Tudo foi melhor este ano, fato. Tudo teve mais cheiro, mais gosto, mais movimento. Já comentei na lista de filmes e na de shows também senti isto. A verdade é que muitos shows bons que fui foram uma consequencia de ter morado em Pernambuco até Junho deste ano. Mesmo que alguns deles não tenha assistido lá, o fator geográfico e financeiro de estar lá ajudou bastante.
Logo no início do ano eu e Summer nos tornamos carnavalescos e o carnaval foi responsável por no mínimo 5 shows desta lista. Mundo Livre S/A na beira da praia de Candeias com direito a sol artificial e hoffman proporcionou um dos momentos mais agradáveis de minha vida e do meu namoro, nunca rimos tanto em tão pouco tempo. Sem falar que na volta, o taxista estava escutando o Spagheti incident do Guns, impagável. Los Sebozos foi com a companhia de Shiva e mesmo assim foi outra noite infernal de boa de voltar pra casa e dormir sorrindo. Estes dois foram as prévias de Carnaval. Eddie e Orquestra comtemporânea foram os momentos Gafieira do Carnaval, eu e Summer dançando de rosto colado ao lado de mais de 10 mil pessoas na mesma vibe que nós.
Mas um capitulo a parte foi Nação Zumbi, na casa amarela na programação de Carnaval. Com direito a previsão de chuva instantânea em plena "Quando a maré encher", a caixa de efeitos de DuPeixe, Lúcio Maia tocando com uma Flying V e principalmente "Prato de Flores" em versão hiper dub e entender o que realmente quer dizer o "Blunt of Judah" ou sentir o peso do "Maracatu pesa uma tonelada" é coisa para poucos mortais e uma coisa que eu contarei pro Heitor em breve e falarei para os filhos dele se é que é possível reproduzir esta emoção falando ou escrevendo. E fomos de Dalai Lama, e tomamos chuva e naquele momento vimos o mundo muuuito melhor do que já era.
Nos alternativos e diria até amigos e aqui não é pagação de pau mas os shows da Loomer tocando My Bloody Valentine e a Mavka tocando Sonic Youth foram dois momentos fortíssimos deste ano. Vi muito pouco show (shows decentes porque por acidente vi Bleff 4 vezes, Lokos de Bira umas 6 e outras porcarias) de bandas independentes este ano mas este ai valeu por muita coisa que poderia ter visto.
O Pearl Jam que não esperava nada me surpreendeu com um repertório escolhido por mim e a simpatia e a entrega de toda a banda melhorou muita opinião. Teenage Fanclub só pelo fim de semana que tivemos, no Rio, na Lapa, em Santa Tereza e chorando embaixo dos arcos da lapa ou pegando vento nos cabelos andando de bondinho já daria um livro a parte. A verdade é que estes caras seriam para mim os melhores musicos para um jantar romantico, uma dança de rosto colado quando o amor existe e é verdadeiro e mesmo que ele não existir pode ser inventado. Ficar embasbacado vendo o show e vendo várias pessoas chorando e se emocionando não tem preço. No final até eu chorei e pensar que desta vez minha sorte teria acabado, seria impossivel ver eles novamente e me despedi. Fato que fiz isto em Curitiba também em 2004 dizendo que já tinha sido muita sorte ver uma vez e que dificilmente ela se repetiria e, se repetiu e eu amo a vida por esta e por outras coisas.
Mas tudo isto foi muito bom e tal mas e o que dizer do Screamadelica ao vivo e derretendo as paredes? Tipo, quando comprei o ingresso por um valor que eu diria pifio eu pensei "porra, conheco menos de 20 músicas deles, gosto dos discos odiados deles mas vou ir no show porque isto é história, a história da música que amo faz uns 20 anos". Eu, Summer e avatar fomos para Porto Alegre, numa segunda feira e depois de algumas cervejas litro entramos dentro do Opinião para ver um show histórico, algo que dificilmente se repetirá naquele Opinião. Todos na faixa dos 50 anos mas com energia de adolecentes. A entrega dos caras como se estivessem tocando em Glasgow, o surgimento do Acid House, os telões derretendo nas imagens da capa do disco, o cover do Keith Richards, o cheiro de Rolling Stones e a lisergia toda presentes. Melhor show que vi possivelmente em toda minha vida e tipo, muito barato, isto que me irritou muito antes de ir no Pearl Jam e é uma coisa mencionável. Nem vou citar o público de patricinhas no Opinião e no Zequinha mas o Primal foi foda. Horas depois em casa, eu olhava para as paredes do quarto e dizia para Summer entre lágrimas "eu não estou pronto pra voltar a viver a vida normal depois de assistir aquilo" (e até hoje é difícil).
