pouco a mim. Ficamos um tempo maior nas banquinhas, Summer comprou uma camiseta linda do Dinosaur Jr e eu estreei as minhas do Of montreal que chegaram justamente na Sexta-Feira.

Encontrei o China, da falecida Sheik Tosado e acabei conversando com ele por alguns minutos, contei que tinha escutado o disco recentemente e fez a alegria lá em casa. Entramos no teatro durante o primeiro show que era a Banda de Joseph Tourton que lançou um album muito bom este ano, sua estréia e tem um dos melhores guitarristas de Pernambuco da atualidade. O showzinho estava meio morno e geralmente os shows instrumentais são meio palhas. Tirei algumas fotos e fui repreendido por um segurança que me disse que a área que eu estava era para jornalistas, dae perguntei pra ele porque uma pessoa que não pagava ingresso tinha mais direito que eu de tirar fotografias e o segurança me deixou em paz. Assistimos parte do Taken by Trees, outra coisa insossa e quanto a Mad Professor praticamente fugimos do teatro, ficamos na rua e por acidente ou sorte nos sentamos ao lado dos suecos, nos degraus do teatro. Entramos cedo demais e assistimos aquela coisa ridícula do Emicida. Veja bem, o cara foi elogiadíssimo e tudo mais, o problema sou eu.Não consigo ver diferença entre shows de Rappers e karaokes. Um cara controlando as pick-ups e outro com microfone cantando rimas e pra mim isto é extremamente chato. No APR eu já tinha ficado assim no show do Afrika Bambaata. Quando o Emicida terminou, nos movimentamos pro centro do palco para esperar Deus entrar. Não demorou muito e eles invadiram o palco.

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O Mascis estava com uma parede de amplificadores formada por duas colunas Marshall, uma HiWatt e na sua frente um Fender. Low Barlow com duas colunas Marshall e achei um tanto exagerado mas, as pessoas precisam ter estas regalias. O som tava incrível, cada palhetada do Mascis era um relampago dentro do teatro. A segunda música que ele tocou já era uma de minhas preferidas do Beyond e o que aconteceu depois disso foi uma chuva de clássicos dos anos 80, 90. Summer parecia num show do Justin Bieber despejando lágrimas enquanto eles tocavam The Wagon. Eu estava com uma sacola nas mãos e ficava girando ela no ar, o que me rendeu de ver os videos no Youtube e me encontrar lá no meio da massa. Apesar de ter sido um baita show, eles terminaram a primeira parte e voltaram depois tocando o cover do Cure e mais outras três e saindo sem dar muita trela. Aquele maldito mau humor de boa parte dos estrangeiros que tocam no Brasil. Saimos com a alma lavada.

No Domingo acordamos cedo e fomos pro centro de Recife para nos encontrarmos com meus pais que estavam aqui. Fizemos um passei de catamarã pelas pontes de Recife e foi muito legal, deu pra conhecer ainda mais os interiores desta cidade linda. Voltamos pra casa ao anoitecer e praticamente ficamos em estado de coma, na cama, esperando a segunda iniciar.

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3 comentários:

Anónimo disse...

Tentei segurar :´)
Summer

Arlen disse...

não precisava, foi mais caro assim. bem mais.

Anónimo disse...

The Wagon é muito meus 17 anos, me comovi.