15.1.13

Desconstruíndo ou chorando e rindo ao mesmo tempo



Semana passada tardiamente terminei de ler o “Extremamente alto incrivelmente perto”`de Jonathan Safran Foer.  Demorei 3 dias pra ler em virtude de estar trabalhando  e ter uma jornada dupla de 1:10 todos os dias até o trabalho, ida e volta. Na verdade este texto não é uma resenha do livro e acho que nem me atreveria a escrever sobre ele agora pois os seus efeitos ainda perdurarão por algum tempo aqui dentro.

Na verdade eu li um texto da Eliane Brum, uma pessoa que gosto muito de ler porque eu me identifico muito com ela e como adoro ganhar ou simular que ganhei uma discussão eu gosto de ler textos que me identifico com o autor e suas opiniões. O texto dela fala do Holly Motors, filme de Leos Carax e que teve em mim uma reação bem parecida com o livro do Foer, apesar de não ter rido e chorado ao mesmo tempo eu fiquei chocado (com ambos).

No livro do Foer me encontrei várias vezes chorando e fungando dentro do trem ou mesmo rindo e muitas vezes foi quase ao mesmo tempo. Não vou entrar em detalhes sobre o livro mas é uma experiência bem forte emocionalmente falando assim como o Holly Motors.  E este é justamente o ponto deste texto pois é o tipo de reação que espero na maioria das vezes que vou assistir um filme ou ler um livro. Eu quero justamente é que um dos dois me chame de filhadaputa, que me faça chorar, rir, que me ofenda e talvez eu esteja enganado mas, é este o sentido da arte ou deveria ser.

Lógico que quando assisti Batman eu não estava esperando isto, eu sabia o que iria encontrar e muito provavelmente não esperava chorar ou fazer a cabeça pensar com este tipo de filme. Ali no texto da Eliane ela fala de uma pessoa que estava na sala de cinema e começou a gritar, xingando o critico de cinema que a encorajou, muito provavelmente através de um texto a assistir o filme. Ora bolas, que culpa tem o crítico se vocë não gostou, não entendeu (o mais provável)  ou seja lá porque não apreciou o filme? O fato de eu ter adorado o filme e o livro não quer dizer que outras pessoas então se eu escrever sobre ele aqui e tu assistir, ler, é risco teu. 

Eu quero que o Safran continue escrevendo (não aquela bosta vegetariana que ele escreveu e nem consegui continuar lendo), quero que o Cronnenberg, o Trier e todos os outros gênios do cinema façam mais filmes e quero que eles continuem me chamando de filhadaputa, quero que me ofendam, que me façam chorar e pensar horas depois, que mudem meus pensamentos e ideias e pra mim é esta a finalidade da arte, além de dar beleza ao mundo.

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