31.7.06

Tears of the dragon

Fazia tres séculos que não lia o blog da Carmela e, faz um bom tempo que não vejo ela, a pessoa mais querida que já conheci. Passei por lá e, quase chorei. Na verdade nem eram palavras dela, eram palavras de Steve Jobs um discurso para uma turma de formatura de Stanford. Dae me veio na cabeça várias coisas. A primeira delas é que estou me emocionando com certa facilidade. Segundo, eu sou fã do Jobs e, por este discurso mais uma vez entendo porque sou fã dele. O cara só acertou em boa parte de suas escolhas, os caminhos a tomar. A terceira que, tem pessoas que não precisam escrever pra te deixarem emocionados, elas podem inclusive mostrar um texto de outra pessoa e te deixar com lágrimas nos olhos no meio da tarde, no trabalho.
Não vou transcrever por aqui o texto do Jobs, entra lá no blog dela e, procura, vale muito a pena.
Líbano x Suzane x Rede Globo

- O primeiro ministro do Líbano pede que os responsáveis pelo bombardeio sejam julgados por crimes de guerra. Se não fosse triste seria engraçado, o Líbano permite que os Hezbollah mandem e desmandem em seu território. Eles inclusive fazem parte do governo. Deixam que os terroristas deste grupo disparem foguetes contra Israel e, até hoje não vi falar de um ataque feito pelo exército do Líbano, apenas ataques feitos pelo Hezbollah ou seja, ou o Líbano é o pais mais pacifista do mundo inteiro e está sendo destruído e apenas mostrando a outra face ou então o Hezbollah é o exército do país.

- Porque quando falam em bombardeios eles só falam nas crianças que morreram? Porque vende jornal oras. Qual seria a graça mostrar adultos armados e mortos. O mesmo povo que colocou terroristas no poder é o que está morrendo hoje, civis? humpf. Não pensem que não fico chocado e triste com as imagens que vejo no Fantástico, no Jornal Nacional e, etc. Não sou desumano, sei que tem muita gente que não merecia aquilo tudo ali mas, verdade seja dita, a manipulação das imagens é constante e, o intuito destes canais de comunicação é claramente chocar o telespectador.

- Ontem no fantástico rolaram várias trechos do julgamento de Suzane, seu namorado e, o cunhado. Não consigo ver aquilo sem acreditar que, para a rede de televisão era conveniente que o julgamento demorasse e, me dá até nojo de ver o tempo que isto toma dos jornais. Uma guriazinha mimada e terrível dando declarações na televisão como se fosse um exemplo a se seguir. Duvido que nos próximos anos o caso não se repita. É cada vez mais dificil e perigoso ser pai.
Syriana

Assistimos na Sexta. Gostei. Realmente como tinham me falado o filme é bem parado, calmo mas, a informações são fortes e, uma prova que nos EUA não há qualquer forma de censura. O filme critica o pais sem disfarce algum assim como em Jardineiro Fiel. Na real aquela coisa que todo mundo suspeita mas ninguém tem certeza e, nem sei se é o caso lembrar ou saber que os dois se tratam de casos ficcionais mas, em ambos os casos a ficção imita a vida real.

Tentei de todas as formas assistir o Munique sem sucesso, ontem peguei o Firewall mas, no meio do filme paramos de assistir porque o Heitor estava doente e, o filme tava ficando meio chato. Aquela coisa mais que batida de sequestrar a família, mais certo dizer seria "sitiar a baia" e, tentar assaltar um banco através do Analista de redes o controlador do Firewall da rede bancária.

27.7.06

Todo dia era dia de índio!
Tenho trabalhado como um cão. Não fiz horas extras nem trabalhei num feriado mas, as horas que estou aqui na EMPRESA estou sendo muito útil e, isto tem me dado uma certa alegria. Não sei se já falei sobre meu trabalho mas resumindo em poucas palavras eu ajudo efetuar operações entre contas correntes, aplicações, empréstimos tudo via internet. Eu faço a parte suja da coisa, aquela q fica escondida atrás de uma interface bonitinha. A verdade é que me sinto bem me fazendo útil e, o dia passa muito mais rápido e, esta é a grande sacada da coisa mesmo.
Tenho me incomodado um pouco menos nos outros assuntos o que já dá uma alegria a parte. Não que eu esteja me sentindo 100% mas, as coisas estão melhorando e, torço muito pra isto, espero que dê certo.
No último Domingo agente praticamente terminou as captações de todos os instrumentos do disco da Seven2nine. Ainda falta a vozes, minhas e do Jax no disco e, o baixo de uma música. Contando com estas gravações, a mixagem, masterização e, a produção da arte eu diria que agora passamos para 80% do disco pronto.Ontem finalmente gravei um CDR pra escutar no carro e, fiquei num mixto de empolgado e, emocionado. Empolgado para ver a minha voz e a do Jax ali, tudo no volume certinho e etc e, emocionado porque é uma coisa que eu e o Jax começamos em 2003, passamos por ínumeros momentos bons e, raros momentos ruins onde criamos alguns desafetos outros não. A verdade é que as vezes agente pensava que nunca conseguiria gravar um disco com toda a banda reunida. Agora parece que o sonho está pra se realizar.
Sempre que se termina a gravação de um disco agente começa a escutar e, sempre acha alguma coisa que poderia ser diferente e etc. No nosso caso ali tem pouca coisa que eu acho que deveria ser diferente. Ele representa bem o que somos quando tocamos, lo-fi, sem muita frescura, a ruideira habitual, as nossas influências e tudo mais. Sem falar que, agente teve 3 formações até hoje e, sempre tocamos as músicas da forma como a formação completa achava e, é isto que está no disco, Árlen, Jax, Fabrício e, Gustavo, sem tirar nem botar.
A vida é sempre uma festa

Sempre rola uma diversão quando o Gordurama publica as cartas dos seus leitores. Assíduos ou não, alguns entendem o lance e a maioria não e, estes são os que rendem a maioria das piadas. Teve um q nem citarei o nome que pontuou algumas coisas que, me chamaram muito a atenção.
1- Pega uma guitarra e faz melhor, duvido que consiga, porque se você fosse capaz estaria melhor do que eles.
2- Se olha no espelho, quem escreve para um site chamado "gordurama" não tem moral pra falar de ninguém, pelo menos um pouco, bem sucedido.
3- Ao contrário de você, ele pode se gabar a vontade do que ele é e do que ele tem, ele conquistou tudo isso com o próprio trabalho.
Então vê se pára de criticar os outros como se fosse o dono da verdade, faça-o com argumentos que façam com que o pessoal que lê concorde com você, e RESPEITANDO a opnião de quem não concorda.