1 - Primal Scream (Bar opinião, Porto Alegre)
2 - Teenage Fanclub (Circo Voador , Rio de Janeiro)
3 - Nação Zumbi ( Casa Amarela, Recife )
4 - Eddie (Praça do Fortim, Olinda )
5 - Pearl Jam (Zequinha, Porto Alegre )
6 - Mundo Livre S/A ( praia Candeias, Jaboatão dos Guararapes)
7 - Loomer tocando MBV ( Garagem hermética, Porto Alegre )
8 - Mavka tocando Sonic Youth ( Garagem hermética, Porto Alegre )
9 -Orquestra Comtemporanea de Olinda ( Praça do Fortim, Olinda )
10 - Los Sebozos Postizos ( Mercado Eufrásio Barbosa, Olinda )
Bukowsky,Elf Power, Vonnegut, Decemberists, S.King,Flaming Lips,Lovecraft,7to9, Poe,Radiohead,Paul Wilson, Grandaddy,Safran Foer,Cormac McCarthy, BRMC, Orwell, Of Montreal, Guitarras, fuzz, vinho, cds, pedais de efeito.
26.12.11
Top 10 Livros "lidos" este ano
Como meus cinco ou seis leitores (sim, aumentou um pouco este ano) as minhas listas sempre abordam o que degustei no ano em questão e não apenas o que foi lançado no ano em questão. Minhas leituras foram fartas este ano e muita coisa boa passou por minhas mãos.
Destaque absoluto para a biografia do Bowie que foi a bio mais bem escrita que já li e muitos concordam comigo a respeito disso. Destas pessoas, a maioria delas, como eu chorou no final e diria que Mark Spitz escreveu melhor que o próprio Bowie. Se a bio dele foi boa, melhor ainda foi o Psicopata Americano. Vi o filme no início do ano e desde então comecei a procurar paranoicamente o livro e não me enganei. Apesar do teor forte para muitas pessoas, os personagens e principalmente Patrick Bateman é de uma riqueza absurda em detalhes, diria que um dos melhores e mais característicos personagens que já conheci nestes trinta e muitos anos de vida. Depois de muito tempo me confrontei com o Krakauer e com o Vonnegut, ambos incríveis. O pergunte ao pó que apesar de ter um livro ridículo e há mais de 15 anos ter visto ele sendo citado avidamente, só agora fui ler através de uma cópia excelente que comprei em Recife, contendo também outra obra do Fante. Para cada um deles eu devo ter feito um relato mais minucioso na época que os devorei portanto se quiser saber mais entra no google e digita "Fuzznoise + nome do livro".Well enjoy it.
1 - Psicopata Americano - Bret Easton Elis
2 - Biografia David Bowie - Marc Spitz
3 - Solar - Ian Mc Ewan
4 - Na praia - Ian Mc Ewan
5 - Pergunte ao pó - John Fante
6 - Onde os homens conquistam a glória - Jon Krakauer
7 - Homem sem pátria - Kurt Vonnegut Jr
8 - Autobiografia - Keith Richards
9 - Por quem os sinos dobram - Ernest Hemmingway
10 - A morte de bunny Munro - Nick Cave
Destaque absoluto para a biografia do Bowie que foi a bio mais bem escrita que já li e muitos concordam comigo a respeito disso. Destas pessoas, a maioria delas, como eu chorou no final e diria que Mark Spitz escreveu melhor que o próprio Bowie. Se a bio dele foi boa, melhor ainda foi o Psicopata Americano. Vi o filme no início do ano e desde então comecei a procurar paranoicamente o livro e não me enganei. Apesar do teor forte para muitas pessoas, os personagens e principalmente Patrick Bateman é de uma riqueza absurda em detalhes, diria que um dos melhores e mais característicos personagens que já conheci nestes trinta e muitos anos de vida. Depois de muito tempo me confrontei com o Krakauer e com o Vonnegut, ambos incríveis. O pergunte ao pó que apesar de ter um livro ridículo e há mais de 15 anos ter visto ele sendo citado avidamente, só agora fui ler através de uma cópia excelente que comprei em Recife, contendo também outra obra do Fante. Para cada um deles eu devo ter feito um relato mais minucioso na época que os devorei portanto se quiser saber mais entra no google e digita "Fuzznoise + nome do livro".Well enjoy it.
