24.11.11

Artistas nacionais, Lobão, Ultraje, Farrel, etc

Nos últimos dias andei meio transtornado com algumas coisas relativo a alguns artistas brasileiros. Mesmo que minha opinião no assunto muito provavelmente seja redundante neste mar de opiniões não consigo deixar de expressar minhas verdades e por enquanto a minha verdade, ao menos aqui é a mais correta, pelo menos para mim e para meus dois leitores.

Primeiro foi no SWU. Show do Ultraje a Rigor, bate-bocas, brigas com direito a corte de energia durante o show deles(e isto já aconteceu várias vezes comigo na época da Salão Fígaro) que é um saco e etc. Tudo porque choveu (alô produção desorganizada pra caraleo do SWU, ainda não aprenderam?) e os shows atrasaram em duas horas e sei lá porque Peter Gabriel que faria o encerramento naquele dia convocou os outros músicos para que cada um reduzisse seu show em 15 minutos. Parece que Chris Cornell e as outras bandas concordaram mas Roger, vocalista e lider da banda Ultraje a Rigor não concordaram com isto. Ainda não sei quais os motivos para os pedidos do P.Gabriel para encurtarem os shows, não sei se o dele teria menor duração também enfim o lance que considero extremamente estúpido no caso em si são os seguintes :

- Roger foi para o microfone e avacalhou com o Chris Cornell que não tinha nada a ver com a estória. Isto é bem chato porque hoje em dia a informação corre tão rápido que algo assim pode queimar o filme do artista em si. Se fizeram sacanagem com o Roger de "pedir" para diminuirem o show, troca de socos e tudo mais ele não foi muito melhor com o Cornell. Lançou uma mentira no ar e esculhambou com o cara e ainda deu desculpa esfarrapada quando se desculpou.

- Todo mundo sabe que o Ultraje é uma banda brasileira e as reclamações do Roger são aquelas de coitadismo que me envergonha muito em algumas pessoas. Ficar com este papo que os estrangeiros vem pra cá nos explorar, que temos que colocar eles no lugar deles (qual seria este lugar?), que banda nacional é boa e fica de igual pra igual com as estrangeiras e etc. Se não concordou com os pedidos do Gabriel faz teu show e era isto, reclama nos microfones e tal mas este papo de que "americanos vem nos explorar", banda nacionais não devem em nada para estrangeiras e etc é ridículo.

As pessoas compraram ingressos para os festivais porque justamente estariam lá Stone Temple Pilots, BRMC, Duran Duran e outras coisas. Porque um fã do Ultraje a Rigor iria pagar 200 reais ou mais no ingresso de um festival pra ver eles? Porque não ver eles tocando em outro lugar, num show próprio e pagar dez vezes menos, 4 vezes menos enfim.

Nem vou entrar no mérito de artista estrangeiro é melhor ou pior. Antigamente poderia até acreditar numa conspiração para brasileiros não fazerem tanto sucesso no exterior mas hoje com internet, globalização isto não existe. Eu acho que os músicos brasileiros são muito melhores que os estrangeiros mas isto é porque a quantidade de grandes instrumentistas brasileiros é muito maior e não porque são de minha terra ou porque quero valorizar a nossa cultura que digo isto. Nas artes eu gosto do que é bom para mim, não me importa se é Iraquiano, Paraguaio ou Brasileiro. Pessoal de Pernambuco as vezes falava que eu valorizava mais a cultura dos gringos que a minha própria e era um pensamento enganoso da parte deles, eu gosto do que é bom, se é cantado em frances, inglês ou português não faz a mínima diferença. Mais uma vez, gosto do que é bom. O engraçado disso é que as coisas nacionais que curto, são as que são mais valorizadas fora do Brasil como Chico Buarque, Caetano, Tropicália, Mutantes e etc.

Será que isto é uma coincidencia ou será que estas coisas são realmente relevantes?

Veja bem, o segundo show que fui em minha vida foi justamente o Ultraje a Rigor e pra mim estão marcados no coração como uma banda que me fez muito feliz no passado e o lugar deles tá guardado aqui (toquei Ciúme ontem no 711). Mas, eles são relevantes pra música hoje em dia e não são sucesso de vendagem (o que pra mim não diz nada), crítica e etc portanto deviam calar a boca e fazer seu show.