1 - Porque todo mundo acha que um cara que escreve uma crítica sobre determinada coisa tem que fazer melhor pra falar? Tem alguns que acham isto, eu acho a maior estupidez. É engraçado que, quando a seleção brasileira joga, todo mundo critica os jogadores e o técnico. E pensem num mundo onde além das bandas ruins houvessem também as bandas dos jornalistas que obrigatoriamente teriam que tocar para escrever críticas. Se ainda assim não convenci, imaginem o Mauricio numa banda ehehehehhe.
2 - E o que falar de bandas com nomes como Oasis, Keane etc. Este é o tipo de coisa que, pessoas sem argumentação fazem durante uma discussão. Criticam teu nome, falam que tu é feio, gordo, magro, sei lá usam criticas pessoais ao invés de usarem os fatos/argumentos. Coisa que o próprio cara critica depois nas resenhas.
3 - Primeiro, se escreve GAVAR e não gabar. Segundo este lance de dizer que o cara está onde está com o próprio esforço é bem relativo, bem relativo mesmo. Não existe formula para uma banda fazer sucesso mas, se a gravadora ou a própria banda investir em Marketing, Jabá e outras coisas mais, terá bastante chances de chegar lá, eu diria que o Jabá já garante isto. O difícil é ter grana pra investir nestas coisas e, mesmo as gravadoras hoje em dia tem muito pouco dinheiro pra colocar nestas coisas. Se você acha que sucesse é garantia de coisa boa então nem precisa ler algo como o Gordurama, basta ir numa loja de cds e perguntar os mais vendidos e comprar. Se for pensar q uma banda porque fez sucesso é boa então você assume que a banda Calipso é otimo e o Tiririca um gênio. Terceiro no domínio Gordurama o pessoal é dono da verdade e, vc leitor é dono do seu nariz portanto fique longe se te magoa ler estas coisas.
Precisa de argumento pra falar que Oasis é ruim, Keane e mais um milhão de coisas ruins? Não basta ouvir?

24.7.06

It´s a shame ´Bout Ray*


Hoje(talvez seja ontem) foi um dia de muita vergonha. Vergonha de tudo e de todos e, poucas pessoas não me deixariam constrangido se me olhassem no rosto. Na real, muita gente nem sabe de nada mas, estou me sentindo tão mal, tão culpado, tão bosta que qualquer pessoa que rir pra mim pode me deixar tremendamente desconcertado. É impossível se manter calmo pra sempre, íntegro pra sempre quando vc ama bastante, é impossível não tropeçar em algumas coisas quando vc está olhando para uma pessoa que te importa muito.

Gostaria de me congelar hoje e, acordar talvez daqui há 5 anos, 10 anos quem sabe. Levantaria de minha camara criogênica de barba(teria que ser implante porque nao tenho barba) cabelos ruivos, brancos, qualquer cor pra que ninguém lembrasse que um dia fui EU. E vergonha não passa, se vc tropeça em plena rua da Praia todo mundo ri e, logo passa mas, tem certas VERGONHAS que nunca passam, pro resto da vida você vai olhar pras pessoas e vai se perguntar se ela ainda pensa naquilo, se lembra.

Injustiça, grande injustiça. Não sei se isto é bom ou ruim, ser justo em muitos assuntos, puxei isto de minha mãe mas, não sei se estou feliz com isto. Também não sei se dá pra devolver uma herança hereditária assim, mesmo que eu mostrasse minhas razões.

Aos poucos o azul é mais fosco e o branco mais sujo, o preto fica sujo e, o amarelo é um creme. Você pode fazer de sua vida uma escada, os degraus podem ser definidos com um pouco de memória, as vezes eles indicam o topo, as vezes a sargeta. Hoje foi construido mais um, na minha vida, um degrau para um porão onde dificilmente alguém poderá me tirar. OU mesmo, será que alguém fará isto por mim?

Eu mesmo me pintei de palhaço muitas vezes. Hoje me toquei que, há menos de um mês fiz uma coisa muito estúpida por confiar na justiça das pessoas. Hoje eu sei que eu poderia ter apenas uma mão, com dedos faltando e, poderia contar neles o nro de pessoas que são 100% justas comigo. Aliás, agora no momento eu conto 2 pessoas.

Tem poucas pessoas que tenho um profundo respeito, as vezes elas nem merecem tanto respeito assim mas, eu prezo elas e, automaticamente elas passam a ser pessoas exemplo pra vc. As vezes é porque tu gosta da pessoa e, quer que ela te veja como um cara legal também. A verdade é que em cinco minutos alguém pode destruir qualquer imagem que alguém tem de vc.

Por favor, alguém grite, assovie, arrote. Posso achar que o mundo acabou e só eu fiquei.

Como diria um sábio da ficção ciêntifica** "Talvez não estejamos a SÓS no universo mas, neste planeta, com certeza estamos SÓS"



*Música do Lemonheads
**Arquivo X
Assim foram os dias

As vezes eles são diferentes, chove, faz sol, fica nublado mas, a maioria das coisas continuam iguais. Vivendo sob pressão por todos os lados. Pague para ser feliz.

Abstinência total de sorrisos e bons momentos e outras coisas.

Ontem praticamente terminamos as minhas guitarras no disco da seven2nine. Waste of time teve finalmente seu E-Bow simulation com duas trilhas e ficou ótimo. Também colocamos os ruídos que faltavam em "I have time to dream" utilizando a pedaleira do Fabrício e um Wha muito foda. Nem preciso dizer que tive um orgasmo depois de ouvir. A mixagem tá andando lado a lado e, boa parte do tempo ontem foi nisso. O resultado já tá bom demais e fico até com medo de quando estiver pronto. Vai dar pra mostrar para os netos.