1 - Psicopata Americano - Bret Easton Elis
2 - Biografia David Bowie - Marc Spitz
3 - Solar - Ian Mc Ewan
4 - Na praia - Ian Mc Ewan
5 - Pergunte ao pó - John Fante
6 - Onde os homens conquistam a glória - Jon Krakauer
7 - Homem sem pátria - Kurt Vonnegut Jr
8 - Autobiografia - Keith Richards
9 - Por quem os sinos dobram - Ernest Hemmingway
10 - A morte de bunny Munro - Nick Cave
Top 10 Filmes (2011)
Mesmo com todos os comentários pessimistas (afinal o mundo está hoje sempre pior que ontem né?) o ano foi excelente no que se refere a filmes, ao menos na reduzida opinião deste que escreve. O que predominou bastante foi a temática Aliens invadindo a terra em filmes de excelentes efeitos especiais, coisa que tinha iniciado com o District 9 anos atrás. Skyline que quase entrou na lista só por aquele azul lindo, Battle L.A. trouxe naves e armas ainda mais foderosas que o District 9 e o mais legal de tudo é que é praticamente um leão contra formigas e isto que dá o brilho todo a coisa.
Outras duas características me chamaram atenção. Ao que parece os diretores acordaram para o fator prelúdio e ao invés de ressucitar um personagem morto num filme anterior de 20 anos atrás, apostaram no fator "mas o que aconteceu antes?". Ao invés de continuar algo, porque não mostrar o que aconteceu antes? Adicione ainda roteiros hiper consistentes e realistas e você encontra aqui na lista o The Thing, de mesmo nome do anterior de 1984 que foi um dos melhores filmes de suspense da história. Além dele, Rise of the planet of the apes foi outro filme aparentemente "sessão da tarde" mas com uma consistência e esmero devastador. Sem falar que traz o eterno chapado James Franco no papel inicial e me arrisco a dizer que faça o filme que fizer, será bom só por ter ele no cast.
Finalmente o Super 8 apareceu e depois de muitos anos de espera apenas confirmou a expectativa, excelente. Lars Von Trier seguindo a linha Lynch de filmagem trouxe mais uma excelente pintura em movimento e mais uma visão realista do assunto que ele escolher. Ele escolheu depressão, algo que ele entende muito bem e fez um excelente filme, mesmo trazendo a insossa Kirsten Dust (inclusive com direito a premiações. Diretor excelente consegue estes feitos) no papel principal. Outro filme "pintura em movimento" foi o Another Earth, cobicei muito várias imagens para um poster enorme nas paredes de minha casa. Outro exemplo de roteiro excelente e bem amarrado.
Midnight in Paris, do Woody Allen é mais outro grande filme deste diretor que tem me arrancado sorrisos e felizmente tem muita coisa dele antiga pra assistir ainda. Colocar na mesma tela o Fitzgerald, Hemmingway, Picasso, Bunuel é coisa para poucos.
Também fiz as pazes com o Almodóvar que tinha esquecido por querer desde o Fale com ela e acabei voltando justamente em outro filme com Elena Anaya. Mais uma excelente estória e a competição este ano foi acirrada e mesmo assim este ganhou, de minha parte a primeira posição. Grande estória, roteiro, surpresas e tudo que é possível num filme espanhol.
Estou fechando minha lista agora porque esta semana verei filmes(I saw the devil, etc) que sei que serão ótimos e infelizmente ficarão ou não pra lista do ano que vem.
1 - The Skin i live
2 - Super 8
3 - Rise of the planet of the apes
4 - Melancholia
5 - Another Earth
6 - Midnight in Paris
7 - Cowboys & Aliens
8 - Contagion
9 - The Thing
10 - Battle L.A.