Outro evento que me incomodou bastante foi a "briguinha" do Lobão com a beesha do Perry Farrel. Todo mundo conhece a estória e tipo mais um caso de músico brasileiro que hoje em dia não lança coisas relevantes há muito tempo e se incomoda com a politica de festivais e com a suposta colonização que ainda "sofremos" pelos estrangeiros.

Se é colonização, eu aceito. Graças a ela eu vi Pavement, Yeasayer, Smashing Punpkins(que nem curti tanto mas enfim) e principalmente o Of Montreal. Achei inclusive q o preço foi condizente com a emoção e a beleza dos momentos que vivi. Neste caso foi o Planeta Terra um festival bem diferente, público limitado a poucas pessoas(20 mil), muito patrocínio o que torna isto possível. No ano que fui teve a Mombojó, que até tinha lançado um disco legalzinho e gostaria de ter assistido, assisti da fila mas, vi também Hurtmold e o Holger, duas grandes bandas brasileiras que pelos meus cálculos nunca foram a Porto Alegre. Óbvio que nunca vieram pra cá mas, é fácil de assistí-los morando no Brasil. Este ano teve a Nação e esta sim uma banda que poderia até pleitiar um lugar bem comodo na ordem do festival e tocar depois de muita banda gringa mas, as três citadas são exceções, bandas excelentes, o Brasil tem bandas ótimas e tal mas, quem paga 250 reias pra ir num festival, paga este valor porque quer ver o seu ídolo e este ídolo não faz turne no Brasil nunca, é uma situação única. Por isto, não vejo muito sentido nas reclamações do Lobão, assim como Ultraje. Se no ano passado, no planeta terra tivesse Lobão e Ultraje a Rigor eu ficaria no hotel descansando e iria num horário que eu realmente fosse aproveitar.
Se for pra escutar os sucessos do Lobão, de 30 anos atrás ou ainda pior, suas músicas novas eu nem teria comprado o ingresso. Além disso, não vai ser num show como este que o nro de fãs do Lobão vai aumentar, o show dele será um passatempo para aquele público, a hora de ir no banheiro ou comer algo. Não vejo sentido também no Lolapalooza iniciar as 10 horas da manhã, é um exagero o nro de bandas mas mesmo assim menos sentido ainda vejo em o Lobão tocar as dez da noite, num horário que o pessoal começa a cansar e ter que ficar esperando ele terminar o show pra entrar uma banda que te fez realmetne pagar passagens de avião e o ingresso do festival q repito, nao é caro.

Lobão gravou aquele vídeo que não vi e o Perry Farrel acabou soltando numa entrevista algumas coisas como "não conheço a música brasileira" ou "Vocês não tem a cultura de festivais" e fico me perguntando, ele vem como empresário, idealizador e se você conhece o trabalho dele vai ver que ele faz muitas coisas pela música além de ter tocado em no mínimo duas grandes bandas, nos anos 90 como o Jane´s Addiction e Porno for Pyros, resumindo ele não precisa saber nada da música brasileira e se souber dificilmente será do Lobão, será sim do Chico, Mutantes, Sepultura, bandas que foram ou são conhecidas lá fora. E a afirmação que não temos a cultura de festivais é muito correta também basta pensar na quantidade de tropeços no SWU, os assaltos no Rock in rio e etc ou então compare os preços dos festivais fora do Brasil e os dos festivais brasileiros.

Se eu tivesse comprado ingressos pro Lola eu iria apoiar o boicote, poderia descansar mais para os shows que realmente são relevantes pra mim e veria as bandas que tenho vontade de ver.

O Lobão poderia fazer um boicote as palavras, apesar de ser culto e inteligente, as vezes fala tanto que acaba se contradizendo. Eu li a sua biografia e mesmo nela, existem um trilhao de contradições. Poderia fazer um boicote e lançar discos bons também, não tenho acompanhado muito sua carreira atualmente, tenho quase certeza que são coisas medonhas, se a coisa é boa, acabaria por ficar sabendo e até ouvi pessoas falando bem mas, pessoas que não compartilho os gostos.
Por último, parabéns pra você que conseguiu ler este texto enorme, prometo melhorar, no futuro.