Mais do que boa parte do tempo agora será em mixagem. Ainda falta o baixo de " There´s no place like home" e talvez um violão. O teclado já estou me preparando para esta semana colocar. Jogo rápido sem frescura. As próximas captações serão dos vocais e, ainda não decidimos o que faremos, se migraremos para um estudio com microfones de verdade ou mesmo utilizar os novos do Fabrício.

21.7.06

Kilgore Trout*

Terminei de ler, agora de manhã o "Café da manhã dos campeões" de Kurt Vonnegut. Já falei muita coisa por aqui sobre minha admiração pelo autor e, sua escrita. Leitura fácil que rende risadas e bons momentos e, não pude deixar de compará-lo com o velho safado pelos momentos de ironia e desprezo e, crítica ao ser humano. Aqui, eles são todos máquinas e, o autor culpa os erros do ser humano a quem compete, o próprio ser humano por ser uma máquina de livre arbítrio.

O livro é recheado de desenhos e, uma interligação perfeita entre os personagens. Perto do final ainda, o próprio escritor se junta ao seus personagens não deixando ainda de ter um diálogo com seu alter-ego dentro da estória toda. Procurarei os outros, em língua portuguesa, claro.

*Kilgore Trout é o nome do personagem principal e, alter ego de Vonnegut neste livro e, em outros. Um escritor de ficção e, imcompreendido.
Israel, Libano, Palestina, Árabes, Muçulmanos, Jesus Cristo, pagãos, petróleo, fé, terroristas

O título apesar de confuso descreve bem o que pretendo escrever ou discorrer sobre. Os ataques que estão ocorrendo hoje no Líbano e, em Israel(desprezando que os EUA estão no Iraque, que na África 20% dos paises estão em guerra etc) e, talvez seja isto que me motivou a escrever um pouco. Certamente cometerei vários erros, assim como no mínimo 50% das pessoas que tentam dar sua opinião sobre o assunto.

Desde que sou piá eu vejo o Oriente médio todo em guerra seja ela fria ou quente, seja através de mísseis de longo alcance seja através de homens bomba. Ainda não tenho opinião formada e, nem escolhi meu lado ainda por várias razões. A primeira delas é que apesar de Israel ser uma democracia muitas vezes eles abusam da força e, do apoio que tem dos EUA e de boa parte do mundo. Dae já caio em contradição porque a Palestina, este pais que não existe também recebe uma ajuda financeira considerável do "Grande Satã"*. Me deu até uma certa pena há dois dias atrás quando vi algumas imagens do Líbano. Mas verdade seja dita, boa parte daquele povo está sempre envolvido em mortes, sequestros, atos de terrorismo, atos de fé exaltada e, porque não dizer o cerne da questão, ódio ao próximo e, no caso pode ser o vizinho, Israel. Portanto fico com pena mas, também não muita. Fico com menos pena ainda de brasileiros ou estrangeiros que vão morar para aqueles lados, simplesmente é pedir pra morrer.

Esta semana li algo que vêem de longa data. Os Zelotes eram um grupo armado, politizado e, sobretudo nacionalista que existia a 2000 anos atrás. Eles foram criados para tentar expurgar os romanos de suas terras, os romanos e, todos os outros invasores diga-se de passagem. Além dos atos terroristas(e aqui você pode compará-los aos muçulmanos fundamentalistas que existem hoje no Afeganistão, Irã e outros paises árabes) eles procuravam acima de tudo manter suas tradições religiosas e nacionalistas para evitar que uma cultura de outro povo poluisse eles. Seria mais ou menos como se hoje em dia os índios ainda existissem no Brasil(hoje eles não existem porque EU não acredito em índios de calça de brim) e tivessem até hoje mantidos seus costumes e credos, que por sinal não levam a nada porque a tecnologia e as descobertas cientificas existem para o bem do SER-HUMANO e não para matá-lo mesmo que as vezes isto aconteça.

Mas voltando ao Oriente, mesmo na época de Cristo todo aquele "Povinho" que mora por ali sempre foi contra outras religiões, outros paises, outras culturas, nunca respeitou o PRÓXIMO e acima de tudo, nunca deu muito valor a própria vida. Basta ver a história destes povos ou mesmo, dar uma olhadela na Bíblia, Antigo testamento pra ver que sangue, massacres, e burrice religiosa sempre foi a preferência deles e no caso me entenda Israel, Palestina, Líbano, Pérsia, Mesopotâmia, Iraque, Irã e outras duzentas mil civilizações e povos que andavam por lá. Isto sem falar que, quando imigram para a Europa e outros lugares eles querem impor seus costumes e, fé a ferro e fogo exigindo folga aos Sábados, cortando o clitóris das mulheres muçulmanas entre outras loucuras. Por ironia do destino boa parte do petróleo mundial está lá e, com certeza é por isto q o resto do mundo finge se preocupar com eles porque, se não existisse BLACK GOLD por lá duvido que ainda não tivessem cercado aquilo tudo e colocado fogo.

Estes dias eu consegui sanar uma grande dúvida. Porque Jesus nasceu em Israel e, depois de alguma pesquisa a princípio consegui descobrir. Nazaré, a cidade onde Jesus nasceu(eu não acredito em Belém) era formada por um povo mais "aberto", de crenças não tão fundamentalistas(quanto o resto do país) e, acima de tudo uma localização perfeita onde vários nômades, comerciantes, gregos, gentios e etc passavam por lá todo ano. Não preciso lembrar pra todos que, não existia America, Oceânia e etc, o que existia era a Eurasia e a África. Resumindo, um ponto perfeito para a disseminação de mensagens de Deus e, ai eu incluo algo, um povo que talvez precisasse muito de uma mensagem mais de Amor ao próximo e, menos sacrifício em nome da religião e, mostrar que o Deus que existe não é o juiz nem o cara que castiga mas, um cara que perdoa e, que entende, acima de tudo.

