29.4.09

Neste momento

Tem uma pessoa que eu respeito bastante e simpatizo bastante. Posso dizer que das pessoas que conheci através de contatos familiares emprestados ele foi uma das pessoas mais tri que conheci. Mas na verdade eu tenho uma outra ligação com ele. Posso dizer q tivemos situações bem parecidas. O que aconteceu com ele foi o seguinte, ele era casado, acredito eu uns 20 anos de união. Tinha uma filha e simplesmente teve que se separar da mulher. Fazem uns dois ou três anos que isto aconteceu e acho que assim como eu, ele não queria a separação propriamente dita, ele não via seu mundo diferente, não queria mudar seu mundo. Pouco tempo depois fiquei sabendo que ele estava bebendo bastante. Cabe ressaltar que no momento não dei muita bola porque pra mim isto nunca foi um problema(de certo modo) e as pessoas que me comentavam isto não entendiam muito a bebida, parecia que eles estavam exagerando. Neste tempo inclusive eu vi ele, conversei com ele e não me parecia ser um problema. Infelizmente eu estava enganado pois ele está num hospital agora neste momento e pelo que sei ele não quer esta ajuda e, preciso reconhecer que entendo ele perfeitamente. Entendo ele não querer ajuda ou não conseguir ver que este é o problema pois para ele o problema foi o mundo ter virado de cabeça para baixo. Posso estar errado mas, acho que o que ele mais quer neste momento é esquecer tudo que está vivendo e passando e, não ser incomodado, ter uma vida sem destino e acabar uma hora. Nem vou comentar que por muito pouco eu não faço isto agora neste momento. Existe um senso de responsabilidade em mim em virtude do Heitor e talvez até de minha criação que me impedem de entrar neste mundo. Também sou carregado de vícios por substâncias, atitudes e pensamentos e talvez sejam eles que me mantenham aqui hoje e talvez sejam eles que vão me levar um dia. Mas o Arlen não importa agora. Queria deixar registrado aqui ou mesmo para mim que espero que ele fique bem seja qual caminho escolher ou escolherem(mais uma vez) para ele. Dificilmente eu questiono os caminhos escolhidos pelas pessoas que respeito e gosto e no caso dele a única coisa que desejo é que ele consiga ser feliz ou pelo menos que a vida não atormente ele.

Quem dera eu tivesse abertura e pudesse de alguma forma, há tempos atrás conversar com ele e tentar ajudar porque sou um cara atormentado também e as vezes preciso de ajuda e me sentiria muito bem se mesmo não encontrando nunca a saida para mim eu conseguisse tirar alguém deste time de atormentados.

Fuerza Hermano

27.4.09

O dia que a terra parou



Fiquei muito tempo esperando para ver este filme. Eu e o jax tinhamos assistido o trailer creio eu em Outubro e nos apavoramos com os efeitos especiais. Vimos na sequencia o antigo e lembramos também que para a época, os efeitos especiais eram muito foda. Nesta nova versão os efeitos são o grande lance do filme.

Ele até traz idéias muito massa para nerds de plantão como a forma que o alien veio pra terra e etc. O momento onde Klatu vai na casa de um cientista vencedor de um prêmio Nobel é uma outra cena legal do filme. Os dois ficam em extrema sincronia cientificamente falando porém o ser humano ainda guarda traços de emoção e quase convence Klatu de que os seres humanos vão mudar e, evoluem a partir de uma crise. Juntando esta cena com a outra onde Klatu encontra um outro alien que fala para ele que ficará na terra para sempre pois aprendeu a amar os seres humanos, mesmo tendo uma vida muito mais dificil aqui e mesmo sabendo que estará condenando sua mente imortal a ter um fim no corpo de um ser humano. A partir deste diálogo fica claro que na medidade que os povos avançam cientificamente vão cada vez mais perdendo suas emoções. Não sei se você se lembra mas no AI tinha uma questão bem parecida. Keanu Reaves é um baita dum ator e, assim que ele aparece já chama atenção quando reclama do corpo onde foi "colocado".

O filme é legal mas não é nada de extraordinário.

