2.3.11

Recife/Olinda/Jaboatão Diaries 04/02 a 27/02

No primeiro fim de semana de Summer em Recife, após nossas comemorações de sua chegada fomos na Sexta Feira seguinte pra Olinda. Antes de irmos passamos no aeroporto, pra esperar meu irmão Helder que chegaria do rio com algumas encomendas. Voltamos pra casa, comemos, tomamos banho, iniciamos o aquecimento e logo estávamos nos dirigindo pra Olinda. Paramos no Gentileza e pra mim foi surreal ter Summer ali junto comigo, acostumado a estar sempre sozinho esperando meus parceiros da clínica, aquele dia estava com ela. Bebemos ali, falamos com os índios, apresentei todo cast do bar para Summer inclusive o reverendo Ernesto. Quando Helder, Adriana e Cynthia chegaram ainda ficamos um pouco no bar para logo nos dirigirmos para o Mercado Eufrásio onde rolaria as prévias do bloco "Hoje a mangueira entra". Descemos por ruas até então desconhecidas por mim, bares legais e tal, no caminho eu e o Helder fomos conversando sobre o Dalai Lama. Na frente do Eufrásio muita gente. Pouco antes tinhamos conversado com Lidio, sobrinho do grande Lúcio Maia que nos cantou a pedra que o show dos Sebozos seria a partir da uma da manhã e chegamos lá pouco antes de começarem.

Falamos com os índios, o calor era insuportável e a ceva não tão gelada e em pouco tempo tudo bateu. Los Sebozos Postizos entraram no palco e destilaram Jorge Ben em releituras passando pelo Dub e outros ritmos de muita lisergia remetendo diretamente a Hendrix como se ele fosse carioca ou pernambucano. Foi um grande show. Summer pra variar em sua primeira noite curtiu mais que todos, só ela queria rir e se divertir e eu paralelamente acabei me divertindo muito e foi uma grande noite. O show terminou perto das três e fomos pra casa, continuar a festa, nossos amigos já tinham ido embora também. O Sábado seguinte foi de ressaca e no Domingo choveu e não fizemos muitas coisas além do habitual sono, as conversas dentro do ap e etc.

Na semana que seguiu tive problemas de saúde, tive uma suspeita de dengue o que me obrigou a ficar a semana inteira em casa. Na segunda estava bem mas perdi o ônibus e fomos pra Recife Antigo levar minha guitarra pro conserto mas, na madrugada de Terça tive febres fortíssimas e durante o dia tive que ir ao médico e fazer hemogramas que se repetiram a semana toda. Felizmente a dengue não se confirmou, era uma virose normal mas, Summer também teve problemas na semana seguinte. Na Sexta feira eu estava curado e acabamos indo pra Olinda. A semana toda tinha sido apenas assistir filmes e ficarmos trancados dentro de casa sem vontade de comer e etc. A noite foi muito massa, conhecemos um pessoal novo e ficamos um bom tempo conversando, Summer se divertiu muito e no Sábado teriamos que acordar cedo para a prévia do bloco do pessoal, "Estes boys tão muito doido". No Sábado acordamos muito sequelados e acabamos perdendo as prévias e toda festa que rolou, ficamos sentidos mas, foi o prenúncio da doença que atacaria Summer na semana seguinte.

Durante a semana era vez de Summer ficar doente e eu infelizmente só pude usar meus dotes de enfermeiro quando chegava do trabalho. Assistimos muitos filmes que fui comentando nos posts anteriores. Quando chegou a Sexta ela melhorou, eu sai mais cedo da refinaria e tive meu único problema com minha conta no sicredi, uma coisa que só se resolverá a partir do dia 10 quando Summer voltar. Fizemos o aquecimento e fomos pra Olinda mas chegando lá a cerveja não desceu para Summer. Os nossos amigos tinham ido pra Jaboatão, praia de Piedade para o show do Jorge Benjor que, achei por bem não ir mas, eles passaram lá no Gentileza após o show. Sem cerveja para Summer logo ela estava com sono, vontade de ir pra casa e partimos pra Boa Viagem. Quase chegando em casa me estressei com o taxista e não é a primeira vez. O ser humano sempre tenta dar uma de esperto, se aproveitar das pessoas e, assim como existe algumas pessoas no Sul(São Paulo, Rio, Rio grande etc) preconceituosas(burras) falando coisas contra nordestinos existem também nordestinos(pernambucanos) que tem preconceito contra pessoas de fora e nos deparamos com isto várias vezes já. A burrice está em todo lugar e o preconceito é uma das piores demonstrações de burrice que o ser humano pode dar.

No Sábado acordamos e fomos para Piedade trocar nossos alimentos não perecíveis por 2 entradas para o show da noite que seria Mundo Livre e Móveis Coloniais de Acajú. Conseguimos trocar os ingressos e almoçamos no shopping Guararapes em Jaboatão. Fomos para a Boa Viagem e ficamos descansando e fazendo o aquecimento para os shows. Saímos de casa perto das sete e no caminho fui trapaceado novamente pelos taxistas. Chegamos na beira da praia da Piedade e o lugar estava vazio, entramos na "arena" e fomos colocar nossas pulseiras identificando que éramos maiores de idade e poderiamos consumir bebidas alcólicas. Os nossos amigos chegaram pouco antes do show. Atrás do palco e pouco antes de começarem os shows existia um sol artificial feito com hélio que ficava flutuando acima do palco para dar uma idéia de sol artificial. Lá no lugar o sol era bem ridículo mas as fotos ficaram tri massa e realmente pareceu um som.

Mundo livre entrou no palco e já estávamos toda trupe pra lá de Bagdá. Foi um show ótimo, curto mas com músicas escolhidas a dedo as melhores eu diria e teve uma que estará no próximo disco e é bem diferente dos trabalhos anteriores, achei muito boa a música. O percussionista do Mundo Livre roubou o show, o cara era muito foda, tocava muito bem e estava sempre dançando, parecia um trabalho em conjunto, a dança e os cutucos nos tambores e pratos de seu kit. Outro destaque foi a humildade de Fred 04 agradecendo a produção pela escolha de uma banda local, engraçado é que a humildade numa banda tem relação direta com a qualidade do som da banda. Quando terminaram o show eu poderia ter ido pra casa porque não vejo muita graça nos "Móveis.." e isto só se comprovou com o show. Fizeram um show longo e dava impressão que estava todos muito ligados no palco, ligadeira de anfetamina com todos pulando como malucos. Adoro instrumentos de sopro e tal mas infelizmente não gostei deles não. O destaque total da noite foi eu e Summer rindo o tempo todo, eu tava meio que um palhaço aquele dia e Summer predisposta a rir (hihihihi), ficávamos as vezes cinco minutos rindo de coisas estúpidas que eu mesmo fazia. Na volta pra casa não tinhamos carona e demos sorte de conseguir um taxi rapidinho, dentro do carro o cara escutava Spagheti Incident do Guns e bem a música que o Duff canta, uma das melhores do disco, muita sorte. Quando chegamos em casa ficamos assistindo vídeos de pessoas muito malucas em rave para continuarmos rindo ad infinitum, fomos dormir muito tarde da noite e foi uma grande noite, daquelas pra guardar pra sempre. Isto só renova ainda mais o amor que sinto, o prazer de ter Summer por aqui e uma confirmação de coisas que eu já sabia, que nascemos um para o outro. Eu te amo.

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