Movies
Fim de semana recheado de bons filmes e muito sono. O primeiro deles foi "Quem somos nós"(
What the bleep do we know/2004) uma mistura de documentário e drama ao mesmo. Se utiliza de momentos da vida de uma surdo-muda para abordar alguns conceitos mais do que interessantes sobre física quântica.
A personagem principal, Amanda(Marlee Matlin) é uma fotógrafa profissional que passa por diversas crises e experiências e a cada momento aparece algum cientista que explica algum conceito da teoria Quântica relacionado com o "momento" da protagonista. O filme traz muitas informações a respeito da vida, do tempo, espaço, sentimentos, hormônios, cérebro, glândulas enfim, é um conteúdo enorme de informações que podem até assustar a princípio mas, no decorrer do filme começam a fazer muito sentido. Foram feitas várias entrevistas com pessoas ligadas a área mas, aparecem em forma de depoimento, durante as cenas do filme que acabam por trazer até um conceito novo, pelo menos pra mim a respeito de documentários. Foi uma chuva de informações e, fiquei bem empolgado quando o filme terminou, na madrugada de sábado.
Nos extras os diretores falam que, durante as filmagens, toda a equipe se empolgou com as informações e, acabavam fazendo perguntas aos entrevistas de tanto que o assunto mexe com as pessoas. É necessário dizer também que, não é um filme pra qualquer um, deve-se estar ansioso por informações e, prestar muita atenção nas legendas. Se você não gosta muito de pensar, tudo isto vai te dar muito sono.
O outro filme que assistimos foi Impulsividade(Thumbsucker /2005) que conta o trecho da vida de um adolecente que, chupa o dedo constantemente. No momento que isto começa a interferir em sua vida, começa a fazer um papel de palhaço na frente de seus pais, professores e, até mesmo com sua primeira namorada ele decide fazer alguma coisa pra acabar com o mau hábito. Na escola, a Dra chama os pais e, conversa com eles, na frente do menino falando que ele tem aquela doença famosíssima em que a pessoa não consegue prender sua atenção muito tempo na mesma coisa. É neste momento que, começam as críticas a psicologia. A Dra sugere que ele tem que tomar um remédio para se curar da doença e, mostra aos pais um folder(certamente de uma fábrica remédios milionária) com informações sobre a doença. A mãe lê e logo diz "mas estes sintomas aqui são muito vagos, qualquer um pode ter este tipo de comportamento", a dra desconversa um pouco mas, fica clara a posição do filme a respeito da psicologia e das drogas lícitas. O menino fica convencido e, quando saem da sala ele tenta convencer os pais que ele deve tomar o remédio, eles por sua vez, acham que, ele deve se curar sem remédios (alias, eu me incluo nesta lista de pessoas que não acreditam nestes remédios e, são absurdamente contra estes tipos de medicamentos).
No fim o jovem começa a tomar o medicamento e, muda radicalmente seu comportamento, se torna um grande estudioso e, começa a participar de um time de debates. Começa a andar de gravatas, cabelos penteados e, vence qualquer em uma discussão. Com grande argumentos e, respostas pra tudo, aos poucos ele começa a se tornar um grande chato, arrogante, cheio de si e, isto começa a afetar sua vida. Aos poucos ele mesmo vê que, o remédio não deixou ele melhor em nada, apenas trocou um problema por outro.
Ele decide então parar com as medicações e, vencer a vida sozinho e, decide então viver sua vida como qualquer um. Bem, acho que já contei demais, na verdade fiquei muito empolgado com o filme por falar sobre uma coisa que acredito muito. A trilha sonora é muito bonita e, conta com gravações do Poliphonic Spree e, alguns sons de Elliot Smith.