Emo

Hoje passei o dia inteiro me segurando para viver comigo mesmo e sem comunicação. Senti muita falta ou mesmo nem senti mas a todo momento alguma coisa me pedia para ligar, para conversar, para ver como ela estava e por ai vai. Estou num combate contra meus vícios e, este tipo de exercício está me colocando a prova. Nos últimos dias descobri que não existe conto de fadas pelo menos nas saidas que ando correndo atrás. Tem momentos que fico tão feliz com algo que consegui que me esqueço que para ter chegado nesta vitória não precisei trabalhar muito ou a pessoa não precisou perder muitas coisas para me dar a vitória. Aos poucos também vou reconstruindo passos e entendendo mais as coisas. Infelizmente a cada entendimento, vou perdendo terreno e todas as coisas que tenho descoberto tem me deixado triste e tem me levado a crêr que as coisas não mudaram e talvez tenham piorado ainda mais. Tive que esquecer algumas coisas, tenho que fechar os olhos para outras coisas o que me leva a crer que estou dando uma chave do meu corpo, meu coração e minhas ações mas, por um preço muito baixo. O preço pode ser justamente um de meus vícios que preciso exorcisar. Até agora não sei quais deles conseguirei me livrar mas, certamente este seria o que me deixaria melhor.
Emo

Hoje passei o dia inteiro me segurando para viver comigo mesmo e sem comunicação. Senti muita falta ou mesmo nem senti mas a todo momento alguma coisa me pedia para ligar, para conversar, para ver como ela estava e por ai vai. Estou num combate contra meus vícios e, este tipo de exercício está me colocando a prova. Nos últimos dias descobri que não existe conto de fadas pelo menos nas saidas que ando correndo atrás. Tem momentos que fico tão feliz com algo que consegui que me esqueço que para ter chegado nesta vitória não precisei trabalhar muito ou a pessoa não precisou perder muitas coisas para me dar a vitória. Aos poucos também vou reconstruindo passos e entendendo mais as coisas. Infelizmente a cada entendimento, vou perdendo terreno e todas as coisas que tenho descoberto tem me deixado triste e tem me levado a crêr que as coisas não mudaram e talvez tenham piorado ainda mais. Tive que esquecer algumas coisas, tenho que fechar os olhos para outras coisas o que me leva a crer que estou dando uma chave do meu corpo, meu coração e minhas ações mas, por um preço muito baixo. O preço pode ser justamente um de meus vícios que preciso exorcisar. Até agora não sei quais deles conseguirei me livrar mas, certamente este seria o que me deixaria melhor.

24.4.09

Slash

Estou chegando ao final da biografia do Slash. Já estou no período onde começa a se criar o Velvet Revolver e ele dedica poucas páginas a sua atual banda.

Uma coisa a se ressaltar falando em biografias de músicos de sucesso eu sempre chego na mesma máxima. Os caras se tornaram conhecidos em primeira instância pelo talento fora do comum e segundo porque eles escolheram os caminho corretos em determinados momentos o que diferencia eles em muito dos músicos amadores ou mesmo aqueles que "não chegaram lá". Em toda minha curta vida de músico sempre tive o receio de me entregar totalmente para a coisa, sempre me preocupei em continuar trabalhando, sempre achei que seria muito dificil construir uma vida de sucesso optando pela música, sempre achei o caminho tortuoso e, me vejo hoje praticamente no mesmo destino se tivesse escolhido a música e, a escolha não tivesse sido acertada. Pelo menos é o que me parece.

Sobre a biografia, apesar dos fatos serem massa pra caramba encontrei vários problemas talvez de tradução pois algumas coisinhas não ficaram muito claras. Existia momentos também que se falava em algo que estava acontecendo naquele momento e numa página ou duas páginas seguintes acontecia o fato novamente, um tanto estranho isto.

A verdade é que o Slash já nasceu num berço de arte e a vida que escolheu não diferia em muito da de seus pais. Muito cedo, ainda criança conheceu David Bowie e outras figuras famosas, seu futuro chefe David Geffen foi outro que ele conheceu criança e quando a gravadora fechou o contrato com o Guns, David nem tinha idéia que aquele era o mesmo Slash que ele conheceu pequeno. O livro começa a esquentar bastante quando o Guns realmente se forma e eles começam a ensaiar juntos e, são histórias completamente malucas. Porém aos poucos já vai crescendo o desprezo do leitor pelas atitudes de Axl Rose. No início do livro dá impressão que Slash não vai entregar tudo e sempre fala que, é o lado dele e que Axl deve ter o dele e assim por diante assim como engrandecendo o vocalista e dizendo que o cara tinha um talento absurdo. Mas, quando ele começa a relatar as gravações dos albums Use Your Illusion e, a turnê posterior começa e então os problemas se agravam bastante ele não poupa muita coisa não. Bem verdade que o livro não tem a intenção de ser uma resposta a Axl ou com o intuito de difamar o cara mesmo assim se Axl leu o livro deve ter ficado com muita raiva. No livro fica bem claro também a demissão e os processos recorrentes da demissão do meu baterista predileto do Guns que era Steven Addler inclusive que o disco Spagheti Incident teve este nome em homenagem aos processos movidos por Steven contra a banda após ser demitido.

