29.5.13

O grande Gatsby

Antes de mais nada quero deixar claro que não assisti ainda o novo filme. Vou mais além estou fazendo a crítica da crítica e provar que o fato de eu não ter assistido o filme novo me dá muita propriedade (pela primeira vez na história) para criticar ele e principalmente seus críticos. Eu até acredito em resenhas (em 10% delas) mas as coisas que tenho lido sobre o filme são cada vez mais ofensivas a mim, um grande fã tanto do livro quando de seu escritor Scott Fitzgerald.


Poderia começar dando tapas mas vamos direto ao murro que vai dar o nocaute. Jay-Z, Beyoncé na trilha sonora? Sério mesmo? Ahh e Beyoncé cantando Amy Winehouse com aquela base toda moderninha? Puxa vida não consigo pensar em coisa mais inapropriada. Com tantas gravações cabíveis, coisas antigas, do jazz, New Orleans olha, tinha muita coisa pra ser utilizada. Não consigo simpatizar nem com o fato da nossa querida Florence estar por lá, muito inapropriado tudo, nota zero.

Aqui  a jornalista LM fala sobre excesso de glamour e tipo não seja preguiçoso, leia o texto dela. Minha filha, você esperava o que afinal? Scott em boa parte de sua vida literária, pra não dizer em toda ela criticou o glamour de hollywood, isto não é segredo pra nenhum leitor dele e a Obra Grande Gatsby provavelmente é a que mais critica. Veja bem o personagem Jay era pobre mas pobre, realmente pobre e teve um caso com a nossa amiga Daisy que o largou justamente porque o cara era um pé rapado. O período seguinte a separação foi apenas de mágoa para Jay que procurou de todas as formas ficar rico, não importando os meios. Enquanto ele tentava ENRICAR a nossa amiga Daisy casou com outro cara e para chamar atenção dela, Jay fazia festas enormes, muitas delas ele nem participava, nem aparecia, era um anfitrião fantasma praticamente mas, tudo isto tinha um fim que era um dia ter a presença de Daisy e se aproximar dela novamente. Portanto, se não tivesse glamour, não seria nem Gatsby e muito menos Fitzgerald.
Neste mesmo texto a jornalista fala também que Carey Mulligan deixa a desejar na atuação da “socialite Daisy Buchanan, peça-chave da história”. Ela devia citar Mia Farrow que, nas palavras dela também deixaria a desejar mas, na verdade quem deixa a desejar é a personagem, tipo, ela foi escrita desta forma justamente pra você ter pena de Gatsby e principalmente para criticar o glamour hollywoodiano do início do século e mostrar que como diria OS Eles “é só imagem”  ou seja, pessoas ocas, vazias mas muito bonitas e brilhantes por fora.  

Uma das coisas que achei acertadíssima foi a escolha do Tobey Maguire como Nick Carraway . Ele tem a cara e o jeito certo para o papel e quem leu o livro talvez concorde comigo. Ali no texto se refere a ele como “inexpressivo” porém, ele é o narrador de toda estória, é a única pessoa que entende Gatsby, que o conhece, que sente pena dele e que acaba ajudando no encontro entre o casal principal da estória. Fica aqui a dica também que, Carraway provavelmente é o Fitzgerald disfarçado, aliás, sugiro a todos ler as duas primeiras páginas deste livro pra entender bem o que estou falando.

Este texto que citei ai é um deles, já li outros e fico tremendamente desapontado com a falta de preparo e principalmente leitura de muitos jornalistas que tenho encontrado nos jornais e revistas. Falta de interpretação, falta de conhecimento e vejam bem, estamos falando em um dos maiores clássicos da literatura mundial e não de um livro lançado há dois anos atrás que é cult porém desconhecido, é o Gatsby lançado há quase 100 anos atrás.
Shame on u

28.5.13

Arrow Season 1


Lá pelo fim dos anos 80 num veraneio perdido na nefasta Tramandaí eu comecei a ler histórias em quadrinhos. Um vizinho meu estava cheio de revistas e me iniciou naquele mundo e comecei a ler Capitão América, Hulk, X-men (que na época nem tinha uma revista própria) e outras coisas e uma delas era a revista conhecida como Superamigos. Esta revista trazia alguns heróis do universo DC como Mulher Maravilha, Super Homem, Liga da Justiça e Arqueiro Verde. 