Não sei se deu pra entender minha posição talvez não tenha sido claro o suficiente mas, na real o que penso é, triste o que está acontencedo por lá mas, impossível não ser assim. Assim como o Brasil tem os seus representantes políticos com a cara do seu povo** eles lá tem o cenário e a situação que sempre plantaram.


* Como os árabes, muçulmanos e outros povos chama os EUA.
** Falo isto porque o Brasileiro gosta muito de falar mal dos políticos mas, é tão corruptível quanto seus representantes. Na real boa parte dos brasileiros não tem a chance de ser corrupto como eles. Para comprovar ainda mais isto eu cito o caso da CPI das Sanguessugas. Muito do dinheiro ilícito, o "MENSALÃO" desta CPI era aplicada em contas de parentes, assessores e etc. Resumindo, gente demais envolvida.
Bandas, resenhas, críticas

Ultimamente tenho encontrado poucos canais de comunicação via internet. Talvez eu q tenha perdido o fio da meada, vai saber. A verdade é que estou encontrando cada vez menos veículos decentes para ficar sabendo de bandas novas independentes nacionais ou mesmo me manter informado sobre o que acontece fora daqui.

Há uns 5 anos atrás existiam pencas de revistas eletrônicas, zines e outros tipo de veículos falando de bandas novas, lançamentos, shows, festivais e etc. Podia se passar o dia inteiro lendo sobre isto. Não que isto seja muito legal de se fazer mas, para nível de comparação. Hoje em dia a coisa está tão escassa e, o pouco que tem são veículos palha pra caramba que, falam apenas das bandas dos amigos. Entenda-me que, mesmo há 5 anos atrás também lia resenhas de aspirantes a jornalistas falando de bandas de seus amigos mas, as bandas eram boas até. Se você esmiuçasse um pouco encontraria realmente alguma banda legal oriunda deste nepotismo jornalistico. Não que todas as bandas resenhadas ou criticadas eram boas, sempre tinha aquela banda de merda que, só o cara que tinha escrito que tinha gostado mas alguma coisa era boa e, o acesso a este tipo de escrita era fácil, hoje tá muito dificil.

Não sei se isto está ocorrendo porque o tempo passou e, a geração dos zines está cada vez menor em virtude de casamento, responsabilidade e etc ou se os aspirantes a jornalistas agora estão empregados em algum veículo maior e deixaram as raízes de lado, realmente não sei.

Tem um site que as vezes dou uma olhada e que, desde seu início dava pra notar que rolava uma certa panela. No início haviam poucas colunas falando de novas bandas mas hoje tem bastante gente neste site escrevendo a respeito disso porém o teor da crítica deles, a profundidade de um pires sei lá, textos podres, mal escritos e, o que deveria salvar o texto mal escrito seria o conteúdo, as bandas e tal mas, as bandas são uma bosta. A cada dia é mais fácil fazer uma banda e, dentro de uma panela fica ainda mais fácil.

É jornalista falando bem da banda do namorado e bradando que será a nova salvação de um rock que não morreu. Numa coluna que se destinaria a falar de banda novas a pessoa que fala das bandas novas tem 8 meses de convívio com bandas e, por ai vai. Colunistas que se acham o ó utilizando uma escrita que cheira a cópia mal e descarada do pessoal de outro site de resenhas. Aliás este pessoal copiando tá se multiplicando. Na hora de falar mal todo mundo fala, quando chega a hora de escrever e fazer diferente o pessoal imita.

Verdade é que está tudo muito podre, tanto a crítica quanto o objeto da crítica. Hoje, a imagem do faça você mesmo, independente e etc está tão disseminada que meio que poluiu um pouco o meio então tu encontra gente que faz tudo sozinho e realmente tem talento mas, a maioria não tem ou então gente que se diz independente que faz tudo sozinho mas na real manda tudo pra alguem fazer o serviço todo, apenas empunha(e mal) o instrumento no show mas quer ser "rotulado" como indepentente, como vítima, como minoria.

Gostaria, se alguém leu isto aqui e, estivesse dentro da coisa ou se sentisse apto a opinar que, colocasse a sua opinião ai nos comentários, talvez eu esteja enganado.

20.7.06

FlashBack

Hoje, depois do almoço sai para trocar uma roupa do Heitor, um Tip-top que, tinha dado problemas na hora de lavar, manchas e tal, estas coisas que só mulher entende. Depois de trocar as roupas, o tempo que restou eu tive a brilhante idéia de comprar um presente para alguém da família, muito querida que está de aniversário Sábado. Minha irmã, antes conhecida como Júlia por aqui e, agora somente Sheila para os íntimos pra vcs e pra todo mundo.

Não é que achei um negócio bonito numa vitrine e entrei na loja. Quando vi estava dentro da Gang("A loja que te entende") e logo já veio a frase de efeito deles e, me transportei para o fim dos anos 80 quando comprava de vez em quando alguma roupa na Gang. Apesar de não ter a menor idéia de exclusividade eu gostava das roupas deles, com exceção das calças de brim mas, de resto era tudo muito legal e, fazia sucesso. Hoje e naquela época o público deles ainda é Teen mas mesmo assim ainda tive suspiros olhando as roupas femininas e, imaginando elas na minha dona, assim como as roupas masculinas que é claro, imaginei em mim.

Se não bastasse este Flashback todo, no som ambiente estava rolando aquele cover meia boca do IRA para uma música da falecida Legião Urbana do não menos morto Renato Russo, a música, claro, era Teorema. Dae fui transportado para ainda antes do fim dos anos 80 quando comecei a escutar esta banda maldita que mudou com as "Quatro Estações" mas, mesmo assim me pesa e faz deixar lá no fundo o meu e, o teu coração. Comecei a me lembrar de tudo, dos backing vocals, dos arranjos e tudo mais. Bela música, quem dera os "heróis" de hoje tivessem metade do talento deste jovem imcompreendido que era o Renato Manfredini. Fiquei imaginando quem eram os heróis hoje e fiquei triste, o primeiro nome que me veio na cabeça foi o Chorão. Lembrei ainda que, não há nem como comparar os dois anti-heróis porque além de não ter o mínimo talento para as palavras, o Chorão ainda é semi analfabeto, bruto e, com pouca humildade.

