Estou quase terminando de ler este relato de uma das bandas mais roque da estória. Além de ser uma das bandas que mais admirei, eles certamente foram uma das bandas que mais cedo conheci e me acompanhou por quase todo este tempo. Lembro do show no Maracanazinho, quando ainda era um piá, no início dos anos 80 e rolando todo aquele teatro do rock. Rolava até aquele mito que eles davam nitroglicerina para pintinhos e o Simmons pisava neles com sua enorme bota para que explodissem.
Quando ao livro, é um apanhado, são quase dois em um. A primeira parte, escrita por David Leaf trata-se de uma sequencia de entrevistas com os membros da banda, ainda em sua formação original realizada em 1979. Nesta parte, tanto o escritor quanto os caras da banda parecem um tanto imaturos, parece coisa de criança mesmo. Um breve histórico sobre cada um deles e fiquei sabendo que Gene Simmons é Israelense, coisa que não sabia. Outra coisa legal que fiquei sabendo é que todos os membros da banda compõe, sendo que Ace Frehley é o que menos "trabalha" neste sentido mas mesmo assim, logo no início concordaram em dividir os royalities igualmente para que isto não forçasse uma briga de egos dentro da banda além de outras técnicas neste sentido.
Outra coisa que esta primeira parte mostra é que devemos confiar em nós mesmos, sempre. No momento que as entrevistas foram feitas eles já estavam milhonários e meio extasiados neste sentido. Mesmo assim passaram por vários momentos ruins neste sentido até que os quatro se uniram e finalmente conseguiram uma idéia, um conceito que os fez tornarem-se febre nos EUA e no resto do mundo posteriormente. Mesmo não sendo grandes músicos, o show do Kiss é uma coisa absurda. Assisti o Psycho Circus em Porto Alegre e foi um dos momentos mais emocionantes de minha vida, tanto por ver a formação original, os efeitos quanto pelo fato de ser uma banda que sempre curti, desde criança.
A segunda parte do livro escrita por Ken Sharp já é um pouco mais nova e tem vários trechos de entrevistas com o pessoal da banda, outros músicos que dividirão ou não os palcos com o Kiss. A parte sobre o merchandising da banda é incrível, coisa de um faturamente anual de mais de 100 milhões de dólares, onde eles sempre ganhavam um percentual fixo, se o produto vendesse eles ganhavam de forma proporcional.
Como falei, quando era piá assisti pela televisão o show no Maracanazinho. Anos depois, nos anos 90 eu diria eu virei doido por bandas de metau farofa (nem Cinderela, nem Poison fugiram do meu interesse) e comprei o Alive III um baita disco só com porradas e uma belissima gravação para mim que odeia discos ao vivo. Assisti ao show em Porto Alegre da turnê Psycho Circus mas o grande momento mesmo foi assistir ao Acústico MTV Kiss. Foi incrível e emoção de ver aqueles caras véios, os membros originais e os que tocavam na banda naquele momento enfim, emocionante. A emoção deles porra, foi do caraleo. Principalmente depois de ver que os membros que estavam na banda naquele momento inclusive incentivaram Gene Simons e Paul Stanley para realmente chamarem os membros originais para o show e que a banda tinha o dever de fazer um show para fãs e o que importavam não eram os membros da banda, muito massa mesmo. O resumo da estória foi que depois o Kiss voltou para uma turnê de despedida que duraria 5 anos e acabou durando dois e, os membros "emprestados" estavam fora da empreitada. Ano passado o Kiss lançou um disco maravilhoso, o filho da Tati que baixou e mostrou para mim e para o jax, li na internet que foi o disco de maior sucesso do Kiss. Foda.
E antes que alguém cante a pedra eu digo, "eu amo o Kiss".
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