Outras duas características me chamaram atenção. Ao que parece os diretores acordaram para o fator prelúdio e ao invés de ressucitar um personagem morto num filme anterior de 20 anos atrás, apostaram no fator "mas o que aconteceu antes?". Ao invés de continuar algo, porque não mostrar o que aconteceu antes? Adicione ainda roteiros hiper consistentes e realistas e você encontra aqui na lista o The Thing, de mesmo nome do anterior de 1984 que foi um dos melhores filmes de suspense da história. Além dele, Rise of the planet of the apes foi outro filme aparentemente "sessão da tarde" mas com uma consistência e esmero devastador. Sem falar que traz o eterno chapado James Franco no papel inicial e me arrisco a dizer que faça o filme que fizer, será bom só por ter ele no cast.
Finalmente o Super 8 apareceu e depois de muitos anos de espera apenas confirmou a expectativa, excelente. Lars Von Trier seguindo a linha Lynch de filmagem trouxe mais uma excelente pintura em movimento e mais uma visão realista do assunto que ele escolher. Ele escolheu depressão, algo que ele entende muito bem e fez um excelente filme, mesmo trazendo a insossa Kirsten Dust (inclusive com direito a premiações. Diretor excelente consegue estes feitos) no papel principal. Outro filme "pintura em movimento" foi o Another Earth, cobicei muito várias imagens para um poster enorme nas paredes de minha casa. Outro exemplo de roteiro excelente e bem amarrado.
Midnight in Paris, do Woody Allen é mais outro grande filme deste diretor que tem me arrancado sorrisos e felizmente tem muita coisa dele antiga pra assistir ainda. Colocar na mesma tela o Fitzgerald, Hemmingway, Picasso, Bunuel é coisa para poucos.
Também fiz as pazes com o Almodóvar que tinha esquecido por querer desde o Fale com ela e acabei voltando justamente em outro filme com Elena Anaya. Mais uma excelente estória e a competição este ano foi acirrada e mesmo assim este ganhou, de minha parte a primeira posição. Grande estória, roteiro, surpresas e tudo que é possível num filme espanhol.
Estou fechando minha lista agora porque esta semana verei filmes(I saw the devil, etc) que sei que serão ótimos e infelizmente ficarão ou não pra lista do ano que vem.
1 - The Skin i live
2 - Super 8
3 - Rise of the planet of the apes
4 - Melancholia
5 - Another Earth
6 - Midnight in Paris
7 - Cowboys & Aliens
8 - Contagion
9 - The Thing
10 - Battle L.A.
O psicopata Americano - Bret Easton Elis
Na época que o Christofer Nolan assumiu a direção do Batman eu fiquei sabendo de uma estória que dizia o seguinte. Ele tinha escolhido Christian Bale para o papel em virtude de seu papel no filme Psicopata Americano. Mais tarde descobri ainda que Nolan queria mostrar o Batman como um psicopata, alguém realmente problemático, uma coisa que quem já leu HQ´s sempre achou, acredita. Desde então procurei avidamente o filme e depois que assisti descobri que o livro existia então ficou uma coisa amarrada a outra, agora que terminei o livro, procuro outros do Elis porque o cara é foda.
O livro traz muita violência, sexo, psicose, drogas mas principalmente oitentismo. No filme já se percebe que é um retrato fiel de uma época chamada anos 80, yuppies, wall street, marcas de roupas e toda a temática envolvida. É impossível um personagem surgir sem ser taggeado por Patrick Bateman que diz a marca de todos as peças de roupas a cada aparição. Muita vaidade, imagem, fashionismo, sexismo, tortura, consumo desenfreado de cocaína, prostitutas sendo torturadas, amigas e namoradas de infância, mendigos e nem mesmo cachorros escapam a loucura deste que pra mim é um dos melhores personagens literários da estória. Serve como dica de trabalho de conclusão para qualquer estudande de Psicologia.
A cada página que vocês lê, Bateman se torna cada vez mais psicótico, cada vez mais drogado, cada vez mais sem ter certeza se o que está vivendo ou passando realmente está acontecendo. O livro mostra toda a superficialidade dos yuppies, vaidosos e fetichistas oitentistas. A todo momento alguém chama ele por outro nome e Bateman muitas vezes se aproveita disso.
