O Idlewild é uma banda escocesa que iniciou seus trabalhos em Edimburgo em 1995. É formada por Roddy Woomble (vocais), Rod Jones (guitarras, backings), Colin Newton (bateria), Allan Stewart (guitarras) e Gareth Russell (baixo). Meu primeiro contato com os “Smiths da Escócia” (esta denominação não é minha) foi no falecido Lado B da MTV (bons tempos da emissora) pela música “I´m a Message” do “Hope is importante”. Ela é extremamente boa mas o disco não me agradou muito, punk e simplório (se é que isto não é redundância) demais para mim.
Com o disco seguinte “100 broken Windows” o som da banda se aproximou um pouco mais do pop e para minha sorte foi se distanciando mais do punk. Na verdade não tenho nada contra o Punk, o lance era que eles mesmos não agradavam muito com este som. Neste disco que foram apelidados por alguns sabidões da crítica músical de “Smith escoceses” e nem em outra dimensão eu poderia achar esta afirmação verdadeira, mas é fato que o som ficou bem melhor. E desta vez não havia apenas uma ou duas músicas ótimas e uma penca de coisas medianas, muitas coisas boas e considero um dos grandes discos dos caras. Além disso, é um disco de transição do início da banda e odeio falar isto, mas amadurecimento do som e das metas dos caras. O “Remote Part” de 2002 segue uma linha bem parecida que o anterior, mas para mim bem inferior e um disco não tão importante para a discografia da banda.
Em “Warning Promisses” de 2005 a coisa começou a pegar preço. A velocidade das músicas diminuiu bastante, pois mesmo a banda tendo deixado um pouco de lado o punk nos discos anteriores, a velocidade sempre foi uma constante, os caras tinham pressa mesmo. Este disco como o próprio vocalista afirmou é uma coisa completamente diferente do que a banda estava acostumada a fazer. O trabalho de guitarras e a produção é impecável e foi neste disco que o guitarrista Allan Stewart que acompanhava a banda em turnês foi convidado a entrar realmente na banda e muito possivelmente isto fez uma grande diferença porque realmente são guitarras ótimas. Apesar de ser um disco bem diferente “I understand it” a quarta música entraria facilmente no “100 broken Windows”. Este disco foi gravado duas vezes. Na realidade é uma estória bem estranha. Logo após a turnê do disco anterior eles alugaram uma casa para compor as músicas nos interiores da Escócia. Para a gravação foram a Los Angeles e o resultado não agradou muito a eles e menos ainda a gravadora deles na época. Refizeram todo o trabalho na Suécia, e apenas “I understand it” das sessões em L.A. foi aproveitada.
Em 2007 veio o melhor álbum dos caras. Para mim seria algo como o “Hope is” a adolescência, o “100 Broken...” a pós adolescência, os 20 anos, o “Remote Part” seria os 30 anos e o prelúdio de toda a maturidade que viria com o “Make Another World” que na minha cabeça identifica algo como 35 anos o que pra mim é a maturidade, na maioria das pessoas. Ele inicia rápido como nos primeiros discos “In competition for the worst time” traz algo bem parecido com o “Hope is”. Os vocais de Roody estão perfeitos e as guitarras são um primor a parte. A produção também é impecável e o disco para mim é bem pop, seria algo que o U2 ou o Kings of Lion deveriam estar fazendo de forma correta, mas no caso dos dois últimos só é pop, o bom gosto ficou de fora.
Outro ponto importante é agradar a todos os fãs da banda. Cada faixa lembra um pouco o passado da banda, a época mais punk, a época mais doce quando era comparado com Smiths e a nova fase da banda iniciada no disco anterior. Mesmo lembrando os outros álbuns as melodias extravasam em todos os sentidos os discos anteriores. O disco foi gravado no estúdio particular da banda com o produtor Dave Eringa que também tinha produzido “100 Broken” e “Remote Part”. Ainda não tive a oportunidade de escutar atentamente o “Post Electric Blues” que foi lançado em 2009 mas para mim o melhor disco é sem dúvida o “Make Another World”, o disco que além de relembrar os discos anterior fazendo citações ao estilo e particularidade de cada um deles traz ainda as melhores melodias criadas pelos escoceses.
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