"A música era mais ou menos assim"* :

"Não vá embora
Fique um pouco mais
Ninguém sabe fazer
o que você me faz

é exagero
e pode até não ser
o que você consegue
ninguém sabe fazer

Parece energia mas é só distorção
e parece que sempre termina
Parece teorema sem ter demonstração
e não sabemos se isso é problema"

*Citação ao Kurt Vonnegut, do livro "Café da manhã dos campões". Quem leu sabe que, ele sempre queria demonstrar graficamente as coisas no livro e tal.

19.7.06

Literatus

Ontem comecei a ler "O café da manhã dos campeões" de Kurt Vonnegut. O título tirado de uma propaganda de cereais para o café da manhã é a mais nova obra dele que coloco os olhos e, nas primeiras páginas já valeu a leitura. Hilário em quase todos os capítulos e, seguindo a mesma linha de "Matadouro nro 5" seu livro de maior sucesso. Falando de extra terrestres como sempre e, ironizando muito o ser humano e, todas as suas facetas.

Em Matadouro ele conta a vida(dele mesmo) de um escritor, ex-soldado, sobrevivente do Bombardeio de Dresden*. A vida do escritor acaba se tornando uma piada envolvendo Trafalmadorianos(extraterrestres de Trafalmador), seu casamento com uma mulher rica e mais nova que morre antes dele, a previsão de fatos de sua vida, o conhecimento de sua própria morte entre outras coisas. O livro não é contado de forma cronológica, são fatos isolados em periodos escolhidos a ermo e isto de forma alguma confunde o leitor, na real esta técnica foi justamente pra explicar o fato dos trafalmadorianos por exemplo poderem viver a época que eles quiserem ou seja eles não lembram das coisas mas as vivem de novo, ou não imaginam o futuro, eles vão até lá e vivem o momento. Esta é a forma de explicar também porque eles não tem medo da morte ou não choram quando alguém morre porque eles sabem que a vida é cíclica ou, atemporal. Na época ofi uma coisa bem vanguardista.

Enfim, muito bom. Em tempos que a felicidade custa caro e, os momentos são raros, esta aqui me veio em boa hora e a baixos custos.

* Bombardeio a cidade Alemã de Dresden, feita pelos americanos/aliados que matou mais de 135 mil pessoas. Bombardeio este que foi escondido pro muito tempo e que matou muito mais do q Hiroshima.

17.7.06

Seven2nine Lives

Ontem gravamos bastante coisa lá em casa, uma das mais difíceis pra mim foi registrada ontem. Ao todo foram 3 músicas que receberam as minhas guitarras e, ainda restam algumas coisas pra terminar a etapa de captação dos intrumentos. O melhor de tudo ainda foi combinarmos e, a coisa ter rolado depois de alguns meses de geladeira, voltou os encontros, a magia toda e, esta semana se deus quiser ensaiaremos.
Movies

Este findi assistimos mais filmes que no ultimo mês, mesmo assim foram dois, apenas. Na Sexta vimos "Johnny and June" biografia de Johny Cash e, poderiamos dizer que é uma biografia autorizada já que foi baseada numa autobiografia. É emocionante as músicas de Cash, os momentos de chapação do homem mas, o que fica na minha cabeça foi o ultimo filme baseado em músicos transgressores que é o RAY, baseado na vida de Ray Charles. O de Cash fica muito mas, muito atrás. A atuação de Joaquim Phoenix não convence e sobretudo Reese que apesar de ter ganho o Oscar de melhor atriz com este papel não convenceu em nada também, saiu muito barato, não que eu preze muito este tipo de premiação. Lógico que o casal principal tem seu valor pelas vozes nas músicas que, dizem foram eles mesmo que fizeram. O filme não é ruim mas, também não é bom.

O outro filme foi Camisa de Força, com Adrien Brody. Bom filme e, deixa várias minhocas na tua cabeça fazendo te pensar nos primeiros 45 minutos de filme. Depois você começa a se lembrar de Efeito Borboleta e, a trama perde um pouco o sentido. Sem falar no final supostamente feliz que não convence muito. De todo não é ruim, bem melhor que o anterior.

13.7.06

Mãos de cavalo - Daniel Galera - Cia das letras

Bem, ontem depois do almoço eu terminei de ler o livro acima citado. Como já deve ser sabido de muita gente, o livro conta duas estórias paralelas da visão de um jovem de 15 anos e, de um homem de 30 mostrando situações corriqueiras que, fazem o leitor, ou pelo menos os homens se identificarem muito, tanto com as proezas do menino andando de bicicleta e descobrindo o cenário onde vive quanto os problemas e os anseios da vida adulta, vida em família e, uma suposta chegada à metade da vida ou o período onde tudo se estaciona e, a partir dae agente só fica cumprindo a tabela esperando envelhecer, adoecer e morrer(na minha percepção, claro).

Lá pelo meio do livro tu de dá conta que o piá de 15, o Hermano, o mãos de cavalo nada mais é que a semente que germinaria no homem de trinta, casado, cirurgião plástico com vida estável mas, com os problemas inerentes da vida adulta, das escolhas que fez no passado e, acima de tudo, nos pequenos momentos da juventude e, as escolhas que foram tomadas e culminaram no caráter do homem de 30 anos. Sempre tive a visão que, o livro nada mais é que o ponto de vista e o personagem criado por um escritor mas, pelo modo de ver do leitor. É te colocar dentro dos pensamentos do escritor e, a partir disso te emocionar ou não com as coisas descritas e, o cenário que vc imagina pra tudo aquilo.

