10.6.10

O túnel - Ernesto Sábato



Hoje, na padaria terminei de ler esta belezura ai acima. Foi o primeiro portenho que li pelo que me lembro já que sou culpado e admito q nunca li o Borges que inclusive é citado no livro em uma conversa entre os personagens.

O livro é a confissão do pintor Juan Pablo Castel sobre o assassinato que cometeu. Para mim o pintor não buscava perdão sobre a morte mas sobre suas motivações para fazê-lo. Conta sobre a única mulher que entendeu sua arte através de um quadro em especial. Maria Iribarne percebe uma pequena cena em um dos quadros e fica paralisada olhando por vários minutos. A cena de uma mulher em uma janela que era aparentemente algo discreto no conjunto todo. Após Castel perceber o interesse dela nesta cena em especial busca conhecê-la e se torna completamente obcecado pela mulher.

O personagem conturbado e extremamente ciumento e suas palavras e costumes me deixaram um tanto incomodado. Não é o caso de não gostar mas um sentimento de uma pessoa incrivelmente perturbada e no mesmo momento correta em seus pensamentos na maioria das vezes. Diria que ainda não é o melhor livro dele mas eu sempre avalio literatura pelo fator "incômodo". Os transtornos causados por determinados livros pra mim são os que mais lembro depois como bons momentos de leitura. Sábato já conseguiu isto com este mas por sugestão de alguém que respeito muito o próximo será Sobre Heróis e Tumbas. Este também deve ter a tradução do grande Janer Cristaldo.

Se você quiser ler mais sobre isto, aqui tem outra e talvez a mesma opinião.

1 comentário:

Jorge Cerqueira disse...

no post anterior vc lembrou o bukowski num conto em q ele carrega carnes, não aguenta com o peso e vai embora. mto massa o/
tenho violao e escaleta. depois a gente marca e tu fala quais foramas coisas desconhecidas. to baixando o material da seven2nine. ja ouvi o closing time. lembrei daquela banda... semisonic :D