Os velhos, como eu e fãs de terror muitas vezes se sentem
injustiçados. Nos anos 70 e 80 os roteiros e as estórias iniciais eram ótimas
(claro que existem exceções) e muitas vezes o que incomodava eram os efeitos “especiais”.
Cabia ao diretor escolher o que colocar ou não, na edição final para
comprometer ou não o filme. Muitos conseguiram. Nesta época os computadores eram
atrasadíssimos, a tecnologia envolvida nos efeitos muitas vezes estava anos luz
atrás do que temos hoje por exemplo.
Os fãs de suspense idem pois, apesar de muitas vezes os
efeitos especiais serem desnecessários para criar climas de suspense, existiam
2 milhões de filmes e eram raros os que realmente eram bons. Fãs de filmes
sobre extra terrestres então eu diria que eram os mais injustiçados pois a
maioria das estórias desprezavam o mundo real completamente e se perdiam
completamente em explicações sobre as razões de invasões e abduções,
funcionamento das naves e etc.
Pois eis que ontem, lendo algo na folha fiquei sabendo de um
filme de terror que era muito bom e sei lá porque fiquei interessadíssimo em
assisti-lo e principalmente acreditei na opinião do jornalista que escreveu o
texto. Cheguei em casa baixei o filme e logo mais eu e Summer assistimos.
O filme chamado por aqui de “Os Escolhidos” e mesmo que o
nome não tenha nada a ver com o título original, fez justiça. E para aqueles
que acreditam em mim eu digo, foi uma das melhores coisas que assisti nos
últimos anos, nos gêneros que pontuei ali em cima. O filme é excelente em
muitos aspectos e lá no fundo eu sentia que, se ao menos 50% dos filmes
tivessem uma qualidade aproximada a este eu seria um cara mais feliz. Adoro
filmes de terror, adoro suspense e adoro ficção científica, aliens mistérios e
me senti em casa.
O filme não conta com atores muito conhecidos ou
consagrados, talvez o mais conhecido ali era o JK Simmons mas ninguém deixou a
desejar inclusive as crianças. A estória é emocionante e
se você curte um pouco
as estórias sobre abduções, aliens, casas supostamente mal assombradas te
abraça neste filme aqui q é prato cheio.
O filme ainda traz um pouco daquelas características que
citei dos filmes anos 80. Muitas vezes os filmes antigos eram massa justamente
por não mostrar muitos detalhes dos monstros, assassinos ou seja lá qual o “personagem
principal do filme”, deixavam a cargo do expectador imaginar coisas e o Dark
Skies faz isto durante todo o filme. Se contarmos os minutos que os seres
aparecem na tela, não passariam de 2 minutos e talvez eu até tenha exagerado. O
fator susto, os pulos nas cadeiras do cinema estão presentes aqui também e de
forma magistral. Me arriscaria a dizer que o diretor tem a minha idade. Porque
ele agrupou todas as idéias que expus ali nos primeiros parágrafos, no quesito
frustração com os filmes atuais e fez algo excelente. A abordagem sobre aliens
é extremamente consciente também e a atuação de JK Simmons é demais, mesmo
aparecendo somente no fim do filme.
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