Nem preciso dizer que, em vários momentos meus olhos se encheram de lágrimas pela identificação com tudo, absolutamente tudo que acontecia ali. Quando Galera fala como o jovem Hermano, vc aos poucos percebe as sutilezas de coisas que vc também passou mas não se deu conta e, o escritor elucida ou mesmo se aprofunda mais em coisas que vc sentiu mas não tão profundamente. Ou mesmo passou mas, não tinha visto tudo daquela forma. Quando as sensações são descritas pelo médico trintão as coisas mudam bastante a nivel de escrita e, vc realmente consegue perceber a diferença na maturidade dos personagens, não só pelos relatos do cenário e da situação mas pela forma de pensar. Dois personagens perfeitos que, são a mesma pessoa porém uma delas é o resultado de todas as escolhas e o caráter que foi formado pelas escolhas do outro, mais jovem.

Desculpem aos que leram isto e, eu revelei tantos detalhes e, esmiucei tanto a estória, talvez perca um pouco a graça na hora de ler. Este livro recebeu muitas resenhas positivas inclusive da revista Veja que, pra mim não é parâmetro como revista mas, porque eles falaram bem do livro coisa que raramente acontece com autores novos e ainda não estabelecidos. Se a Veja não é o bastante, eu indico o livro sobretudo a trintões, sobretudo a pais como eu, sobretudo a recém casados como eu. O livro me tocou profundamente e, fico muito na torcida que o jovem escritor consiga continuar escrevendo e lançando seus livros. A maturidade(palavra chata) e a "boa escrita" ele já tem como poucos e, sobretudo tem a experiência de vida que muitos aos 30 ou 40 não tem ou nunca irão ter. Como já tinha dito, era um soco no estômago por dia, por várias vezes me peguei rindo sozinho lendo o livro ou mesmo com os olhos cheios de lágrimas por entender tudo aquilo ou mesmo me emocionar com as coisas que alguns percebem, as sutilezas os momentos de convivência com o próximo e por ai vai. Desde ontem estou pensando em escrever algo pro autor das minhas percepções, do agradecimento sei lá. Ainda não veio nada a altura, nem virá mas, gostaria muito de agradecer a ele por este livro.

12.7.06

Don´t dream is over*

Hoje quando o relogio do celular me despertou, as cinco e meia da matina eu estava sonhando. Fiquei com mais raiva do telefone. No sonho interrompido eu viajava pro passado, pra 14 anos atrás mais precisamente no ano de 92. Depois, pensando a respeito lembrei daquele filme "Peggy Sue - Seu passado a espera" e, era exatamente isto, eu voltei no tempo, apenas meu cérebro, para o meu corpo do passado(não que fosse muito diferente). Este ano foi bem marcante em minha vida por vários motivos e, talvez por isto eu tenha ido pra lá. No campo profissional por exemplo eu pegava meu primeiro emprego decente, que eu gostava e, coincidentemente era no mesmo lugar q trabalho hoje, a mesma empresa pelo menos.

O engraçado do sonho é que ninguém me mostrou um jornal com a data de 92, simplesmente era isto e eu sabia e, eu estava muito feliz. Tão feliz estava que eu juntei dois amigos meus, o Roger e o Aquiles(nem seii porque eram eles lá porque nossos contatos não eram tão costumeiros na época) e, contei pra eles meio que maravilhado do jeito que eu estava e o que tinha acontecido comigo. O passo seguinte seria visitar meus avós e, corrigir muitas coisas erradas que fiz depois de 92. Fazer as escolhas certas naquele futuro mesmo que eu ache que, a maioria das coisas que me aconteceram não tiveram tanta influência minha.

As razões do sonho, não que eu as procure talvez seja o emprego(a mesma empresa do passado) ou mesmo o livro "Mãos de Cavalo" de Daniel Galera que estou lendo agora e também esta fixação que tenho de rememorar o passado e achar q lá tudo era bom mesmo que algumas coisas tenham sido ruins. Sobre o livro, em breve, talvez amanhã mesmo eu fale mais a respeito. Por hora posso apenas dizer que, a cada página levo um soco no estômago e, umas 4 ou 5 vezes eu quase chorei lendo porque tem muito a ver comigo tudo aquilo.

* O título do post refere-se aquela música que os maiores de 27 devem ter escutado, há muito tempo atrás nas reuniões dançantes. Nem lembro agora quem cantava.
Mula

Poderia falar mais mas, evito sempre a política por aqui. Me irrito muito com este cara. No início do ano ele aumentou consideravelmente o auxílio, vale, salário família(não sei o nome certo do benefício), que ajuda os pobres dando ao invés de trabalho, esmola. Sem falar que, quem trabalha e ganha pouco por exemplo tem este incentivo pra parar de trabalhar e, viver desta esmola. E quando digo aumentou consideravelmente foi realmente isto afinal estamos em ano de ELEIÇÃO ou poderia ser RE-ELEIÇÃO. Outra disparidade porque o próprio presidente lutou contra a re-eleição de outros presidentes e, agora ele se candidata novamente concorre.

Outra. Ele está defendendo um monte de benefícios as empregadas domésticas e tal. Eu acho muito válido isto. Acho que todos temos que ganhar cada vez mais benefícios e salários mais condizentes. A verdade é que ele está defendendo isto porque não precisará destinar verbas para isto. No caso dos aposentados que o dinheiro vai sair do bolso dele a coisa é diferente. E quando digo bolso dele, é exatamente isto afinal, o dinheiro aquele que está lá que vem dos impostos dos contribuintes está no bolso dele e da família dele e, do partido dele e de seus associados como a maioria dos brasileiros não quer enxergar ou mesmo lembrar.

Felizmente não ganhamos a copa, facilitou um pouco as coisas pro povo abrir os olhos mas, não sei se conseguiremos nos livrar DELE mesmo assim e, é com muita tristeza que digo isto.

11.7.06

Frustrações

Não me sinto muito frustrado as vezes com a falta de dinheiro. De ganhar pouco, se não fossem os Cheques Especiais e cartões de crédito diria até que ganho insuficientemente para a minha casa, minha família e, para os meus. Ainda assim sou um cara consciente de que, a vida não é fácil e, isto não me serve de consolo apenas não me deixa me desesperar com estes fatos inegáveis.