Chico

Raramente dá entrevistas mas se saiu muito bem como sempre, com vocês o mestre Chico.

Peguei ali do Trabalho Sujo. Também muito bem, sempre.

Rise of the Planet of the Apes (2011)


Assistimos também na semana passada a excelente prequel do Planeta dos Macacos. Com o James Franco a coisa só poderia sair massa mesmo, grande cara e não a toa que tem cara de maconheiro. Raras são as vezes que eu assisto um filme sem criticar alguma coisa, falha em roteiro ou alguma outra bosta que não gostei e, sempre tem algo que não gosto, do you know. Mas este foi reto, certeiro, conciso e eficiente como muitos não o são.

Pelo que deu pra perceber deixaram vários ganchos para continuações deste e prequel dos antigos filmes e espero que, se fizerem façam bem feito, assim como foi este. Senão queima o filme, vide Matrix e outras sequencias mal feitas.

UPDATE : Lí não sei onde, senão citaria que haverão mais dois filmes. Mantenham o Franco por favor.

Beavis & Butthead


Ontem começamos a assistir alguns episódios da Temporada Nove, diga-se de passagem o retorno as telas destes dois pequenos delinquentes. Fico felize de ver que o troço voltou muito bem obrigado, talvez melhor que antigamente.

Lulu – Lou Reed & Metallica



Muito vi falar antes e depois do lançamento sobre este disco. Nunca fui muito com a cara do Lou Reed fora do Velvet Underground e apesar de não ser um grande conhecedor de sua “obra” solo, tem pouca coisa que ouvi e gostei. E o Metallica não fica muito longe. Até o álbum preto, grande disco que os tornou Megastars eles eram relevantes para mim mas depois virou uma piada que foi ficando sem graça a cada dia culminando com o documentário(A monster called Metallica) onde eles mesmo se sabotaram assim como já tinha sido quando processaram o Napster.

Não estou querendo chamar atenção mas gostei bastante de várias coisas. A primeira música Bradenburg Gate tem riffs ótimos e ou estou muito louco mas são os mesmos riffs e estilos que permearam a época mais áurea do Metallica assim como The View. Lógico que tem os momentos com o Lou Reed falando, com um violão completamente desconexo e tal ou músicas extensas demais e etc mas, como falei, nem é tão ruim assim como todo mundo tá falando. Se preferir pode pensar assim “o Lulu é ruim?” mas e tipo qual foi o último disco decente do Metallica?

Primeira guerra mundial – Michael Howard


Não é o primeiro livro sobre guerras que leio e nem o primeiro e que poderei entender todos os fatos da guerra, razões e etc. Cada frente tem uma razão e um motivo. Hoje em dia é muito simples de entender porque os Americanos foram para o Iraque ou Afeganistão e entender porque Bin Laden virou inimigo declarado do tio Sam mas no passado as coisas eram bem mais complicadas.

Este livro traz alguns mapas e os tratados do armistício e etc. Tem muitas informações pertinentes e dá um panorama ótimo de como era o mundo naquela época e também como a população de cada país se envolvia com a guerra. A falta de comida, as mortes, racionamento e até questões tecnológicas que foram muito importantes. A Alemanha por mais de 3 anos patrolou tudo que encontrou derrotou a Rússia em virtude de sua “tecnologia” além de ser o país mais forte e populoso no início do século passado. Já nesta época a Alemanha tinha os melhores canhões, munições e principalmente todo povo a favor e acreditando nos seus motivos. Muitos inclusive até o final da guerra consideravam os motivos germânicos nobres e justos. Lógico que no fim da guerra a própria Alemanha foi a principal inimiga que encontrou e acabou “pedindo o penico” porque os próximos passos dos aliados poderia ser invadir o país e acabar definitivamente com a cultura Alemã.

Fato que esta guerra aconteceu em virtude outras guerras e disputas do passado e mais fato ainda que as capitulações, acordos e principalmente a não fiscalização destes foi a causa da Alemanha começar a segunda guerra, décadas depois. Quem não sabe do passado não entende o presente.

