
Aquela Sexta Feira já começou com as rodinhas das malas de Summer arrastando nos corredores do Studio Residence. Trocamos alguns afagos rápidos antes que eu saisse pra trabalhar. Ela ficou em casa e dormiu praticamente o dia inteiro. Quando finalmente o dia de trabalho chegou ao fim, a alegria começou. Eu e Summer comemos algo e começamos a nos preparar para a primeira noite de Coquetel Molotov No Ar 2010.
Tomamos algumas cervejas e preparei uma bebidinha com Tampico e Vodca que acabou agradando-nos por todo fim de semana. O cabo Zé acabou indo com a gente e finalmente conheceu Summer. Quando chegamos na cidade universitária e nos deparamos com a organização ficamos emocionados. Tudo muito bonito, várias bancas de camisetas, cd´s, comida e outras coisas, tudo muito bonito. Boa parte do que existia a venda nestas bancas era de extremo bom gosto. Perdemos um bom tempo visitando as banquinhas.
Boa parte das bandas selecionadas tanto para a sala cine quanto ao palco principal eram bandas instrumentais ou oriundas da invasão Sueca, aqui leia-se muita coisa completamente desconhecida(com exceção do Miike Snow) e a meu ver de muito pouco valor. Claro que não assisti a muitos destes shows então não posso falar com muita propriedade. Acho que a principal razão de eu ter assistido a poucos shows propriamente ditos, muito deve-se ao fato dos shows serem em palcos onde é proibido beber e fumar. Além disso, o espaço que existia na frente do centro de convenções era tão bonito, arrumado que perdemos um bom tempo por ali. Entramos na hora que a francesa Soko estava tocando, incrivelmente sem graça, praticamente uma criança tocando e muita gente compara ela a Mallu Magalhães. Pouco antes de entrarmos tinhamos visto um tiozinho, muito velho e a curiosidade me fez perguntar a ele, o que ele fazia lá. Era um Sr do consulado frances(com um português impecável) que estava prestigiando justamente a menina Soko. Depois dela veio o Miike Snow que Summer gostou mas eu achei bem palha. Não consigo curtir muito bandas que fazem shows com muita coisa pré-gravada, playback e etc e o show deles me cheirou a playback.

Saimos pra rua por um tempo para tomar cervejas, fumar e etc. Voltamos pouco antes do início do show do Otto, que já entrou com o jogo ganho. Para mim era o segundo nome do festival (talvez pra todos fosse assim) e eu pensei que muito possivelmente o show dele seria melhor que o do Dinosaur Jr. Entrou tocando boa parte das músicas de seu último disco e o público que lotou o teatro cantou todas junto, foi um show emocionante e pela primeira vez Otto tocou em Recife como um grande nome, se soltando das garras do movimento Mangue Beat. Cantou também as clássicas de outros discos como Ciranda de Maluco e etc. A todo momento tirava a camiseta e rebolava mostrando sua pança, em determinado momento uma menina subiu ao palco e dançou com ele, indo embora não sem antes dar um beijo. Além de dançar e jorrar água na cabeça a todo momento, Otto também fumou um baseado em pleno palco, coisa que tirou do sério as bixinhas anti-fumo que estavam por lá. Foi um show emocionante e que esperei com ansiedade durante muito tempo. Lembro que ele esteve em Porto Alegre, num show gratuito poucos dias antes de minha primeira visita ao Sul.
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