É óbvio que, sinto falta de coisas, materiais, coisas que posso tocar e que fariam minha alegria. Uma televisão gigante, um sofá fofinho, um computador rapidíssimo, Home Theather e etc. Tenho pra mim que até os monges budistas devem ter desejos e, cobiçarem coisas materiais. Quem não cobiça não é ser humano, cada um tem a sua.

Já de ontem que descobri que, muito do que eu sonhava na juventude se foi, era sonho e, é inacessível pra mim. E, desde que me dei conta disso eu me preparo, vivo em constantes pensamentos pra não deixar este tipo de frustração me consumir. Me considero até um vencedor, afinal conheço poucos assim e, os considero felizes e, acredito que estão um degrau acima das outras pessoas que gastam dinheiro em anti-depressivos para suprir esta falta que, nem existe, é o mercado e o mundo capitalista que nos impõe. Ou mesmo, estão sempre endividadas porque não conseguem se controlar, evitar de consumir e, além de ganharem insuficientemente para seus anseios, ainda gastam um monte em juros porque não fizeram o tema de casa a respeito destes assuntos.

O que me incomoda realmente, o que me fez escrever isto é o fato que, eu consegui me auto consolar e, me precaver com os assuntos referentes aos "quereres" do ser humano mas, não consigo fazer outras pessoas entenderem isto. Pessoas que, é necessário que entendam isto. As mesmas pessoas que acham que não almejo coisas melhores, o melhor para nós. Se engana vc pessoa, eu almejo o bom para nós e para mim a, verdade é que primeiro, o bom para nós não é um televisor de cento e catorze polegadas ou um liquidificador com acesso a internet mas, a felicidade, o carinho e, segundo, eu não almejo tanto estas coisas porque elas são impossiveis pra mim agora, hoje, no contexto que estou. O que eu posso eu vou atrás, o que é impossível eu não choro por elas, na real eu choro por ti apenas.

10.7.06

Vídeos

O Chandele me gravou duas pérolas esta semana. A primeira delas é um show do My Bloody Valentine gravado em Leiscester no dia 04 de Maio de 1990. A gravação foi feita com a câmera no ombro de um dos sortudos que lá estava. A qualidade da imagem é mais ou menos mas, dá pra ver bem legal e, ficar emocionado de ver aqueles monstros tocando. O som para minha surpresa foi bem melhor que eu esperava. Afinal resa a lenda que eles tocavam alto pra cacete e, imaginei que o microfone da camera ia saturar. Ótimo, não consegui ver tudo ainda mas, é maravilhoso.

O Outro é um DVD com clipes do Jesus and Mary Chain. Do início da carreira deles. Fase Darklands e, várias pérolas de encher os olhos de lágrimas.
Nada restou

Esta música ai deve ter mais de 7 anos e, mesmo assim a letra dela continua atual comprovando a vida cíclica que levamos. Esta música a seven2nine ensaia desde o início mas, acho que nunca tocamos ela ao vivo. No fim, na parte lenta tem uma citação a um texto muito massa que achei no Arquivo X. Não está gravada no disco que a seven2nine vai lançar em breve mas, vai estar no Home Recordings 2 com certeza porque está quase pronta.


Nada restou
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Eu não queria te ver partir
e nem voltar a ser o que eu era
muito pouco em mim mudou
de nossos sonhos o que restou?

E eu continuo a te esperar
para o inferno que agente estava
você roubou meu coração..
você fechou todas as portas
você fechou todas as portas

Eu não queria mentir pra mim
nem voltar a ter aquelas brigas
Não queria esquecer seu rosto
Nem ao menos te ver partir
nem voltar a brigar


E eu continuo a te esperar
para o inferno que agente estava
você roubou meu coração..
você fechou todas as portas
você fechou todas as portas

{e também há aqueles
que não acreditam em extraterrestres
procuram a sabedoria em outros seres humanos
raros e sortudos são aqueles que que conseguem
porque apesar de talvez não estarmos á sos neste universo
de uma certa maneira,
neste planeta,
estamos sozinhos}

7.7.06

Cavalo de Troia 7 - Nahum

Terminei esta semana de ler o último volume da série Cavalo de Tróia. O livro, altamente controverso faz parte de uma série escrita por José Juan Benitez, um jornalista espanhol especialista em ovnis, cabala e, por que não dizer Jesus Cristo. A idéia toda do livro gira em torno de Jesus de Nazaré e, seu período na terra. Uma crítica aos evangelhos e, porque não dizer da cultura judaica do início de nossa era. Supostamente o autor recebeu de um major da USAF um diário com muitas páginas contendo um relato de várias viagens no tempo/espaço contando fatos importantes na vida do Galileu. Resumindo, o major Jasão(poderia se dizer alter ego de Benitez) acompanhou o mestre, comprovando ou desmentindo fatos da bíblia, a igreja e muitas outras coisas.

O volume 7 se situa cronologicamente no início das pregações de Jesus Cristo pouco depois que o mesmo subiu o monte Hermon e, iniciou sua vida pública. Benitez continua sua crítica ao judaísmo, aos evangelhos, a igreja e as outras religiões e fazendo descrições detalhadíssimas de lugares, fauna, flora e, costumes da época. Ele conhece João Batista, o suposto primeiro santo da igreja católica e, o anunciador de Jesus. Deixa sua opiniãio, sobre a santidade do moço chegando ao ponto de dizer que a mensagem q o mesmo passava não tinha nada a ver com seu primo Jesus. O velho pensamento do filho de Deus como um messias que desceria a terra para libertar o povo Judeu da garra dos romanos(os invasores da época) e, comprovando os mesmos como uma raça superior. Além de ter sua concepção anunciada por anjos e seu porte físico acima da média e diferente do povo da região, eram as únicas similaridades com Jesus. Benitez não deixa de caracterizá-lo como na realidade um louco, assim como já tinha feito com Pôncio Pilatos.