A dúvida que me assola agora será o próximo livro que devorarei. A biografia da Jane Fonda cheia de detalhes picantes sobre a década de 60, Roger Vadim e etc ou o “Psicopata Americano” de Bret Easton Ellis.

UPDATE : Já comecei o Psicopata Americano e, é incrível.

7.11.11

Patê de Fígaro


Eis que na Terça Feira teremos um encontro do pessoal da Salão Fígaro, formação original diga-se de passagem. Vai ser DILIÇA encontrar aquele povo todo, comer miúdos crús, tomar vinhos de 1 real e fazer uma releitura das piadas que fizeram nossa diversão em 2003 e 2004.

Apollo 18 (2011)


No Domingo “de noite” assistimos este filme e não posso deixar de mencionar que estava ansioso por assistí-lo. O meu interesse todo era algo filmado no “Bruxa de Blair style” com uma nave espacial em viagem a lua e etc, enfim, estava esperando alguma coisa boa e de todo não fiquei completamente decepcionado mas também não sai do lugar.

No início aparecem aquelas letras usando aquele velho discurso tentando simular realidade no filme dizendo que as imagens foram disponibilizadas por um site, imagens que vazaram dos arquivos do governo americano e etc, aquela coisa toda. A-ham. No início até conseguiram levar o filme nesta “estorinha” de cameras de mão, filmadas pelos próprios astronautas mas é preciso ter muito cuidado com isto.

Cuidado porque quando um diretor tenta simular “realidade” no cinema e utiliza deste tipo de abordadem que as imagens do filme são reais é necessário pensar muito e fazer um projeto. E acho que o maior erro de Gonzalo López foi justamente este. Incomoda um pouco cameras no ombro, tremendo e nos momentos de tensão tu não pode esperar que as pessoas se preocupem em filmar algo quando estão em perigo. No início do filme tudo é possível, imagens de um churrasco com todos os astronautas pouco antes de serem chamados para a missão, no momento do lançamento, a chegada da lua e ai que a coisa começa a desgringolar. Sim eu sei, cinema é diversão, ficção, tudo é possível mas nem por isto é necessário prejudicar um filme tentando simular esta realidade porque já se foi, o tempo este, com bruxa de Blair funcionou, Atividade Paranormal também mas, aqui, foi tudo pro espaço e me perdoem o trocadilho.

Quando eles chegam na Lua, mesmo que estejam instalando uma câmera em solo, com rodas, um motor, sensores de aproximação e tudo mais, o filme começa a ter ângulos demais. É impensável também astronautas carregando câmeras documentando cada detalhe de uma operação destas. Imaginem que eles estão lá e o resto do mundo não sabe nada, é uma missão completamente sigilosa para supostamente colocarem sistemas similares a radares para se protegerem de ataques dos russos, lembrem-se, era a Guerra Fria, ano de 1973. Se a missão era sigilosa é mais que fato que o mínimo possível seria documentado, quanto menos imagens e dados para serem escondidos melhor. Até então tudo bem, até aceitaria todas estas filmagens mas como falei, chega um ponto que tu tem oito mil ângulos diferentes para a mesa cena.

A estória é muito boa, confesso que a única coisa que me incomodou foi o que citei ai em cima. Se tudo fosse feito como é geralmente “Esta estória não aconteceu, é uma obra de ficção” tudo seria melhor. Tem horas que faltava luz, ou que a câmera tremia pra caramba ou seja alguns detalhes precisavam ser mostrados mas, em função da abordagem ridícula de fatos verídicos, algo saiu prejudicado, mesmo assim um bom filme. Acima da média.

3.11.11

Another Earth - (2011)


No feriado assistimos este filme que há algumas semanas já estava esperando ansiosamente. Foi mais que do que perfeito, para meu gosto mesmo sendo bem diferente do que eu esperava, na verdade a abordagem dele era imcompatível com minhas fantasias a respeito. Mesmo assim foi ótimo, é um filme envolvente que traz lindos cenários e ângulos perfeitos de camera. Mesmo a “outra terra” ilustrando belissimamente o cenário e, fazendo um papel semi coadjuvante, o troço é definitivamente uma obra de arte.

Tudo se trata de perdão, de auto flagelo e de relações humanas e principalmente o que aconteceria com os seres humanos, se descobríssemos outros seres inteligentes morando no espaço, vizinho ou não.

