18.8.10

Recife Diaries - 18.08.10 (Ilha de Itamaracá)



Na sexta feira passada veio aquela alegria de ser uma sexta feira mas também aquela carga de saudades que geralmente bate neste dia da semana em particular. Comi alguma coisa, falei com o porquinho que ficou me perguntando porque o presente dele demorava tanto e, apesar de ficar com pena da ansiedade dele fiquei rindo sozinho depois. Comecei a beber e combinei com o Igor nossa visita a parte antiga da cidade. Troquei uma ideia com o Marcos e fiquei de dar um abraço no Iuri F. se o visse naquela noite pois tinha show do Amp uma banda de Recife, no tal de N.A.S.A.

De fato encontrei o Iuri e conversamos por um tempo. Parabenizei ele pelos discos da Walverdes que tenho em casa e principalmente pelo da Viana Moog que foi outro grande trabalho dele na produção que escutei muito. Contei de minhas aventuras no home recordings e falei que assisti um show da Tom Bloch uma vez e achei ruim ao vivo mas, que gostava das gravações. Na frente do bar mesmo ouvi um piá comentando sobre a Teoria das cordas e acabei me metendo na conversa e trocamos umas idéias, falamos sobre o Inception e foi engraçado o guri comentar aquilo logo naquela semana. Fomos embora e pra variar dormi no ônibus.

No Sábado partimos para a Ilha de Itamaracá, ao norte de Pernambuco. Igor e um amigo que conheci naquele dia mesmo estavam junto, ou eu estava junto com eles, enfim. Largamos as coisas em casa e partimos para a beira da praia, mais precisamente no bairro Forte Orange. Na praia várias mesas, guarda-sóis, gente passando pra lá e pra cá servindo cervejas, frutos do mar(que odeio, infelizmente) e claro, um cão. Sentei numa mesa pedi cerveja e na minha frente avistava uma ilha conhecida como Corôa do Avião cheia de quiosques. Tinha uma barca fazendo o translado até a ilha e várias lanchas, jet-sky´s e outros veículos marítimos para prazer e não locomoção que não tenho conhecimento na área para falar o nome correto. Logo que entrei na água tinha dúvida se não era um rio que desembocava no mar mas estava enganado pois era salgada. A cinco metros da costa já era fundo e me deliciei mergulhando e nadando finalmente num mar fundo, sem sargaços, recifes, tubarões e outras coisas peculiares das praias de perto de casa e ao sul. Tava ótimo o banho e depois de algumas cevas almocei e pedi a conta, uma menina de uns 12 anos, fez os cálculos das contas fazendo anotações em um caderno e ela calculando o percentual me deixou surpreso.

Dali caminhei uns 200 metros e visitei o forte Orange. O forte tem este nome não por ser da cor laranja. Fiquei pensando porque um forte holandes teria o nome de uma cor, em inglês se era holandes. O Forte de Santa Cruz de Itamaracá foi inciado em 1631 como forte Orange, pelos holandeses e teve este nome em homenagem ao Príncipe holandês Frederico Henrique de Orange, tio de Maurício de Nassau. Em 1932 o forte foi defendido por um destacamento de 366 homens liderado pelo polonês Crestofle d'Artischau Arciszewski e logo depois foi ampliado, reformado e alguns canhões deixados pelos portugueses que foram adicionados ao poder bélico do forte. Em 1654 após a Capitulação holandesa o forte ficou sob o domínio dos portugueses e foi então chamado de Forte de Santa Cruz de Itamaracá. Bem, o resto da estória você procura no wiki mas pra mim foi emocionante, acho que foi a edificação mais antiga que conheci. Vi mapas de longa idade e nomes que via em livros de história do primeiro grau. História seria uma ótima faculdade pra se cursar.

Cabe ressaltar também que logo que se atravessa a ponte para entrar na ilha vemos um presídio agrícola e pouco depois as antiguíssimas casas e predios da Vilha Velha que é uma das comunidades mais antigas de Pernambuco. Também abriga o Centro de Preservação do Peixe-Boi e reservas naturais da mata Atlântica. Na ilha conhecida como Coroa do Avião, além dos quiosques possui também a Estação de Estudos sobre Aves Migratórias e Recursos Ambientais da Universidade Federal de Pernambuco, voltada para o estudo das aves migratórias.

A vida noturna na cidade gira em torno das praças e ambulantes. Não tinha opções de comida de verdade e acabei comendo o pastel mais horrível de minha vida e voltei pra casa cedo, com muito sono. Passei a noite com febre e acordei meio torto no domingo. Fui para o norte da ilha na manhã de domingo e visitei o pontal que já fica no município de Igarassu. Lá se encontra a mais antiga igreja em funcionamento do país (1535), de São Cosme e Damião. A São Cosme é atribuído um milagre, em 1685. Quando as cidades de Recife, Olinda, Itamaracá e Goiana foram assoladas pela febre amarela, Igarassu escapou ilesa da praga. Perto do meio dia fomos embora pra Recife em função de minha saúde e pelos sintomas muito provavelmente era o Rota Virus novamente me incomodando.

1 comentário:

Anónimo disse...

que cara alegre na foto!!!!heheheeh..lindo fundo azul;
bj mana