Antes de mais nada quero deixar claro que não assisti ainda
o novo filme. Vou mais além estou fazendo a crítica da crítica e provar que o
fato de eu não ter assistido o filme novo me dá muita propriedade (pela
primeira vez na história) para criticar ele e principalmente seus críticos. Eu
até acredito em resenhas (em 10% delas) mas as coisas que tenho lido sobre o
filme são cada vez mais ofensivas a mim, um grande fã tanto do livro quando de
seu escritor Scott Fitzgerald.
Poderia começar dando tapas mas vamos direto ao murro que
vai dar o nocaute. Jay-Z, Beyoncé na trilha sonora? Sério mesmo? Ahh e Beyoncé
cantando Amy Winehouse com aquela base toda moderninha? Puxa vida não consigo
pensar em coisa mais inapropriada. Com tantas gravações cabíveis, coisas
antigas, do jazz, New Orleans olha, tinha muita coisa pra ser utilizada. Não
consigo simpatizar nem com o fato da nossa querida Florence estar por lá, muito
inapropriado tudo, nota zero.
Aqui a jornalista LM fala sobre excesso de glamour e tipo não
seja preguiçoso, leia o texto dela. Minha filha, você esperava o que afinal?
Scott em boa parte de sua vida literária, pra não dizer em toda ela criticou o
glamour de hollywood, isto não é segredo pra nenhum leitor dele e a Obra Grande
Gatsby provavelmente é a que mais critica. Veja bem o
personagem Jay era pobre mas pobre, realmente pobre e teve um caso com a nossa
amiga Daisy que o largou justamente porque o cara era um pé rapado. O período
seguinte a separação foi apenas de mágoa para Jay que procurou de todas as
formas ficar rico, não importando os meios. Enquanto ele tentava ENRICAR a
nossa amiga Daisy casou com outro cara e para chamar atenção dela, Jay fazia
festas enormes, muitas delas ele nem participava, nem aparecia, era um
anfitrião fantasma praticamente mas, tudo isto tinha um fim que era um dia ter
a presença de Daisy e se aproximar dela novamente. Portanto, se não tivesse
glamour, não seria nem Gatsby e muito menos Fitzgerald.
Neste mesmo texto a jornalista fala também que Carey Mulligan
deixa a desejar na atuação da “socialite Daisy Buchanan, peça-chave da história”.
Ela devia citar Mia Farrow que, nas palavras dela também deixaria a desejar
mas, na verdade quem deixa a desejar é a personagem, tipo, ela foi escrita
desta forma justamente pra você ter pena de Gatsby e principalmente para
criticar o glamour hollywoodiano do início do século e mostrar que como diria
OS Eles “é só imagem” ou seja, pessoas
ocas, vazias mas muito bonitas e brilhantes por fora.
Uma das coisas que achei acertadíssima foi a escolha do
Tobey Maguire como Nick Carraway . Ele tem a cara e o jeito certo para o
papel e quem leu o livro talvez concorde comigo. Ali no texto se refere a ele
como “inexpressivo” porém, ele é o narrador de toda estória, é a única pessoa
que entende Gatsby, que o conhece, que sente pena dele e que acaba ajudando no
encontro entre o casal principal da estória. Fica aqui a dica também que,
Carraway provavelmente é o Fitzgerald disfarçado, aliás, sugiro a todos ler as
duas primeiras páginas deste livro pra entender bem o que estou falando.
Este texto que citei ai é um deles, já li outros e fico
tremendamente desapontado com a falta de preparo e principalmente leitura de
muitos jornalistas que tenho encontrado nos jornais e revistas. Falta de
interpretação, falta de conhecimento e vejam bem, estamos falando em um dos
maiores clássicos da literatura mundial e não de um livro lançado há dois anos
atrás que é cult porém desconhecido, é o Gatsby lançado há quase 100 anos
atrás.
Shame on u
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