Brit Mahrling, que interpreta Rhoda Williams além de fazer o papel principal do filme ajudou também a criar toda a estória. Sua atuação é irrepreensível assim como John Burroughs (William Mapother). Ambos tem suas tragetórias unidas por uma tragédia causada por Rhoda. O filme inicia com Rhoda sendo aprovada, aos 17 anos para trabalhar no MIT. Na festa de comemoração bebe além da conta e no caminho de volta pra casa enquanto dirigia acaba descobrindo nos céus a Terra dois, uma outra Terra idêntica a nossa. Fica embasbacada olhando para o céu e acaba batendo com seu carro no carro de Burroughs que estava com sua esposa, grávida e seu outro filho. No acidente apenas Burroughs e Rhoda sobrevivem e ele fica em coma por um bom tempo enquanto Rhoda vai para a prisão e cumpre 4 anos. Quando sai da cadeia procura um trabalho degradante, um trabalho sem usar suas aptidões e vai limpar os banheiros de uma escola. Em determinado momento ela fica com vontade de pedir desculpas para Burroughs mas no primeiro contato não consegue, acaba limpando a casa dele e isto passa a acontecer nos próximos dias e o trabalho acaba virando divertido e ambos se sentem atraídos.

Ao mesmo tempo que Rhoda e John se tornam próximos, a terra original vai cada vez estreitando os laços com a terra dois e o filme todo se dá a partir destas premissas. Ecos de Donnie Darko e os filmes de Richard Kelly( The Box = MIT?) e uma grande atuação, grande história, perfeitos enquadramentos e a imagem da Terra dois, nos céus é inesquecível, merece um enorme poster na sala de casa. Aconselho muito este filme.

A noite do cometa - 1984 (The Night of Comet)


Este foi um dos primeiros filmes que vi, no video cassete da família no século passado. Pra ter idéia da antiguidade da coisa, era um Phillips enorme onde o controle remoto tinha fios e não estou exagerando, é sério mesmo. Na época não existiam ainda as locadoras e sim video clube, você pagava uma mensalidade e podia pegar emprestado da locadora uma quantidade X de filmes mas isto durou muito pouco tempo e logo viram que era mais rentável alugar os filmes e não fazer associados ou assinantes. Pelos meus cálculos devo ter visto este filme em 85 ou 86 já que ele foi lançado em 84 e pra mim foi uma experiência incrível e por muito tempo falei que este era meu filme predileto, tanto pelo efeito que teve em mim quanto pelo indieismo do filme, ninguém tinha visto ele e pra falar bem a verdade não conheço ninguém além de mim e agora, Summer que assistiram.

Meses atrás encontrei um link pra ele e fiquei em chamas para baixá-lo. O link que encontrei não me permitiu adquiri-lo mas baixei por torrent e assistimos semana passada também. Percebi que o filme foi grande para mim pela idade que tinha na época ou pelo fato que é mais um daqueles filmes que praticamente todos os seres humanos morrem com raras exceções e muito possivelmente foi isto que achei o máximo no filme. Continuo achando isto legal até hoje, quem não gostaria de entrar numa loja e não ser "atendido" por um vendedor que te oferece ajuda mas não sabe coisa alguma pra te ajudar? Ou ir num supermercado e não levar trombadas das pessoas, crianças chorando e etc? Zero engarrafamento e etc? Bem, eu adoraria disso.

Me lembrei agora que quando assisti o filme o cometa Halley estava para passar ou tinha recentemente passado perto da terra, um cometa que não vi, diga-se de passagem e muita gente como eu não vi. Antes dele estar perto era todo aquele AUê a respeito de sua visita e disseram que seria um grande espetáculo mas não foi grande coisa. O dia que me decidi a levantar da cama, de madrugada para vê-lo estava nublado e aquela frustração foi suficiente para eu desistir da façanha de vê-lo, hoje me arrependo bastante.

