7.11.11

Apollo 18 (2011)


No Domingo “de noite” assistimos este filme e não posso deixar de mencionar que estava ansioso por assistí-lo. O meu interesse todo era algo filmado no “Bruxa de Blair style” com uma nave espacial em viagem a lua e etc, enfim, estava esperando alguma coisa boa e de todo não fiquei completamente decepcionado mas também não sai do lugar.

No início aparecem aquelas letras usando aquele velho discurso tentando simular realidade no filme dizendo que as imagens foram disponibilizadas por um site, imagens que vazaram dos arquivos do governo americano e etc, aquela coisa toda. A-ham. No início até conseguiram levar o filme nesta “estorinha” de cameras de mão, filmadas pelos próprios astronautas mas é preciso ter muito cuidado com isto.

Cuidado porque quando um diretor tenta simular “realidade” no cinema e utiliza deste tipo de abordadem que as imagens do filme são reais é necessário pensar muito e fazer um projeto. E acho que o maior erro de Gonzalo López foi justamente este. Incomoda um pouco cameras no ombro, tremendo e nos momentos de tensão tu não pode esperar que as pessoas se preocupem em filmar algo quando estão em perigo. No início do filme tudo é possível, imagens de um churrasco com todos os astronautas pouco antes de serem chamados para a missão, no momento do lançamento, a chegada da lua e ai que a coisa começa a desgringolar. Sim eu sei, cinema é diversão, ficção, tudo é possível mas nem por isto é necessário prejudicar um filme tentando simular esta realidade porque já se foi, o tempo este, com bruxa de Blair funcionou, Atividade Paranormal também mas, aqui, foi tudo pro espaço e me perdoem o trocadilho.

Quando eles chegam na Lua, mesmo que estejam instalando uma câmera em solo, com rodas, um motor, sensores de aproximação e tudo mais, o filme começa a ter ângulos demais. É impensável também astronautas carregando câmeras documentando cada detalhe de uma operação destas. Imaginem que eles estão lá e o resto do mundo não sabe nada, é uma missão completamente sigilosa para supostamente colocarem sistemas similares a radares para se protegerem de ataques dos russos, lembrem-se, era a Guerra Fria, ano de 1973. Se a missão era sigilosa é mais que fato que o mínimo possível seria documentado, quanto menos imagens e dados para serem escondidos melhor. Até então tudo bem, até aceitaria todas estas filmagens mas como falei, chega um ponto que tu tem oito mil ângulos diferentes para a mesa cena.

A estória é muito boa, confesso que a única coisa que me incomodou foi o que citei ai em cima. Se tudo fosse feito como é geralmente “Esta estória não aconteceu, é uma obra de ficção” tudo seria melhor. Tem horas que faltava luz, ou que a câmera tremia pra caramba ou seja alguns detalhes precisavam ser mostrados mas, em função da abordagem ridícula de fatos verídicos, algo saiu prejudicado, mesmo assim um bom filme. Acima da média.

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