O livro traz muita violência, sexo, psicose, drogas mas principalmente oitentismo. No filme já se percebe que é um retrato fiel de uma época chamada anos 80, yuppies, wall street, marcas de roupas e toda a temática envolvida. É impossível um personagem surgir sem ser taggeado por Patrick Bateman que diz a marca de todos as peças de roupas a cada aparição. Muita vaidade, imagem, fashionismo, sexismo, tortura, consumo desenfreado de cocaína, prostitutas sendo torturadas, amigas e namoradas de infância, mendigos e nem mesmo cachorros escapam a loucura deste que pra mim é um dos melhores personagens literários da estória. Serve como dica de trabalho de conclusão para qualquer estudande de Psicologia.
A cada página que vocês lê, Bateman se torna cada vez mais psicótico, cada vez mais drogado, cada vez mais sem ter certeza se o que está vivendo ou passando realmente está acontecendo. O livro mostra toda a superficialidade dos yuppies, vaidosos e fetichistas oitentistas. A todo momento alguém chama ele por outro nome e Bateman muitas vezes se aproveita disso.
20.12.11
Contagion (2011)
Este foi o ano dos filmes redondinhos. Depois do "Rise of planet of the apes", Contagion engorda a lista dos filmes bem escritos, encaixados onde nada passa desapercebido, trama perfeita, todos os pontos ligados e nada com aquele pensamento "ah tudo bem, é cinema não?".
O filme traz um exército de atores e atrizes conhecidos e medalhões como Matt Damon, Gweneth Paltrow, Marion Cotillard, Lawrence Fishburne, Jude Law e etc. Além do belo cast, o som do filme é algo próximo ao perfeito assim como foi "There will be blood".
Outra coisa que chama a atenção é que o filme não tem um protagonista, são vários angulos diferentes do mesmo problema, uma visão mundial e de várias faces sociais e economicas diferentes. O realismo é impressionante, desde o bloqueiro, cheio das teorias da conspiração e que acaba prejudicando o trabalho da equipe que supostamente tenta conter o avanço do virus.
Ninguém é completamente ético e no desespero da situação fazem o possível para salvarem os seus e a si mesmo. Existe aquela frase (ou ela nem existe) que diz que "deixe o ser humano com fome ou deseperado que ele voltará a ser primatas". Pessoas brigando por comida, pela suposta cura pela forsytia (que o blogueiro inventou para ganhar dinheiro e atenção ao seu blog), pela vacina tempos depois e o caos instalado, no mundo inteiro.
Outro ponto e acho que nunca tinha visto isto tão bem retratado no cinema antes se trata da velocidade da informação, meros detalhes que se tornam públicos através da web 2.0, da interação de pessoas em redes sociais e smartphones. O blogueiro está muito bem munido de informações quando faz acusações ao Dr Ellis Cheever que anteriormente tinha desrespeitado uma ordem e avisado sua futura esposa para fugir de Chicago para não ficar em quarentena.
Pouco mais tarde ainda o Dr Cheever cometeria outro erro, não tomando a vacina e usando a pulseira indicando que já tinha tomado, quebrando completamente a segurança e arriscando uma mutação do virus. Vários erros foram cometidos e graças a minha cientista em casa fiquei sabendo de outras coisas ainda mais relevantes. Adogo.
Resumindo, um dos filmes do ano, longa vida a Soderbergh.
13.12.11
A pele que habito (2011)
No último fim de semana assistimos ao excelente e mais novo filme de Almodóvar. Unindo seus musos do passado (Marisa Paredes e Antonio Banderas) e Elena Anaya e assuntos talvez antigos em sua filmografia que não eram abordados no passado, a meu ver já que deixei de ver vários filmes mais novos. O filme é baseado no romance Mygale de Thierry Jonquet.
O que faz a diferença entre diretores normais e um grande diretor é justamente saber escolher seus atores, arrancar deles a melhor atuação possível além de claro se preocupar com outros detalhes que deixam o filme ainda mais perfeito como fotografia, músicas, ambiências e principalmente os assuntos a serem abordados. Se tratando de Almodóvar é tudo pertinente.
Banderas, como Dr Ledgard está perfeito e emociona, fiquei com pena dele várias vezes pois apesar de toda sua inteligência e aplicação para sua pesquisa e seu jeito cheio de si, carrega uma mágoa profunda pois mesmo pessoas geniais tem coisas fora do seu alcance por mais que se esforcem. A morte de sua esposa foi uma delas, o acidente que queimou toda sua pele também. A doença da filha que assistiu ao suicídio da mãe, o estupro e o fato do Dr Ledgard ter encontrado ela por primeiro e acabar se tornando o alvo do medo da filha.