O mote do filme é justamente este, um cometa que passará muito perto da terra e todo povo quer assistir sua passagem, ao contrário do Halley que passou quase um mês enfeitando as madrugadas terrestres, este teria apenas um dia para passar. Todo povo da terra queria assistir porém alguns não tiveram a sorte de vê-lo nesta noite. Sorte porque todo mundo que estava na rua assistindo ou, não estava protegido por ferro?!? acabou virando um pó vermelho, bem parecido com aqueles temperos de miojo. Os que não viraram miojo, viraram zumbis.

Para aqueles saudosistas o filme carrega boa parte dos clichês oitentistas como TODAS mulheres do filme usarem permanente no cabelo, rolar uma versão desconhecida para o clássico de Cindy Lauper "Girls Just wanna have fun", fliperamas toscos e aquelas piadinhas que se não tinham muita graça naquela época hoje tem pela tosqueira clássica da coisa.

Uma coisa que me parece muito interessante nos filmes de Allen, que ultimamente retratam muito mais a cidade onde são filmados é que ele capta muito bem a essencia destes lugares, claro que nunca estive em nenhum deles mas você consegue perceber muito bem a diferença de cada um como em Vicky Cristina e o Meia noite em Paris. O início do filme tem uma música inteira tocada até o fim com excelentes imagens da Capital do Universo.

Filmes vs Sinusite

Semana passada(leia-se muitas semanas atrás pois este post é mais que atrasado) me ausentei do trabalho na Segunda e Terça devido a uma sinusite. Acabei vendo e revendo alguns filmes. Ontem por exemplo, Domingo assisti dois e o primeiro deles foi Evolution.

Filme estrelado por David Duchowny mais conhecido por ser o eterno Fox Mulder do inesquecível Arquivo X. O filme também tenta chupar um pouco do sucesso do personagem aliás, o sucesso do ator pois várias características dele foram adicionadas ao personagem. O pesonagem Ira(Duchowny) além de desacreditado e odiado por muitos carrega aquela prepotência toda, segurança e a imagem de galã que acompanha o ator (pra quem não sabe ele se tratou recentemente por ser viciado em sexo!?!). Além dele também temos Julianne Moore e o filme foi feito para pipocas mesmo, para sessão da tarde apesar de trazer muitas coisas cientificas.

Um meteorito cai na terra e dentro dele alguns microorganismos. Logo Ira, o cientista personagem interpretado pelo Duchowny recolhe amostras e descobre que o microorganismo está se reproduzindo rapidamente e principalmente evoluindo numa proporção de tempo ainda maior. Logo o exército surge em cena e dá as velhas tropeçadas de sempre. Por enquanto os microorganismos que se tornaram insetos e outros seres não conseguem respirar na nossa atmosfera mas apenas onde o meteoro caiu onde existe uma adaptação da atmosfera mas logo isto vai mudar. O filme é legalzinho até, tem coisas interessantes e tem boas piadas, o parceiro de Ira é muito engraçado, Julianne também dá seus tropeços literalmente e apesar de ser uma cientista esperta, é muito desajeitada, seguido tropeça em algo ou cai no chão.
Ontem também vimos Source Code, do Jake Gylenhall um cara que teve a sorte de participar do Donnie Darko e até tinha a promessa de participar de grandes filmes mas, acho que isto tudo foi pro ar. O filme não é ruim, é bem legal em alguns sentidos porém mexe com algo parecido com viagens no tempo e qualquer filme que trate disso terá algumas desconexões.

A premissa do filme é que os últimos oito minutos da vida de uma pessoa ficam armazenadas no cérebro por algumas horas mesmo depois de sua morte. Uma pesquisa cientifica descobriu como retomar esta memória e fazer uma outra pessoa se utilizar dela para descobrir coisas, neste caso quem foi o terrorista que colocou uma bomba num trem que está indo para Chicago. Este mesmo terrorista algumas horas depois irá explodir uma bomba no centro da cidade. O personagem de Jake é um soldado que estava de campanha no Afeganistão e que sofreu um acidente e está "quase" morto e neste caso é ele que irá se utilizar da memória para tentar descobrir quem é o terrorista.
Ainda não temos tecnologia para recuperar estas informações, nem em um ser humano vivo mas até é factível que isto um dia acontecerá mas o grande problema do filme e um dos primeiros furos é que ele não apenas revive a memória como altera coisas, age diferente então a explicação de se utilizar da memória de alguém que já morreu para além de ver as mesmas coisas e agir, é impossível. Assim como o fato de que, se estamos utilizando a memória de alguém que já morreu não poderíamos alterar o acidente já que se ele não aconteceu, não existe como voltar e reviver a memória. Bem é aquela coisa, no cinema podemos acreditar em tudo, é tudo fantasia mas mesmo assim precisamos ser um pouco coerentes e como o filme é também destinado a venda de pipoca e diversão para casais de namorados, obviamente terá um final feliz e tudo será possível.

