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22.4.14
Borderlands (2013)
Este foi a grande surpresa da semana, eu sempre “adquiro” muitos filmes e muitas vezes começo a assistir os primeiros minutos para decidir ou seguir vendo e geralmente muita coisa eu não termino de assistir, é um controle de qualidade com alguns parâmetros que sigo e sempre funcionam comigo. O lugar onde “compro” os filmes deixa sempre suas prateleiras cheias e muitas vezes tem aqueles filmes baratíssimos de Tv a cabo e sem o menor conteúdo. Um exemplo de parâmetro que nunca falha por exemplo é filmes de catástrofe onde os scans do filme não mostram catástrofes e sim fotos de um drama familiar.
Na Segunda a noite comecei a assistir este filme e nos primeiro minutos eu fiquei pensando se realmente deveria seguir assistindo mas aos poucos o filme foi melhorando e fui até o fim e gostei bastante dele. Hoje em dia 5% dos filmes que são lançados utilizam aquela filosofia “Bruxa de Blair” onde os protagonistas supostamente são pessoas reais que filmaram um evento e onde este evento é uma coisa real. Geralmente estes filmes são filmados pelo próprio autor mas as vezes uma rateada da produção mostra um ângulo impossível de ser filmado pelo próprio ator/pessoa real envolvida na trama.
O Borderlands por sua vez trapaceou mas fez isto por um bem maior que foi a coerência com o tipo de abordagem Bruxa de Blair. O filme se passa no interior do Brasil onde uma equipe do Vaticano viaja para cá para analisar fenômenos ocorridos em uma igrejinha perto de Belém. OS primeiros 10 min do filme tem muita coisa em Português e um pessoal ouvindo funk carioca. Estes investigadores ficaram hospedados em uma casa e logo, o filme se passa todo nesta casa e na igreja que está sendo investigada e o que foi feito então?
Um dos caras da equipe é especialista em tecnologia e ele então encheu a casa de câmeras com a desculpa de que tudo deveria ser filmado, encheu de câmeras a igreja e logo temos vários planos de uma mesma cena e não fica aquela coisa chata de filmagem em primeira pessoa.
Bem, um dos membros é fanático por tecnologia, Gray é seu nome e filmará os fenômenos durante a investigação, outro é escocês e é religioso e bebe o dia inteiro e é um cara sério, meio amargurado e logo tudo isto será explicado, no decorrer da trama. Eles esperam um último membro da equipe que é de um nível superior na hierarquia da Igreja. E é muito mais cético que os outros e apesar de acreditar em Deus e na igreja ele não acredita em milagres, nem agora nem nunca e diz que isto que mancha a imagem da igreja. Temos ainda o padre que relatou os fenômenos para o Vaticano e mostra um vídeo filmando o acontecido e, durante boa parte do filme eles tentam encontrar explicações de como a coisa foi forjada, porém aos poucos a equipe ou pelo menos a parte menos cética começa a acreditar nos fenômenos.
Tomei vários sustos porque o áudio não era tão bom durante as cenas normais, porém quando algum fenômeno acontecia estourava as caixas de som, muito provavelmente pro pessoal pular nas cadeiras de cinema. O filme é bem legal e vai ficando cada vez melhor conforme a trama vai se desenrolando, no fim até o Padre Calvino (sim, aquele do Dan Brown) aparece como um suposto expert em fenômenos paranormais. Falar mais seria estragar o resultado mas aconselho bastante para os aficcionados por suspense e terror.
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