Minha admiração por Izzy Stradlin e Duff só aumentou após ler o livro e até mesmo Gilby Clarke é lembrado com carinho por Slash. Em outra mão o meu desprezo por Paul Tobias que começou quando escutei o Chinese Democracy só aumentou após ler as coisas que Slash descreveu da personalidade de Tobias. Slash deixa bem claro também seu desprezo pela maioria das bandas da cena de L.A. mais precisamente as bandas de Glam Metal/Metau farofa com exceção de poucas como Motley Crue e, Skid Row.

Tenho escutado bastante os discos do Guns porque dá uma curiosidade enorme após ler o livro e, posso dizer que, na época que eles surgiram eu era um dos poucos em Esteio que já conhecia eles e tinha até fitas piratas. Devo confessar que um pouco antes de deixar o cabelo crescer eu tinha idéia de fazer isso pra ficar igual ao Axl mas, isto fica entre nós eheh. Pra quem é fã do Guns e mesmo aqueles que conheciam apenas Sweet Child O´mine( se é que é possível alguém conhecer apenas esta) é um prato cheio pois o livro além de esclarecedor é divertido pra caramba.

23.4.09

Rede de mentiras



Ontem terminei de assistir este filme com o Leonardo di Caprio e direção de Ridley Scott. O filme fala de um agente da CIA a trabalho no Oriente Médio enfocando bastante as situações de espionagem no Oriente Médio. Apesar de ser uma obra de ficção o filme deixa claro coisas que estão no ar porém dificilmente são admitidas, os Estados Unidos desprezam muito os árabes talvez da mesma forma que eles desprezem o cristianismo e, qualquer outra religião que não seja a muçulmana.

Chama muito atenção o poderio de observação dos americanos e o nível de detalhamento que podem chegar durante uma operação e, mesmo assim os terroristas conseguem achar formas de driblar tudo isto com técnicas simples e principalmente pelo fato de viverem com o mínimo de tecnologia permitindo assim ficarem invisíveis aos radares, satélites e etc.
EMO

Nos últimos dias tenho sentido bastante a úlcera e a gastrite que me acompanham há um bom tempo. Já fiz alguns tratamentos mas, para quem bebe e fuma é bem dificil curar estas coisas sem deixar estes vícios. Uma vez consegui ficar um bom tempo sem me incomodar com elas em virtude da vida que estava levando.

Foi na época que comecei a tocar com a Salão Fígaro e com a seven2nine. No quesito profissional eu estava ganhando bem e, fazendo um serviço que não me incomodava nem um pouco, Monkey business. Na vida social era uma festa em todos os sentidos, amigos queridos voltando a amizade, pessoas novas surgindo como o pessoal da Salão e os outros companheiros da Seven2nine. Festa quase todo fim de semana e sempre shows de bandas alternativas que eu adorava onde o som era aquela beleza que tu não escutava em qualquer outro lugar. Uma namorada linda que me acompanhava sempre em todos os lugares e tipo não causava nenhum stress. Enfim, era uma época muito boa de minha vida que só foi superada pelo ano de 92 e, talvez 98 onde tive várias coisas legais rolando e foi quando conheci a segunda pessoa mais importante para mim hoje.

Nos ultimos meses tenho passado por várias coisas chatas e, elas tem superado as coisas boas que tem acontecido. Mas o meu problema nem tem sido as coisas ruins que tem acontecido mas, a análise que tenho feito de mim mesmo. Nos últimos anos cometi várias cagadas e, atualmente as tenho repetido novamente. Os "vícios" tem me incomodado e não falo apenas do alcool, cigarro e outras coisas mas, vícios de personalidade coisas que você faz errado e acaba fazendo novamente. Coisas que você sabe que te faz mal, que vão dar errado mas mesmo assim você insiste nelas ou não consegue se livrar delas. Todas estas coisas tem me prejudicado e, se em alguns momentos eu me sinto bem por chegar num pensamento, por achar que tenho um rumo, logo logo me lembro que meu rumo é ditado por uma outra coisa que não o cérebro e sim meu coração. E as vezes tenho até dúvidas que seja realmente o coração porque tem momentos em que realmente não me entendo.