Midnight in Paris – Woody Allen (2011)


Ontem a noite tivemos o grande prazer de assistir ao último filme deste que nos últimos anos me angariou como fã. Cabe ressaltar que não assisti os filmes antigos e muito possivelmente vá gostar também, os que assisti era muito piá e muito provavelmente era piá demais pra entender.

Pra quem ainda não assistiu sugiro que não leia isto porque será spoiler atrás de spoiler. O que dizer de um filme com personagens que fazem parte de minha vida como o Hemmingway e Scot Fitzgerald dois dos melhores escritores q já li? Nada, apenas sorrisos e entendimento de boa parte das piadas do filme. Pra mim o Owen Wilson, quando escolhe bem os filmes é um grande ator, é um baita cara sem dúvida alguma, o problema dele é que as vezes não escolhe muito bem os projetos que vai participar mas vejam “Atrás das linhas inimigas” e “Viagem a Darjeeling” são grandes filmes e, coloque o Midnight e os Tannenbaums na lista.

Owen é Gil, um roteirista de sucesso mediano que vive em Hollywood mas que antes de tudo ama Paris e a cultura diríamos vintage das coisas todas. Ele e sua noiva vão visitar Paris, na companhia dos sogros e uma série de contratempos acontecem, aquelas coisas, começa a perceber que a sua noiva não é realmente sua, não tem coisas em comum e as ligações que geralmente pessoas que nutrem um relacionamento tem, quem dirá para casar então.

Só pelo fato de todos tirarem um sarro da cara de Gil já é uma coisa a parte, é de chorar de rir as críticas e as gozações e parece que ninguém se importa com os sentimentos dele. Logo sua noiva encontra um ex-affair, Paul e começa a largar Gil de mão, o cara realmente é um porre e Pedante seria a palavra correta (como é dito no filme). Forçado a praticamente andar sozinho acaba sendo surpreendido, a meia noite de um determinado endereço de Paris por um carro antigo com várias pessoas dentro que o levam para uma festa. As pessoas dentro do carro se tratam de Scot e Zelda Fitzgerald. No início ele acha que é apenas uma coincidência, uma brincadeira mas depois que troca palavras com Hemmingway acaba descobrindo que aquilo se trata de uma passagem no tempo onde ele acaba encontrando os seus ídolos. Sempre a meia noite surge alguém para busca-lo. Conhece Pablo Picasso e Salvador Dali interpretado por Adrien Brody. Ainda em processo de finalização, acaba submetendo seu livro a Gertrude Stein uma critica literária, neste “mundo antigo” que ele visita todas as noites.

Um dos melhores momentos do filme é quando uma noite após conhecer Picasso, sua musa e um determinado quadro com todas as suas explicações ele acaba no dia posterior indo ao Versailes onde encontram o mesmo quadro e depois de contradizer Paul, o amigo de sua noiva, ele dá um texto enorme e completo sobre a obra, deixando alguns pasmos com seus conhecimentos e propriedade ao falar, claro que a única que odiou foi sua noiva.

Depois de se apaixonar pela musa de Picasso, ele acaba comprando um diário onde ela fala sobre ter conhecido ele, falando de um romance após ter recebido dele brincos. Os dois então acabam se encontrando no passado e voltam ao início do século passado (Sonho dentro de um sonho?!?). A crítica literária diz que Hemmingway também leu o livro e acha estranho q o protagonista não descobre que sua noiva tem um affair com o PEDANTE.

Sei que já contei todos os bons detalhes do filme mas, aconselho, é um grande filme, mais um bom filme de Allen. Um desfile de grandes nomes da arte e de bons atores/atrizes incluindo ai a primeira dama francesa para servir de madrinha para o filme.