 O Arqueiro Verde era um cara lutava contra o crime e se vestia todo de verde, usava um capuz e era bem ágil com suas flechas e a estória em questão tratava de um problema de drogas que um sobrinho seu passava. A estória é emocionante tanto é que ganhou vários prêmios. O personagem drogado em questão era o Speedy, no Brasil batizado de Ricardito que era sobrinho do Arqueiro verde, tipo, seria o Robin do Arqueiro. O personagem vivido pelo arqueiro era um vigilante, na linha do Batman eu diria sem muito perdão, pena ou respeito muito grande pelas leis, o que valia era o objetivo. 

 Ano passado a CBN começou com a série Arrow e 25 anos após meu primeiro contato tornei-me um assíduo desta série que começou muito bem e terminou ainda melhor. O mesmo fetiche que eu tinha pelo arqueiro verde, nos anos 80, aquele lance de fazer coisas justas mesmo que elas não estejam dentro da justiça está dentro da série também mesmo que hoje em dia em menor escala. No início da série o Arrow matava todo mundo e não se preocupava muito em estar dentro da lei. No meu caso, isto me deixa fascinado porque sinceramente, nos últimos tempos tenho sentido um desgosto muito grande com as leis e com a justiça do meu país. Não só na questão da violência e direcionamento da polícia mas principalmente o que ela faz com pessoas éticas e justas. Sempre que vai atacar alguém ele diz “you fail with this city” e isto fica martelando minha cabeça sempre que vejo algo errado no campo da ética, justiça e etc. Deixando de lado minha murrinha e voltando pra série, ela é claramente inspirada no arqueiro verde, ambos se chamam Oliver Queen, ambos aprenderam tudo que sabem em matéria de combate e filosofia em uma ilha além de claro outros personagens mesmo que muitas vezes um pouco diferentes do original. O próprio Speedy aparece aqui mas desta vez é o apelido da irmã de Oliver, o Ricardito é o namorado dela e acredito que na temporada 2 ele será um parceiro/pupilo do Arrow ou, The Hood como é chamado pelos seus conterrâneos. Laurel Lance, a Canário Negro nas revistas aparece aqui como namorada de Oliver porém combate o crime e a injustiça nos tribunais. O exterminador, inimigo dos novos Titãs aqui é supostamente um cara do bem e que ajudou Oliver durante seu exílio na ilha chinesa. A Caçadora também deu as caras em alguns episódios, em alguns inclusive como uma pupila e parceira do Hood. Aqui cabe um parêntese também que no início da série pouco se sabia do que aconteceu com Oliver na ilha. Antes do naufrágio que o deixou exilado por lá ele era um riquinho babaca que não se preocupava com ninguém e depois de cinco anos, quando é resgatado na ilha volta completamente diferente. Aos poucos flashes dos momentos mais importantes que passou na ilha aparecem durante um episódio e muitas vezes são situações bem parecidas com o que está ocorrendo no atual presente, de Oliver. Outro destaque da série é Felicity Smoak, provavelmente o melhor personagem da trama, atua como hacker particular da agora equipe Arrow. Depois de alguns serviços para Oliver ela acabou sendo convidada a se juntar ao time. Além de Felicity temos Dig, que era segurança de Oliver e serve como uma consciência para o vigilante e também uma outra visão para uma mesma situação. Aos poucos Dig foi tornando o Arrow mais humano, menos vigilante e mais herói. Além disso, teve um episódio que tocou uma música do disco novo do Black Rebel Motorcycle Club. A primeira temporada terminou, agora tem aquela espera chata pela segunda temporada, que promete.