Já li várias pesquisas dizendo que a depressão e os vícios psicológicos vão aumentando com o tempo e, quando você chega na velhice está no auge destes problemas. Espero que não seja o meu caso porque daqui uns 10 anos eu simplesmente não vou me aguentar mais. Outra coisa que poderia resolver meus problemas ou me dar uma motivação real talvez fosse mudar muitas coisas em minha vida e me colocar num ambiente muito mas muito diferente onde tudo é novo e tudo que faz parte da vida e das situações seja aprendizado, seja conhecer uma coisa nova porque talvez seja isto que eu esteja precisando. Nos casos dos anos que citei lá em cima, boa parte das coisas que aconteceram lá foram descobertas, coisas novas que surgiram e talvez seja este o caminho. Vou pensar bastante nisso mais tarde.

20.4.09

O resto..



No Sábado acordei com ressaca do fim da noite de Sexta. Para minha sorte, todo mundo saiu ao meio dia para almoçar e fiquei curtindo um pouco o silêncio. Depois das duas decidi sair para almoçar e ir no supermercado pois precisava comprar algumas coisas já que o Heitor viria dormir lá em casa. Durante a tarde mais ligações e continuei me sentindo um pouco mal e o resto da tarde procurei algo para me esquecer que estava respirando, vivendo etc. Fiquei jogando Age of Mithology até o momento de buscar meu querido herdeiro.

Brincamos bastante e na hora da janta foi aquela alegria habitual, o Heitor discutindo com todos e tentando convencer que "comia salada". Para provar ele pegou com a mão um pedaço enorme de alface e colocou na boca, depois ficou fazendo caretas mas comeu tudo, foi muito engraçado. Como eu já previa, o Heitor num ambiente onde todos se sentam juntos na mesa para comer raramente não fica afim de comida. Depois da janta fomos assistir ao Toy Story. Eu já tinha visto o desenho há um bom tempo mas foi muito divertido e pra falar bem a verdade gostei mais que o Heitor. No momento final quando Woody e o Buzz conseguem alcançar o caminhão da mudança eu fiquei com os olhos cheios de lágrimas. O Heitor gostou bastante dos "alienzinhos" verdes que ficavam dentro da máquina e, de vez em quando aparecem durante os menus do DVD. Ficamos deitados na cama eu e ele, brigando e acabamos assistindo outro DVD que ele tinha levado. A folia terminou perto da meia noite.

No Domingo acordamos dez horas, tomamos café e nos confrontamos com a MERDA de tempo que estava. Iamos dar uma banda no Zoológico mas o tempo quis nos pregar uma peça. Foi brochante acordar com chuva pois eu já estava todo preparado para o dia que teríamos e infelizmente não rolou. Lá pelas três da tarde levei ele pra casa. Duas horas depois eu e o Fabricio estavamos nos encontrando para o passeio habitual de Domingo, tomar um café no postinho. As vezes fico um tanto triste com as coisas que acontecem mas, determinadas coisas que acontecem com meus amigos me dão um ânimo sobre humano. As vezes algo de bom acontece com algum amigo próximo e tu fica quase tão feliz e foi o caso.

Voltei pra casa e tive outras provas que as coisas ainda não mudaram nem um pouco no mundo que deixei. Pra variar fui dormir um tanto de cara.
O Garagem, o Elo, a Barros Cassal, a Independência

Sexta Feira teve aniversário do Camilo e eu e jax aparecemos por lá. No inicio tomamos umas cevas num sinuca bar ao lado do beco. Ambiente maravilhoso com Smiths na vitrola ceva parcialmente barata e tivemos longos e certeiros papos sobre o que interessa uma coisa que é praticamente impossível em Esteio em virtude dos bêbados que se acomodam em nossa mesa sem serem convidados. Depois rumamos pra casa do Camilo e já tava todo mundo lá se divertindo. Tava ótima a comida e o salão de festas era na cobertura do edifício, uma vista linda num bairro/zona que sempre quis morar, perto do garagem, perto do antigo Elo Perdido e perto do Bambus e do beco enfim um ótimo local para viver.