Pode ser considerado um filme de terror/suspense e também um melodrama com um trágico e inesperado pra mim que fui enganado, muito provavelmente pela simpatia que peguei pelo Dr Ledgard e sua Vera. Fui dominado pelo sentimento de ver o personagem enfim ter descanso, e teve mas não da forma que esperava.
7.12.11
The Thing (2011)
Quando ouvi falar deste prequel (moda agora né?) eu sabia que seria impossível bater o outro The Thing de 1984 por vários fatores que nem preciso citar. E a moda caiu muito bem, falei estes dias sobre o prequel do Planeta dos Macacos, simplesmente ótimo. E o Thing também não ficou muito atrás.
Os efeitos especiais ficaram ótimos. A nave é de chorar, ops Spoiler. Bem, como é o início de algo que já foi até bem relatado no filme anterior não tem muito o que entregar na realidade. Se comparar com o anterior (eu não vi o primeiro porque na real o The Thing de 1984 era uma refilmagem) é covardia mas o filme é muito bom do mesmo jeito.
Os efeitos especiais ficaram ótimos. A nave é de chorar, ops Spoiler. Bem, como é o início de algo que já foi até bem relatado no filme anterior não tem muito o que entregar na realidade. Se comparar com o anterior (eu não vi o primeiro porque na real o The Thing de 1984 era uma refilmagem) é covardia mas o filme é muito bom do mesmo jeito.
Siamese Dream
Há quanto tempo não nos falávamos hein? Tinha até me esquecido das lágrimas que correram ao mesmo tempo que os ouvidos se partiam com as distorções do baixo de Today, das guitarras de Cherub Rock, os zumbidos e o tremolo de Rocket. A introdução de Hummer que humildemente coverizei anos atrás, a música mais genial do disco. Toda aquela tristeza-alegria-raiva-amor com Mayonayse, enfim.
Sinceramente ainda não entendi porque Mark Chapman matou John Lennon, sinceramente. Mas eu sei porque odeio o Corgan hoje. Porque ele pariu, ele e Jimmy Chamberlain esta maravilha que se chama Siamese Dream e outras coisas tão boas quanto (Gish , MC Infinite Sadness) foi tão genial, tão maravilhoso e hoje em dia é inversamente genial e maravilhoso. Em 2010 eu estava lá em SP e ele foi ridicularizado, provocado ao extremo pelo Malkmuss, por mim (que no fundo até esperava um grande show) mas fez aquele show pífio, fraco, inseguro, morto.
Corgan, vai te foder.
Estou ouvindo aqui o Siamese Dream remasterizado, lançado esta semana com lágrimas nos olhos. Diliça. Não acho que o som tenha mudado muito, não confio em remasterizações de coisas pós 91. Ainda nem cheguei nos extras e estou ansioso mas, não quero pular nada. É muito bom, tava precisando muito desta injeção de alegria que só a música pode me dar. Neste momento é Quinta Feira 01/12/2011, 14:58 da tarde e estou dando comida aos macacos aqui na Pernambuco esquina Av Brasil, muito triste de estar trabalhando ao invés de estar vivendo mas, um pouco menos chateado por culpa de alguém que o tal Corgan já foi, nunca mais será.
Sinceramente ainda não entendi porque Mark Chapman matou John Lennon, sinceramente. Mas eu sei porque odeio o Corgan hoje. Porque ele pariu, ele e Jimmy Chamberlain esta maravilha que se chama Siamese Dream e outras coisas tão boas quanto (Gish , MC Infinite Sadness) foi tão genial, tão maravilhoso e hoje em dia é inversamente genial e maravilhoso. Em 2010 eu estava lá em SP e ele foi ridicularizado, provocado ao extremo pelo Malkmuss, por mim (que no fundo até esperava um grande show) mas fez aquele show pífio, fraco, inseguro, morto.
Corgan, vai te foder.
