8.2.11

Black Swan - Darren Aronofski (2010)



Semanas atrás assisti ao último filme de meu diretor predileto ou, um deles. Não consigo mensurar muito bem se ele é melhor que o Richard Kelly, Sam Mendes, Paul Thomas Anderson, Chan-Wook Park, Stanley Kubrick etc e acho que ninguém pode, o que importa são as obras, os frutos destes gênios e o processo que envolve toda a criação de um filme possui variáveis demais e o próprio efeito que seus filmes podem produzir no expectador é muito difícil de ser medido. Fato que o Aronofski assim como o Kelly são dois caras que me deixam transtornado quando fico sabendo de algum projeto novo e a ansiedade que acompanha é algo sobre humano.

Esperei um bom tempo para conseguir uma cópia realmente de qualidade e demorei alguns dias para finalmente assistí-lo. Lembro que quando fiquei sabendo que ele trabalhava em Wrestler, achei um desperdício um cara como ele fazer algo, a primeira vista simples demais para seu talento e depois que assisti o lutador consegui colocar na minha cabeça que, para certos diretores, não importa tanto a estória mas a forma que eles contam estas estórias. Black Swan teve a mesma idéia em minha cabeça mesmo estando eu já vacinado a partir de lutador mas, desta vez eu já esperava muito mais.

Não posso dizer que é o melhor filme dele ao passo que meu predileto é Pi e reconhecer que gostei muito de A fonte da vida mas o impacto que ele teve em mim foi surpreendente. Ontem mesmo vi um comentário no facebook sobre quem realmente assistiu este filme, não pela cena lésbica. Se eu quisesse assistir uma cena lésbica teria assistido um dos vários filmes que a Belladona fez apenas com mulheres(mesmo preferindo seus filmes com Nacho Vidal ou Rocco). Outra coisa é que acho a Natalie Portman absurdamente sem graça e achei ela menos pior no Star Wars do que em Closer(joguem suas pedras). Sobre a "parceira" dela na cena então, Mila quem?

Achei o Cisne muito parecido com o Requiem, o primeiro filme dele que assisti. Climas tensos criados por relações tortuosas entre pais, filhos e amantes. Na verdade, o Cisne só lembra Requiem neste sentido em primeira análise pois o grande lance não é a relação de mãe e filha e sim a relação da bailarina Nina(Portman) com seu eu interior. Muito dos efeitos do filme e das partes ditas nervosas, que te causam apreensão e porque não dizer suspense estão justamente na forma como Nina vive a sua vida e enfrenta o seu eu interior. Apesar do filme inteiro tratar da preparação do espetáculo Cisne branco a coisa toda não se situa no espetáculo e sim na própria bailarina principal e a forma como ela irá sobrepujar todos seus medos, apreensões para se tornar a grande bailarina e aproveitar a chance que lhe foi dada, a chance que não foi dada a sua mãe por exemplo. No meu caso, preferi pensar que a mãe dela não existia, Lily e sua perseguição a Nina não existem e mesmo e principalmente, o "assédio" de Thomas Leroy(Vincent Cassel, sempre perfeito) não existem, vem tudo da cabeça de Nina.

A conclusão geral é mais uma grande obra de arte de Aronofski pela realização do filme e por algumas escolhas no elenco como a de Vincent Cassel. A preparação dos atores, o personagem de Winona Ryder no filme, a preparação de Natalie Portman para o papel e tudo mais. A maquiagem e os efeitos são incríveis, dá gosto de ver e a cena final, no espetáculo é mais que absurdo e vale por todo o filme.

2 comentários:

Jorge Cerqueira disse...

Belladona é demais cara o// ela e flower tucci são mto boas :)) o// nem vi o closer ainda :/ os últimos q vi foram: a rosa púrpura do cairo, quero ser john malkovich e the hudsucker proxy dos coen o/

Arlen disse...

Não conheço a Flower não, aliás, muito tempo que não vejo coisas novas. O closer só me trouxe desgosto e tem aquela música incrivelmente insuportável o filme inteiro. Não conheço este filme dos Cohen ai não também mas o "Quero ser John" é mais do que genial.