Obviamente o Flávio estava lá contando suas estórias de brigadianos e tivemos bons momentos na mesa. Depois disso fiquei parcialmente distante de todos, tentando um pouco me enturmar mas, minha cabeça estava em outro lugar, perto dali como pude saber depois das três e meia da manhã. Fiquei a noite toda pensando em alguém que estava muito perto geograficamente mas, longe fisicamente e espiritualmente. As três horas mais ou menos fomos embora, eu já estava bem cansado e sem muita força para disfarçar o desgosto que sentia por motivos completamente alheios a festa.

Pra completar a noite tive uma sequencia de ligações que jogaram a pá de cal que faltava na minha sepultura. Imagino como deve ser ruim pro jax ter um amigo como eu nessas horas.

18.4.09

Lindeza

Esta "Softly Through the Void" do Elf Power que está no disco "In a Cave". Acho que todo mundo sabe o quanto eu curto estes caras e a paixão é bem antiga. Já falei deles aqui umas 3 mil vezes. A música ai é bem no estilo do Elf Power do Creatures e é baseada em violõezinhos e violinos, uma beleza só. Este é o ultimo disco que lançaram "sozinhos" pois o ano passado saiu um disco em que colaboraram com Vic Chesnut e é um disco mediano tem algumas faixas bem legais mas tem outras porcarias também.

Pra quem não conhece eles é uma banda de Athens, Georgia que começou nos anos 90 participando do coletivo Elephant 6. Muita psicodelia, Beach Boys e Lo-Fi levado ao extremo tanto nas gravações quanto nas composições. Este coletivo reunia além dos elfos, Apples in Stereo, Neutral Milk Hotel, Olivia Tremor Control e o hoje aclamado(pelo menos por mim) Of Montreal.
Music Laws

Ontem fomos num buteco tomar uma cerveja e nos defrontamos com uma situação engraçada. Tinha vários músicos por lá, desta vez não para tocar mas para LEGISLAR. O encontro de todos eles tinha como meta aprovar uma questão a respeito de uma lei que possivelmente será criada na cidade nos mesmos moldes da lei que existe hoje em Porto Alegre. Explicando um pouco a lei em si consiste no seguinte, sempre que houver uma atração tocando na cidade, que deverá ser colocada uma banda local para abrir o show e além disso, ganhar 10% do cachê da banda principal. Resumindo bastante era isto. O pessoal ficou lá falando, alguns discursando sobre cultura e por ai vai. E nós sentados em nossa mesa habitual sem saber se ríamos ou o que.

Não consigo precisar se toda mesa foi contra, a Tati uma amiga e a gerente do bar dizia que era a favor e que a lei iria dar incentivo as bandas locais e tal. Que tipo "o Nenhum de Nós tocou aqui e ganhou 9 mil reais". Na nossa mesa acho que alguns foram contra e outros ficaram indecisos. Eu fiquei contra e lembrei a todos do episódio do show do R.E.M. onde o Nenhum de nós foi convidado a abrir o show e, sinceramente nada a ver com a atração principal e acho que talvez ter uma banda local abrindo até seria legal mas, esta lei não pode servir para favorecer uma banda local consolidada como Nenhum de Nós. Porque não chamar a Pública, a Superguidis enfim, banda boa e que está precisando de "incentivo" não falta na cidade, porque chamar uma banda que tem uns 20 discos, toca há mais de 15 anos e já teve até música em novela?

Mesmo assim sou contra, acho que a banda principal que deve "querer" que uma banda local abra o show e tal para conhecer a cultura local ou mesmo dar incentivo e oportunidades. É um saco quando tu vai ver um show e tem que ver outra banda abrindo sem ter qualquer vínculo com o público ou com a atração principal. Na questão da grana, no caso da lei da minha cidade também fiquei absurdamente contra. Pegando o exemplo do Nenhum de nós também que tocou em Esteio, por mais que eu não vá com a cara do som deles, tenho que admitir que se ganharam um cachê, grande ou pequeno, é injusto ter que dividí-lo com uma banda local. O cachê é de acordo com a atração e, o pessoal não se contenta em abrir o show e talvez conseguir fãs ou mesmo divulgar o som, ainda quer grana. Já toquei em vários lugares e poucos foram os que "deu grana". Isto nunca serviu de contra incentivo para eu tocar. Além disso, acho que quem gosta mesmo de tocar não precisa de incentivo, só o fato de tocar, executar suas músicas ou de outras pessoas já é um baita incentivo. Na verdade ficou parecendo o seguinte, os caras querem viver de música e querem um "ARREGO" para pagar as contas pois não tiveram talento ou profissionalismo suficiente para isto e para isto criam uma lei bairrista pra caramba do tipo "ahh eles ganham tanto? eu quero minha mordida então". Nada mais petista e comunista do que isto.