Estou ouvindo aqui o Siamese Dream remasterizado, lançado esta semana com lágrimas nos olhos. Diliça. Não acho que o som tenha mudado muito, não confio em remasterizações de coisas pós 91. Ainda nem cheguei nos extras e estou ansioso mas, não quero pular nada. É muito bom, tava precisando muito desta injeção de alegria que só a música pode me dar. Neste momento é Quinta Feira 01/12/2011, 14:58 da tarde e estou dando comida aos macacos aqui na Pernambuco esquina Av Brasil, muito triste de estar trabalhando ao invés de estar vivendo mas, um pouco menos chateado por culpa de alguém que o tal Corgan já foi, nunca mais será.
LastONES
A primeira vez que ouvi falar do "Psicopata Americano" foi porque era e sou um grande fã do Christian Bale. Para explicar sua "contratação" para a nova franquia (ou a do Nolan) do Batman, o diretor imaginou(certamente) que as múltiplas personalidades do Batman deveriam ter alguém um tanto perturbado como o tal Patrick Bateman, personagem principal do livro. Quem conhece Batman sabe que isto é bem certo, trazer o Bale ainda pra fazer o personagem mais acertado ainda. Quem conhece ele, sabe que ele simula sotaques, entonações e dificilmente um personagem seu fala igual em dois filmes diferentes, repare e me diga se não é realmente isto. Mas enfim , tanta lenga lenga pra dizer que o livro é mais fodástico ainda que o filme. O filme simplesmente destrói, o livro não sei se restará algo depois. Por vários motivos, o primeiro deles é por ser o melhor retrato que já vi dos anos 80 (o fim deles), o cara é um bon vivant e mesmo que não sinta invfeja do estilo de vida dele, não o deixa de ser e por último, o personagem é completamente doido pelo Duble de Corpo, grande filme oitentista que baixei estes dias pra apresentar pra Summer que ainda não viu.
Sexta eu e o Heitor comemos um espetinho e tava ótimo, tanta saudade que dá que quando chega na Sexta é foda. No Sábado fomos na casa da vó comer churrasco, ele foi pra piscina e ficou em chamas o tempo todo, comemos churrasco e ele soltou várias até as cadelas riram dele, impagável. Realmente estava muito massa.
De noite teve aniversário da sogra, em São Leopoldo. O lugar estava terrivelmente barulhento e já descobri que tenho problemas sérios com isto. Engraçado eu poder tocar num estúdio com meu fender berrando nos meus ouvidos, ir em shows porém em ambientes tumultuados, várias pessoas falando ao mesmo tempo tenho problemas, dor de cabeça, não consigo escutar as pessoas próximas e fico até tonto algumas vezes. Não medi mas possivelmente minha pressão que é a coisa mais estável que tenho deve alterar. Summer também ficou mal, com dor de cabeça. Quando saímos de lá já fui aos poucos melhorando. Chegamos na minha irmã, enchemos os copos e ficamos por lá conversando até tarde. O Marcelo estava vendo pela milésima vez os shows do U2, do Rem e etc.
No Domingo fizemos uma excelente (modéstia é tudo) torta de bolachas, a quatro mãos. Fizemos uma jantinha massa também e fomos dormir não sem antes terminar a primeira temporada de Tales from the Crypt.
Sexta eu e o Heitor comemos um espetinho e tava ótimo, tanta saudade que dá que quando chega na Sexta é foda. No Sábado fomos na casa da vó comer churrasco, ele foi pra piscina e ficou em chamas o tempo todo, comemos churrasco e ele soltou várias até as cadelas riram dele, impagável. Realmente estava muito massa.
De noite teve aniversário da sogra, em São Leopoldo. O lugar estava terrivelmente barulhento e já descobri que tenho problemas sérios com isto. Engraçado eu poder tocar num estúdio com meu fender berrando nos meus ouvidos, ir em shows porém em ambientes tumultuados, várias pessoas falando ao mesmo tempo tenho problemas, dor de cabeça, não consigo escutar as pessoas próximas e fico até tonto algumas vezes. Não medi mas possivelmente minha pressão que é a coisa mais estável que tenho deve alterar. Summer também ficou mal, com dor de cabeça. Quando saímos de lá já fui aos poucos melhorando. Chegamos na minha irmã, enchemos os copos e ficamos por lá conversando até tarde. O Marcelo estava vendo pela milésima vez os shows do U2, do Rem e etc.
No Domingo fizemos uma excelente (modéstia é tudo) torta de bolachas, a quatro mãos. Fizemos uma jantinha massa também e fomos dormir não sem antes terminar a primeira temporada de Tales from the Crypt.
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