Além disso, conhece Judas Escariotes antes mesmo dele virar um apóstolo de Jesus, na época um seguidor de João Batista e, aspirante a zelote(os terroristas judeus da época). Infelizmente, o livro acaba no meio de grandes revelações deixando o leitor com o gosto para o próximo volume que, inclusive já foi entregue na editora juntamente com o nro 9 porém ambos sem data de lançamento. Mais uma vez um livro empolgante, excitante que te deixa absurdamente preso a suas páginas e seu conteúdo. Não é necessário acreditar ou tomar partido como verídico ou não, o próprio autor confirma que tem muita ficção ali no meio mas, é uma grande experiência.

5.7.06

Verdade

"O amor é verdadeiramente contagioso e eternamente criativo. A morte de Jesus na cruz exemplifica um amor que é suficientemente forte e divino para perdoar o pecado e para absorver toda a maldade. Jesus revelou para este mundo uma qualidade mais elevada de retidão do que a justiça ? a mera diferença técnica entre o certo e o errado. O amor divino não perdoa os erros meramente; ele absorve-os e, de fato, destrói-os. O perdão do amor transcende totalmente o perdão da misericórdia. A misericórdia põe de lado a culpabilidade do mal; o amor, todavia, destrói o pecado para sempre e toda a fraqueza resultante dele."

Achei muito bonito o trecho acima e muito a ver com algumas coisas que penso e gostaria de compartilhar com vcs. Principalmente a diferença técnica entre certo e errado e a parte de não perdoar os erros mas, absorvê-los e destruí-los. Coisa que geralmente fazemos com as pessoas que amamos quando estas erram. Tenho feito muito isto nas ultimos meses. Ia dizer por amor e, por um objetivo maior mas, este, ultimo pode ser resumido por amor, também.

Não é hora ainda de citar a fonte, que em breve citarei e trarei outras informações. A verdade é que tenho me visto como um cara nem ateu, nem crente, nem agnóstico nem qualquer outra coisa mas, acho que chegou o momento de me decidir quanto a isto. A verdade é que tanto acredito quanto desacredito, a única coisa que é certa é que não acredito no Cristianismo, no judaísmo e nem mesmo no islamismo. Aliás, qualquer religião que tende a satisfazer um Deus e não o próprio ser humano pra mim já é um fracasso.

3.7.06

Um dia tudo acaba...

Retrocedo aos anos 90. Meus pais na praia, minha irmã também e eu sozinho em casa por motivos profissionais.. Meu horário de trabalho era das 8:00 da manhã as 14:00 da tarde. Quando chegava em Esteio, as três da tarde via TRENSURB eu encontrava os amigos que não trabalhavam e, íamos para o clube aliança pra jogar tênis e, tomar banho de piscina. Naquela época era mais do que tranquilo usar o trêm, que raramente lotava e era bem tri o clube. Naquela época eu ainda não sabia nem fazer um ovo frito e por esta e por outras coisas eu ia na casa dos meus avós para jantar.

Chegava lá por volta das sete, oito horas da noite e, a vó ia correndo pra cozinha mas não sem antes perguntar o que eu queria comer. Eu sempre dizia qualquer coisa e, ela muito insegura fazia algumas sugestões que eu sempre acatava. Enquanto isto, eu ficava com o meu vô tomando chimarrão e, ele me contava algumas histórias de sua juventude, sua experiência e etc. Depois de um tempo a vó chamava e, iamos nós dois para a mesa e, a vó sentava do meu lado e, agora era a vez dela de pedir a atenção do neto.

A comida dela era muito boa, o único problema era que ela era insegura e, sempre fazia um milhão de pratos e, em grande quantidade. Eu tinha que comer muito pra vencer ela e, sempre perdia, era humanamente impossível. E dae sobrava alguma coisa e, ela dizia que eu não tinha gostado da comida. Dae eu ficava uns quinze minutos convencendo ela que, era muita comida e, eu não conseguia comer tanto assim que tava tudo ótimo, coisa e tal.

Meu avó por sua vez me contava histórias, muitas histórias ou estórias contadas repetidas vezes. Nem sei quantas vezes ele contou a mesma história mas, mesmo assim era como se fosse a primeira vez. Não que ele fosse um grande contador de histórias mas, dava pra ver nos olhos dele o prazer que era ter eu ali, junto com ele. Da mesma forma minha avó adorava cozinhar pra mim e me ver comendo. As vezes eu ficava um dia sem ir lá e, no outro dia eles me perguntavam porque eu não tinha ido. E a minha vó me puxava e me falava que, meu avó tinha ficado triste e tal, que ele gostava quando eu ia lá e, pouco depois meu avô me falava a mesma coisa. Dizia que minha vó tinha ficado triste porque eu não tinha ido.

Esta história se repetiu por vários verões. Até o momento que aprendi a cozinhar, que arranjei uma namorada ou mesmo que esta hora da noite eu tinha coisas, que julgava mais importante pra fazer que me impediram de ir lá. Obviamente continuei visitando eles e, obviamente eles lembravam com muito carinho daqueles verões.

Há mais ou menos uns cinco anos, meu avô que dispunha de uma saúde de touro e mesmo no alto de seus oitenta e tantos tinha uma postura de cinquentão ficou doente. Começou a sofrer de uma doença das piores, cancer. De lá pra cá ele foi decaindo, foi ficando cada vez menos ativo, apático e, depois de sentir dor por uns 3 anos veio a falecer aos 90 anos. A minha avó, que não tinha tanta saúde também começou a ficar menos ativa, a cabeça cada vez mais devagar e nos últimos meses tinha raros momentos de consciência.

Semana passada minha avó foi no medico e, ele disse que o coração dela estava fraquinho e que era bom até evitar caminhadas e outros esforços. No Sábado após o jogo do Brasil ela simplesmente deu um suspiro e, morreu. Foi um fim de semana terrível pra mim. Mais uma vez fui lembrado que, nada dura pra sempre e, que, a vida é uma passagem. Em um momento teu cenário, amigos e, família propriamente dita é uma coisa mas, talvez nos próximos 10 anos a coisa não será a mesma.

Anteontem foi meu avô, ontem nasceu o Heitor e, hoje faleceu minha vó. Sempre falta fazer alguma coisa, sempre sobram palavras porque elas não podem mais serem ditas e, nunca vou me perdoar por isto.