14.4.09

Burn After Reading



Assisti ontem esta beleza em todos os sentido mas, principalmente por ser um filme dos irmãos Cohen e carregar toda a qualidade geralmente encontrada em seus filmes. Grandes atores/atrizes em atuações peculiares e perfeitas. Cabe ressaltar aqui o Brad Pitt que há muito tempo não tinha uma atuação decente em filme algum. No início de sua carreira sempre teve atuações boas e participou de filmes de qualidade mas nos últimos anos isto não vinha acontecendo mais. Ele faz o papel de um personagem ridículo e sua atuação é tão caricata que chega a ser extraordinária. O eterno médico de cabelos grisálhos da antiga série plantão médico também faz um papel absurdamente caricato e rende boas risadas. E mesmo com estes dois personagens ridículos, quem faz os papeis ainda mais ridículos são os homens poderosos do governo e suas ações para "limpar" o problema.

Não sei se posso dizer isto mas, tudo é muito ridículo e mesmo assim é um elogio. Tudo começa quando o agente da CIA Oz é retirado de um grande caso em virtude da bebida. A sua mulher não muito contente com o casamento e com a suposta demissão do marido vai num advogado que a aconselha a descobrir em quantas anda as finanças da família e também informações no computador de seu marido. É criado então um Cd com várias informações sigilosíssimas que acabam caindo nas mãos de duas pessoas de uma academia de ginástica. A partir de então começa toda a confusão pois estas pessoas além de simples são completamente ingenuas e começam a chantagear o agente Oz e, para conseguir uma grana acabam se metendo no submundo da espionagem e, é inacreditável o ponto que chega toda a estória.

É um filme até curto para os padrões Cohen mas tá tudo bem certinho onde deveria estar e não faltou nem sobrou nada para deixar este como mais um grande filme da dupla. Aconselho.

12.4.09

Curtas




Respondendo aqui ao Vignoli pela lembrança. Obrigado magrão, realmente eu gostaria de ter ido e principalmente estar na companhia tua e de outros comparsas que deviam estar lá. Na verdade acho que lembraste de mim também porque fui um dos poucos que não estava lá ;). Mas Vignoli, aqueles textos e teu outro blog que linkaste lá, eu não consegui acessar nenhum, manda ai por mail, sei lá.

No Trabalho Sujo (melhor blog) tem uma entrevista excelente com o Dodô. Um grande cara, grande cabeça e, também baterista da boa Pelvs.

No momento estou escutando o excelente Plagiarism do Dillinger Escape Plan. É uma banda daquelas que cultua o demônio que o Fabrício e talvez o Vignoli e o Marcos curtam bastante. Este disco é composto apenas por covers e eu diria que Jesus Christ Pose do SoundGarden ficou impagável. A do Justin Timberlake também ficou muito foda. Tem também cover de Nine Inch Nails e outras coisas. Aconselho. Pequeno parêntese, estou com uma tese que o Timberlake é o cara mais sortudo do mundo, talvez eu esteja errado.

8.4.09

Hócus Pócus

Terminei de ler ontem o livro acima de Kurt Vonnegut. Demorei bastante para terminá-lo porque estava lendo sempre que usava o trem ou ônibus para alguma entrevista de emprego e tal mas, como esta semana comecei a trabalhar acabei ele na Terça Feira. O que dizer, o mesmo de sempre estórias gigantes e cheias de detalhes com toda a ironia do Vonnegut. Comparo a experiência de ler um livro del muito com o Bukowsky por esta ironia. Várias vezes me pequei rindo sozinho dentro do trem ou algo assim. Ainda continuo achando o "Café da manhã dos campeões" o melhor mas esta é muito bom e divertido. Tem momentos que dá impressão de ser um diário do próprio escritor. Os alienígenas Trafalmadorianos estão presentes como sempre, as guerras, a crítica ao ser humano enfim...

Amanhã começo a ler a biografia que há mais de um ano espero.